Informação recebida da FNAC
Documentário National Geographic comentado pelo investigador Thiago Carvalho
29 Mai Sex 19h 00 Vasco da Gama
Através dos limites selvagens da terra, e tendo como pano de fundo uma espectacular fotografia aérea, subaquática e da vida selvagem, o biólogo evolucionário Armand Leroi, conduz-nos numa viagem inesquecível que reproduz a aventura que inspirou o trabalho
revolucionário de Darwin. Aproveitando este mote, convidámos Thiago Carvalho, biólogo, investigador do Instituto Gulbenkian de Ciência e comissário-adjunto da exposição de Darwin, a trazer-nos a sua reflexão sobre o planeta e a viagem do Beagle. Este é o convite que fazemos ao público FNAC no último dia do Ciclo: Condomínio Terra.
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UNIVERSIDADE PAULISTA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR: EVOLUÇÃO PONTA GROSSA 2019 A VIAGEM PERDIDA DE DARWIN 1) Uma síntese do documentário. Charles Darwin (1809-1882) foi um notório naturalista britânico, autor do livro “A Origem das Espécies”, responsável pela divulgação mundial de sua principal teoria evolucionista: a seleção natural. No documentário intitulado “A Viagem Perdida de Darwin”, produzido pela National Geographic em 2008, são abordados os principais pensamentos, estudos e ideias deste pesquisador, bem como a sua vida e formação enquanto cientista da natureza. Aos 22 anos de idade, Darwin viajou cinco anos pelo mundo, navegando em busca de fundamentos para sustentar sua pesquisa, o qual fazia recolhendo e catalogando espécimes da natureza, além de demonstrar o vislumbre e admiração pela mesma, como cita-se: “O deleite que se sente em tais momentos desorienta a mente. Se o olho tenta seguir o voo de uma borboleta vistosa, é detido por uma árvore ou fruto estranho; se observamos um inseto, esquecemo-lo perante a flor ainda mais estranha sobre a qual rasteja”. Além disso, buscou por fósseis de criaturas que existiam nos locais por onde passava, observando padrões de espécies atuais, o que reforçou sua teoria evolucionista através de questionamentos da razão em existir aparecimento e extinção dos seres. Apesar de ter percorrido o mundo durante quatro anos e nove meses a bordo do Beagle, Darwin passou apenas cinco semanas nas famosas ilhas Galápago. Durante todos esses anos, Darwin visitou diversos locais da América do Sul e da Austrália, além de arquipélagos tropicais, explorando, conhecendo e estudando uma grande variedade de caraterísticas geológicas, fósseis e espécies, e avaliou tudo aquilo que tinha visto para tirar as conclusões do seu trabalho mais importante – A Origem das Espécies. Ao deparar-se com esta região, questionou-se por que motivo os fósseis que tinha encontrado pareciam versões gigantescas das preguiças e outras criaturas que por ali viviam; por que os pinguins e outras aves usavam as asas como barbatanas e não para voar?; como era possível encontrar fósseis de conchas marinhas a mais de quilômetros de distância do mar? Darwin ficava deslumbrado com estas diferenças e procurava uma explicação com base nas forças da natureza, ressaltando que a vida percorria o mar, visto que as plantas flutuavam à deriva em pleno oceano e os pássaros eram capazes de voar em longas distâncias da terra. Convencia-se também de que as criaturas haviam colonizado continentes distantes graças às adaptações e viagens que os seres faziam e que muitas espécies adquiriram mudanças únicas quando habitavam nichos diferentes. Como exemplo dessas diferenças em uma mesma espécie, pode-se mencionar os sabiás observados por Darwin em sua viagem a Galápagos, onde através de estudos desses pássaros trazidos de várias ilhas do oceano Atlântico, era possível distinguir os formatos dos bicos, sendo alguns possuindo bicos longos e curvos, enquanto outros tinham bicos pequenos e retilíneos, levando a crer que essas mudanças variavam de acordo com o local que os sabiás viviam. Ao retornar desta viagem, Darwin dedicou-se a pesquisa e a estudar as coisas que presenciou. Em 1859, as informações coletadas por Darwin foram publicadas oficialmente em sua obra A Origem das Espécies, revolucionando os conceitos de Ciências Biológicas conhecidos até então. 2) Ideia principal do documentário. O documentário enfatizou como ideia principal a busca de Darwin no entendimento da dinâmica das espécies na natureza, estudando com observações de diferentes regiões e pesquisando cientificamente, onde concluiu que a evolução dos seres vivos se dá por meio da seleção natural de acordo com as possibilidades de sobrevivência no ambiente em que essas criaturas habitam. 3) Indique uma cena considerada por você como muito importante e justifique sua escolha. Uma cena impressionante, que evidencia a evolução através de mudanças que ocorreram na natureza, é a cena em que o biólogo Armand Marie Leroi junto com o geólogo Victor Ramos depararam-se com uma rocha que possuía aderidas a mesma, datadas de possivelmente 150 milhões de anos, época da Era Jurássica. Este fenômeno é uma evidência de que houve um período em que existiu mar neste local, devido a presença dos fósseis marinhos encontrados nas rochas. 4) Indique como este documentário pode ser utilizado em sala de aula e apresente, pelo menos, um item que pode ser discutido com os alunos, justificando a importância desta discussão. Este documentário pode ser utilizado como recurso didático em sala de aula, não só como uma maneira de elucidar a evolução dos seres vivos, como também para despertar nos estudantes um interesse maior em pesquisa científica e inspirá-los a partir da imagem de Darwin a esforçar-se para conquistar conhecimento. O pensamento de Darwin até os dias atuais não foi refutado na Ciência e a revolução causada pelo pesquisador em uma época estritamente religiosa gerou impactos na sociedade e na Biologia, servindo como parâmetro no entendimento de muitas outras teorias que surgiram em seguida. É interessante discutir sobre as teorias evolutivas, uma vez que o planeta está em constante mudança, onde muitas espécies são extintas e muitas novas espécies são descobertas e muitas regiões mudaram totalmente a sua conformação, além disso, insere-se nos dias atuais de forma crítica até onde essas mudanças são causadas pelos próprios seres humanos, como a poluição ambiental, desmatamento e engenharia genética e como pode-se utilizar esses estudos para melhorar o mundo em que vivemos de um jeito harmonioso com a natureza.