Quais são os efeitos da quimioterapia branca?

Se você não falar, nunca saberei! 🤷‍♀️

Por isso, uma vez por semana faço uma enquete nos meus Stories perguntando tudo que vocês querem saber sobre câncer, Medicina Integrativa e Humanização do tratamento. 😁

Sempre fico MUITO feliz com a participação de todos. 💞

Essa semana, foi esse o assunto escolhido. Aproveitem!

Que a internet (“Dr Google”) e as conversas com outras pacientes trazem vários novos conceitos para a rotina dos que estão em tratamento oncológico todo mundo sabe. O que nem todo mundo sabe, é como podem ser diversificadas as informações que circulam sobre cada uma das medicações. 🧐De vilão a herói, um remédio assume várias faces a cada paciente que entra e sai no meu consultório durante o dia.

📌Quimioterapia Vermelha

Quando precisamos fazer quimioterapia para o câncer de mama, é muito comum o seu uso. Levam esse “apelido” as ANTRACICLINAS, que são basicamente duas drogas: Epirrubicina e Doxurrubicina. São conhecidas assim por serem, de fato, vermelhas.

São substâncias, acreditem se quiser, extraídas de bactérias. 😮 E atuam em diversos tipos de tumores de forma muito eficaz. Na maioria das vezes, são utilizadas em combinação com outros medicamentos (formando o que chamamos de esquema de quimioterapia).

📌Efeitos Colaterais

Queda do cabelo, náuseas, fadiga(cansaço), urina vermelha (no dia em que é feita), unha escura, baixa da imunidade (LEUCÓCITOS!) e das plaquetas.

Um efeito menos comum, é sua atuação no coração. ❤️Por isso existe uma dose máxima a ser respeitada (monitorada pelos oncologistas) e a solicitação do ecocardiograma ao início do tratamento.

📌Quimioterapia Branca

Apesar de serem transparentes, são chamadas popularmente de “brancas”. Pertencem ao grupo dos TAXANOS e são basicamente, o Paclitaxel e Taxotere. Assim como a “vermelha” leva à queda de cabelo (um pouco menos), náuseas e baixa da imunidade. Ao longo de seu uso, podem levar a “dormências” nas mãos e pés e dores no corpo. 😞

O Paclitaxel, normalmente é usado de forma semanal e dessa forma, costumamos ter menos toxicidades. Ambos têm a
mesma eficácia e a escolha por um ou outro é pessoal.

📌Mas qual é mais forte?

Quando me perguntam isso, faço outra pergunta:

“O que é mais forte pra você: ter mais efeitos colaterais? Ser mais eficaz?” 🤔 Qual é realmente a dúvida que existe por trás dessa pergunta? A seguir algumas considerações.

📌Como escolhemos qual esquema usar?

Sempre que usamos QUALQUER tratamento para QUALQUER doença, estamos seguindo diretrizes já estabelecidas. Para que um remédio seja usado, ele passa por pesquisas em inúmeras etapas e com milhares de pacientes. 👩‍🔬

Quando dizemos que vamos usar a “quimioterapia vermelha” seguida da “branca”, imaginem sempre que VÁRIAS outras
drogas foram testadas, em doses e ordens diferentes.

Tantas pesquisas servem para definir o melhor tratamento para cada perfil de paciente e também para conhecer todos os efeitos colaterais existentes.

📌O que é importante?

Precisamos entender que cada paciente é única. Não só em nossa escolha de medicações, mas também nos efeitos colaterais. Sempre orientamos quanto às toxicidades mais frequentes, mas eventualmente eles vêm de forma mais forte, ou ao contrário, nem aparecem.

Costumo dizer, que só saberemos a maneira como cada um reagirá, após o primeiro ciclo. E mesmo assim, ainda vemos
diferenças a cada aplicação.

Costumo até fazer uma comparação com a gravidez. Cada mulher sente de um jeito e até mesmo, a mesma mulher, pode
ter gestações completamente diferentes. 😊

📜Resumo

Como vimos, são drogas diferentes. Com efeitos colaterais diferentes e usos variados. Ambas são eficazes.
Evitem se comparar com outras pacientes e principalmente com o que a Internet sugere.

Somos serem únicos. Merecemos ser olhados em nossa individualidade. 😀

A quimioterapia é uma forma de tratamento contra o câncer que utiliza medicamentos capazes de eliminar ou bloquear o crescimento de células que se multiplicam rapidamente, como acontece com as células cancerígenas.

No entanto, estes medicamentos são levados através da corrente sanguínea para todas as partes do corpo, o que acaba por fazer com que afetem também as células saudáveis do corpo, principalmente aquelas que se multiplicam mais frequentemente, como as do trato digestivo, folículos pilosos e sangue. Desta forma, é comum que surjam efeitos colaterais como náuseas, vômitos, queda de cabelo, fraqueza, anemia, prisão de ventre, diarreia ou ferimentos na boca, por exemplo.

Entretanto, nem todas as quimioterapias são iguais, existindo uma grande variedade de medicamentos utilizados, que podem causar mais ou menos efeitos no organismo. O tipo de remédio é decidido pelo médico oncologista, após avaliação do tipo de câncer, o estágio da doença e as condições clínicas de cada pessoa.

Quimioterapia branca ou vermelha: qual a diferença?

Popularmente, algumas pessoas falam sobre diferenças entre quimioterapia branca e vermelha, de acordo com a cor do medicamento. Entretanto, esta diferenciação não é adequada, já que existem muitos tipos de medicamentos usados para a quimioterapia, que não podem ser determinados apenas pela cor.

De uma forma geral, como exemplo de quimioterapia branca, há o grupo dos remédios chamados de taxanos, como Paclitaxel ou Docetaxel, que são utilizados para tratar vários tipos de câncer, como os de mama ou pulmão, e causam como efeito colateral comum a inflamação das mucosas e a diminuição das células de defesa do corpo.

Já como exemplo de quimioterapia vermelha, pode-se citar o grupo das Antraciclinas, como Doxorrubicina e Epirrubicina, utilizadas para tratar diversos tipos de câncer de adultos e crianças, como leucemias agudas, câncer de mama, ovários, rins e tireoide, por exemplo, e alguns dos efeitos colaterais causados são náuseas, queda de cabelo, dor abdominal, além de serem tóxicas ao coração.

Como é feita a quimioterapia

Para realizar a quimioterapia existem mais de 100 tipos de medicamentos utilizados, seja em comprimido, por via oral, ou injetáveis, que podem ser administrados através da veia, intramuscular, abaixo da pele ou dentro da espinha dorsal, por exemplo. Além disso, para facilitar as doses na veia, pode ser feito o implante de um cateter, chamado intracath, que fica fixado na pele e evita picadas repetidas.

A depender do tipo de medicamento para o tratamento do câncer, as doses podem ser diárias, semanais ou a cada 2 a 3 semanas, por exemplo. Geralmente, este tratamento é feito em ciclos, que duram em geral algumas semanas, seguidos por um período de descanso para permitir que o corpo possa se recuperar e para que sejam feitas novas avaliações.

Principais efeitos colaterais

O efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo de medicamento, da dose utilizada e da resposta do organismo de cada pessoa, e na maioria dos casos duram alguns dias ou semanas, desaparecendo quando o ciclo do tratamento termina. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem:

  • Queda de cabelo e de outros pelos do corpo;
  • Enjoos e vômitos;
  • Tonturas e fraqueza;
  • Prisão de ventre ou diarreia e excesso de gases;
  • Falta de apetite;
  • Feridas na boca;
  • Alterações na menstruação;
  • Unhas quebradiças e escuras;
  • Manchas ou mudanças da coloração da pele;
  • Sangramento;
  • Infecções recorrentes;
  • Anemia;
  • Diminuição do desejo sexual;
  • Ansiedade e alterações de humor, como tristeza, melancolia e irritabilidade.

Além destes, é possível haver efeitos colaterais da quimioterapia a longo prazo, que podem durar meses, anos ou, até, serem permanentes, como alterações dos órgãos reprodutivos, alterações cardíacas, pulmonares, hepáticas e no sistema nervoso, por exemplo, mas é importante lembrar que os efeitos colaterais não são manifestados da mesma forma em todos os pacientes.

Perguntas frequentes sobre a quimioterapia

A realização de uma quimioterapia pode trazer muitas dúvidas e inseguranças. Tentamos esclarecer, aqui, algumas da mais comuns:

1. Qual tipo de quimioterapia irei fazer?

Existem inúmeros protocolos ou esquemas de quimioterapia, que são prescritos pelo oncologista de acordo com o tipo de câncer, a gravidade ou estágio da doença e as condições clínicas de cada pessoa. Existem esquemas com doses diárias, semanais ou a cada 2 ou 3 semanas, que são feitos em ciclos.

Além disso, é importante lembrar que existem outros tratamentos que podem se associar com a quimioterapia, como a cirurgia de remoção do tumor, ou a radioterapia, procedimentos que utiliza a radiação emitida por um aparelho para eliminar ou reduzir o tamanho do tumor.

Assim, a quimioterapia também pode ser dividida entre:

  • Curativa, quando por si só é capaz de curar o câncer;
  • Adjuvante ou Neoadjuvante, quando feita antes ou após cirurgia para retirada do tumor ou radioterapia, como forma de complementar o tratamento e buscar a eliminação do tumor de forma mais efetiva;
  • Paliativa, quando não tem finalidade curativa, mas atua como forma de prolongar a vida ou melhorar a qualidade de vida da pessoa portadora do câncer.

É importante lembrar que todas as pessoas que passam por tratamento contra o câncer, inclusive aquelas que já não poderão atingir a cura, merecem um tratamento para ter uma qualidade de vida digna, o que inclui o controle dos sintomas físicos, psicológicos e sociais, além de outras ações. Este tratamento tão importante é chamado de cuidados paliativos, saiba mais sobre ele em o que são cuidados paliativos e quem deve receber.

2. Meu cabelo sempre irá cair?

Nem sempre haverá queda dos fios de cabelos e pelos, pois depende do tipo de quimioterapia utilizada, entretanto, é um efeito colateral muito comum. Geralmente, a queda dos fios acontece cerca de 2 a 3 semanas após o início do tratamento, e costuma acontecer pouco a pouco ou em mechas.

É possível minimizar este efeito com o uso de uma touca térmica para resfriamento do couro cabeludo, já que esta técnica pode reduzir o fluxo de sangue para os folículos pilosos, diminuindo a captação do medicamento nesta região. Além disso, sempre é possível usar um chapéu, lenço ou peruca o que ajuda a ultrapassar o incomodo de ficar careca.

Também é muito importante lembrar que os cabelos voltam a crescer após o término do tratamento.

3. Irei sentir dor?

A quimioterapia em si não costuma causar dor, exceto o desconforto causado pela picada ou uma queimação pela aplicação do produto. A dor ou ardência excessiva não deve acontecer, por isso é importante avisar ao médico ou enfermeiro caso isso aconteça.

4. A minha alimentação irá mudar?

É recomendado que o paciente que está fazendo quimioterapia prefira uma alimentação rica em frutas, legumes, carne, peixe, ovos, sementes e cereais integrais, dando preferência aos alimentos naturais ao invés dos industrializados e alimentos orgânicos, pois não possuem aditivos químicos.

Os vegetais devem ser bem lavados e desinfectados, e somente em alguns casos em que há queda excessiva da imunidade o médico poderá recomendar o não consumo de alimentos crus por um período.

Além disso, é necessário evitar refeições ricas em gordura e açúcar imediatamente antes ou depois do tratamento, pois é frequente surgir náuseas e vômitos, e para diminuir esses sintomas o médico pode indicar o uso de remédios, como Metoclopramida. Veja outras dicas sobre a alimentação em o que comer para diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia.

5. Poderei manter a vida íntima?

É possível que haja modificações na vida íntima, já que pode haver queda do desejo sexual e diminuição da disposição, mas não há contra-indicações para o contato íntimo.

Entretanto, é muito importante lembrar-se do uso de preservativos para evitar não só infecções sexualmente transmissíveis neste período, mas sobretudo evitar uma gravidez, já que a quimioterapia pode causar alterações no desenvolvimento do bebê.

Quanto tempo dura os efeitos colaterais da quimioterapia branca?

No entanto, as reações vão depender bastante do organismo do paciente. Outra vantagem da quimioterapia branca é que a maioria dos seus efeitos colaterais passa em poucos dias e não requer intervenção médica.

Qual são as reações da quimioterapia branca?

Os principais efeitos colaterais são a diminuição dos glóbulos brancos, dores articulares, queda de cabelo, diarreia, náuseas e vômitos, além do ressecamento da pele. Tanto um como o outro podem ser isolados ou combinados para combater diversos tipos de câncer em diferentes casos.

Qual a cor da quimioterapia mais agressiva?

Quimioterapia vermelha Este tipo é entendido pelos pacientes como a quimioterapia mais forte, com efeitos colaterais mais intensos. Sua coloração avermelhada se dá por conta dos seus medicamentos, de cor rubi, quando diluídos.

Como amenizar os sintomas da quimioterapia branca?

A sensação de boca seca também pode surgir ao longo do tratamento e pode ser aliviada com o consumo de alimentos com mais molhos e caldos que facilitam a mastigação. Purês, iogurtes, gelatinas e queijos cremosos também podem ajudar a enfrentar este efeito.

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