O que é distribuição espacial da indústria?

O objetivo deste artigo é identificar a dinâmica espacial da indústria calçadista no Estado da Bahia, considerando a produção de calçados de couro e a cadeia coureiro-calçadista. A reestruturação do setor nos últimos anos, no Brasil, e o aumento da competição com os calçados asiáticos geraram um movimento de relocalização dessa indústria no território brasileiro. Tal processo teve rebatimentos positivos na economia baiana, pois resultou no crescimento interno da indústria calçadista. O deslocamento espacial dessa indústria para a Região Nordeste pode ser explicado teoricamente pelos recentes avanços teóricos da Nova Geografia Econômica. O diagnóstico do padrão espacial de deslocamento interno da indústria calçadista foi efetuado com base em análise exploratória de dados espaciais. Os resultados da análise mostraram que a indústria baiana de calçados caracteriza-se pela baixa concentração espacial, um reflexo de políticas estaduais de desconcentração espacial das atividades industriais. Por outro lado, conforme aponta a análise da cadeia coureiro-calçadista, já ocorre o adensamento da cadeia produtiva do setor no Estado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

  • PDF

Como Citar

Santana dos Santos, C., Ferreira dos Santos, G., & Silva das Almas, R. (2017). O padrão de distribuição espacial da indústria calçadista no Estado da Bahia. Cadernos De Ciências Sociais Aplicadas, 13(21). Recuperado de //periodicos2.uesb.br/index.php/ccsa/article/view/2105

Este artigo faz uma análise da distribuição espacial da indústria do vestuáriono Brasil para os anos de 1997 e 2006. Para tanto, além do referencial teórico,esse trabalho se utiliza das técnicas de análise exploratória de dados espaciais –AEDE. Destarte, foi realizada uma análise univariada para o número de indústriasde vestuário existentes entre os estados brasileiros. Rejeitou-se a hipótese nula deausência de dependência espacial e a construção dos mapas de clusters indicarampadrões de alta e baixa concentração industrial. Por outro lado, também foi realizadauma análise bivariada, confrontando o número de indústrias de vestuário e massasalarial de regiões vizinhas. O resultado revelou dependência espacial, além de mapasde clusters similares para 1997 e 2006. Assim, dois padrões espaciais emergiram,um de alta e outro de baixa concentração industrial. Conclui-se que as economias deaglomeração são as grandes responsáveis pelos resultados encontrados em ambasas análises.


Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.

Sobre o plano: Ele está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07GE08 de Geografia, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.

Este plano tem como objetivo analisar a concentração industrial do Brasil na região Sudeste, atrelando-a aos fatores locacionais e a contextos históricos do país.

As imagens e slides poderão ser projetados e/ou impressos. Em caso de textos verbais nos slides, eles poderão também serem lidos ou escritos na lousa para os alunos.

Materiais necessários: folha de atividade da ação propositiva, lápis, borracha, caneta, lápis de cor.

Materiais complementares:

Imagens utilizadas na etapa de contextualização:

//nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/CKyhu7jS85HNV3UPHn8PqBe8RsY7dvzFXUrYY5R7pAcrpse4mA54x9eyc5XX/ge07-08un02-contextualizacao-imagens.pdf

Imagens utilizadas na etapa de problematização:

//nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/G6RWxVxGP4AEPt5mV7KpYMxd5pzpJcb4cPjazEmBJDcKmzPqUn6fMttdypNH/ge07-08un02-problematizacao-imagens.pdf

Ação propositiva: //nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/S7UzY88YmmygqkPR2HHNuM9erdxWTUXpUuUR5Jp7h8PZ4F2u7qNm4FuJhkKX/ge07-08un02-acao-propositiva-mapa.pdf

Links para os mapas utilizados neste plano:

Distribuição da indústria metalúrgica, de máquinas e equipamentos e têxtil em 2013: //atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_principais_setores_indistriais.pdf

Mapa regional do Brasil segundo Milton Santos: //www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1551

Para você saber mais: a indústria é uma das principais atividades econômicas do país. Apesar disto, a sua distribuição pelo território nacional é irregular, pois não ocorreu com a mesma intensidade em todas as regiões, estando atualmente concentrada nos grandes centros urbanos, em especial da região Sul e Sudeste do Brasil, com destaque para as grandes regiões metropolitanas.

De maneira geral, podemos dividir o processo de industrialização brasileira em quatro momentos distintos, porém complementares:

I- De 1500 a 1808: o Brasil Colônia recebia fortes restrições ao surgimento da atividade manufatureira. Estas restrições se acentuaram em 05 de janeiro de 1785, quando a rainha Maria I assinou o alvará que extinguiu todas as manufaturas têxteis da colônia. A instalação de inúmeros engenhos de cana-de-açúcar no país, por utilizar mão de obra escrava (indígena e depois africana) e tração animal não são classificadas como atividade industrial.

II- De 1808 a 1930: com a chegada da família real, a revogação do alvará por D. João VI e a criação de tarifas e taxas de importação para para os produtos industrializados estrangeiros, o oferecimento de incentivos fiscais para a indústria e a posterior vinda de imigrantes europeus, teve início a fase de implantação da indústria no país, com destaque para as indústrias têxteis e alimentícias. No ano de 1907, foi realizado o primeiro censo industrial no país, onde foram contabilizada a presença de cerca de 3000 empresas.

III- De 1930 a 1956: a crise mundial de 1929 atingiu diretamente a economia cafeeira. A convergência de inúmeros fatores contribuíram para esta crise: a recuperação da economia europeia após a Primeira Guerra Mundial; a superprodução das empresas agrícolas e industriais que gerou um excesso de produção, desvalorizando seus produtos e provocando uma queda dos lucros, demissão em massa, contração do mercado, etc. No Brasil, esta crise reduziu as exportações do café, gerando um excedente da produção, forçando os cafeicultores a investir o capital acumulado em novas atividades. A cafeicultura forneceu para a região Sudeste, principalmente para o estado de São Paulo, as principais condições para a realização da atividade industrial: capital acumulado, rede de transporte (portos, ferrovias), numerosa mão de obra constituída de imigrantes europeus (alguns já com experiência no ramo industrial) e um grande mercado consumidor. Na década de 1930 São Paulo detinha o poder econômico do país e a cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, detinha o poder político, o que também contribuiu para a centralização de investimentos públicos e privados nesta região. Neste período se desenvolveu a indústria de mineração, a metalúrgica, siderúrgica, petroquímica, etc.

IV- de 1956 em diante: a partir do Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek, verificou-se uma nova direção nos rumos da indústria no país, com a abertura para o capital externo e a chegada nos país das empresas multinacionais, completando o parque industrial brasileiro. Atraídas pela oferta de matéria-prima, mão de obra barata, incentivos fiscais e um gigantesco mercado consumidor, as empresas multinacionais se instalaram, de maneira geral, na região Sudeste do país, em cidades que, além dos fatores locacionais já mencionados, também ofereciam uma boa estrutura urbana, como uma rede de transporte, energia, etc., acentuando ainda mais a concentração industrial nesta região.

Para mais informações sobre estes assuntos,, acesse os links abaixo:

Contexto prévio: para realização da aula é necessário que os alunos já conheçam o significado do conceito de indústria e a sua classificação de acordo com a finalidade da produção, que divide a atividade industrial em indústrias de bens de produção (base), indústrias de bens intermediário e indústrias de bens de consumo.

Tema da aula

Tempo sugerido: 2 minutos

Orientações: Projete o tema de aula para os alunos ou, caso não seja possível, escreva na lousa ou fale para a turma. Divida a turma em duplas ou trios para a realização desta aula. Este plano tem o objetivo de promover uma reflexão sobre a atual distribuição da indústria no Brasil, destacando as causas da concentração desta atividade na região Sudeste do país. Para isso, propõe, inicialmente, uma análise de mapas que apresentam a distribuição espacial das indústrias metalúrgicas, de máquinas e equipamentos e têxtil no Brasil. Após, é proposto uma reflexão a respeito dos fatores locacionais responsáveis pelo desenvolvimento e concentração industrial na região Sudeste, em especial as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, assim como o contexto histórico do período. Como ação propositiva os alunos serão levados a pensar de forma empresarial, na condição de donos ou presidentes de duas grandes indústrias de diferentes setores, que desejam construir duas novas unidades, tendo a tarefa de selecionar os locais mais vantajosos para a construção destas novas fábricas. Por fim, como atividade sistematizadora, deverão apresentar suas conclusões para a turma.

Contextualização

Tempo sugerido: 10 minutos

Orientações: Faça a pergunta contida no slide à turma. Se a resposta for positiva aprofunde esta reflexão inicial complementando com outras perguntas: era uma indústria do que? onde se localizava? Se a resposta para à pergunta do slide for negativa, pergunte os motivos de não existir indústrias no bairro ou cidade onde se localiza a escola.

Esclareça à turma que, dependendo da localização da escola onde a pergunta do slide for feita (em uma grande cidade ou em uma pequena cidade do interior) as respostas provavelmente serão diferentes e isto ocorre devido ao fato de não existir indústrias em todos os locais do país.

Se sua escola não possui um projetor de imagens, você poderá baixar e imprimir todas as imagens utilizadas nesta etapa clicando no link abaixo. Após entregue uma cópia para cada grupo.

//nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/CKyhu7jS85HNV3UPHn8PqBe8RsY7dvzFXUrYY5R7pAcrpse4mA54x9eyc5XX/ge07-08un02-contextualizacao-imagens.pdf

Como adequar à sua realidade: para melhor contextualizar o significado de indústria e dos fatores locacionais, utilize exemplos de atividades industriais ou agroindústrias existentes no bairro, cidade ou Estado onde a escola está inserida, relacionando com os principais fatores locacionais responsáveis por sua localização.

Fontes das imagens:

Contextualização

Orientações: Solicite que os alunos observem os mapas do slide e que informem os estados e regiões brasileiras que possuem o maior número de indústrias metalúrgicas. Neste momento é muito importante que você explique aos seus alunos o que faz uma indústria metalúrgica, suas características e quais fatores locacionais tendem a privilegiar em sua localização.

Por se tratar de uma regionalização pouco utilizada pelos livros didáticos, explique um pouco a diferença entre elas e pergunte como o mapa da distribuição espacial da indústria reforça esta proposta de regionalização.

Para você saber mais: As indústrias metalúrgicas produzem diferentes tipos de metais: alumínio, cobre, ferro, titânio, etc. Elas transformam muitas toneladas de matérias-primas e, por isso, tendem a se localizar próximas às suas áreas de extração. São consideradas indústrias de base pois o seu produto final são chapas metálicas (bobina) ou barras que serão utilizadas como matéria-prima em outras indústrias.

O mapa regional utilizado neste plano de aula foi elaborado pelo geógrafo Milton Santos em 1979 tendo como base o “meio técnico-científico-informacional”, ou seja, tem por base a distribuição e localização dos instrumentos e objetos técnicos, econômicos e informacionais pelo território brasileiro. Desta forma, segundo ele, o Brasil seria dividido em quatro regiões: Região Amazônica (apresenta baixa densidade demográfica e técnica, estando sua economia subordinada, de maneira geral, à floresta amazônica); Região Nordeste (apresenta povoamento antigo e e onde a instalação dos meios mecanizados se deu de forma pontual e pouco densa); Região Centro-Oeste (região de ocupação periférica e de economia agrário-exportadora) e Região Concentrada (região de grande concentração produtiva, tecnológica e populacional do país).

Para mais informações sobre o que faz esse tipo de indústria e sobre a regionalização do professor Milton Santos, acesse os links abaixo:

//super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-siderurgica-e-metalurgica/

//www.youtube.com/watch?v=ObKyoFm2cOI

Fonte das imagens utilizadas nos slides 4, 5 e 6:

Contextualização

Orientações: Solicite que os alunos observem os mapas do slide e que informem os estados e regiões brasileiras que possuem o maior número de indústrias de máquinas e equipamento. Neste momento é muito importante que você explique aos seus alunos o que faz este tipo de indústria, assim como quais fatores locacionais tendem a privilegiar em sua localização.

Por se tratar de uma regionalização pouco utilizada pelos livros didáticos, explique um pouco a diferença entre elas e pergunte como o mapa da distribuição espacial da indústria reforça esta proposta de regionalização.

Para você saber mais: As indústrias de máquinas e equipamento são estratégicas para o desenvolvimento econômico do país pois fornecem maquinário que transformam a produção da agricultura e da industrial nacional. Este tipo de indústria é a que primeira incorpora novos conhecimentos e inovações tecnológicas em seus processos produtivos, contribuindo para o aumento da produtividade das demais indústrias e setores econômicos. Podemos citar como exemplo deste tipo de indústria a mecânica e a de autopeças. De modo geral, estas indústrias tendem a se localizar próximas ao seu mercado consumidor, ou seja, em grandes distritos industriais.

Para maiores informações sobre esse tipo de indústria e sobre esta divisão regional acesse os links abaixo:

//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-63512014000300685

//www.youtube.com/watch?v=ObKyoFm2cOI

Fonte das imagens:

Contextualização

Orientações: Solicite que os alunos observem os mapas do slide e que informem os estados e regiões brasileiras que possuem o maior número de indústrias têxteis. Neste momento é muito importante que você explique aos seus alunos o que faz este tipo de indústria, assim como quais fatores locacionais tendem a privilegiar em sua localização.

Por se tratar de uma regionalização pouco utilizada pelos livros didáticos, explique um pouco a diferença entre elas e pergunte como o mapa da distribuição espacial da indústria reforça esta proposta de regionalização.

Para você saber mais: A indústria têxtil é um dos ramos industriais mais antigos e tradicionais. Tem como objetivo transformar fibras naturais (orgânicas e vegetais) e sintéticas em fios, tecidos, roupas e acessórios. Este tipo de indústria possui um processo produtivo muito diversificado, podendo coexistir fábricas verticalizadas, responsáveis por todas as etapas do processo produtivo (fiação, tecelagem, tingimento, confecção, etc.) e fábricas horizontalizadas, responsável apenas por uma ou outra etapa de produção. De maneira geral, tendem a se localizar próximas às grandes cidades, onde é grande a oferta de mão de obra e mercado consumidor.

Para maiores informações sobre a história e desenvolvimento da indústria têxtil no Brasil se sobre a divisão regional proposta, acesse os links abaixo:

//www.revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/article/download/5893/4139

//www.youtube.com/watch?v=ObKyoFm2cOI

Fonte das imagens:

Problematização

Tempo sugerido: 13 minutos

Orientações: Solicite que os alunos respondam a pergunta do slide. Aprofunde esta reflexão com uma outra questão: o que uma indústria precisa para funcionar? Direcione as respostas dos alunos para que se aproximem ao máximo dos fatores locacionais industriais. Se necessário complemente e reforce as informações a cerca destes fatores, destacando a sua importância para a realização da atividade industrial.

Nesta etapa de problematização, primeiro é lançada a pergunta contida neste slide para que somente no próximo slide os fatores locacionais sejam aprofundados.

Como adequar à sua realidade: utilize exemplos de atividades industriais ou agroindústrias existentes no bairro, cidade ou Estado onde a escola está inserida, relacionando-as com os principais fatores responsáveis por sua localização.

Se sua escola não possui um projetor de imagens, você poderá baixar e imprimir todas as imagens utilizadas nesta etapa clicando no link abaixo. Após entregue uma cópia para cada grupo.

//nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/G6RWxVxGP4AEPt5mV7KpYMxd5pzpJcb4cPjazEmBJDcKmzPqUn6fMttdypNH/ge07-08un02-problematizacao-imagens.pdf

Para você saber mais: a indústria é uma das principais atividades econômicas do país. Apesar disto, a sua distribuição pelo território nacional é irregular, pois não ocorreu com a mesma intensidade em todas as regiões, estando atualmente concentrada nos grandes centros urbanos, em especial da região Sul e Sudeste do Brasil, com destaque para as grandes regiões metropolitanas.

De maneira geral, podemos dividir o processo de industrialização brasileira em quatro momentos distintos, porém complementares:

I- De 1500 a 1808: o Brasil Colônia recebia fortes restrições ao surgimento da atividade manufatureira. Estas restrições se acentuaram em 05 de janeiro de 1785, quando a rainha Maria I assinou o alvará que extinguiu todas as manufaturas têxteis da colônia. A instalação de inúmeros engenhos de cana-de-açúcar no país, por utilizar mão de obra escrava (indígena e depois africana) e tração animal não são classificadas como atividade industrial.

II- De 1808 a 1930: com a chegada da família real, a revogação do alvará por D. João VI e a criação de tarifas e taxas de importação para para os produtos industrializados estrangeiros, o oferecimento de incentivos fiscais para a indústria e a posterior vinda de imigrantes europeus, teve início a fase de implantação da indústria no país, com destaque para as indústrias têxteis e alimentícias. No ano de 1907, foi realizado o primeiro censo industrial no país, onde foram contabilizada a presença de cerca de 3000 empresas.

III- De 1930 a 1956: a crise mundial de 1929 atingiu diretamente a economia cafeeira. A convergência de inúmeros fatores contribuíram para esta crise: a recuperação da economia europeia após a Primeira Guerra Mundial; a superprodução das empresas agrícolas e industriais que gerou um excesso de produção, desvalorizando seus produtos e provocando uma queda dos lucros, demissão em massa, contração do mercado, etc. No Brasil, esta crise reduziu as exportações do café, gerando um excedente da produção, forçando os cafeicultores a investir o capital acumulado em novas atividades. A cafeicultura forneceu para a região Sudeste, principalmente para o estado de São Paulo, as principais condições para a realização da atividade industrial: capital acumulado, rede de transporte (portos, ferrovias), numerosa mão de obra constituída de imigrantes europeus (alguns já com experiência no ramo industrial) e um grande mercado consumidor. Na década de 1930 São Paulo detinha o poder econômico do país e a cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, detinha o poder político, o que também contribuiu para a centralização de investimentos públicos e privados nesta região. Neste período se desenvolveu a indústria de mineração, a metalúrgica, siderúrgica, petroquímica, etc.

IV- de 1956 em diante: a partir do Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek, verificou-se uma nova direção nos rumos da indústria no país, com a abertura para o capital externo e a chegada nos país das empresas multinacionais, completando o parque industrial brasileiro. Atraídas pela oferta de matéria-prima, mão de obra barata, incentivos fiscais e um gigantesco mercado consumidor, as empresas multinacionais se instalaram, de maneira geral, na região Sudeste do país, em cidades que, além dos fatores locacionais já mencionados, também ofereciam uma boa estrutura urbana, como uma rede de transporte, energia, etc., acentuando ainda mais a concentração industrial nesta região.

Fonte da imagem:

Problematização

Orientações: Este é o momento de se refletir sobre os motivos que levaram à concentração industrial na região Sudeste do país. Apresente o organograma para a turma e solicite que expliquem a importância destes fatores para o desenvolvimento industrial neste período. Você poderá fazer perguntas como: qual foi a importância da mão de obra imigrante para a indústria no Sudeste? Como a crise de 1929 ajudou a impulsionar este setor? etc.

Após, promova uma comparação entre os fatores locacionais existentes na década de 1930 com os atuais: boa infraestrutura em transporte (portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, hidrovias), qualificação da mão de obra, incentivos fiscais, matéria prima, mercado consumidor, energia, etc. Esta reflexão auxiliará os alunos na realização da atividade propositiva da próxima etapa.

Para você saber mais: Denominamos de fatores locacionais o conjunto de elemento socioespaciais que influenciam diretamente na localização e distribuição espacial da indústria em um país. A existência deste fatores, por sua vez, está relacionada à questões históricas, naturais e econômicas de um local. Podemos didaticamente elencar como principais fatores locacionais para a indústria nos dias atuais: incentivos fiscais, qualificação da mão de obra, boa infraestrutura em energia, transporte e comunicação, abundância de matéria-prima, grande mercado consumidor, leis ambientais e trabalhistas fracas, existência de importantes universidades, laboratórios ou centros de pesquisas, etc. Para mais informações sobre os fatores locacionais da indústria acesse o link abaixo:

//brasilescola.uol.com.br/geografia/fatores-locacionais-industria.htm

Ação Propositiva

Tempo Sugerido: 12 minutos

Orientações: Entregue a folha de atividade da ação propositiva contendo o mapa deste slide para cada grupo. Oriente que, em grupo, eles deverão pensar como grandes empresários para escolher o local que ofereça os melhores fatores locacionais para a instalação de uma nova fábrica, procurando reduzir os custos de produção e garantir uma melhor competitividade no mercado.

Para a realização desta atividade cada grupo deverá escolher um tipo de indústria (têxtil, de calçados, agroindústrias, máquinas e equipamentos, metalúrgicas, petroquímicas, de computadores, etc.). Após, o grupo deverá analisar o mapa e buscar o melhor local para a sua instalação de acordo com a característica da indústria escolhida. Fique atento e oriente os grupos, sempre que necessário, na escolha do tipo de indústria.

Material complementar

Atividade da ação propositiva:

//nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/G6RWxVxGP4AEPt5mV7KpYMxd5pzpJcb4cPjazEmBJDcKmzPqUn6fMttdypNH/ge07-08un02-problematizacao-imagens.pdf

Como adequar à sua realidade: Utilize exemplos de indústrias ou agroindústrias existentes no bairro, cidade ou Estado onde a escola está inserida como forma de melhor contextualizar a atividade.

Sistematização

Tempo sugerido: 13 minutos

Orientações: Cada grupo deverá apresentar para a turma qual foi o tipo de indústria escolhido, o local selecionado para a sua instalação e os motivos desta escolha, ou seja, quais fatores locacionais foram levados em consideração. Durante a apresentação do grupo projete o mapa do slide anterior para facilitar a visualização.

Espera-se, neste momento, que os alunos sejam capazes de compreender a importância dos fatores locacionais para a realização da atividade industrial e os motivos que levaram à atual concentração desta atividade na região Sudeste do país.

Para você saber mais: Os fatores locacionais são muito importantes para a existência e localização da atividade industrial em uma determinada cidade ou região do país. A importância de cada um deles dependerá do tipo de indústria. Desta forma, indústrias de bens de consumo não duráveis de baixa tecnologia (têxteis, calçados, etc.) tendem a privilegiar os grandes centros urbanos por apresentarem, de maneira geral, uma grande oferta de mão de obra e de mercado consumidor. Por outro lado, as indústrias de base, por suas características produtivas, tendem a estar próximas das fontes de suas matérias-primas, enquanto as indústrias de alta tecnologia, por sua vez, tendem a se localizar próximas a grandes universidade, laboratórios e centros de pesquisas. Seja qual for o segmento industrial, as empresas procuram estar próximas de um ou outro fator locacional que melhor reduza os seus custos de produção, aumentando assim a sua competitividade no mercado.

O que é a distribuição espacial das indústrias?

A distribuição espacial da indústria brasileira, com acentuada concentração em São Paulo, foi determinada pelo processo histórico, pois no momento do início da efetiva industrialização, o estado tinha, devido à cafeicultura, os principais fatores para instalação das mesmas, podendo citar: capital, mercado consumidor, ...

O que é uma distribuição espacial?

Significado de distribuição espacial: É a distribuição algo em uma determinada área.

Como acontece a dispersão espacial das indústrias?

Ocorre a dispersão pois as manchas de industrias torna seus terrenos caros, com altos impostos, sindicatos de trabalhadores... e para fugir disso as industrias procuram locais afastados, com menos impostos, melhores terrenos, e a tecnologia ajuda a facilitar esse processo.

Quais fatores influenciam na distribuição espacial das indústrias?

Quais são os tipos de fatores locacionais?.
Transporte. ... .
Energia. ... .
Mercado-consumidor. ... .
Matéria prima. ... .
Mão-de-obra. ... .
Incentivos fiscais locais. ... .
Ciclo dos produtos. ... .
Disponibilidade de capital..

Toplist

Última postagem

Tag