Qual é a moral da história da cigarra?

A fábula da Cigarra e a Formiga (ou o Gafanhoto e a Formiga, como original) foi escrita por Esopo, um escritor da Grécia Antiga que ficou conhecido como o pai das fábulas.

Jean de La Fontaine adaptou a fábula, algum tempo depois, para o francês. Além dele, outros escritores também a adaptaram, como Monteiro Lobato para o Sítio do Pica-Pau Amarelo e José Paulo Paes com uma versão poética.

As fábulas na Educação Infantil

As fábulas servem para para demonstrar principalmente às crianças alguma lição a ser aplicada no dia-a-dia. A fábula da Cigarra e a Formiga, por exemplo, ensina as crianças a se prepararem para o que pode acontecer.

No caso, a cigarra não trabalhou para se manter no inverno. Logo, quando chegou na estação, não tinha com o que se alimentar e passou muito frio.

Sobre A Cigarra e a Formiga

A fábula da Cigarra e a Formiga consiste em uma Cigarra muito astuciosa que gostava de levar a vida a cantar, sem se preocupar com o futuro. Também existia uma formiga, que trabalhava ardosamente para guardar alimento.

Enquanto a formiga trabalhava, a cigarra a aconselhava a parar tudo e começar a cantar também.

Até que finalmente chegou o inverno. A cigarra não tinha o que comer, enquanto a formiga estava preparada, já que trabalhou o verão inteiro para ter os mantimentos necessários.

Moral da história: “Os que não pensam no dia de amanhã, pagam sempre um alto preço por sua imprevidência.”

A fábula”A Cigarra e a Formiga”

Confira agora a fábula da Cigarra e a Formiga adaptada da obra de La Fontaine: 

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:

– Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!

– Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.

Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.

Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.

A cigarra então aconselhou:

– Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!

A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga.

Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.

A rainha das formigas falou então para a cigarra:

– Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio.

A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:

– Hum!! O inverno ainda está longe, querida!

Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo.

Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga.

Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio.

Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.

Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: – No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós.

Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.

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As fábulas têm como objetivo entreter e ensinar algum tipo de lição. A cigarra e a formiga é uma das mais conhecidas e difundidas por todo o mundo. A narrativa traz elementos próprios da condição humana e sua relatividade.

  • Enredo
  • Analisando A cigarra e a formiga
    • A diligência da formiga
    • A displicência da cigarra
  • Conclusão
    • Curso de Psicanálise

Enredo

A cigarra e a formiga é uma fábula que narra a interação entre dois animais: formiga e cigarra, como dedutível pelo título. Vivendo num bosque, ambas dão às suas vidas o seguimento próprio de sua orientação animal. Enquanto a formiga diligentemente trabalha durante todo o dia, a cigarra canta divertidamente.

Assim, durante o verão, a cigarra questiona a formiga porque ela não cessa o trabalho para se divertir. Então a formiga lhe alerta dizendo que é preciso acumular provisões para a chegada do inverno. Porém, a cigarra não se convence dessa necessidade e continua a aproveitar a estação quente.

Eis que chega o inverno e a cigarra, como era de se esperar, sofre com frio e com a fome. Lembra-se então de pedir auxílio à formiga, pois esta tinha construído abrigo e acumulado alimentos. Entretanto, a formiga, em zombaria, dá a ela uma orientação. Quem havia cantado no verão deveria dançar no inverno.

Analisando A cigarra e a formiga

As fábulas condensam em si uma infinidade de simbologias comportamentais que se adequam ao contexto humano. Elas tratam de virtudes, de vícios, e exploram lições que o reino animal, predominantemente, pode nos passar. Assim, é de analogias que a maioria delas se vale para nos causar uma impressão instrutiva.

Com isto, a cigarra e a formiga não poderia ser diferente. As duas personagens representam dois perfis comportamentais completamente opostos definidos por valores igualmente contrários. A extrapolação deste contexto para o social humano nos coloca como espectadores de nossos próprios padrões.

A diligência da formiga

A formiga é o símbolo do trabalho e da organização. Pequenina, mas dotada de uma força muitas vezes superior ao próprio peso ela lidera o ranking de animais laboriosos. Não haveria exemplo mais apropriado para se adequar à narrativa que este.

Na fábula, a formiga está a juntar provisões para o período do inverno. Passa boa parte do enredo carregando folhas e outros itens naturais que serão utilizados na fortificação de seu abrigo. Além disso, carrega consigo também alimentos para serem estocados e servirem de sustento durante a estação fria.


Pensar no amanhã é importante

Assim, a cigarra e a formiga aponta para a necessidade de não optarmos pelo imediatismo. Nos leva a querer pensar no dia de amanhã, popularmente falando. Nos deixa longe do acaso e de esperar pelo que quer que esteja reservado.

É uma questão de planejamento: de mensurar necessidades vindouras e se permitir a tranquilidade de atendê-las sem sacrifícios. Assim, a formiga vai passar muitas vezes pela cigarra cantarolando e curtindo o verão, mas seguirá seu caminho de labor.

Somos conhecidos pelo hábito de deixar tudo para última hora. Em geral, é comum sentir o desejo de não pensarmos a longo prazo e nos manter fixos ao hoje de forma displicente. Porém, a lição não é viver para o futuro esquecendo-se do presente, mas ser sábio na dedicação a ambos.

Se é esperado que eu tenha necessidade x no futuro, preciso mover esforços agora para que possa cumpri-la. Contar com a sorte ou com o auxílio alheio diante da necessidade não é inteligente. Afinal, são condições fora do seu universo de ação.

Essa é a lição da formiga: se preparar, estar preparado. As oportunidades que tanto almejamos por vezes batem em nossa porta e as desperdiçamos porque não estamos aptos. A formiga é prudente, guarda o que precisa para que não venha lhe faltar.

A displicência da cigarra

Em A cigarra e a formiga é à representação da primeira que se destina o aprendizado da narrativa. Sendo assim, aqui ela quem simboliza o espírito da displicência e descaso para com a realidade. Imprudente e insensata ela curte todo o verão cantando e ignorando a aproximação do inverno.

Além disso, não se presta a ouvir os conselhos da formiga sobre a questão. Julga que a formiga esteja perdendo tempo com o trabalho árduo enquanto poderia estar se divertindo. Ela sequer se permite mensurar as consequências de sua negativa em não providenciar suprimentos para o tempo frio.

O bichinho de cantoria típica é aqui a figura da vadiagem. Mesmo com o exemplo e conselhos da formiga ela crê que a vida deve ser levada numa boa. Contudo, ela provará com a chegada certa do inverno que é preciso pensar no tempo vindouro.

Sem ter como se aquecer ou com o que se alimentar, ela vai pedir ajuda à formiga. Entretanto, na versão original, a formiga lhe nega abrigo de forma debochada. “Não cantou durante todo o verão, pois agora dance durante o inverno”, é o que ela diz.

Ou seja, o valor do trabalho fica aqui explícito. Seu fruto deve ser colhido por aqueles que fizeram por merecer. Da mesma forma, aquele que nada semeou não deve almejar aproveitar do trabalho alheio. Toda ação gera uma reação, e é preciso estarmos prontos para assumir as consequências de nossas escolhas.

Conclusão

As fábulas são lições quanto ao caráter e moral inseridos em histórias tipicamente infantis. Por meio delas, o ensinamento de modelos comportamentais saudáveis é transfundido entre seus leitores. Assim, o exemplo da história A cigarra e a formiga é mais uma dessas histórias a serem exploradas.

A previsão é de que a formiga seja o exemplo a ser seguido. Afinal, durante o verão trabalhou sem descanso para se manter durante o inverno. Mesmo sendo convidada a curtir a estação quente, ela se nega o direito à diversão pensando no futuro.

Por outro lado, o enredo da formiga pode ser visto como uma vida sem prazer, na qual apenas se trabalha. A vida ditada pelo acumular e pelo ter, onde o trabalho é a única engrenagem que faz a vida girar. Assim, a formiga apenas trabalha e nunca se diverte, sempre preocupada em juntar.

Enquanto isso, a cigarra despreocupada vive seu verão tranquilo. Canta e aproveita a vida de maneira alegre e festiva. Representando o perfil a não ser seguido, pois representa a diversão em oposição à responsabilidade do trabalho. Ela não se preocupa em acumular nada para o inverno que vem, apenas vive.

Porém, a que ponto as lições mostradas aqui podem ser assimiladas pelas crianças da forma como são? A vida é apenas trabalho e mecanização? É condenável vivenciar a liberdade e o prazer da vida? E o que dizer da atitude nada solidária e cruel da formiga?

Todas essas abordagens precisam ser pensadas no momento de explorar a história. São valores muito fortes e eleger um perfil ideal dentro da narrativa para crianças, por exemplo, pode distanciar a razoabilidade. O bem e o mal, a velha dualidade, precisa ser explorada em seu todo.

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Não deixe de aprender como fazer isso, pois é um grande indicativo de versaltilidade e conhecimento geral. Quem diria que saber mais sobre a Cigarra e a Formiga seria tão importante, não é?

Qual a moral da história da cigarra?

A moral dessa história é que todas as ações geram consequências. Enquanto a cigarra se divertia, a formiguinha só trabalhava. Mas, no fim, o esforço da formiga é compensado pela fartura e a cigarra, que não se preparou, ficou sem ter o que comer.

Qual é a moral da história?

A moral da história é o que se depreende do texto. Está incluída na sua interpretação. Em termos de forma, se ela for apresentada por escrito está incluída na conclusão, que pode ser considerado um parágrafo final do texto.

Qual a moral da história da Cigarra e a Formiga Brainly?

Resposta verificada por especialistas A moral da fábula "A cigarra e a formiga" é que devemos trabalhar no presente pensando no que virá no futuro, não ficando apenas nos divertindo.

Qual a lenda da cigarra?

A cigarra está presente no folclore de vários povos, sempre como símbolo de ressurreição. Uma imagem dela era colocada na boca do cadáver para garantir a vida em sua nova dimensão. Conta a lenda que as cigarras eram originalmente humanos, que as Musas transformaram em insetos para que cantassem e dançassem para sempre.

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