Quais os impactos do consumo de drogas para a pessoa e para a sociedade?

O consumo de drogas lícitas e ilícitas pode causar diversos efeitos colaterais no organismo em curto ou longo prazo: mudanças no apetite e no sono, alterações na frequência cardíaca e na pressão arterial, desenvolvimento de doenças mentais e de outras complicações, como o câncer.

As drogas ilícitas causam diferentes efeitos, que também podem variar de pessoa para pessoa. Entretanto, as principais consequências do uso de algumas drogas no organismo são:

Maconha – distorce os sentidos e a percepção do tempo e pode causar confusão mental, paranoia, pânico, agitação e alucinações. As possíveis consequências do uso de drogas, nesse caso, são a perda de memória e da habilidade de processar informações complexas, irritação no sistema respiratório e desenvolvimento do câncer de pulmão.

Cocaína – pode causar a sensação de alerta e euforia ou de isolamento, ansiedade e pânico. As consequências do uso prolongado da droga são diminuição do sono, do cansaço e do apetite, alteração nos batimentos cardíacos, da pressão arterial e da temperatura. Quando usada em excesso, geralmente de forma injetável, pode causar overdose e morte.

Crack – é uma droga proveniente da cocaína que causa agitação e euforia e, logo em seguida, depressão. As principais consequências do uso de drogas, nesse caso, são perda de apetite, desnutrição, insônia, rachaduras nos lábios e gengivas, tosse, problemas respiratórios e cardíacos e sensação de perseguição.

Ecstasy – o efeito da droga é mudança na percepção de sons e imagens. Também causa aumento da temperatura corporal, desidratação, esgotamento físico e, em alguns casos, morte súbita. O uso contínuo pode causar ansiedade, medo, pânico e delírios.

Solventes ou inalantes – o efeito inicial da droga é euforia, mas, por poucos minutos. Entre as consequências do uso prolongado da droga estão: danos aos fígados e rins, perda de peso, ferimentos no nariz e na boca ou, ainda, a morte súbita por inalação de solvente, morte por falência cardíaca, ou morte por sufocamento.

O uso de drogas por crianças e adolescentes vem crescendo cada vez mais. Um estudo realizado no Brasil e publicado no Jornal da Tarde mostrou que 24,7% dos jovens entre 10 e 17 anos já experimentaram algum tipo de droga. Um número realmente alarmante!

Em muitos casos, usuários de drogas se envolvem em crimes tais como narcotráfico e homicídios, tornam-se vítimas de violência, além de estarem sujeitos a outros perigos, como DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e gravidez indesejável. 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) apontou que as principais razões básicas que atraem os jovens às drogas são:

  • Sentirem-se adultos;
  • Serem populares;

  • Para relaxarem e sentirem-se bem;
  • Desejo de correr riscos;
  • Por curiosidade.

É necessário que detalhes a respeito desse problema sejam expostos claramente, para os alunos se conscientizarem dos grandes malefícios do uso de drogas. Sobre isso, leia o texto “A função do educador no combate às drogas”.

Uma substância é considerada como sendo droga quando ela provoca alguma mudança fisiológica ou comportamental.  O álcool e o tabaco são drogas lícitas porque seu uso é permitido por lei. Já as demais drogas, como o crack, são drogas ilícitas, seu uso não é legalizado. Porém, todo tipo de droga, lícita ou ilícita, é proibido para menores de 18 anos. A Lei n.º 8.069 (13 de julho de 1990) do Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe a venda, fornecimento ou entrega à criança ou ao adolescente de produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica.

Quando a substância afeta os sentimentos, as atitudes e os pensamentos da pessoa, dizemos que é uma droga psicotrópica, possuindo três propriedades:

1. A pessoa desenvolve tolerância e precisa de doses cada vez maiores;
2. A pessoa fica dependente e tem uma necessidade obsessiva de consumir a droga;
3. Quando a pessoa para de consumir a droga, ocorre uma síndrome de abstinência.

Assim, o álcool, o tabaco e o crack são drogas psicotrópicas. Veja os efeitos de cada uma no organismo da pessoa, e não se esqueça de que isso não afeta somente a pessoa que está doente, viciada, mas atinge todos os que convivem com ela.

  • Álcool:

Se for ingerido em excesso, o álcool pode causar falta de coordenação motora, descontrole, sono e pode levar até mesmo ao coma, pois ele é uma droga depressora da parte central do sistema nervoso. Além disso, quando chega ao fígado, o álcool é metabolizado a etanal que é muito mais tóxico do que o próprio álcool, pode provocar câncer e lesão no fígado.

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O excesso de álcool também leva à hipoglicemia, que é a queda brusca de glicose no sangue, porque as enzimas usadas na produção de glicose são utilizadas no metabolismo do álcool. Outro resultado do consumo do álcool é a desidratação, porque ele desativa o hormônio antidiurético no cérebro, que é o responsável pela reabsorção da água filtrada pelo rim.

  • Tabaco:

A fumaça do cigarro contém monóxido de carbono, amônia, nitrosaminas, alcatrão e nicotina, substâncias tóxicas ao organismo. Quando a pessoa fuma, ela está absorvendo quase 5 mil substâncias prejudiciais ao organismo.

-Monóxido de carbono (CO): Combina-se com a hemoglobina do sangue impedindo que ela transporte oxigênio, podendo ser fatal se absorvido em grande quantidade;

-Amônia (NH3): A sua adição ao cigarro torna o cigarro mais alcalino e faz com que haja maior liberação de nicotina, levando a maior dependência do cigarro e mais prejuízos à saúde;

-Nitrosaminas: São carcinogênicas;

-Alcatrão: Contém hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HPA’s) que são comprovadamente carcinogênicos, como benzopireno. O alcatrão fica em parte impregnado no pulmão dos fumantes;

-Nicotina: Além da dependência que essa substância causa, ela também atua estimulando a parte central do sistema nervoso e, como consequência, há o aumento da pressão arterial, da frequência dos batimentos cardíacos, da frequência respiratória e da atividade motora, além da redução do apetite.

Ao se tragar o cigarro, a nicotina é imediatamente distribuída pelos tecidos e é absorvida pelo pulmão. Em razão disso, são causados inúmeros prejuízos para o organismo, veja alguns no texto Nicotina.

  • Crack: Para detalhes sobre a constituição do crack, leia o texto “Química do Crack”. Por ser fumada, essa droga vai direto para o pulmão, com uma absorção praticamente instantânea. Seu efeito passa rapidamente, em 5 minutos, e isso aumenta a dependência. A pessoa perde o apetite, emagrece, perde noções de higiene e sente constantemente sentimentos desagradáveis (como depressão intensa, desinteresse geral, cansaço, paranoia, desconfiança, medo e agressividade).


Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química

Quais são os impactos das drogas na sociedade?

Contudo, fatores relacionados à droga são precursores de grande parte dos problemas que ocorrem na sociedade. A droga é causadora de conflitos familiares, instabilidade profissional, além de relação direta na saúde dos usuários e, por consequência, reflexos na, já muito criticada,saúde pública.

Quais são os impactos do consumo de drogas para os jovens e para a sociedade?

Decorrentes da dependência química, 54% dos casos tiveram problemas relacionados à família, 29,4% conflitos conjugais, 63,2% prejuízos laborais, 20,6% cometeram infração penal e 26,6% praticaram violência.

Quais são os impactos do uso de drogas na vida e os relacionamentos familiares e sociais dos indivíduos?

Dessa forma, as drogas geram relevante impacto na vida dos usuários, levando-os às perdas físicas e psíquicas. Elas são responsáveis pela perda de emprego, de bens materiais, de rompimento dos vínculos familiares e, também, malefícios à saúde.

Quais as consequências das drogas para a família e para a sociedade?

O uso de drogas contribui de forma significativa para problemas familiares, como o rompimento de vínculos afetivos, agressividade, violência e vulnerabilidade social, visto que pelo aumento no consumo abusivo desse tipo de substância as consequências são desastrosas.

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