Quais os principais problemas sociais é ambientais gerados no espaço urbanizado?

luoman / iStock / Getty Images Plus A urbanização acelerada trouxe diversas consequências negativas ao meio ambiente, assim como a destruição dos rios, aumento das inundações, desmatamento e diminuição dos recursos naturais.

O rápido crescimento das cidades e o amplo deslocamento das pessoas da área rural para a zona urbana são ações que causam sérios problemas para o meio ambiente. Isso porque a concentração de milhares de pessoas em grandes centros urbanos prejudica a fauna e flora do local, esgotando recursos naturais e gerando malefícios para a saúde das pessoas que habitam estas cidades.

Conheça a seguir algumas das principais consequências ambientais da urbanização acelerada e entenda como elas afetam a natureza e as pessoas próximas aos grandes centros urbanos:

Destruição de rios e afluentes

O ritmo do crescimento do território urbano interfere diretamente no fluxo normal de rios e seus afluentes. Muitas das grandes cidades brasileiras foram construídas próximas a leitos de rios e lagos, de modo que a população e as empresas pudessem obter água para consumo e para utilização em seus processos produtivos.

Esse é um fator que, somado à falta de planejamento, acaba causando a morte de peixes e a proliferação de algas, problemas que estão associados à alta concentração de dejetos e de produtos químicos.

Aumento das inundações

Outra consequência da urbanização são as inundações recorrentes, fruto da grande quantidade de água que não pode ser escoada em temporadas de chuva. Uma das principais causas desses problemas de escoamento, além do acúmulo de lixo nas entradas de esgoto, é a baixa absorção da chuva pelo terreno.

Regiões muito urbanizadas tendem a ser pavimentadas, principalmente nas regiões centrais. Sem estudos para o escoamento adequado e sem absorção por parte do terreno, a água da chuva entra em contato com o pavimento e escorre para áreas mais baixas, inundando-as e até criando correntezas.

Desmatamento e redução da fauna e flora local

Sempre que existe a concentração de pessoas em uma zona urbana, é necessário abrir espaço para a construção de terrenos e moradias. Uma das consequências da urbanização acelerada é o desmatamento e a redução da fauna local. Para que as casas e prédios possam ocupar os espaços, árvores, campos e outros habitats são invadidos e destruídos.

A destruição destes habitats pode levar a extinção de espécies de bichos e plantas na região, além de fazer com que animais invadam o espaço urbano em busca de refúgio e alimento.

Maior ocorrência de desabamentos

Uma vez que nem todas as pessoas têm condições de se instalar nas áreas mais centrais das cidades, elas acabam se deslocando para regiões mais distantes ou locais com menor controle do Estado sobre sua permanência.

Como exemplos podemos ver construções em morros ou próximas a margens de rios, locais que geralmente registram a ocorrência de deslizamentos e desabamentos de terra. Isso acontece porque, para que a construção das edificações seja possível, as áreas são desmatadas sem que seja feito um estudo de impacto no solo. Com isso, basta uma grande quantidade de chuva para que o terreno ceda.

Poluição atmosférica

A grande quantidade de veículos e indústrias emitindo gases poluentes altera a qualidade do ar em grandes centros urbanos. Esta mudança traz diversos malefícios para a população, que passa a registrar maior ocorrência de doenças respiratórias. Além disso, gases poluentes como o Monóxido de Carbono podem causar o aumento da temperatura, formando ilhas de calor.

Os problemas sociais urbanos abrangem todos os dilemas estruturais, próprios das cidades. Falta de emprego, moradia precária, violência, pouca acessibilidade, baixo acesso aos centros de saúde, transporte coletivo sucateado e situações semelhantes são os principais exemplos.

No artigo a seguir, você verá um resumo sobre os conflitos sociais advindos do processo de urbanização dos países, com suas principais causas e consequências, principalmente no Brasil. Acompanhe!

  • O que são problemas sociais urbanos?
  • Déficit habitacional 
  • Segregação socioespacial
  • Violência e criminalidade como problemas sociais urbano
  • Mobilidade Urbana 
  • Estude mais sociologia com a Coruja!
  • Veja também:

As questões urbanas que afetam a sociedade surgiram com o intenso processo de urbanização que aconteceu nos países em diferentes épocas. No Brasil, por exemplo, o êxodo rural e a formação das cidades ficou em evidência a partir da metade do século XX, menos de cem anos atrás. 

Diferentemente de outras nações desenvolvidas, que apresentam planejamento urbano, o nascimento dos municípios brasileiros aconteceu sem organização prévia: os indivíduos se instalavam onde e como era possível. Com isso, uma série de fatores negativos surgiram, como você verá adiante. 

Déficit habitacional 

A moradia precária é um dos maiores problemas sociais urbanos dos países subdesenvolvidos. As casas não apresentam as condições adequadas para abrigar os moradores.

Muitas vezes, a estrutura está sujeita a ação da natureza, por isso chuvas podem resultar em alagamento, desabamento de paredes, destelhamento, umidade e mofo. Em casos mais graves, essas habitações inseguras estão próximas a zonas de deslizamento de terras.

No verão brasileiro, é muito comum encontrar notícias de famílias que foram soterradas ou até mesmo perderam entes queridos devido a enchentes e desabamento de morros. 

Em 2022, por exemplo, a cidade de Franco da Rocha foi marcada por uma situação assim. A soma entre as alterações climáticas intensas e as condições frágeis das cidades resultaram em fortes chuvas que causaram deslizamento de terras, soterramentos e a morte de mais de uma dezena de pessoas.

Outro exemplo de déficit habitacional está na matéria prima utilizada para a construção: casas feitas com pau a pique ou material barrento são determinantes até mesmo para a saúde dos cidadãos.

Insetos como o barbeiro se alojam nas frestas das paredes e, muitas vezes, carregam o protozoário causador da doenças de chagas. Caso o habitante se contamine, apresentará sintomas dessa enfermidade que ataca o esôfago, coração e intestinos.

Segregação socioespacial

No ponto de vista de localização dentro das cidades, um fator muito recorrente nas grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro é a segregação socioespacial, que também está relacionada com o processo de favelização.

Isso acontece porque com a especulação imobiliária e o preço das mercadorias em zonas centrais, a população de baixa renda é repelida para as regiões periféricas. O problema aqui se agrava em duas principais vertentes.

Geralmente, para se adaptar nos locais afastados dos centros urbanos, os cidadãos se alojam em favelas e comunidades sem qualquer infraestrutura. Passam a viver sem saneamento básico, atendimento sanitário e até mesmo precisam recorrer a meios ilegais para conseguir iluminação.

Quando o indivíduo não consegue se alojar em uma dessas realidades, somada a outros fatores de ordem pessoal, ele pode ficar em situação de rua. Nesse caso, a situação torna-se extrema: não há abrigo, a alimentação é deficiente ou inexistente, a higiene fica comprometida e o ser humano fica completamente vulnerável.

+ Veja também: Como o conceito de favela pode ser cobrado no vestibular?

Violência e criminalidade como problemas sociais urbano

Os crimes que acontecem em meio urbano podem ser atribuídos a diversos fatores, dentre os quais os principais são o desemprego e a falta de acesso aos direitos humanos básicos.

Considerando a população marginalizada, observa-se um menor índice de educação, profissionalização e maior necessidade de emprego para o sustento. Tais pontos, quando somados a necessidade cada vez maior de trabalhadores especializados, gera um grande bolsão de pessoas desempregadas nos países.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), 45,9% dos brasileiros aptos a trabalhar não possuem emprego fixo ou registrado, muitas vezes optando pela remuneração informal e pela busca incessante por trabalho. 

Com esses fatores, muitas vezes, a criminalidade aumenta exponencialmente.Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que 1% a mais de desempregados homens resulta em um crescimento de 1,8% na taxa de homicídios. O mesmo documento também mostra que para cada 1% de jovens homens que concluem os estudos, a taxa de violência diminui em 1,9%.

Portanto, é possível associar o desemprego e a educação deficiente com a ocorrência de assaltos, sequestros, furtos, invasões domiciliares, latrocínios e outros crimes próprios dos grandes centros urbanos.

Mobilidade Urbana 

Outro tópico muito citado dentre os problemas sociais urbanos está na dificuldade de deslocamento entre as diferentes regiões, principalmente nas metrópoles, como na maioria das capitais brasileiras.

O primeiro ponto a ser citado é o transporte público: observa-se que a ineficiência dos sistemas coletivos resulta em diversos transtornos para a vida dos usuários. Dentre os obstáculos podemos citar ônibus e trens quebrados, superlotação, passagem caras, trajetos extensos e mal planejamento geral.

Como consequência direta dessa realidade, muitos brasileiros optam por utilizar veículos próprios para a locomoção. Assim, as vias tornam-se superlotadas e não suportam um tráfego adequado, o que gera trânsitos quilométricos.

Além disso, a segregação socioespacial citada acima, faz com que muitos funcionários tenham que se deslocar por horas até que cheguem aos locais de trabalho:

 Uma pesquisa levantada pelo IBGE entre 2017 e 2018 mostra que aproximadamente 23% da população desloca-se entre 30 minutos e 1h para chegar ao trabalho. Em um cenário ainda pior, outros 14% demoram entre mais do que 1h nesse trajeto. 

Por fim, é necessário citar também que a acessibilidade das vias urbanas atrapalha a vida dos cidadãos que possuem incapacidades visuais, locomotoras, auditivas, entre outras deficiências.

Agora que você já conhece os principais problemas sociais urbanos, aproveite para se aprofundar nos fundamentos da sociologia, sua relação com a urbanização e as diferentes formas de entender a sociedade. 

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Veja também:

  • Surgimento da Sociologia: contexto histórico
  • Émile Durkheim: quem foi, obras e contribuições para a Sociologia
  • Cidadania: o que é e como cai?
  • Estratificação Social: o que é e como aparece nos vestibulares
  • Indústria Cultural: o que é, conceito, escola de Frankfurt e cultura de massa
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  • Prova Unicamp 2020 – História e Sociologia – Resolução 
  • Gabarito UNESP 2020 – História e Sociologia – Prova Resolvida
  • Prova de Sociologia da 2ª Fase da UNESP corrigida e comentada

Quais são os principais problemas sociais e ambientais do espaço urbano?

Principais problemas ambientais urbanos.
Enchentes. As enchentes são um problema cada vez mais comum nas grandes cidades brasileiras. ... .
Lixos urbanos. ... .
Despejo de esgotos nos rios e canais. ... .
Poluição sonora. ... .
Emissão de gases. ... .
Gabarito..

Quais são os problemas sociais do espaço urbano?

Os problemas sociais urbanos abrangem todos os dilemas estruturais, próprios das cidades. Falta de emprego, moradia precária, violência, pouca acessibilidade, baixo acesso aos centros de saúde, transporte coletivo sucateado e situações semelhantes são os principais exemplos.

Quais são os principais problemas causados pela urbanização?

A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água.

Quais as principais causas dos problemas urbanos ambientais?

Os problemas ambientais urbanos são causados pela industrialização, pelo crescimento acelerado e desordenado das cidades, pelo aumento do número de habitantes e também pelo aumento da quantidade de veículos a combustão que circulam nos centros urbanos.

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