Que razões levaram a família real e a Corte portuguesas a deixarem Portugal em 1808 se transferindo para o Brasil?

Devido a uma forte tempestade, em 22 de janeiro de 1808 uma parte da Corte Portuguesa (incluindo D. João) chega em Salvador (Brasil). Também em janeiro de 1808, outra parte chega no Rio de Janeiro. Vale ressaltar que, além da Família Real, vieram diversas pessoas associadas à Corte.

Logo após a chegada da Família Real no Brasil, o Príncipe-Regente, D. João, estabelece, no dia 28, através de uma Carta Régia, a Abertura dos Portos às Nações Amigas. Esse fato marcou o rompimento do Pacto Colonial, pois extinguia a exclusividade de comércio com Portugal. A Abertura dos Portos às Nações Amigas favoreceu a Inglaterra, pois aumentava o seu mercado consumidor (a Inglaterra defendia o livre-cambismo). Em março de 1808, a Corte Portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. 

Em 1º de abril de 1808, D. João estabeleceu o Alvará de Liberdade Industrial, que permitia o estabelecimento de manufaturas e indústrias no Brasil. No entanto, essa tentativa de instalar manufaturas e indústrias não funcionou, pois não havia mecanismos de proteção da produção brasileira e havia uma forte economia agroexportadora escravista. 

Durante a estadia da Família Real no Brasil, diversos brasileiros foram despejados para abrigar a Corte, o que gerou insatisfação popular. Além disso, a Corte Portuguesa trouxe diversos livros, obras de arte, documentos, riquezas, entre outros artigos.  

A independência do Brasil comemora 200 anos nesta semana. E você sabe qual o motivo que fez os portugueses fugirem para nossas terras em 1808?

Para entender isso precisa compreender um pouco sobre a relação entre Portugal e França no século 19. Afinal, foi o bloqueio continental, imposto por Napoleão Bonaparte à Europa, que fez a corte portuguesa mudar-se ao Brasil no início do século 19.

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Dependente do comércio britânico, Portugal se viu num enorme impasse: atender à França significava perder sua principal colônia na época, o Brasil, pois a marinha inglesa dominava os mares e poderia invadi-lo. Não atender às exigências napoleônicas significava ter seu próprio território invadido pelas tropas francesas.

Sabiamente, o príncipe regente dom João - que governava no lugar da mãe, dona Maria 1ª, que enlouquecera - decidiu ficar ao lado dos ingleses e a solução encontrada para não se submeter a Napoleão foi transferir a Corte portuguesa para o Brasil. Embora o território português fosse invadido, o Reino de Portugal sobreviveu do outro lado do Atlântico.

Entre 25 e 27 de novembro de 1807, cerca de 10 a 15 mil pessoas embarcaram em 14 navios: a família real, a nobreza e o alto funcionalismo civil e militar da Corte. Traziam consigo todas as suas riquezas. Os soldados franceses, quando chegaram a Lisboa, encontraram um reino pobre e abandonado.

A viagem da elite portuguesa não foi nada fácil, em especial devido a uma tempestade que dispersou os navios. Enquanto parte deles veio dar no sudeste, o que conduzia dom João aportou na Bahia, em janeiro de 1808. Em março, o príncipe regente preferiu transferir-se para o Rio de Janeiro, então pouco mais que uma vila.

De uma hora para outra, o Rio se viu obrigado a alojar uma multidão de nobres autoridades. Para os donos do poder, porém, não havia problemas. Dom João requisitou as melhores residências, simplesmente despejando seus moradores. Dali, agora, o Império português seria governado.

Apesar dos transtornos, as consequências da vinda da família real portuguesa para o Brasil foram positivas e culminaram com o processo de Independência do país. Para começar, ainda na Bahia, dom João pôs fim ao monopólio comercial da colônia, decretando a abertura dos portos às nações amigas.

Todas as atividades no país se dinamizaram com a fixação da Corte no Rio de Janeiro. A necessidade de melhoramentos resultou em medidas que trouxeram rápido progresso. Por exemplo, revogou-se a lei que proibia as indústrias em nosso território e promoveu-se a melhoria de portos e a construção de estradas.

A administração foi reorganizada pelo príncipe regente, com a criação de três ministérios (Guerra e Estrangeiros; Marinha; Fazenda e Interior), a fundação do Banco do Brasil, a instalação da Junta Geral do Comércio e da Casa de Suplicação, esta última o Supremo Tribunal da época.

Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de reino, de modo que todas as terras portuguesas passaram a chamar-se Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves. Com isso, o país deixava de ser colônia e ganhava um novo status político.

Nos três anos seguintes, com a morte da rainha dona Maria 1a (1816), o príncipe regente seria aclamado e coroado rei, como dom João 6º (1818). A partir de 1821, as capitanias passaram a ser chamadas de províncias e a divisão territorial do Brasil se aproximou da atual. A administração ficou centralizada nas mãos do rei e dos governadores das províncias a ele subordinados.

Que razões levaram a família real e a corte portuguesas a deixarem Portugal em 1808 se transferindo para o Brasil?

A transferência da corte ocorreu pela recusa de Portugal em obedecer as ordens da França e aderir ao Bloqueio Continental, instituído com o objetivo de prejudicar os ingleses, em 1806. Com isso, o regente de Portugal, d. João, filho de d. Maria I, decidiu transferir toda a corte para o Brasil.

Qual foi o motivo da transferência da família real portuguesa para o Brasil em 1808?

Em novembro de 1807, a Família Real embarcou rumo ao Brasil, pois Portugal estava prestes a ser invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte. A vinda da Família Real para o Brasil teve como finalidade assegurar a independência de Portugal e contou com o apoio dos ingleses.

Qual foi principal motivo que levou a família real portuguesa a transferir a corte para o Brasil e os motivos defendidos pelo historiador Laurentino Gomes 2007?

A meta era escapar do avanço das tropas napoleônicas e, ao mesmo tempo, garantir as trocas comerciais com a potência rival, a Inglaterra.

Qual foi o motivo da saída da família real de Portugal?

A família real portuguesa deixou o reino na Europa fugindo para o Brasil para não ter que lutar contra a invasão francesa, atravessando o Atlântico sozinha. Não obstante, a marinha inglesa fez a segurança do traslado da Coroa até sua colônia na América.

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