As esponjas desenvolveram ao longo de sua evolução mecanismos de defesa

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sendo amplamente distribuídos nas costas rochosas ou em formações coralinas em águas tropicais (RUPPERT et al., 2004 apud RABELO, 2007). O ciclo de vida dos cnidários apresenta uma alternância de gerações, havendo um estágio bentônico, chamado de pólipo, e uma fase pelágica livre, a medusa. Podem-se observar os graus que diferem na dominância ou redução das fases presentes no ciclo de vida destes seres 5 (ARAI, 1997; MIANZAN; CORNELIUS, 1999; BRUSCA; BRUSCA, 2007 apud RABELO, 2007). O grupo possui uma característica exclusiva, a presença de cnidas, que são estruturas secretadas por células especializadas denominadas cnidócitos. A função dos cnidócitos varia com o tipo de cnida, havendo os espirocistos, os nematocistos e os pticocistos, com o segundo sendo o mais conhecido devido à ação urticante que causa (RABELO, 2007). Os espécimes bentônicos deste grupo possuem grande importância ecológica nos ambientes de recifes, pois se associam com várias espécies de invertebrados, assim como sua residência em ambientes de substratos consolidados, que os fornecem uma maior estabilidade e proteção, levando em conta que apresentam uma grande diversidade de espécies (BAYER, 1961 apud RABELO, 2007). Essa atividade prática teve por objetivo: observar lâminas permanentes de Hydra; observar e identificar as diferenças entre os esqueletos de corais escleractíneos e hidrocorais; observar octocorais e por fim elaborar lâminas para a visualização escleractíneos. 2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 PRÁTICA DE PORIFERA Na aula prática realizada no dia 06 de setembro de 2018, foram estudadas representantes do filo porífera. A prática se deu início com a observação de diversos esqueletos dos exemplares de diferentes espécies de esponjas a olho nu. Foram escolhidos dois exemplares de esponjas conservadas em álcool e colocados em placas de Petri, sendo levadas ao estereomicroscópio para a visualização de suas estruturas. Em seguida, com o auxílio de uma pinça, foi retirado um pequeno fragmento de cada esponja e colocado sobre uma lâmina de vidro com uma gota de hipoclorito de sódio. Foi deixada para agir por cinco minutos e coberta com uma lamínula e levada ao microscópio óptico para visualização de suas espículas. 2.2 PRÁTICA DE CNIDARIA Na aula prática do dia 20 de setembro de 2018, foram observados os diferentes exemplares de corais pétreos disponíveis na bancada, procurando diferenciar os escleractíneos 6 dos hidrocorais, sendo em seguida colocados em placas de Petri e levados ao estereomicroscópio para visualização dos detalhes. Os procedimentos basearam-se na observação de exemplares das classes Anthozoa, com as subclasses Hexacorallia e Octocorallia, e da classe Hydrozoa. Para a subclasse Hexacorallia, buscou-se visualizar os seguintes constituintes de um exemplar de anêmona: disco pedal; disco oral; coluna expandida e retraída; e os tentáculos. Para a subclasse Octocorallia, buscou-se visualizar os seguintes constituintes do exemplar de Renilla sp.: pólipos primário, com pedúnculo e ráquis; e pólipos secundário, com autozoóides, sifonozoóides e sifonozoóide axial. Para a classe Hydrozoa, buscou-se visualizar em algumas lâminas de Hydra: corpo com tentáculos; coluna do corpo e disco basal. Foi observado, também, a disposição dos poros de saída dos gastrozóides e dos dactilozóides do esqueleto de Millepora sp., além de seu formato através do microscópio estereoscópico. Na aula prática do dia 27 de setembro, foram comparados a morfologia dos escleritos de Octocorallia, onde foi retirada uma pequena parte do exemplar, que foi posto em uma lâmina. Logo após foram pingadas algumas gotas de água sanitária no fragmento, levando cerca de 5 minutos para agir. Em seguida levada ao microscópio óptico para visualização. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 FILO PORIFERA As duas esponjas observadas apresentaram em sua totalidade espículas megascleras e monoxônicas, provavelmente, devido ao fragmento ser de parte do esqueleto principal (RUPERT et al., 2005). As espículas da primeira esponja observada eram largas afinadas em suas extremidades (Figura 1, A). Já as espículas da segunda esponja eram bastante finas em formato de bastonete com as duas extremidades arredondadas (Figura 1, B). 7 CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA Reino: Metazoa Sub-reino: Parazoa Filo: Porifera Figura 1 – Desenho ilustrativo de espículas megascleras. A. Espícula da primeira esponja. B. Espícula da segunda esponja. Aumento: 400x. 3.1.1 Importância econômica do filo porífera e mecanismos de defesa Desde a década de 1950 uma quantidade grande de invertebrados marinhos foi descrita, aproximadamente 14.000 espécies. Visto que são animais praticamente imóveis a olho nu, as esponjas ao longo dos tempos desenvolveram um sistema de defesa que atua contra predadores e parasitos (SANTOS, 2010). As esponjas apresentam uma importância econômica em que muitos produtos bioativos são encontrados nesses animais com uma gama de compostos tóxicos que gera interesse nas indústrias farmacêuticas e químicas, devido a ação antifúngica, antiviral e antibacteriana, além disso, esses compostos são fontes relevantes para ajudar no esclarecimento dos padrões de classificação e relações filogenéticas, desse modo, não seria benéfico somente para a área da indústria, mas também para a ciência e sua evolução. Alguns compostos de esponjas marinhas foram isolados e foram sujeitos a testes clínicos, com finalidade ao tratamento de diversas formas de câncer. A importância econômica desses animais é tratada desde a época da 8 antiguidade, onde há vários relatos de seu uso como objetos usados na higiene humana (SANTOS, 2010). O sistema de filtração das esponjas é extremamente eficaz, visto que esponjas com um peso de 1 kg conseguem bombear uma quantidade de água de até 10.000L/dia. Dessa forma, podem reter e absorver matérias orgânicas, incluindo o carbono. Assim, apresentam uma importância nos ecossistemas que estão inseridas, sendo fortes indicadores biológicos da qualidade da água (CUSTÓDIO; HADJU, 2011). 3.1.2 Simbiose entre esponjas e outros organismos Mecanismos para defesa, adaptação e preservação comumente são observados nos oceanos, principalmente quando as comunidades de organismos vivem no mesmo ecossistema, como recifes de corais, ocorrendo também a simbiose entre macro e microrganismos (FELÍCIO; OLIVEIRA; DEBONSI, 2012). A hipótese do processo de simbiose tem chamado a atenção de pesquisadores. As esponjas possuem a capacidade de abrigar uma grande diversidade de microrganismos, incluindo fungos, arqueobactérias, bactérias heterotróficas, algas, cianobactérias, criptofíceas, dinoflagelados e diatomáceas. Esses organismos simbiontes podem ser encontrados tanto no interior quanto no exterior das células da esponja hospedeira (CONTI; GUIMARÃES; PUPO, 2012). Algumas teorias sugerem que a simbiose que ocorreu entre esses organismos e as esponjas seja a mais primitiva, e que antecedeu a divergência das esponjas no processo evolutivo, tendo surgido pelo processo de transmissão vertical durante o período Pré- Cambriano. Com o passar do tempo, esses microrganismos passaram a ter uma simbiose obrigatória de alta especificidade para com um ancestral comum das esponjas. Esse processo ocorreu por meio da transmissão vertical ou parental dos microrganismos nas larvas do hospedeiro ou por forma assexuada quando já presentes na célula-mãe (MACEDO, 2014). Alguns supõem que as funções que permitem esses organismos adquirir nutrientes, regular seu metabolismo,

Que característica das esponjas aumenta as chances de elas serem preparadas?

Aprovada pela comunidade. Por serem sésseis, as esponjas não podem fugir de seus predadores, tais como peixes, moluscos, tartarugas marinhas, ouriços e estrelas-do-mar. Por conta disso, muitas espécies possuem mecanismos químicos de defesa, liberando substâncias tóxicas quando ameaçadas! Espero ter ajudado!

Por que durante muito tempo as esponjas foram classificados como vegetais?

As esponjas são animais filtradores e hoje são classificadas como animais do filo Porifera. Mas realmente por muito tempo foram consideradas plantas em função das suas características sésseis parecendo-se de certa forma com algas.

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