Qual foi a importância de se ter encontrado o fóssil do crânio de Luzia *?

Um incêndio de altas proporções atingiu neste domingo (2)  o Museu Nacional, na região Norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado por D. João VI, o museu completou duzentos anos em 2018, com um acervo composto por mais de 20 milhões de itens, dentre elas o fóssil de Luzia, o mais antigo ser humano encontrado no Brasil.

1. A mulher mais antiga das Américas?

Estima-se que o fóssil possuía de 12 500 a 13 000 anos e, por isso, foi considerado como a mulher mais antiga das Américas e também a primeira brasileira.

2. Por que Luzia?

O fóssil foi nomeado pelo biólogo brasileiro Walter Alves Neves, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), que se inspirou em outro fóssil, Lucy, encontrado na Etiópia em 1974, de 3,5 milhões de anos.

3. Quando foi encontrado?

Luzia foi encontrada no começo dos anos 1970, por uma missão arqueológica realizada por Brasil e França. O crânio estava entre as escavações realizadas na Lapa Vermelha, localizada em Pedro Leopoldo, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). 

4. Como era Luzia?

Em 1999, o antropólogo britânico Richard Neave, da Universidade de Manchester, fez uma reconstrução de como seria o provável rosto de Luzia. Na ocasião, o que mais intrigou os pesquisadores foi a origem do crânio.

5. Da onde veio Luzia?

Os traços de etnias negras de Luzia possibilitou averiguar que o continente americano foi ocupado por quatro fluxos migratórios. Três compostos por populações de origem mongol, geneticamente semelhantes às tribos indígenas atuais; e um quarto fluxo migratório de não mongóis, com características similares as dos africanos e dos aborígines da Austrália.

Edição: Juca Guimarães


Encontrada em Lagoa Santa, Minas Gerais, com idade estimada em 11.500 anos, Luzia é um dos fósseis mais antigos do continente americano

A descoberta do fóssil de Luzia representa um dos feitos mais importantes da arqueologia brasileira. O achado, que tem em torno de 11.500 anos, foi muito estudado pela comunidade científica desde os anos 90. Porém, mesmo com tantas pesquisas, ainda hoje existem controvérsias quanto à verdadeira aparência da mulher e seu povo de origem.

O fóssil de Luzia foi encontrado em 1974 por Annette Laming-Emperaire, uma arqueóloga francesa, na Lagoa Santa, em Minas Gerais. Mais tarde, em 1995, foi recuperado pelo antropólogo brasileiro Walter Neves e recebeu o nome de Luzia em homenagem a Lucy, famoso fóssil de australopiteco de 3,2 milhões de anos.

Crânio de Luzia - Wikimedia Commons

Características

Luzia era uma mulher na faixa dos 20 anos quando morreu e possuía 1,50m de altura. Neves defendia a tese de que ela era parecida com os aborígenes australianos e os negritos de Nova Guiné e, assim, seria bem diferente dos indígenas modernos. A partir desta ideia, o bioantropólogo britânico Richard Neave, deu vida reconstrução mais famosa da face de Luzia, em 2003.

Dessa forma, o brasileiro acreditava que a América foi colonizada em mais de uma leva, sendo que, para ele, o povo de nossa ancestral teria sido extinto ou absorvido por outros.

Depois disso, os antropólogos Rolando González-José, Frank Williams e William Armela, contestaram a teoria de Neves. Eles afirmaram que o crânio poderia ser classificado como um paleoíndio típico. O próprio Neves mudou de opinião quando, no ano de 2005, uma pesquisa confirmou que ela era parecida com os atuais índios 'botocudos'.

Uma pesquisa recente, publicada na revista Science, foi realizada por um grupo de arqueólogos liderado por Eske Wileslev, professor das universidades de Cambridge e Copenhague. O estudo surgiu a partir da realização de testes de DNA de esqueletos do continente, tanto antigos quanto recentes e, mais uma vez, Luzia foi apontada como semelhante aos índios modernos.

Reconstrução de Luzia pela teoria australásia - Divulgação Cícero Moraes

Não só ela, mas todos os fósseis se mostraram semelhantes aos índios modernos da América do Norte, local onde foi iniciada a colonização asiática da América.

No dia 2 de setembro um grave incêndio destruiu tanto a estrutura quanto grande parte da coleção do Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

O fóssil de Luzia encontrava-se no prédio, o que deixou a muitos receosos de que havia sido consumido pelo fogo. No entanto, 80% do esqueleto foi encontrado e levado para restauração. Em 17 de janeiro de 2019, após as reformas, o museu reabriu para o público.

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Qual foi a importância do fóssil de Luzia para o conhecimento do povoamento humano da América?

O fóssil da mulher de olhos grandes serviu de base para o bioantropólogo Walter Neves, da USP, propor, no final da década de 1980, que os primeiros habitantes do continente tinham a morfologia craniana diferente dos habitantes atuais da América.

Qual foi o impacto da descoberta do crânio de Luzia?

A descoberta teve grande impacto na ciência por mudar a teoria de povoamento do continente americano. Os fragmentos encontrados ainda não podem ser atribuídos como sendo realmente Luzia, porém os pesquisadores consideram que as chances são bem altas.

Qual a importância do debate de Naia e Luzia?

Resposta: É importante porque sugere que os homo sapiens atravessaram o Estreito de Bering antes do povo Clóvis, e há cerca de 14 à 15 mil anos migrou para o sul.

O que aconteceu com o fóssil de Luzia?

O fóssil de Luzia foi encontrado em 1974 por Annette Laming-Emperaire, uma arqueóloga francesa, na Lagoa Santa, em Minas Gerais. Mais tarde, em 1995, foi recuperado pelo antropólogo brasileiro Walter Neves e recebeu o nome de Luzia em homenagem a Lucy, famoso fóssil de australopiteco de 3,2 milhões de anos.

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