Quando e como o homem passou a utilizar a energia oriunda dos ventos

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Publicado em 18 de novembro de 2020

Você sabia que, até o aparecimento da máquina a vapor, no século XIX, as únicas máquinas de tração não animal capazes de fornecer energia mecânica eram os moinhos de vento? O surgimento da energia eólica remonta à época em que as civilizações utilizavam a força dos ventos, por meio de cata-ventos, para moer grãos, bombear água e transportar mercadorias em barcos a vela. Em 1430, os moinhos de vento começaram a surgir na Europa. Eles eram utilizados para moer grãos e, além disso, para controlar e drenar o excesso de água em regiões que ficavam abaixo do nível do mar.

Um pouco mais adiante, no final do século XVIII, as turbinas eólicas foram adaptadas nos Estados Unidos e mais de 6 milhões de Moinhos multi-pás americanos foram instalados para bombeamento de água em fazendas e para abastecer bebedouros para o gado em pastagens extensas. A tecnologia dos cata-ventos de múltiplas pás também foi utilizada na Austrália, na Rússia, na África e na América Latina.

No final do século XIX teve início a adaptação dos cata-ventos para geração de energia elétrica. Em 1888, Charles Bruch construiu, em Cleveland, nos Estados Unidos, o primeiro cata-vento destinado à geração de energia elétrica que, a partir de então, passou a ser conhecido como aerogerador. A criação de Bruch fornecia 12 kW de corrente contínua para o carregamento de baterias destinadas ao fornecimento de energia para 350 lâmpadas incandescentes. O sistema permaneceu em operação por 20 anos e, em 1908, foi desativado.

            Na Europa, por outro lado, o interesse pela energia eólica surgiu em torno de 1890, quando foi criado o primeiro programa governamental incentivando o desenvolvimento eólico. Um pouco mais adiante, entre 1897 e 1904, foram construídas mais de 70 turbinas com potência de aproximadamente 25 kW, embora ainda não houvesse conexão com a rede elétrica.

            É na Rússia, em 1931, que surgem os aerogeradores de grande porte para aplicações elétricas. Tudo começou com o aerogerador Balaclava, de 100 kW, que foi conectado a uma usina termelétrica de 20 MW. Ao todo, foi medida uma energia de 280.000 kWh por ano, o que corresponde a um fator médio de utilização de 32%.

FONTE:

Energês. História da energia eólica. Disponível em: Energês

PE Desenvolvimento. História da energia eólica e suas utilizações. Disponível em: PE Desenvolvimento

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O Brasil é um país cuja produção de eletricidade baseou-se, historicamente, na dependência de duas principais matrizes: a hidrelétrica, predominante e prioritária, e a termoelétrica, cuja maioria das usinas opera somente em tempos de baixa da primeira matriz citada. Por esse motivo, a expansão da energia eólica no Brasil surge a partir da necessidade de diversificação das fontes energéticas do país para que este fique menos suscetível a crises no setor e também gere menos impactos ao meio ambiente.

Embora a produção de energia a partir dos ventos ainda seja pouco representativa no território brasileiro, é perceptível a evolução do setor no país ao longo dos últimos anos. Em 2014, segundo dados do Governo Federal, o Brasil ultrapassou a Alemanha no que se refere à expansão da energia eólica, atingindo o segundo lugar mundial, atrás apenas da China, que é o país que mais investe em fontes energéticas no mundo em razão de sua alta demanda.

No ano de 2002, o governo brasileiro criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), cujo objetivo era ampliar as matrizes que geram menos impactos ambientais, dentre elas a eólica, a solar, a geotérmica e outras. A partir daí, a expansão da energia eólica no Brasil ocorreu graças a parcerias entre o poder público e a iniciativa privada por intermédio da realização de leilões e concessões públicas para empresas interessadas durante um período de, geralmente, 20 anos. O primeiro leilão ocorreu no ano de 2009 e envolveu empreendimentos em cinco estados da região Nordeste.

Embora a expansão do setor de energia eólica seja considerável nos últimos anos, os dados revelam que os valores ainda são incipientes para se dizer que há um processo de diversificação energética em curso no Brasil. Afinal, com a concretização de todos os projetos atualmente em curso, essa matriz será responsável por apenas 8% de toda a eletricidade no país em um futuro próximo.

Todavia, alguns dados merecem destaque: em 2003, o Brasil produzia somente 22 MW (megawatts) de eletricidade a partir de fontes eólicas, valor que aumentou para 602 MW em 2009 e aproximadamente 1 GW (gigawatts) em 2011. Recentemente, no ano de 2014, o país atingiu algo em torno de 5 GW, com a expectativa de elevação para 13 GW até 2018. Apesar de relevantes, esses números ainda são muito pequenos perante o potencial que o território nacional possui, que é calculado em aproximadamente 140 GW.

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Parque eólico no município de Osório, Rio Grande do Sul (2008) *

A região do Brasil com o maior potencial de produção de energia elétrica a partir dos ventos é o Nordeste, com 75 GW, a metade da capacidade de todo o país. Não por acaso, a maioria das usinas existentes encontra-se nessa região. Em segundo lugar, fica o sudeste, com 29,7 GW; seguido pelo sul, com 22,8 GW; o norte, com 12,8 GW; e o centro-oeste, com uma capacidade de 3,1 GW.

O estado brasileiro que mais produz energia eólica é o Rio Grande do Norte, que, até 2013, tinha uma capacidade instalada de 1.339,2 MW e uma expectativa de crescimento para 3.654MW até 2018. A seguir, temos uma tabela que sintetiza as principais unidades federativas do país nesse quesito:


Principais estados brasileiros em produção de energia eólica no Brasil

Além de ser importante no processo de diversificação da produção de eletricidade e diminuição da dependência de energia no Brasil, a expansão das fontes eólicas é necessária também por gerar menores impactos ambientais, como aqueles proporcionados na ativação de termoelétricas. Por isso, os investimentos nessa e em outras fontes, embora estejam se intensificando, precisam expandir-se ainda mais a fim de gerar uma maior gama de resultados e garantir um melhor desenvolvimento do país em termos de infraestruturas.

* Créditos da imagem: Eduardo Fonseca/ Wikimedia Commons

Quando o homem começou a utilizar a energia oriunda dos ventos?

Introdução. A energia eólica é conhecida pelo homem há mais de 3.000 anos. Em muitas civilizações os cata-ventos eram utilizados para moer grãos, bombear água e transportar mercadorias em barcos a vela. A idéia de gerar energia elétrica a partir do vento surgiu no final do século XIX.

Quando e como o homem passou a utilizar a energia?

Por muito tempo, nos primórdios da humanidade, a força muscular foi a principal fonte de energia utilizada pelo homem. Há cerca de apenas 400 mil anos ocorreu o primeiro avanço tecnológico, o uso do fogo e de utensílios para a caça e a pesca.

Quando e como o homem começou a usar a energia eólica?

Acredita-se que o primeiro moinho de vento utilizado com o intuito de produzir energia elétrica foi construído em 1887, na Escócia. O professor James Blyth instalou uma torre de dez metros de altura no jardim de sua própria residência, e a energia gerada era utilizada para iluminar o local.

Quem inventou a energia do vento?

Quando perguntamos quem foi que descobriu a energia eólica, somos transportados ao fim do século XIX. Em 1888, Charles F. Bruch, um camponês que deseja a eletrificação em campo, montou na cidade de Cleveland, nos EUA, o primeiro cata-vento destinado à geração de energia elétrica.

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