Todos nós sabemos sobre a importância da água para a manutenção da vida de todas as espécies do planeta. Esse recurso natural cobre cerca de 70% da superfície terrestre, entretanto, cerca de 3% deste volume é de água doce.
Ao abordar esse tema em sala de aula é de fundamental importância que o professor promova a conscientização ambiental dos estudantes. Para isso, inicie a aula esclarecendo que a água não é um recurso infinito e que é necessário seu uso racional e a preservação da sua qualidade.
Posteriormente, questione os alunos sobre a importância desse recurso natural para as nossas vidas. Destaque que cerca de 80% do nosso organismo é composto por água e que ela é considerada o solvente universal. Explique os benefícios da ingestão de água tratada: regulador térmico, prevenção de doenças (cálculo renal, infecção de urina, etc.), hidratação, entre outros.
Elucide que além da importância para a saúde humana, a água é essencial no desenvolvimento de atividades econômicas: agricultura, indústria, construção civil, etc.
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Em seguida, apresente a forma de distribuição da água no planeta Terra:
- 97% da água disponível no mundo está nos oceanos, ou seja, é água salgada.
- 3% de água doce está distribuída da seguinte forma:
- 29,7% aquíferos;
- 68,9% calotas polares;
- 0,5% rios e lagos;
- 0,9% outros reservatórios (nuvens, vapor-d’água, etc.).
Após apresentar esses dados aos alunos, o professor deve realizar um debate abordando os seguintes questionamentos:
Á água é um recurso natural infinito?
A disponibilidade de água doce é suficiente para suprir as necessidades do ser humano?
Qual a importância da água para a vida?
Como podemos contribuir para a preservação da água no planeta?
Ao término do debate, solicite a realização de um trabalho abordando a importância da água para os seres vivos nas atividades econômicas,
a distribuição desse recurso entre os continentes, a disponibilidade de água no território brasileiro e possíveis atitudes para sua preservação.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Muitas pessoas, sabendo da maior parte da composição do nosso planeta, afirmam categoricamente que ele não deveria se chamar “Terra”, e sim “Água”, uma vez que cerca de 70% de sua superfície é composta por essa substância. Mas como ocorre a sua distribuição? Onde há mais e onde há menos água no mundo? Qual tipo de água é predominante? Com tanta água no mundo, por que tantos morrem de sede e sofrem com terríveis secas?
Infelizmente, a maior parte da hidrosfera do planeta, 97%, é composta por água dos mares e oceanos que, por serem extremamente salgadas, são impróprias para consumo. Em alguns locais, pratica-se a dessalinização da água, mas esse processo é caro e pouco eficiente, sendo ainda pouco praticado.
Da água restante do mundo, 71% dela está em forma de gelo nas calotas polares. Como o processo de transporte dessas geleiras é caro e também pouco eficaz, quase não há atividades referentes ao abastecimento de localidades através do manuseio de icebergs. Os outros 29% restantes de água potável no mundo estão distribuídos em águas subterrâneas (18%), rios e lagos (7%) e umidade do ar (4%).
Observe os gráficos abaixo:
Distribuição quantitativa da água na Terra
Assim, percebemos que o problema da água para o ser humano reside no fato de a sua maior parte não estar viável para consumo. Apesar disso, mesmo com o fato de a proporção de água potável disponível ser reduzida, ainda sim estamos falando de uma quantidade muito grande de água. No entanto, o seu mau uso vem reduzindo drasticamente a sua disponibilidade, seja através da péssima manutenção dos rios, seja pela sua poluição. Por esse motivo, estima-se que a água seja um dos principais fatores geopolíticos ao longo do século XXI.
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Outro fato agravante é a má distribuição dessa água potável pelo mundo. Algumas regiões do Oriente Médio e da África, por exemplo, apresentam uma significativa crise quanto ao abastecimento de água, o que se agrava com a ausência de saneamento básico para boa parte da população.
No caso do Brasil, há certo privilégio, pois somos o país que possui a maior disponibilidade de água potável, com cerca de 11% do total. Porém, trata-se de uma falsa abundância, pois também em nosso território essa água é mal distribuída. A sua maior parte encontra-se na região Norte do país, zona menos habitada e com solos pouco agricultáveis. As regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste dividem a quantidade restante, sendo que essa última é a que mais sofre com os problemas de escassez de água.
Por esse motivo, além de se promover uma maior conscientização popular sobre o correto uso, armazenamento e preservação da água e de suas fontes naturais, é preciso também a realização de políticas públicas para garantir o seu acesso por toda a população, com ações de democratização estrutural, como o saneamento básico.