Qual banho de assento a grávida pode fazer?

O tratamento gestantes que apresentam quadros de hemorroida é restrito à medidas locais e, como segunda opção, medicações via oral.

Como a maior preocupação durante a gestação é a de manter a saúde e o desenvolvimento do bebê não são todas as medicações para o tratamento de hemorroidas que são permitidas neste período.

Medidas para aliviar os sintomas de hemorroidas:

•   Bolsa de Gelo
•   Banho de Assento com Água Morna
•   Higiene Anal Após Evacuação
•   Uso de Pomadas
•   Medicações Via Oral

1. Bolsa de Gelo

O gelo local é utilizado nas primeiros 24 a 48 horas do inicio dos sintomas.

Deve aplica-lo várias vezes ao dia como o objetivo de diminuir o inchaço da hemorroida. O gelo também auxilia no controle da dor.

Sempre lembrando de cobrir o gelo com uma compressa ou toalha para não lesionar a pele da região perineal.

2. Banhos de Assento Água Morna

Algumas mulheres tem alívio maior com banhos de assento com água morna. O calor na região anal ajuda a diminuir a hemorroida melhorando a circulação local.

O banho de assento consiste em sentar em uma bacia ou banheira com água morna por 10 a 20 minutos.

Cuidado deve ser tomado com a temperatura da água, que não pode ser muito alta para evitar queimaduras. Da mesma forma, deve-se secar bem a área para não ficar úmida.

Na impossibilidade de fazer os banhos de assento e para as mulheres que estão no final da gestação, como alternativa, pode-se usar uma bolsa de água quente envolvida em uma toalha ou compressa aplicada na região perineal. Também tomando o cuidado para não queimar a pele local.

3. Higiene Anal Após Evacuação

A crise de hemorroida durante a gestão pode prejudicar a higiene da região anal após a evacuação.

O ideal é lavar a região anal com água corrente ou usar toalhas umedecidas sem perfume.

4. Uso de Pomadas

Existem algumas pomadas para hemorroidas no mercado que propiciam melhora dos sintomas de hemorroida. O coloproctologista vai indicar a mais adequada para cada caso.

Lembre-se que várias medicações estão contraindicadas no período gestacional, por isso evite a automedicação.

5. Medicações Via Oral

Medicações utilizadas para o tratamento de hemorroidas somente podem ser utilizadas sob prescrição médica, com o consentimento do médico obstetra.

A presença de plicomas ou hemorroidas pequenas não é contra-indicação para o parto normal. No entanto, pacientes com hemorroidas extensas podem apresentar piora após o parto.

Por outro lado, a constipação intestinal no pós-parto de cesariana ou parto normal, pode levar a uma crise de hemorroida.

Muitas mulheres permanecem com plicomas após uma crise hemorroidária. Ou seja, os sintomas de dor ou sangramento melhoram, entretanto permanecem com excesso de pele na margem anal ou ainda com hemorroidas grandes. Nestes casos o tratamento definitivo é postergado para o pós-parto.

Referências

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Poskus T, Buzinskiene D, et al. Haemorrhoids and anal fissures during pregnancy and after childbirth: a prospective cohort study. BJOG 2014; 121(13):1666-71

Quijano CE, Abalos E. Conservative mamagement of symptomatic and/or complicated haemorrhoids in pregnancy and the puerperium. Cochrane Library 2005. Review 2012

Mirhaidari SJ, Porter JA, Slezak FA. Thrombosed external hemorroids in pregnancy: a retrospective review of outcomes. Int J Colorrectal Dis. 2016; 31:1557-1559

Vazquez JC. Constipation, haemorrhoids and heartburn in pregnancy. BMG Clin Evid 2010;08:1411

A candidíase é uma infecção causada por um fungo do gênero Candida, mais comumente o tipo Candida albicans. Embora não seja uma doença restrita às mulheres, ele normalmente afeta o órgão genital feminino e sua incidência é muito comum durante a gravidez. 

O fungo Candida já existe em pequenas quantidades no organismo da mulher, convivendo de forma harmônica com outras bactérias na flora vaginal. Todavia, a alteração hormonal durante a fase gestacional altera o pH vaginal, permitindo que o fungo se prolifere — o que pode ocorrer com facilidade na região genital feminina, por ser um local úmido e quente. 

"Por causa da sensibilidade genital, praticamente 100% das mulheres terão a doença no decorrer da vida", afirma o ginecologista Mauro Romero Leal Passos, professor associado do curso de medicina da Unidade Federal Fluminense, em entrevista prévia ao Minha Vida. 

A incidência na gestação é bastante variável, podendo aparecer em qualquer período gestacional. Porém, de acordo com especialistas, é mais comum ocorrer na segunda metade da gestação. 

É importante frisar que a candidíase não é uma infecção sexualmente transmissível (IST). No entanto, o uso da camisinha ainda é necessário, pois ela pode ser transmitida entre parceiros. 

Não existe a possibilidade da candidíase passar para o bebê durante a gestação. No entanto, se não for devidamente tratada, a infecção aumenta o risco de rompimento precoce da placenta e, naturalmente, o risco de parto prematuro. 

Além disso, o médico Eduardo Vieira da Motta aponta que, mesmo raramente, pode haver o contágio durante o parto vaginal e o bebê apresentar candidíase cutânea nos primeiros dias de vida. 

O surgimento de candidíase oral (ou sapinho, como é conhecida popularmente) também pode ocorrer. Neste contexto, durante a amamentação, existe o risco do bebê transmitir o fungo novamente para a mãe, que pode desenvolver uma candidíase mamária.  

Os sintomas de candidíase na gravidez podem variar, como também podem não se manifestar. No geral, são sinais característicos que podem ser observados pela própria gestante, tais como: 

  • Coceira na região vaginal;
  • Dor e vermelhidão no local; 
  • Corrimento vaginal branco, parecido com leite coalhado;
  • Queimação ou dor ao urinar;  
  • Dor durante as relações sexuais

Ao contrário da candidíase fora da gestação, no período gestacional, ela pode parecer “aumentada”, conforme explica a ginecologista e especialista em reprodução humana, Adriana de Góes. “Não é tão comum a coceira e, às vezes, a paciente só repara no aumento da umidade. Então, é preciso fazer um exame ginecológico recorrente para detectar a presença da infecção”, complementa a especialista.  

Quando a candidíase provoca uma reação inflamatória mais intensa na mucosa vaginal, poderá ocorrer um pouco de sangramento. Porém, ele não está relacionado à gravidez, ao feto ou a placenta, segundo segundo Eduardo Vieira da Motta, ginecologista do Hospital Sírio-Libanês. 

O ato de coçar, além disso, também pode causar machucados na paciente, levando ao sangramento. Fora isso, é raro acontecer. Nestes casos citados, o volume de sangue que aparece costuma ser pequeno. Portanto, ao notar qualquer sangramento mais intenso, é essencial que a gestante procure atendimento médico urgente.

Devido à facilidade do fungo de se proliferar nos genitais femininos, alguns fatores podem aumentar a umidade na região íntima e facilitar a ocorrência da doença. Além da alteração hormonal natural que ocorre durante a gravidez, outros elementos que influenciam no desenvolvimento da candidíase, de acordo com o médico Eduardo Vieira, são: 

  • Obesidade; 
  • Uso de roupas apertadas, úmidas ou molhadas; 
  • Banho de mar, piscina ou banheira;
  • Aumento do nível de açúcar no organismo, provocado por diabetes ou uso de medicamentos que aumentem a excreta de açúcar pela urina;
  • Mudança na flora vaginal, muitas vezes provocada pelo uso de antibióticos; 
  • Interferência na imunidade, como ocorre na presença de outras doenças, uso de medicamentos imunossupressores, corticóides, etc 

Ademais, o especialista esclarece que o uso de roupas íntimas ou protetores de calcinha com materiais sintéticos pode causar irritação na pele e dar a sensação de prurido, comumente associado à candidíase.

Leia também: 8 coisas que você não sabia, mas podem piorar a candidíase

É comum durante o período gestacional que ocorra uma redução das células de defesa da região vaginal. Além disso, Eduardo Vieira explica que alterações imunológicas da própria gravidez, como o aumento da estimulação hormonal (estrogênio) e a maior produção vaginal de um tipo de açúcar, chamado de glicogênio, também tornam o ambiente ideal para a proliferação do fungo. 

Assim, não é incomum que algumas mulheres enfrentem mais de um quadro de candidíase durante a gravidez. Mesmo sabendo o que fazer para tratar a condição na gestação, a paciente deve sempre informar o profissional que faz o acompanhamento do pré-natal sobre qualquer sintoma que notar em seu corpo, para receber o tratamento mais adequado.

O tratamento de infecções causadas por fungos, como a Candida, é realizado através da aplicação de medicamentos antifúngicos vaginais na forma de cremes ou cápsulas, receitados pelo médico obstetra ou ginecologista. Segundo Eduardo Vieira, alguns deles podem ser: 

  • Clotrimazol; 
  • Butoconazol; 
  • Miconazol; 
  • Terconazol; 
  • Nistatina

A utilização de cremes ou pomadas, normalmente, é a mais indicada. Tratamentos por via oral não são recomendados durante a gestação. Em qualquer caso, o uso de medicamentos só deve ser feito mediante indicação de um especialista.

Segundo a ginecologista Adriana de Góes, o tratamento natural para candidíase consiste no uso de probióticos para regular tanto a flora vaginal quanto a intestinal, além da implantação de hábitos de vida mais saudáveis — a começar pela restrição de doces e carboidratos, que interferem na qualidade da flora vaginal. 

"O fungo precisa de um ambiente ácido para se reproduzir, e alimentos ricos em carboidratos simples, gorduras e proteínas animais contribuem para essa acidez", explica o nutrólogo Roberto Navarro, em entrevista prévia ao Minha Vida. 

Para aliviar os sintomas, é recomendado ainda realizar banhos de assento com bicarbonato de sódio ou chá de camomila. Além de deixarem a região genital menos ácida, impedindo o crescimento do fungo causador da candidíase, eles possuem ação antifúngica ou anti-inflamatória. 

Porém, é importante ressaltar que remédios ou técnicas caseiras não curam a candidíase efetivamente. Essas medidas são apenas uma forma de suavizar os sintomas e acelerar o tratamento. 

Um dos principais fatores que podem desencadear os sintomas de candidíase é a má alimentação. Nesse contexto, é importante evitar alimentos ricos em carboidratos simples, açúcar, amido e proteínas animais, que também podem piorar um quadro pré-existente. O ginecologista Eduardo Vieira ainda recomenda o consumo de alimentos com probióticos, como fermentados (coalhada, kefir, kombucha), ou mesmo na forma de cápsulas.

Ademais, alguns outros cuidados e hábitos podem ajudar a prevenir a candidíase, como o uso de roupas confortáveis com tecidos de fibras naturais, de acordo com o especialista. Roupas justas e com tecido sintético reduzem a ventilação e aumentam a umidade local, facilitando o desenvolvimento de fungos. 

A higienização de calcinhas (de algodão, preferencialmente) deve ser realizada com sabonete neutro, sem perfume ou corante, para evitar irritações na região genital. Embora a falta de higiene na vagina não cause a candidíase, ela favorece a proliferação do fungo. 

“Algumas mulheres têm o costume de lavar as calcinhas no banho e com sabonete normal de corpo, então é importante higienizar com o sabonete correto”, aponta a ginecologista Adriana de Góes.

O uso de duchas vaginais também deve ser evitado, pois elas retiram a flora vaginal saudável, na qual vivem bactérias e microorganismos em equilíbrio. Nesse contexto, a defesa contra bactérias fica defasada, aumentando o risco da candidíase ou de outra infecção bacteriana ou fúngica na região íntima. 

Leia também: Qual é o jeito certo de lavar a vagina e o que NÃO fazer

Quais banhos de assento gestante pode fazer?

Para aliviar os sintomas, é recomendado ainda realizar banhos de assento com bicarbonato de sódio ou chá de camomila. Além de deixarem a região genital menos ácida, impedindo o crescimento do fungo causador da candidíase, eles possuem ação antifúngica ou anti-inflamatória.

Como fazer o banho de assento na gravidez?

Como preparar um banho de assento Ferva de 3 a 4 litros de água; Deixe esfriar e, quando estiver morna ou natural, coloque o conteúdo em uma bacia, na altura suficiente para cobrir a parte íntima por alguns minutos; Permaneça de 2 a 3 minutos no banho de assento; Enxugue normalmente a região com uma toalha macia.

Pode fazer banho de assento com vinagre na gravidez?

Uma boa opção natural para completar o tratamento da candidíase na gravidez indicado pelo médico, e aliviar os sintomas de coceira é fazer um banho de assento com 2 litros de água morna e 1 xícara de vinagre de maçã.

Porque grávida não pode fazer banho de assento?

Grávida ou não, evite usar a ducha. Ela facilita a ascensão de microrganismos para dentro da vagina ou até mesmo para dentro do útero, o que pode ocasionar corrimentos ou infecções mais graves.

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