Qual é a região mais desenvolvida economicamente do Brasil?

As regiões brasileiras são: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. As Regiões do Brasil são as grandes divisões do território do país. Elas reúnem as características físicas ou naturais, do relevo, do clima, da vegetação, da hidrografia, como também das atividades econômicas.

Considerando que o território brasileiro possui dimensões continentais, com 8 515 767,049 km², o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dividiu o país nessas cinco grandes regiões.

Região Nordeste

A Região Nordeste ocupa uma área de 1 554 291,607 km2 sendo a região brasileira que possui a maior costa litorânea do país.

Essa região é formada por 9 Estados:

  • Maranhão (MA): capital São Luís
  • Piauí (PI): capital Teresina
  • Ceará (CE): capital Fortaleza
  • Rio Grande do Norte (RN): capital Natal
  • Paraíba (PB): capital João Pessoa
  • Pernambuco (PE): capital Recife
  • Alagoas (AL): capital Maceió
  • Sergipe (SE): capital Aracaju
  • Bahia (BA): capital Salvador

Faz parte ainda dessa região, a Ilha de Fernando de Noronha, que pertence ao estado de Pernambuco. Curioso notar que a capital do Piauí, a cidade de Teresina, é a única capital que não está situada no litoral.

Saiba mais sobre Região Nordeste.

Região Norte

A Região Norte ocupa uma área de 3 853 676,948 km2. É a maior das regiões brasileiras, fazendo fronteira com a Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e a Guiana Francesa.

Essa região é formada por 7 Estados:

  • Amazonas (AM): capital Manaus
  • Pará (PA): capital Belém
  • Acre (AC): capital Rio Branco
  • Rondônia (RO): capital Porto Velho
  • Tocantins (TO): capital Palmas
  • Amapá (AP): capital Macapá
  • Roraima (RR): capital Boa Vista

Saiba mais sobre a Região Norte.

Região Centro-Oeste

A Região Cento-Oeste é a única região brasileira que não é banhada pelo mar. Ela ocupa uma área de 1 606 399,509 km2,

Faz fronteira com a Bolívia e o Paraguai, e sua localização permite ligação de fronteira com todas as outras regiões brasileiras.

Essa região é formada por 3 Estados e o Distrito Federal:

  • Mato Grosso (MT): capital Cuiabá
  • Goiás (GO): capital Goiana
  • Mato Grosso do Sul (MS): capital Campo Grande
  • Distrito Federal (DF): capital Brasília

Saiba mais sobre a Região Centro-Oeste.

Região Sudeste

A Região Sudeste ocupa uma área de 924 620,678 km2 sendo a segunda menor região brasileira em extensão territorial e a mais desenvolvida economicamente.

Além disso, é considerada a mais populosa das regiões abrigando 44% da população brasileira.

Essa região é formada por 4 Estados:

  • Minas Gerais (MG): capital Belo Horizonte
  • Espírito Santo (ES): capital Vitória
  • São Paulo (SP): capital São Paulo
  • Rio de Janeiro (RJ): capital Rio de Janeiro

Saiba mais sobre a Região Sudeste.

Região Sul

A Região Sul ocupa uma área de 576 744,310 km2 sendo considerada a menor região brasileira. Essa região faz fronteira com o Uruguai, Argentina e Paraguai e é formada por 3 Estados:

  • Paraná (PR): capital Curitiba
  • Santa Catarina (SC): capital Florianópolis
  • Rio Grande do Sul (RS): capital Porto Alegre

Saiba mais sobre a Região Sul.

Continue a aprender sobre o assunto:

  • Mapa do Brasil
  • Território Brasileiro
  • Regiões geoeconômicas do Brasil
  • Exercícios comentados sobre regiões brasileiras

Como já amplamente divulgado, a recessão que o país passou foi muito forte, possivelmente a pior década de crescimento econômico dos últimos 120 anos. Nos últimos quatro anos, o PIB brasileiro recuou, 1,2% ao ano, em termos reais, algo sem precedentes na história brasileira. Na comparação internacional, mais de 90% dos países do mundo apresentaram crescimento econômico maior que o do Brasil durante o período 2011-18. Porém uma análise mais regional é pouco explorada pelos analistas econômicos. O Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), com dados disponíveis para 13 Estados brasileiros,[1] além das cinco regiões do Brasil. Nesse artigo, a análise será em cima desse indicador do BC para as cinco regiões do Brasil (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte).

De acordo com o Gráfico 1, no triênio recessivo (2014-16), as regiões Sul e Sudeste foram as que apresentaram pior desempenho (queda real da atividade econômica de 2,6% e 2,5% ao ano), enquanto que a região Centro-Oeste a que menor recuou (0,4%, ao ano). No biênio pós-recessão (2017-18), a região Sul foi a que apresentou o maior crescimento médio (2,4%, ao ano), e o Sudeste, o pior (0,6%). Esse desempenho do SE foi impactado também pelo fato do Rio de Janeiro ter sido o Estado com pior desempenho entre todos os Estados analisados em 2018, sendo o único com queda do indicador.

No Gráfico 2 há as taxas de crescimento (YoY e QoQ) no primeiro trimestre desse ano. Segundo esse indicador, a região Sudeste foi a que apresentou o maior crescimento (em comparação com o trimestre imediatamente anterior), de 1,1%, seguido pela região Norte (0,9%). As regiões Sul e Nordeste ficaram praticamente estagnadas (0,1% e -0,1%, respectivamente) e a região Centro-Oeste foi a única que apresentou queda na margem. Na região SE, o RJ cresceu 0,4% em comparação com o 4T18, sendo a segunda alta consecutiva desse indicador (0,6% no último trimestre de 2018). São Paulo, principal estado da região e do Brasil, cresceu 1,6% no primeiro trimestre de 2019, o que contribui bastante para o crescimento do Sudeste como um todo.

A recessão no Brasil começou oficialmente no 2T14, de acordo com o Codace, e terminou no 4T16. Segundo os dados do IBC-Br, para o Brasil, o pico do indicador foi no 4T13. Nas regiões Sul e Sudeste o pico foi no 1T14, e no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, no 4T14. Na Tabela 1 há as perdas acumuladas entre os respectivos picos e o 1T19. As regiões Sudeste e Nordeste são as que ainda têm as maiores perdas, e as regiões Norte e Cento-Oeste, as menores.[2] Ainda na Tabela 1, há os exercícios da trajetória de recuperação do Brasil e das cinco regiões, caso seja mantido as mesmas taxas de crescimento médio no biênio pós-recessão (2017-18). A região Sudeste seria a que demoraria mais para voltar ao nível do pico, somente no 4T27, já que a perda acumulada foi a maior das regiões (5,4%) e a taxa média de crescimento nos dois últimos anos foi modesta (0,6%). A região Centro-Oeste já voltaria no trimestre atual (2T19), já que a perda acumulada foi pequena e a taxa de crescimento, relativamente robusta (1,6%).  

Última variável tanto a entrar quanto a sair da crise, a taxa de desemprego brasileira foi de 12,7% no 1T19.[3] No começo da recessão (2T14), a taxa de desemprego brasileira estava em 6,8%. No Gráfico 3 há a taxa de desemprego do Brasil e das cinco regiões, no início da recessão e o último dado disponível (1T19), e no Gráfico 4, as diferenças entre as taxas de desemprego de cada região e o Brasil. A região Sul é a que apresenta a menor taxa de desemprego, e a região Nordeste, a maior. As regiões Sul e Centro-Oeste apresentam taxas de desemprego menores do que à média nacional.

A diferença (em pontos percentuais) entre o desemprego no 1T19 e no 1T14 (trimestre imediatamente anterior ao começo da recessão) diminuiu mais na região Sul e menos no Sudeste, conforme mostra o Gráfico 5.

Por efeitos sazonais, geralmente no primeiro trimestre do ano o desemprego aumenta. Isso ocorreu no Brasil e em todas as regiões. Uma forma de se analisar a evolução do mercado de trabalho é comparar a taxa de desemprego na mesma época do ano anterior. O Gráfico 6 mostra isso, com recuo da taxa de desemprego nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, e aumento no Centro-Oeste e no Norte.

Então, a recuperação lenta e gradual da economia que acontece no Brasil ocorre de forma heterogênea entre as regiões. A região Sudeste seria a que demoraria mais para voltar ao nível do pico, somente no 4T27, e a região Centro-Oeste já voltaria no trimestre atual (2T19), caso seja mantido as mesmas taxas de crescimento médio no biênio pós-recessão (2017-18). Porém, no 1T19, a região Sudeste foi a que apresentou o maior crescimento (em comparação com o trimestre imediatamente anterior), de 1,1%, seguido pela região Norte (0,9%). As regiões Sul e Nordeste ficaram praticamente estagnadas (0,1% e -0,1%, respectivamente) e a região Centro-Oeste foi a única que apresentou queda na margem. Sobre a taxa de desemprego, a região Sul é a que apresenta a menor taxa, e a região Nordeste, a maior. As regiões Sul e Centro-Oeste apresentam taxas de desemprego menores do que à média nacional. Em comparação com o 1T18, houve um recuo da taxa de desemprego nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, e aumento no Centro-Oeste e no Norte. Ou seja, o caminho para a retomada da economia e, consequentemente, diminuição do desemprego, ainda será longo. Resolver o desequilíbrio fiscal (um problema também de estados e municípios), principalmente com a reforma da previdência, é o primeior passo, mas não o único. Outras reformas, como tributária, melhoria do ambiente de negócios, entre outras, são de fundamental importância para o futuro do país. 

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.

 

[1] RS, SC, PN, SP, RJ, MG, ES, GO, BA, PE, CE, PA e AM.

[2] Para o Brasil, os dados aqui considerados são do IBC-Br, portanto diferentes dos dados do PIB, calculados pelo IBGE.

[3] No trimestre móvel terminado em abril, a taxa de desemprego do Brasil está em 12,5%. Porém, para as regiões e estados, os dados do desemprego são trimestrais, e o último dado disponível é do 1T19.

Qual a região mais desenvolvida economicamente no Brasil?

A região Centro-Sul é a mais desenvolvida, economicamente, do Brasil, uma vez que é a principal responsável pelo Produto Interno Bruto (PIB) nacional: cerca de 75% do PIB brasileiro.

Qual é a região mais importante economicamente?

Corresponde a 55% do PIB nacional A economia da região sudeste do Brasil não à toa é considerada a maior do país, pois é responsável por 55% do Produto Interno Bruto (PIB).

Quais são as regiões mais desenvolvidas?

No ranking dos 500 municípios mais desenvolvidos, segundo o IFDM, estão principalmente as cidades das regiões Sudeste (50%) e Sul (41%). A região Centro-Oeste ocupa 7% dessa lista, enquanto Nordeste ocupou apenas 8 posições entre os 500 maiores IFDMs do país (1,6%).

Qual é a região menos desenvolvida economicamente?

Juntas, as regiões Norte e Nordeste somam 87,7% do total de municípios com pior desenvolvimento econômico e social do Brasil, segundo o IFDM 2018. “A desigualdade parece estar cristalizada.

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