Certos distúrbios tratados com cirurgia são difíceis de ser diagnosticados durante a gestação. Um alto nível de suspeita é necessário; assumir que todos os sintomas abdominais estão relacionados à gestação é um erro. Cirurgias importantes, particularmente as intra-abdominais, aumentam os riscos de trabalho de parto prematuro e
morte fetal. Contudo, a cirurgia é bem tolerada pelas gestantes e pelo feto quando cuidados apropriados de suporte e anestesia (manter a PA e a oxigenação em níveis normais) são prestados; assim, os médicos não devem relutar em operar esse tipo de paciente; o atraso no tratamento de uma emergência cirúrgica é muito mais perigoso. Podem acontecer durante a gestação, mas são mais comuns imediatamente após o parto
Apendicite Apendicite é uma inflamação aguda do apêndice vermiforme, classicamente resultando em dor abdominal, anorexia e dor à palpação abdominal. O diagnóstico é clínico, frequentemente suplementado... leia mais
Como o diagnóstico é postergado com frequência, a taxa de mortalidade dos casos de apêndice roto é mais alta durante a gestação e particularmente após o parto. Assim, caso se suspeite de apendicite, a avaliação cirúrgica (laparoscopia ou laparotomia, que dependem da fase de gestação) deve
ser feita sem demora. São comuns durante a gestação. Aqueles que surgem nas primeiras 14 a 16 semanas de gestação costumam ser os
cistos de corpo lúteo
Cistos funcionais As massas ovarianas benignas são cistos funcionais e tumores; a maioria é assintomática. O tratamento varia de acordo com o status reprodutivo da paciente. Há 2 tipos de cistos funcionais: Cistos... leia mais , que desaparecem
espontaneamente. Pode ocorrer torção anexial
Torção anexial É a torção do ovário e, às vezes, da tuba, que pode interromper o suprimento arterial e causar isquemia. A torção anexial é incomum, ocorrendo com maior frequência durante os anos reprodutivos... leia mais . Se a torção anexial não se resolver, pode haver
necessidade de tratamento cirúrgico para descontrair ou remover os anexos. Após 12 semanas de gestação, torna-se difícil palpar os cistos, pois os ovários, juntamente com o útero, sobem para fora da pelve. Aumento contínuo do cisto. Dor à palpação. Características radiológicas de câncer (p. ex., componente sólido,
excrescências na superfície, tamanho > 6 cm, forma irregular)
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Os cistos no ovário são um tipo de alteração que pode ocorrer em mulheres de todas as idades.
Na sua maioria, os cistos ovarianos são pequenos e benignos, não provocam sintomas e podem desaparecer espontaneamente. No entanto, esse assunto causa muitas dúvidas e é cercado por mitos, principalmente em relação à sua influência na fertilidade feminina. Vamos esclarecer a seguir algumas dessas questões. Confira!
1. Ovário policístico é o mesmo que cisto no ovário
Mito. Cisto de ovário geralmente é único, tendo em geral de 3 a 10 cm, podendo ser maior. Já na síndrome dos ovários policísticos são encontrados vários pequenos cistos, com média de 10 milímetros de diâmetro espalhados pelo ovário.
Por serem parte de um quadro de anovulação, a frequência da menstruação na mulher com síndrome dos ovários policísticos é menor, ocorrendo a cada dois ou três meses. Há também outros sintomas, como o aumento de pelos no rosto, seios e abdômen, acne, dificuldade para engravidar e ganho de peso.
2. Existem diversos tipos de cistos ovarianos
Verdade. Os tipos mais comuns são os cistos foliculares e os cistos de corpo lúteo.
Os cistos foliculares evoluem de um folículo formado para abrigar o óvulo e liberá-lo em direção às trompas, no período da ovulação. Se esse folículo não se romper para liberar o óvulo, ele continua acumulando líquidos e crescendo, formando então um cisto. Na maioria dos casos, ele desaparece em algumas semanas.
Já o cisto de corpo lúteo ocorre quando o óvulo é liberado, mas o corpo lúteo volta a se fechar e passa a crescer e acumular líquidos no seu interior.
3. Os cistos ovarianos só aparecem após a menopausa
Mito. Após a menopausa, a mulher não ovula mais. Portanto, ela não desenvolve os tipos mais comuns de cistos ovarianos: os foliculares e os de corpo lúteo.
4. Os cistos de ovário podem ser câncer
Verdade. Os cistos de ovários na grande maioria são benignos e, muitas vezes podem ser distinguidos por meio de ultrassonografia ou ressonância magnética de tumores com apenas 1% dos casos representando malignidade, mas podem apresentar outros tipos de cisto ovariano em exames de sangue.
Quando não é possível descartar a possibilidade de tumor maligno com exames de imagem, é recomendado retirar o cisto para uma avaliação histopatológica.
5. Os cistos podem desaparecer espontaneamente
Verdade. Dependendo do tipo, tamanho, idade da paciente e até mesmo alguns fatores genéticos, o cisto pode desaparecer espontaneamente, pois são chamados de cistos funcionais. Quando isso não ocorre, é necessário avaliar a possibilidade de retirá-lo cirurgicamente.
6. Os cistos no ovário impedem a gravidez
Mito. É muito raro um cisto ovariano causar infertilidade, mas ele pode dificultar a concepção devido às alterações hormonais que provoca. É recomendável que a mulher faça o acompanhamento do cisto ovariano antes de tentar engravidar.
Na maioria dos casos, o tratamento para os cistos no ovário é muito simples, mas o acompanhamento do médico ginecologista é essencial para garantir o sucesso da terapia escolhida e não prejudicar a saúde da mulher e sua fertilidade.
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