Escrito en CULTURA el 1/3/2022 · 14:07 hs
A chegada da Quaresma para os católicos - religião que agrega cerca de 60% dos cristãos do Brasil, segundo o IBGE (2010) - traz o significado de penitência, que pode ser traduzido no jejum, teoricamente obrigatório para fiéis da igreja que tenham entre 14 e 60 anos.
Para o Papa Francisco, "Jejuar é aprender a modificar a nossa atitude com os outros e as criaturas: passar da tentação de 'devorar' tudo, satisfazer a nossa voracidade, à capacidade de sofrer por amor, que pode preencher o vazio do nosso coração".
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No entanto, com o tempo, muitos católicos amenizaram esse sofrimento e reduziram a abstinência a parte da vida, como o sexo, o consumo de carnes vermelhas ou de bebidas alcoólicas.
Mais do que tradição, o jejum remonta a séculos de doutrinação católica e desde 4 de outubro de 1994 segue disposições normativas instituídas pelo decreto conciliar Christus Dominus (nº 38), aprovado na conferência de bispos italiamos.
A lei da abstinência é categórica ao proibir "o consumo de carne, bem como de alimentos e bebidas que, segundo um julgamento prudente, devem ser considerados como particularmente procurados e caros".
No entanto, a própria história do catolicismo traz, digamos, contravenções a essa lei.
Uma dessas contravenções virou tradição entre aqueles que não se dispõem a ficar 40 dos 365 dias do ano sem uma cerveja gelada.
No século XVII, um grupo de monges da Ordem dos Mínimos (Paulaner monks, em alemão), fundada por São Francisco de Paula, mudou-se do sul da Itália para o mosteiro de Neudeck ob der Au, na Baviera (Alemanha).
Durante a Quaresma, os monges não podiam consumir alimentos sólidos. Como eles precisavam de algo que tivesse mais sustância do que a água, adaptaram-se ao elemento da região que se encaixava nas suas necessidades: a cerveja.
Os monges decidiram fazer a sua própria cerveja, a qual continha uma grande quantidade de carboidratos e nutrientes que os ajudavam a suportar o jejum. Seu sabor era doce e o nível de álcool era baixo. Devido à sua consistência forte, chamavam-na de “pão líquido”. Este tipo de cerveja está catalogada no tipo doppelbock e a sua cor é escura.
Quem conta essa história é Martin Zuber, o mestre cervejeiro e sommelier de cerveja da empresa alemã Paulaner, fundada em 1634, que seguiu a tradição dos monges.
Zuber conta que a cerveja dos monges foi batizada com o nome de “Salvator”, este nome vem de “Sankt Vater”. A tradução dessas palavras é “a cerveja do Santo Padre”, que era consumida pelos monges durante a quaresma.
Para os ortodoxos, a Sexta-feira Santa é o dia mais triste do ano, quando os fiéis se lembram do martírio de Jesus na cruz, da crucificação e do sepultamento. É também o dia mais rigoroso do jejum, quando não é costume se divertir, rir, cantar e dançar, brigar e xingar, mas rezar mais - como um sinal de memória e tristeza pelos trágicos eventos que ocorreram nos tempos bíblicos. De acordo com uma nota, um homem que riu da Sexta-Feira Santa irá chorar durante todo o ano. Mas o jejum envolve não apenas o comportamento moral, inclui a abstinência de alimentos, bem como bebidas.
A questão que pode ser embriagada na sexta-feira santa, pois acreditar nas pessoas não é menos significativa do que a questão do que pode ser ingerido a partir da comida. De acordo com os padres, neste dia doloroso, você pode comer e beber somente depois do jantar, quando o sudário é servido no culto na igreja. E o verdadeiro crente, observando um jejum estrito, é permitido usar somente pão e água, e de acordo com o calendário de comida no jejum - é melhor se abster completamente de comida e bebida.
Mesmo um sinal de que, mesmo que a pessoa tenha sede na Sexta Feira Santa, ele não será prejudicado por uma bebida durante um ano.
Naturalmente, essa abstinência rigorosa não é recomendada para crianças pequenas, mulheres grávidas e pessoas com certas doenças - por razões compreensíveis.
Posso tomar chá na sexta-feira santa?
Quanto ao chá (ou café), seu uso como bebida na Sexta-feira Santa não é proibido, especialmente se você observar um jejum não muito rigoroso. E embora o calendário menciona que este é um dia seco, e recomenda-se beber apenas água, compotas e sucos, há pouco relaxamento para o chá. As pessoas que se dedicam a atividades físicas ou mentais intensas podem não apenas ficar sem uma xícara de chá doce forte. Mas se você tiver a oportunidade, é melhor desistir dessa bebida por um dia - não é tão difícil quanto parece à primeira vista.
Posso beber vinho na sexta-feira santa?
As pessoas ortodoxas estão frequentemente interessadas na questão de saber se é possível beber álcool na Sexta-feira Santa e perguntar não por curiosidade, porque algumas pessoas podem ter algum tipo de feriado social nesta data, como um aniversário ou aniversário de um casamento ou qualquer outra coisa. Naturalmente, muitos organizam festas nesta ocasião e convidam convidados. E qualquer festival em nosso país é sempre acompanhado de álcool, isso já é parte integrante do banquete.
Os padres por sua vez recomendam completamente recusar o uso de espíritos fortes neste dia triste, e transferir as celebrações para outra data. E se houver uma necessidade estrita - você pode saborear um pouco de Cahors vermelhos. Mas isso não deve ser feito em conexão com a celebração, em nenhum caso tilintando e não brindando, mas modestamente e decentemente em uma refeição rápida. Bem, se Cahors é consagrado por você pessoalmente na igreja .
Qualquer crente deve passar o dia da Sexta-feira Santa meditando em seus pecados, oração e arrependimento, e até mesmo um copo de vinho bêbado isso não corresponde de forma alguma, deve ser levado em consideração.
Posso beber cerveja na sexta-feira santa?
Sobre o uso da cerveja na Semana Santa, as opiniões tendem a divergir. Por um lado, é um certo tipo de bebida alcoólica. Por outro lado, a cerveja é tratada como um produto magro. Em todo o caso, a proibição estrita pela igreja da cerveja não existe. E se você tiver alguma necessidade para esta bebida, você pode fazer um pouco de alívio no tamanho de um copo pequeno.
Em conclusão, quero observar: o que quer que o homem tenha bebido na sexta-feira santa, a bebida não deve influenciar seu comportamento moral naquele dia.