Principais meios de comunicação de massas nas sociedades contemporâneas

    Meios de comunicação de massas e a Manipulação

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    Resumo do trabalho

    Trabalho sobre os Meios de comunicação de massas e a Manipulação, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano)...

    Introdução

    Dentro da temática “A manipulação e os meios de comunicação de massa”, considerada uma realidade do mundo contemporâneo, poderíamos colocar inúmeras questões/problemas, porém, decidimos abranger as seguintes: “Serão os valores, que os media induzem nas crianças/jovens, os mais correctos?” e “Serão os meios de comunicação de massa, necessariamente manipuladores?”

    Nos últimos vinte anos, temos assistido a grandes alterações nos meios de comunicação e a uma grande  revolução. Estes dois aspectos tornaram-se numa das mais complexas prementes questões que se colocam à contemporaneidade.

    A revolução tecnológica e informática generalizou, à escala planetária, o acesso das populações a meios de comunicação que, há muito tempo ainda, estavam reservados a uma pequena parcela da humanidade. Ainda que, mesmo agora, uma significativa quantidade de seres humanos se encontrem excluídos do sistema global da circulação da informação, a verdade é que, cada dia que passa, mais e mais grupos de indivíduos se integram nessa imensa rede de comunicação e no respectivo caudal de informação que ela veicula, mas também produz.

    Todo esse fluxo de conhecimento de notícias, de programas de entretenimento, produziu, sem dúvida, uma maior aproximação entre indivíduos e sociedades e colaborou para superar as tradicionais fronteiras que, em muitos casos, isolavam as sociedades, as classes e as culturas. Deste modo, tornou-se um factor decisivo de desenvolvimento material e de expansão da liberdade para as comunidades em geral assim como para os seus membros individuais.

    Todavia, este processo de massificação e de globalização dos meios de comunicação gerou um conjunto de problemas que põem em risco os direitos e as liberdades tanto para as sociedades no seu conjunto, como para os cidadãos em particular, constituindo um instrumento de poder não só espiritualmente mas também material, esse tentacular sistema de comunicação pode, paradoxalmente (e em certa escala isto já acontece), num mesmo movimento, suprimir a privacidade e reduzir o espaço e o tempo de convivência entre as pessoas, assim como, ao mesmo tempo que promove o contacto com maiores diversidades, normalizar, de acordo com interesses pouco claros, os comportamentos e as opiniões.

    Da economia à moral, da publicidade à política, da religião à ciência, todas as manifestações humanas se tornam produtos em circulação nessa imensa teia de televisões, satélites, rádios, computadores, telefones, …

    A humanidade é, sempre, a medida primeira das coisas humanas. Isto é, nada do que é humano nos pode ser estranho ou desumano. Assim, para que esse poderoso sistema de comunicação e informação possa ser mais um elemento na construção de um futuro de maior felicidade, é necessário que saibamos torná-lo num instrumento para a promoção de bem-estar e liberdade para todos os seres humanos.

    Serão os valores, que os media induzem nas crianças/ jovens, os mais correctos?

    Quando falamos da influencia da comunicação de massas sobre as crianças, referimo-nos essencialmente à televisão e, mais recentemente, à Internet.

    Vários sociólogos enumeram três funções relacionadas com a televisão: informar, educar e distrair. E as principais criticas caiem sobre esta ultima função: distrair. A distracção pode condicionar o desenvolvimento intelectual, sobretudo nos mais jovens, levando à colectiva ausência de cérebro, ao domesticar de almas e à manipulação de pensamento das massas.

    No âmbito cibernético, a situação é mais complexa, teme-se que este novo veículo de informação tenha como principais funções: vigiar, anunciar e vender.

    Vigiar, pois em cada utilização na rede, o navegador deixa a sua marca e, sem saber, estabelece o seu auto-retrato relativamente aos seus interesses culturais, ideológicos, de consumo etc. Desta forma, os mestres da Internet, ao saberem o perfil do navegador, poderem manipula-lo conforme quiserem.

    Visto isto, verificamos que todos estes perigos constituem uma grande ameaça para as massas, mas ainda mais, para as crianças, que têm pouco sentido critico e facilmente se deixam manipular.

    Em redor desta questão, tal como acontece com quase tudo, as opiniões divergem:

    Karl Popper e John Condry alegam, em “Televisão: Um Perigo para a Democracia”, que as crianças hoje em dia, vêm na televisão uma fonte fiável de informações sobre o mundo.

    A maioria das crianças, estão perturbadas e, em parte, deve-se ao excesso de tempo que passam em frente à televisão e a demasiada confiança que depositam na mesma. Elas acham que tudo o que a televisão diz é verdade e aí está o principal problema: como sabemos a televisão “mente”. Mas como podem elas sabe-lo? Comparativamente as poucas verdades que diz, a televisão transmite às crianças uma variedade de informações falsas ou manipuladas, tanto sobre os próprios valores, como sobre factos reais.

    Os programas televisivos contêm uma extrema violência, salvo raras excepções. Teremos de realçar, os desenhos animados de acção, vistos por milhões de crianças, contendo das cenas mais violentas da televisão. As crianças adoptam atitudes violentas baseadas nos valores que a televisão lhes emite, como por exemplo, que o mundo que vivemos é “mesquinho e perigoso” em que a violência é digna de admiração, sendo a única forma de ascender na vida.

    Segundo estudos desenvolvidos por estudantes de comunicação social sobre “a violência na televisão e a sua influência nas crianças”, conclui-se que a influência exercida sobre as crianças por este meio de comunicação de massas é bastante negativa.

    A Televisão transmite-nos, progressivamente, que a violência é algo normal, comum e aceitável e ainda pior ensina que a inteligência está fora de moda, que o aceitável é a violência, que a moralidade é aceitável, que os polícias são os maus, e os criminosos é que são os bons.

    Foquemo-nos então nos desenhos animados de acção como o “Dragon Ball”, o “Pokémon” ou os “Power Rangers”. Estudos efectuados sobre os últimos referidos, afirmam que estes novos heróis não estão adaptados às novas gerações, que facilmente se influenciam. Os Power Rangers são seres humanos actuais, e aparentemente normais, vão a escola, etc… Por não serem cartoons animados, como por exemplo o super-homem, as crianças esperam poder ser exactamente como eles. Para além disso, nunca se magoam, os heróis por mais danos físicos que sofram acabam sempre ilesos. As crianças, assimilam então, que puderam fazer o mesmo, que podem bater nos colegas e que estes não sofreram qualquer dano, tal como acontece na televisão.

    Quanto aos valores morais induzidos às crianças, são veiculados pelas personagens. Há sempre o bom e o mau, o bom não pode fazer mal e o mau não pode fazer bem, esta é a visão moral de qualquer criança de 5 anos, portanto, qualquer acto bom ou mau, desde que seja feito pela personagem que é considerada boa por ela, será sempre classificado como um bom acto

    As crianças tendem a imitar tudo o que vêm, e sendo espectadores assíduos da televisão, e consequentemente da violência que esta emite, vulgarmente imitam, em brincadeiras violentas com os amigos, o que a televisão lhes transmite.

    Em resposta a esta critica, alguns produtores de televisão defendem-se dizendo que os programas televisivos representam a realidade e argumentam ainda, que não obrigam as crianças a vê-los. Porém, todos sabemos, que os pais não podem, nem conseguem, controlar todos os programas televisivos infantis que as crianças vêm.

    Os media também educam. Definindo educar como instruir e promover o desenvolvimento de faculdades, pode afirmar-se que os media constituem para a educação das crianças e jovens.

    A consulta de jornais e revistas pode desenvolver a competência da leitura; o recurso à televisão pode favorecer a ampliação do vocabulário, inclusive em línguas estrangeiras, mesmo em crianças que não lêem, a televisão permite igualmente conhecer outras realidades, outras culturas, outros países diferentes do nosso; pela televisão podemos conhecer o mundo, reconhecer cidades onde nunca estivemos; a escuta da rádio pode estimular as aptidões musicais; a ida ao cinema pode produzir momentos de convívio mas também de debate; a Internet pode aumentar incomensuravelmente a disponibilidade de informação.

    Os media são uma óptima fonte de aprendizagens diversificadas. O único problema é que devem ser geridos com parcimónia, ver televisão ou navegar na Internet não são por si negativos, pelo contrário. O problema é quando a nossa visão do mundo se limita a eles. Do ponto de vista formativo, sobretudo para as crianças e jovens, que são os mais vulneráveis à sua influência, o acesso à comunicação tecnológica, deve ser controlado ou pelo menos, gerido pelos seus país e educadores, porque os meios de comunicação, sobretudo a televisão e a Internet podem tornar-se um vício. Mas, os seus benefícios são bastante maiores do que as suas desvantagens: o que seria dos jovens hoje sem estes meios de comunicação …

    Numa óptica menos pedagógica, os media podem ainda entreter, e podem ensinar de forma lúdica, e por isso tantas vezes mais eficazes. A Internet, em particular, constitui um centro de recursos inimaginável há tão pouco tempo atrás, podendo democratizando o acesso ao pedagogo e ao lúdico.

    Repetimos "pode, pode, pode" porque nem sempre é assim. A componente humana, moral, da educação, é insubstituível. Mas é inegável a possibilidade – e a oportunidade derivada da possibilidade – e a existência da oportunidade.

    No que diz respeito à opinião do nosso grupo acerca desta questão, que se mostrou homogénea, concluímos que os meios de comunicação de massa têm dois pólos, relativamente à sua influência sobre as crianças.

    De um lado o pólo positivo, onde incluímos todos os programas didácticos, os concursos de cultura geral, os anúncios induzindo as crianças a fazerem a reciclagem, etc… Os meios de comunicação de massas, sobretudo a Internet e a televisão permitem que as crianças tenham noção de que existem várias culturas, países, e que se informem sobre o mundo.

    Contrariamente, temos o pólo negativo, que abrange toda a excessiva publicidade a brinquedos e produtos infantis, influenciando e manipulando as crianças ao consumismo em demasia; os programas violentos, especialmente os desenhos animados de acção, que induzem às crianças uma falsa realidade violenta do mundo.

    Como solução para esta temática tão preocupante para a sociedade actual, devia haver uma maior consciencialização dos pais, acerca da influência que a televisão tem nas crianças e o peso que pode ter na sua educação.

    Contudo, pensamos que isso talvez não seja o suficiente, e seja necessária, alguma, legislação, estipulando parâmetros a cumprir pela programação infantil. Pois sabemos que os produtores televisivos têm perfeita noção de que influenciam bastante os mais jovens, e diríamos até, que tiram partido disso, perdendo toda a noção dos valores morais, sendo estes substituídos pelos valores económicos.

    Serão os meios de comunicação de massa necessariamente manipuladores?

    Enumeram-se cinco meios de comunicação de massa presentes na actualidade, a televisão, a rádio, os jornais, a internet e as revistas, designados também por media.

    São baseados numa vasta quantidade de informação de fácil acesso, fazendo assim com que o ser humano se torne cada vez mais livre e bem informado, causando a ilusão as sociedades, de maneira directa ou indirecta.

    Esta manipulação manifesta-se pela forma como é utilizada, neste processo, quem manipula não argumenta, apenas impõe um ponto de vista com base numa ideia central com a intenção que quem é manipulado não perceba esta estratégia, construindo assim um plano de manipulação invisível.

    Conseguindo os media assim ter um enorme peso na opinião publica.

    A informação produzida transmite opiniões de uma forma a que os sujeitos as consideram como indiscutíveis, questões pouco conclusivas mas com uma boa recepção das mesmas.

    Devido ao grande impacto que os media proporcionam sob a população há quem os destaque como o quarto poder na sociedade, o poder executivo, o jurídico e o administrativo.

    O seu exagero na qualidade, selecção e ritmo, sem a devida consciência, a utilização da palavra é uma mais valia para atingirem o objectivo pretendido.

    Segundo protestantes contra a manipulação dos meios de comunicação:

    Defendem que estes não têm que ser necessariamente manipuladores, pois abordam varias expectativas que interessam a sociedade e muitos nem correspondem a realidade mas, que homem assegura ser a produção da verdade.

    Fazendo acreditar a sociedade que hoje em dia têm a ideia, que ver televisão e estar atento aos jornais por exemplo é motivo para se considerar uma pessoa actualizada.

    Esta influencia esta relacionada com questões de interesses económicos, políticos, religiosos, etc., que expandem atrás vez dos meios de comunicação as duas estratégias de manipulação.

    Acrescentam ainda que deveria haver limites para esta “propaganda” de estratégias sob a população, referindo que o homem esta sob as “ordens” dos media como “marionetas”.

    Em contrapartida Gabriel Perin realça que a sociedade já está demasiado habituada a este tipo de manipulação, espera que os meios de comunicação os entreguem na sociedade achando que por terem acesso a uma grandiosidade de informação se tornam mais autónomos.

    Concordando que não esta totalmente correcta esta maneira de administrar a vasta informação que disponibilizam perante a população.

    Defendendo que os media apenas transmitem um fortalecimento da aprendizagem em geral dando acesso a todo o tipo de noticias e de oportunidades para um futuro com mais evolução.

    Em geral, os membros do nosso grupo, foram de acordo com a ideia de que não há necessidade de que os meios comunicação de massa sejam tão manipuladores.

    Porém, a razão deste problema está na própria estrutura da sociedade, não, em particular, nos meios de comunicação de massa. Trata-se dos próprios princípios morais da sociedade, que ou estão errados, ou não estão a ser cumpridos. Os medias são manipuladores porque beneficiam com isso, estão, de certa forma, subordinados a interesses superiores quer a nível politico, quer a nível económico.

    Resolver este problema levantaria, consequentemente, uma série de questões. Visto que sabemos, que os media influenciam a opinião publica, podem mudar, progressivamente, a mentalidade da sociedade, mudando então os seus princípios morais. Neste caso, surgiria a questão “ mudar a sociedade e, consequentemente, mudar a manipulação nos media, ou mudar a manipulação nos media para mudar a sociedade?”.

    Este é, sem duvida, um assunto muito polémico e delicado, e uma solução implicaria uma reestruturação da própria sociedade.

    Conclusão

    Os meios de comunicação de massa, que se deveriam afirmar como independentes e ter como principal objectivo informar a população, estão subordinados a interesses económicos e políticos. Sendo exemplo disso, a excessiva publicidade, a escassez de programas culturais e excesso de programas violentos com o único objectivo de obter mais audiências, no caso da televisão, que foi o meio de comunicação de massa que analisamos mais pormenorizadamente.

    Embora os meios de comunicação de massa também sejam benéficos na educação das crianças, pois leva-as a conhecer o mundo, a saber que existe uma imensidão de coisas para além daquilo que eles conhecem, os valores induzidos as mesmas não são, nem de longe, os mais correctos.

    As crianças adoptam comportamentos violentos baseados no que vêm na televisão. É-lhes dada a conhecer uma realidade muito violenta, e que não corresponde à verdade, pois sabemos que a violência existe, que faz parte da sociedade, mas, ao contrário do que os meios de comunicação de massa induzem às crianças, a violência não é aceitável.

    Entre as opiniões que exploramos, concluímos que a principal critica feita à televisão, no que diz respeito à programação infantil, é a violência presente nos desenhos animados de acção, que substituíram os antigos programas infantis em directo.

    A manipulação esta presente nos media, e é tão criticada nos mesmos, devido ao facto de terem um poder tão influente na população, sendo até considerados, por alguns, o quarto poder, depois do executivo, legislativo e administrativo, mas sabemos que a manipulação não está presente apenas nos media.

    Concluímos então, que seria necessária uma completa reestruturação social, para que os meios de comunicação de massa deixassem de ser manipuladores.

    Bibliografia

    • Filosofia 10, João Baptista Magalhães
    • Filosofia 10, Marcello Fernandes e Nazaré

    Sites

    • //www.vecam.org/article684.html
    • //bocc.ubi.pt/pag/esteves-pissarra-opiniao-publica.html
    • //tribulandia.blogspot.com/2004/03/importncia-da-opinio-pblica-na.html
    • //www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual/opiniaopublica/0112.htm
    • //www.influenciadamidia.blogspot.com/-
    • //www.jornalorebate.com.br/site/index.php/Meios-de-comunicacao-de-massa-manipulacao-da-populacao-e-dos-profissionais-da-comunicacao.html
    • //www.dhnet.org.br/w3/cdhmp/tvalerta/capituloii.htm

    202 Visualizações 02/09/2019


    Quais são os principais meios de comunicação em massa?

    Meios de comunicação em massa ou social: são aquelas ferramentas utilizadas para estabelecer a comunicação e a troca de informações com uma vasta quantidade de pessoas, até mesmo populações inteiras. Os principais exemplos são: rádio, televisão, jornal, revista e internet.

    O que são meios de comunicação em massa exemplos?

    Meios de comunicação de massa: são aqueles que possibilitam a difusão da informação a grandes contingentes de pessoas, por isso o nome comunicação em massa. Nesse grupo estão o rádio, a televisão e os sites de notícia.

    Quais são os principais meios de comunicação modernos?

    Alguns exemplos de meios de comunicação são os jornais, as cartas, a televisão, a internet, o e-mail, o rádio, os telefones celulares e as redes sociais. Os meios de comunicação podem ser voltados para uma grande audiência, como é o caso da televisão e do rádio.

    Quais são as influências dos meios de comunicação de massa na sociedade atual?

    Os meios de comunicação de massa podem ser usados tanto para fornecer informações úteis e importantes para a população (como defende Dominique Wolton), como para aliená-la, determinar um modo de pensar, induzir certos comportamentos e aquisição de certos produtos, por exemplo.

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