Nem todas as características são herdadas como a cor da semente da ervilha, em que o gene para a cor amarela domina sobre o gene para cor verde. Muito frequentemente, a combinação dos genes alelos diferentes produz um fenótipo intermediário. Essa situação ilustra a chamada dominância incompleta ou parcial. Um exemplo desse tipo de herança é a cor das flores maravilha. Elas podem ser vermelhas, brancas ou rosas. Plantas que
produzem flores cor-de-rosa são heterozigotas, enquanto os outros dois fenótipos são devidos à condição homozigota. Supondo que o gene V determine a cor vermelha e o gene B, cor branca, teríamos: VV = flor vermelha BB = flor branca VB = flor cor-de-rosa Apesar de anteriormente usarmos letras
maiúsculas para indicar, respectivamente, os genes dominantes e recessivos, quando se trata de dominância incompleta muitos autores preferem utilizar apenas diferentes letras maiúsculas. Fazendo o cruzamento de uma planta de maravilha que produz flores vermelhas com outra que produz flores brancas e analisando os resultados fenotípicos da geração F1e F2, teríamos:
Agora, analisando os resulados genotípicos da geração F1e F2, teríamos:
P: | Flor Branca B B | |
V Flor Vermelha V | BV cor-de-rosa | BV cor-de-rosa |
VB cor-de-rosa | VB cor-de-rosa |
F1 = 100% VB (flores cor-de-rosa)
Cruzando, agora, duas plantas heterozigotas (flores cor-de-rosa), teríamos:
F1 | Flor cor-de-rosaV B | |
VV Vermelha | BV cor-de-rosa | |
VB cor-de-rosa | BB Branca |
F2 = Genótipos: 1/4 VV, 1/2 VB, 1/4 BB.
Fenótipo: 1/4 plantas com flores vermelhas
1/2 plantas com flores cor-de-rosa
1/4 plantas com flores brancas
Como referenciar: "Dominância incompleta ou Co-dominância" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 07/11/2022 às 15:33. Disponível na Internet em //www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel6.php
A codominância é um tipo de interação em que os dois alelos que condicionam uma determinada característica expressam-se.
Sabemos que cada característica do nosso corpo é condicionada por dois alelos, um proveniente do pai e outro da mãe. O que se espera normalmente é que exista uma relação de dominância entre eles, ou seja, que existam alelos dominantes e recessivos. Algumas vezes, no entanto, isso não acontece, e os dois alelos acabam contribuindo para a formação do fenótipo.
Na codominância, há alelos em heterozigose que são ativos e independentes um do outro. Nesse caso é formado um fenótipo que apresenta características encontradas nos outros dois fenótipos homozigotos. Vale ressaltar, no entanto, que não é formado um fenótipo intermediário, e, nesse caso, os dois alelos expressam-se integralmente
O exemplo mais clássico de codominância é aquele encontrado no sistema ABO. Nesse sistema, há três alelos envolvidos (IA, IB e i) que são responsáveis por determinar os grupos sanguíneos A, B, AB e O. Observe a seguir o genótipo e seu respectivo tipo sanguíneo:
IAIA e IAi – Sangue tipo A.
IBIB e IBi – Sangue tipo B.
IAIB – Sangue tipo AB.
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ii – Sangue tipo O.
O alelo IA e IB são dominantes, enquanto o alelo i é recessivo. O curioso nesse sistema é que, em um mesmo indivíduo, quando encontramos os alelos IA e IB, eles não exercem dominância um sobre o outro. Nesse caso, ambos se manifestam e geram um fenótipo conhecido como AB.
O gado shorthorn
apresenta três tipos diferentes de pelagem: vermelha, branca e rosilha
Outro exemplo de codominância pode ser observado no gado shorthorn, que apresentam pelagem vermelha, branca e rosilha, também chamada de ruão. Os indivíduos heterozigotos apresentam uma pelagem com uma coloração formada pela mistura de pelos brancos e vermelhos (rosilha). É importante ressaltar que, nesse exemplo, não há um fenótipo intermediário, e sim dois pelos diferentes em um mesmo indivíduo.
Atenção! É importante não confundir codominância com dominância incompleta. Na dominância incompleta, forma-se um fenótipo intermediário.
Por Ma. Vanessa dos Santos
Por Vanessa Sardinha dos Santos