Quantos dias para aparecer sintomas do covid

As pessoas infectadas pelo novo coronavírus costumam desenvolver os sintomas cerca de cinco dias após exposição à doença e, às vezes, dentro de duas semanas. A conclusão é fruto de um estudo publicado na revista acadêmica Annals of Internal Medicine, na segunda-feira (9).

Justin Lessler, autor do estudo e professor de epidemiologia na Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, também sugere que uma triagem sintomática do vírus – como a checagem da temperatura no aeroporto – possa estar excluindo pessoas que foram infectadas recentemente.

“Se estiver no período de incubação, esta é a janela quando alguém que já tenha sido infectado pode entrar em um país e não ser detectado pela vigilância que observa os sintomas”, explicou Lessler.

Isso pode explicar o porquê dos esforços do CDC para avaliar mais de 46 mil viajantes com “febre, tosse e dificuldade de respiração” resultaram em apenas um caso positivo de COVID-19, segundo os dados de triagem mais recentes do CDC, divulgados no fim de fevereiro. 

Estimando o período de incubação

O período de incubação condiz com estimativas anteriores de órgãos de saúde pública, e as descobertas sugerem que 14 dias de quarentena são apropriados para pacientes potencialmente expostos ao COVID-19. 

Para estimar o prazo, pesquisadores vasculharam mais de 180 casos de COVID-19 em locais sem transmissão generalizada – em outras palavras, áreas onde a contaminação provavelmente ocorreu em razão de viagens ao exterior.

O estudo foi realizado no início da epidemia da doença, quando a transmissão na comunidade se dava apenas em Wuhan, na China. Isso permitiu aos pesquisadores estimar o “tempo de exposição” ao novo coronavírus, ao determinar quando uma pessoa esteve em Wuhan – a única fonte plausível de infecção.

Ao comparar uma viagem a Wuhan com a manifestação dos sintomas, pesquisadores poderiam, então, estimar o período de incubação do vírus: normalmente cerca de 5 dias e, às vezes, mais de 12.

É possível, de acordo com os pesquisadores, que o estudo possa ter focado em casos mais severos do vírus – mais prováveis de aparecer na mídia e conseguir a atenção dos órgãos de saúde pública. A incubação em casos leves pode, de alguma forma, ser diferente.

Transmitir a doença sem senti-la

Bill Hanage, professor de epidemiologia na Escola de Saúde Pública Harvard T.H. Chan, disse que está “impressionado pela forma com que (pesquisadores) têm reunido essa quantidade de dados de tantas fontes para estimar algo tão importante”.

Hanage, que não estava envolvido na pesquisa, disse que “nenhum estudo pode identificar completamente algo como o período de incubação neste momento”. Contudo, a estimativa dos pesquisadores é “racional”, disse ele, “e também é coerente com outras estimativas independentes”.

O período de incubação, entretanto, está relacionado aos sintomas do novo coronavírus, não ao nível de infecção. É possível, segundo especialistas, que as pessoas transmitam o vírus antes de os sintomas aparecerem ou mesmo antes de sem senti-los.

Tanto o CDC quanto a Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, observam que a contaminação pelo novo coronavírus pode ser assintomática. 

Hanage afirmou que esses pontos podem ser confusos, mas “o que importa é se a pessoa pode transmitir antes de saber que está infectada”. E a resposta, segundo ele, “é um ambíguo sim”.

O “período entre as infecções reportadas” é tão curto que, para Hanage, algumas pessoas provavelmente estão transmitindo a doença sem manifestá-la.

Os primeiros sintomas da covid-19 tendem a aparecer após 48 horas do início da infecção. Em alguns casos, eles podem demorar mais tempo e, às vezes, nunca aparecem, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos. O tempo médio é o mesmo para quem está vacinado ou não, o que muda é a gravidade e o risco de internação e óbito.

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"Os sintomas podem aparecer entre 2 e 14 dias após a exposição ao vírus. Qualquer pessoa pode ter sintomas leves a graves", explica o CDC. No entanto, "quando as pessoas que foram vacinadas contraem a covid-19, elas são muito menos propensas a apresentar sintomas graves do que as pessoas não vacinadas". Inclusive, o risco de óbito é significativamente menor.

Quais são os sintomas da Ômicron em vacinados?

Além de afetar o risco complicações da covid-19, pesquisadores britânicos descobriram que sintomas da infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 podem se diferir em pessoas que estão vacinadas e naquelas que optaram por não se imunizar.

Os detalhes sobre o impacto da vacinação nos sintomas da covid-19 foram publicados na revista científica The Lancet. No caso, os cientistas do ZOE Covid Study analisaram os relatados de pessoas que foram infectadas pela variante Ômicron — a cepa do vírus que é predominante no mundo, incluindo o Brasil.

Quem tomou pelo menos duas doses da vacina

No levantamento com pacientes da covid-19 vacinados — com pelo menos duas doses —, os principais sintomas da infecção pela variante Ômicron foram, em ordem decrescente:

  • Coriza (nariz escorrendo);
  • Dores de cabeça;
  • Espirros;
  • Dor de garganta;
  • Tosse persistente.

Quem tomou apenas uma dose do imunizante

Agora, quem tomou apenas uma dose de algum imunizante, relatou principalmente:

  • Dores de cabeça;
  • Coriza (nariz escorrendo);
  • Dor de garganta;
  • Espirros;
  • Tosse persistente.

Quem não tomou a vacina

Já aqueles que não tomaram nenhuma dose da vacina contra a covid-19 apontam que os principais sintomas iniciais são:

  • Dores de cabeça;
  • Dor de garganta;
  • Coriza (nariz escorrendo);
  • Febre;
  • Tosse persistente.

Aqui, cabe observar que a febre é muito mais comum entre aqueles que não estão imunizados. Apesar dos cinco principais sintomas serem relativamente semelhantes, o desfecho da infecção tende a ser diferente entre os imunizados e aqueles que não foram vacinados. Isso porque o risco de complicações é maior no segundo grupo.

Outra característica interessante é que a perda de olfato não está entre os sintomas mais comuns da Ômicron, como era com a variante Delta. No levantamento, apenas 20% dos voluntários (com pelo menos duas doses) relataram. Por causa disso, a condição não entra no ranking dos mais comuns.

Após vacina, duração da covid é menor

O estudo sobre a incidência da covid-19 em pessoas vacinadas fez uma outra descoberta: a duração dos sintomas é menor. “Esta é mais uma evidência para sugerir que as vacinas, apesar de terem sido desenvolvidas antes da Ômicron, ainda ajudam a prevenir sintomas duradouros nos infectados”, explicam os pesquisadores, em comunicado.

“Com uma duração mais curta dos sintomas na população vacinada, isso sugere que o tempo de incubação e o período da infecção por ômicron também podem ser mais curtos”, apostam os pesquisadores.

Quanto tempo duram os sintomas?

Segundo os autores do ZOE Covid Study, a duração média dos sintomas da Ômicron em pessoas com pelo menos duas doses da vacina é de 6,87 dias. No caso da variante Delta, a doença se prolongava, em média, por 8,89 dias. Para chegar a esta conclusão, foram acompanhadas 62 mil pessoas que foram vacinadas contra a covid-19 no Reino Unido. Dados foram coletados entre junho de 2021 e janeiro de 2022.

Fonte: The Lancet, ZOE Covid Study, Instituto Butantan e CDC (1) e (2)  

Quantos dias depois de pegar Covid os sintomas aparecem?

O tempo para a manifestação dos sintomas pode variar de um a cinco dias a partir do contato.

Quanto tempo o vírus começa a se manifestar?

Quanto tempo demora para aparecerem os sintomas do novo coronavírus. O tempo para surgirem sintomas de infecção por coronavírus é de em média 5 dias, mas esse intervalo pode chegar a até 11 dias.

Quantos dias a pessoa fica com Covid no corpo?

O período médio de tempo que o vírus da covid-19 fica no nosso corpo varia entre sete e dez dias, mas isso não tem consenso entre os especialistas, já que a resposta varia em cada indivíduo. Além disso, pacientes com imunidade comprometida respondem de forma diferente à doença.

Quais sintomas de Covid 2022?

Covid-19.
Tosse;.
Dor de garganta seguida de anosmia, ageusia, diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, mialgia, coriza, fadiga e/ou cefaleia..

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