Que tipo de investimentos industriais os novos tigres vem recebendo?

Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan se destacaram no cenário econômico global por terem atingido um rápido crescimento industrial durante a década de 1970. Esses quatro países ficaram conhecidos como “Tigres Asiáticos”, sendo uma referência à agressividade administrativa e à localização (continente asiático).

Os Tigres Asiáticos alcançaram êxito econômico com um modelo de industrialização orientado para a exportação, estabelecendo imensos parques industriais destinados principalmente ao comércio exterior. O grande desenvolvimento econômico registrado por essas nações promoveu a expansão das atividades para outros países asiáticos, que ficaram conhecidos como “Os Novos Tigres Asiáticos”.

Na década de 1980, Indonésia, Vietnã, Malásia, Tailândia e Filipinas foram chamados de Os Novos Tigres Asiáticos. Esses países passaram a receber elevados investimentos dos quatro Tigres Asiáticos, além de empresas dos Estados Unidos da América (EUA), do Japão e de algumas nações europeias.

A doação de terrenos, isenção de impostos, mão de obra muito barata e mercado consumidor interno em expansão foram os principais fatores que incentivaram a entrada de capital externo nos Novos Tigres Asiáticos. Essa quantidade de benefícios atraiu várias indústrias, sobretudo as tradicionais, como as têxteis, alimentícias, calçados, brinquedos e produtos eletroeletrônicos. O resultado dessa rápida industrialização refletiu diretamente no Produto Interno Bruto (PIB) dos Novos Tigres, que registraram aumento de aproximadamente 5% ao ano.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

A maioria das indústrias instaladas na Indonésia, Vietnã, Malásia, Tailândia e Filipinas produz mercadorias sob encomenda, garantindo a rápida circulação e evitando que o produto fique estocado por muito tempo. Sendo assim, esses países passaram a fabricar e exportar para todas as partes do planeta.

Outra característica marcante é que a maioria dos objetos fabricados é desenvolvida e planejada em outras nações, no entanto, parte da produção ocorre nos Novos Tigres Asiáticos em razão do baixo valor destinado aos operários. Esse fenômeno é muito comum em uma econômica globalizada, configurando a Divisão Internacional do Trabalho (DIT).

Tigres asi�ticos

Os tigres asi�ticos s�o um pequeno grupo de pa�ses de industrializa��o recente, sustentada em tecnologia de ponta, que os coloca como pequenas pot�ncias econ�micas, entre os pa�ses chamados desenvolvidos.

Caracter�sticas Gerais do Desenvolvimento Econ�mico Recente:

O sucesso dos tigres asi�ticos s� pode ser entendido, a partir  da an�lise hist�rica do desenvolvimento capitalista, a partir dos anos sessenta. Nesta d�cada, o conhecimento t�cnico e cient�fico acumulado j� permitia um novo salto na estrutura produtiva dos pa�ses economicamente mais desenvolvidos. Podemos dizer que estaria ocorrendo, a partir de ent�o, uma nova revolu��o industrial.

Como sabemos, a primeira revolu��o industrial data do s�culo XVIII (1760) e teve como express�o m�xima a introdu��o da m�quina t�xtil na manufatura e a m�quina a vapor nos meios de transporte. A segunda revolu��o industrial data do s�culo XIX (1860) e teve como base a expans�o e diversifica��o da ind�stria mec�nica, a inven��o do motor de combust�o interna e a implanta��o e expans�o da ind�stria qu�mica.

A terceira revolu��o industrial introduz novos campos da ci�ncia e da t�cnica na produ��o econ�mica dos pa�ses. Do ponto de vista meramente industrial, podemos dizer que esses novos setores est�o voltados prioritariamente para a produ��o de equipamentos aeron�uticos, astron�uticos  (notadamente, m�sseis e sat�lites artificiais), nucleares (principalmente para produ��o de energia), qu�mica fina (ressaltando os f�rmacos), biogen�tica (com import�ncia para os produtos transg�nicos) e a cibern�tica, em seus v�rios segmentos, tais como, a inform�tica e a nanotecnologia.

Esse conhecimento, no entanto, est� de certa forma privatizado ou circunscrito a alguns institutos de pesquisa ligados, ou n�o, �s universidades, mas controlado, sobretudo, por algumas centenas de corpora��es econ�micas que, em geral, financiam essas pesquisas.

De fato, segundo dados divulgados em jornais, cerca de 300 corpora��es econ�micas respondem por 70% da produ��o mundial. Para exemplificar, cito not�cia de jornal que se refere a uma publica��o da revista Forbes. Esta revista publica, periodicamente, as grandes fortunas pessoais dos magnatas do mundo inteiro. E um dos exemplos diz respeito ao dono da Microsoft, cuja fortuna (US$ 60 bilh�es) � maior do que o PIB de 120 pa�ses, quando considerados individualmente. Cada manh�, esse empres�rio acorda cerca de US$ 20 milh�es, mais rico.

Outro dado divulgado pelos jornais, e que merece ser citado, est� relacionado com a import�ncia do setor financeiro. H�, atualmente, cerca US$ trilh�es que giram diariamente nas bolsas de valores do mundo inteiro. Grande parte desse dinheiro prov�m de recursos oriundos dos petrod�lares, dos fundos de pens�o, das companhias seguradoras e dos saldos comerciais das multinacionais, que est�o nos bancos comerciais e centrais.

Trata-se de poupan�a do passado, da concentra��o e centraliza��o de recursos n�o distribu�dos aos trabalhadores. Esse montante de dinheiro que poderia se  transformar em capital, isto �, em investimentos produtivos, geralmente � destinado �s aplica��es financeiras especulativas, ou para financiar os d�ficits governamentais, principalmente dos pa�ses economicamente menos desenvolvidos. A caracter�stica desse tipo de opera��o financeira � a aplica��o de curto prazo, preferencialmente em t�tulos da d�vida p�blica. Ao primeiro sinal de dificuldade de pagamentos do pa�s devedor, essas aplica��es financeiras rapidamente escapam para o Exterior. E aqui entra mais uma caracter�stica da revolu��o industrial, mais especificamente de um de seus  setores: a inform�tica.

O Conceito de Globaliza��o: as transa��es financeiras se fazem instantaneamente pela via da Internet. Essa instantaneidade � o que melhor define o conceito de globaliza��o. Globaliza��o � realizar transa��es comerciais, financeiras, de projetos, entre outros itens, para qualquer parte do mundo, instantaneamente. Uma empresa pode transferir um projeto industrial para outra empresa fora do pa�s de origem utilizando-se os recursos da Inform�tica. Um computador de um outro pa�s pode receber esse projeto e o transferir para uma m�quina com dispositivo de comando num�rico computadorizado (CNC).

Essa m�quina CNC, um torno, por exemplo, pode trabalhar esse projeto, materializando-o em pe�as e componentes que, montados, se transformam em novas m�quinas operatrizes. O que aconteceu de novo, neste exemplo dado? Simplesmente, a otimiza��o do fator trabalho, com dispensa de m�o de obra e, consequentemente, desemprego. Quem lucra com esse processo? As empresas, quando n�o h� redistribui��o de renda. A� est�, ao que parece, um dos mecanismos que leva � concentra��o de renda, e � forma��o das grandes fortunas.

Caracter�stica marcante da industrializa��o dos tigres:Falta, no entanto, entender como um pequeno grupo de pa�ses foi escolhido para receber investimentos produtivos que os tornaram tigres da produ��o mundial. Ao que parece, algumas condi��es hist�ricas, culturais, pol�ticas governamentais espec�ficas, situa��o geogr�fica (proximidade do Jap�o) e especificidades das atividades industriais ali instaladas explicariam, de certa forma, o processo da industrializa��o recente dos tigres asi�ticos.

Vejamos, a seguir, algumas caracter�sticas comuns desses pa�ses: predomin�ncia da ind�stria  da inform�tica e eletr�nica em geral; liga��o ou associa��o principalmente com os capitais do Jap�o, Gr�-Bretanha, Estados Unidos, Alemanha e Fran�a; transfer�ncia de tecnologia e equipamentos desses pa�ses para os tigres asi�ticos; os tigres s�o pa�ses de m�o de obra abundante e barata, permitindo �s empresas ali instaladas vantagens comparativas nas transa��es comerciais com outros pa�ses; legisla��o geralmente favor�vel � implanta��o dos investimentos estrangeiros. A desregulamenta��o do mercado impede qualquer restri��o aos investimentos; sindicatos fracos e legisla��o trabalhista que atende aos interesses empresariais e do governo; especializa��o da m�o de obra e infraestrutura adequada � produ��o.

A cultura desses povos, em sua maioria, possui tra�os que incentivam o h�bito do trabalho intenso, com fidelidade ao patr�o que reproduz caracter�sticas do per�odo feudal;

Essa quest�o dos valores culturais � de extrema import�ncia, pois traduz comportamento, maneira de ver, sentir e agir das pessoas. Lembro-me dos camponeses afeg�os que recusavam a posse ou usufruto da terra, quando o movimento militar que optou pela experi�ncia socialista, em 1978, implantou a reforma agr�ria naquele pa�s. Eles diziam que n�o poderiam aceitar uma terra que era da fam�lia X (a oligarquia pol�tica e econ�mica que dominava o pa�s, anteriormente). Essa relut�ncia em aceitar a mudan�a fortaleceu a rea��o da burguesia local, apoiada pelos Estados Unidos, e que terminou por derrubar, anos depois, a experi�ncia socialista naquele pa�s.

Como entender esse tipo de comportamento? A Dial�tica marxista nos ensina que as ideias quando ganham a mente e o cora��o do povo tornam-se for�as materiais capazes de transformar a realidade social de um pa�s; ensina-nos, tamb�m, que a realidade muda inicialmente e a consci�ncia, geralmente, se atrasa em rela��o a ela. Determinadas ideias podem ainda subsistir na mente das pessoas, apesar de j� terem desaparecido as condi��es objetivas que fundamentavam sua exist�ncia. S�o as sobreviv�ncias, motivadas pelo retardamento no processo de assimila��o das novas condi��es sociais vigentes.

Foi o que aconteceu no Afeganist�o. A coletiviza��o da propriedade agr�ria contrariava as ideias tradicionais de propriedade existentes na cabe�a das pessoas. Por outro lado, elas n�o tiveram tempo hist�rico suficiente para assimilar as novas condi��es sociais implantadas no pa�s.

As ideias arraigadas do trabalho intenso e a fidelidade ao patr�o s�o duas caracter�sticas dos trabalhadores dos tigres asi�ticos e, por isso mesmo, for�as materiais que t�m ajudado as burguesias nacional e internacional a implementar um modelo de desenvolvimento econ�mico baseado na explora��o de m�o de obra barata e d�cil aos interesses empresariais.

O primeiro tigre asi�tico, na realidade, foi o Jap�o, seguido da Cor�ia do Sul. Nesses pa�ses, foram realizadas grandes reformas pol�ticas e econ�micas, entre elas, a reforma agr�ria e a educa��o para todos. � conhecido o caso do Jap�o. Sa�dos derrotados da Segunda Guerra Mundial, governo, empres�rios e trabalhadores firmaram um pacto, no qual se especificava o papel de cada um desses agentes. Ao Estado caberia a responsabilidade pela adequa��o da legisla��o trabalhista e eleitoral, pelos incentivos fiscais, al�m da formula��o de planos de desenvolvimento (setenais, quinquenais e trienais), promover a educa��o, a reforma agr�ria e contribuir para uma pol�tica mais justa socialmente. Aos empres�rios caberia juntar esfor�os, formar as corpora��es, criar os conglomerados unidos ao capital financeiro e banc�rio, e garantir o pleno emprego aos trabalhadores. Em alguns casos, a garantia do emprego vital�cio. Aos trabalhadores caberia o compromisso de n�o contestar o sistema capitalista, abandonando a luta revolucion�ria de car�ter socialista; dedica��o e aplica��o ao trabalho, acatamento incondicional �s regras contratuais e respeito e obedi�ncia aos superiores hier�rquicos.  

Quanto ao n�vel da organiza��o da produ��o industrial, os empres�rios japoneses aplicaram n�o s� os recursos dispon�veis, mas tamb�m todas as t�cnicas da organiza��o do trabalho, as normas t�cnicas internacionais de mercadoria, bem como o sistema de certifica��o da qualidade total. Esses recursos administrativos da produ��o tiveram grande �nfase nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, para depois serem deixados em segundo plano, t�o logo terminado o conflito.

O Jap�o, ao contr�rio, apossou-se daquela experi�ncia, e copiou seus produtos. E ap�s a implementa��o ininterrupta de sete planos setenais, ele se tornou uma pot�ncia econ�mica e industrial, capacitando-se para exportar tecnologia e capital para a periferia do sistema. O sucesso dos produtos japoneses no mercado mundial baseou-se na tr�ade qualidade, pre�o e assist�ncia t�cnica, al�m da inova��o permanente de seus produtos.

Em termos gerais, h� dois tipos de tigre asi�ticos: as plataformas de exporta��o e aqueles outros pa�ses que t�m territ�rio, popula��o e recursos naturais para se desenvolverem autonomamente. No primeiro caso, est�o Cingapura, Hong Kong, Taiwan; no segundo, a Indon�sia, o Vietn�, a Cor�ia, principalmente se unificada; e h� ainda um tipo intermedi�rio, sempre levando em conta as disponibilidades territoriais e de recursos naturais, que s�o a Tail�ndia e a Mala�sia. Resta apenas um questionamento: A riqueza criada foi distribu�da pela popula��o? Ao que parece, n�o restou muita coisa para ela, al�m do sal�rio e profissionaliza��o de uma m�o de obra abundante e barata. A produ��o das plataformas de exporta��o, por exemplo, est� voltada principalmente para o com�rcio mundial. � uma riqueza das multinacionais.

Poder�amos dizer que o grande tigre da atualidade � a Rep�blica Popular da China. E, ao que  tudo indica, ser� a grande pot�ncia econ�mica dos pr�ximos vinte anos.

Dados Gerais Sobre Os Tigres Asi�ticos: Taiwanou Formosa: ilha da Rep�blica Popular da China, que mant�m, contudo, estatuto de autonomia territorial, garantido pelo apoio pol�tico e b�lico dos Estados Unidos. Capital: Taip�. �rea: 35,8 mil km2. Popula��o: cerca de 23 milh�es. Agricultura bastante desenvolvida, predominando as culturas da cana-de-a��car, arroz, legumes, frutas e ch�. Os recursos minerais limitam-se � hulha e ao g�s. Metade da energia consumida prov�m de centrais nucleares. O setor industrial tem sido o respons�vel pelo r�pido desenvolvimento econ�mico da ilha. Importa mat�rias-primas e produtos de base e exporta produtos manufaturados, principalmente t�xteis e confec��es, equipamentos eletroeletr�nicos, produtos de pl�stico e brinquedos. H� tamb�m um setor importante de petroqu�mica e de turismo.

Hong Kong: ilha da ba�a de Cant�o, na Rep�blica Popular da China. Hong Kong est� integrada ao territ�rio chin�s, desde 1997. N�o � mais um territ�rio aut�nomo, quando tinha por capital Vict�ria. �rea: 1,05 mil km2. Popula��o: cerca de 6,6 milh�es. Antiga col�nia inglesa, Hong Kong intermediava os neg�cios chineses com o mundo exterior. A China fornecia-lhe a quase totalidade de suas necessidades aliment�cias, beneficiando-se, por outro lado, com importa��es de produtos industrializados, com os investimentos e a transfer�ncia de tecnologia realizados na ilha. Seu porto movimento cerca de 40 Mt  de carga, por ano. Hong Kong vem experimentando grande desenvolvimento industrial, ressaltando os setores de vestu�rio, brinquedos, t�xtil, eletr�nica, cinematogr�fica, al�m de seus tradicionais estaleiros navais. Mais de 90% de sua produ��o industrial, baseada em investimentos de empresas inglesas, japonesas e norte-americanas, � exportada, o que torna a economia de Hong Kong bastante vulner�vel �s oscila��es do mercado mundial. Ali�s, essa ser� uma caracter�stica dos tigres asi�ticos, muitos deles funcionando como plataformas de exporta��o.

Cor�ia (Rep�blica da): pa�s da �sia oriental, ocupa a parte sul da pen�nsula coreana. Capital: Seul. A uni�o das duas Coreias (a do Norte e a do Sul) tem sido impedida pelos Estados Unidos que mant�m, na parte sul da pen�nsula, uma grande estrutura b�lica e um contingente estimado em 70 mil soldados americanos. �rea de 99 mil km2. Popula��o: cerca de 47 milh�es. Agricultura: a elevada densidade demogr�fica  do pa�s (400 hab/km2), restringe � pr�tica agr�cola. H� escassez de terras f�rteis para o cultivo. A complementa��o alimentar prov�m da pesca e de algumas importa��es. Seu principal produto agr�cola � o arroz (cerca de 8,5 Mt). H� escassez de recursos minerais e energ�ticos, embora tenha boa produ��o de hulha (cerca de 23 Mt ao ano). O desenvolvimento econ�mico tem sido sustentado pelo setor industrial, principalmente equipamentos navais, sider�rgicos (cerca de 23 Mt  de a�o), automobil�stico, t�xtil e eletr�nico. Importa bens de produ��o (m�quinas e equipamentos) e produtos minerais.

Cingapura: pa�s insular do sudeste da �sia, na extremidade da pen�nsula Malaia ou M�laca, ligada a esta por uma ponte rodoferrovi�ria e por um aqueduto que lhe assegura o abastecimento de �gua. Capital: Cingapura. �rea: 618 km2. Popula��o: cerca de 3 milh�es. Agricultura: um quarto da �rea � ocupado pelas atividades agr�cola e pecu�ria intensiva. A situa��o estrat�gica de seu porto garante-lhe um movimento cargueiro de mais de 60 Mt, ao ano, e alimentou a industrializa��o recente. Recentemente, Cingapura tem-se afirmado como centro financeiro internacional. Ali�s, o setor financeiro tem-se expandido enormemente nos pa�ses denominados tigres asi�ticos em decorr�ncia, principalmente, de seus saldos comerciais com o Exterior. Ind�stria: a economia cingapuriana tem-se especializado em atividades de alta tecnologia, o que tem atra�do investimentos de empresas japonesas e norte-americanas. O setor de servi�os � fort�ssimo e responde por cerca de dois ter�os do emprego no pa�s.

Mala�sia � constitu�da da Mal�sia ocidental (na pen�nsula Malaia ou M�laca) e Mal�sia oriental (constitu�da de dois territ�rios: Sabah e Sarawak, na por��o ocidental da ilha de Born�u, na Indon�sia). Capital: Kuala Lumpur. �rea: 330 mil km2. Popula��o: cerca de 22 milh�es. Agricultura: A Mala�sia tem ainda setores agr�colas significativos, divididos entre a produ��o aliment�cia, como o arroz, e os cultivos do tipo plantations, heran�a do per�odo colonial. Maior produtor de �leo vegetal e de borracha natural. Produz ainda bauxita, estanho em grande quantidade, e petr�leo. A industrializa��o est� em expans�o crescente, beneficiando os produtos agr�colas e minerais, e diversificando sua produ��o em mec�nica e eletroeletr�nica. A Mala�sia criou zonas industriais destinadas a pequenas empresas de ponta, e a partir da d�cada de noventa  deu o salto qualitativo para ser inclu�da no rol dos tigres asi�ticos. Suas exporta��es destinam-se aos pa�ses asi�ticos, � Gr�-Bretanha, Alemanha e Estados Unidos. A liberaliza��o da economia, uma caracter�stica dos tigres, favoreceu a entrada de investimentos. Sua capital ganhou import�ncia e hoje conta com grandes investimentos na �rea imobili�ria, cujo s�mbolo s�o as torres g�meas com 450 m de altura. Mas o setor agr�cola passa por dificuldades, principalmente as pequenas propriedades, e h� pobreza por parte desses agricultores. O pa�s passou por crise econ�mica, em 1997, com fuga de capitais externos, e a moeda teve forte desvaloriza��o.

Tail�ndia: (Reino da) pa�s do sudeste asi�tico (antigo Si�o): Capital: Bangkok. �rea: 514 mil km2. Popula��o: cerca de 63 milh�es. A Tail�ndia Ocupa o oeste da pen�nsula indochinesa e tem como eixo vital a bacia do rio Menam ou Meping. Clima tropical de montanha, o territ�rio apresenta um conjunto de plan�cies cercadas ao N e a O por montanhas e Mesetas a E; e maci�os montanhosos na pen�nsula com vales de aluvi�o. Nas plan�cies se cultiva, principalmente, arroz, mandioca e milho; pratica-se a pecu�ria (bovinos, bufalinos e su�nos). Ao Norte e Oeste, cadeias montanhosas recobertas de florestas tropicais, de onde se extrai madeira. Ao sul, na pen�nsula Malaia, com clima quase equatorial, pratica-se o cultivo da seringueira e da juta. A pesca � outra atividade de relativa import�ncia para o pa�s. O setor industrial tradicionalmente voltado para o beneficiamento dos produtos agr�colas e minerais (o estanho, por exemplo), come�ou a mudar a partir da d�cada de oitenta, contando com investimentos estrangeiros do Jap�o, Taiwan, Cor�ia do Sul. Embora haja ainda algumas limita��es de infraestrutura e de m�o de obra especializada, a economia tem experimentado grandes avan�os principalmente nos setores ligados � explora��o de g�s natural, � petroqu�mica e � eletr�nica. O turismo e as exporta��es de produtos agr�colas (arroz, milho, borracha), t�xteis, autom�veis t�m fornecido importantes recursos ao pa�s. A partir da d�cada de noventa, a Tail�ndia come�ou a se destacar nos meios financeiros internacionais como um dos novos tigres, mas n�o escapou da crise financeira de 1997, quando sua moeda sofreu um ataque especulativo. Ocorreram ent�o v�rias desvaloriza��es cambiais; forte alta de juros; quebras de empresas nos setores financeiro e imobili�rio; fuga de capitais externos; infla��o; desemprego e profunda recess�o. O Pa�s teve de recorrer ao FMI.

Vietn� (Rep�blica Socialista do): Capital Han�i. �rea: 332 mil km2. Popula��o: cerca de 80 milh�es. Localizado na antiga Indochina, limita-se ao N com a China; a O com o Laos e Camboja; a E e ao S com o mar da China Meridional. O pa�s compreende, de Norte ao Sul, tr�s grandes regi�es naturais: Tonquim, Anam e Cochinchina. Montanhoso ao N, principalmente a NO. Apresenta ainda planaltos calc�rios entalhados por vales fluviais como os rios Vermelho e Negro que nos baixos cursos, j� na plan�cie que se prolonga pela prov�ncia chinesa de Guangxi, se abrem em deltas densamente povoados. Ao longo da fronteira com o Laos, eleva-se a cadeia Anamita, cujas vertentes �ngremes caem sobre a estreita plan�cie costeira da regi�o de Anam. Planaltos cristalinos e sedimentares se estendem a partir dessa regi�o montanhosa at� o extremo sul do pa�s, no delta do Mekong. O clima � tropical de mon��es, com pluviosidade elevada, que determina uma cobertura vegetal do tipo florestal. A agricultura, mais coletivizada ao N do que ao S, ocupa cerca de 60% da popula��o economicamente ativa. Principais culturas agr�colas: arroz, caf�, ch�, cana-de-a��car, seringais; a pecu�ria conta com importante rebanho su�no. A pesca � bastante desenvolvida ao longo da costa vietnamita. O pa�s � modesto, quantos aos recursos minerais, ressaltando, apenas, as jazidas de carv�o e fosfato, e mais recentemente algumas jazidas de petr�leo no plat� continental que tem atra�do investimentos externos da Fran�a, Gr�-Bretanha, Hong Kong, Austr�lia e Pa�ses Baixos. O setor industrial ainda � pouco desenvolvido, contando com aciarias, adubos, cimentos, t�xtil, e localizados principalmente ao N. A partir de 1991, o governo reorientou a economia e o com�rcio exterior, estabelecendo rela��es din�micas com os pa�ses do Sudeste e Leste da �sia (Taiwan, Cingapura, Hong Kong, Jap�o e Cor�ia do Sul). A abertura internacional e a entrada de investimentos estrangeiros favoreceram a retomada do desenvolvimento econ�mico, j� a partir de 1992. H� ainda algumas limita��es de infraestrutura, por�m a ind�stria tem-se expandido enormemente, mas tamb�m n�o escapou da crise financeira de 1997 que abateu, de maneira geral, sobre os tigres asi�ticos. O Vietn� �, pois, mais um candidato ao reduzido grupo dos tigres asi�ticos.

Indon�sia: grande pa�s insular do sudeste da �sia, que agrupa a maioria das ilhas da Insul�ndia, situado entre o oceano Pac�fico, a E, e o oceano �ndico, a O. �rea: 1,9 milh�es de km2. Popula��o: cerca de 225 milh�es, com concentra��o em Java (60% do total, enquanto a ilha ocupa cerca de 7% da superf�cie total do pa�s.). Capital: Jacarta. A Indon�sia � constitu�da por um arquip�lago que se estende por 5 mil km de O para E, e por mais de 1.500 km de N a S, localizado nos dois lados do equador, principalmente ao S. A maioria das ilhas � montanhosa, muitas de origem vulc�nicas, e as plan�cies s�o pouco extensas. O clima � equatorial quente e �mido, com precipita��es entre 1000mm e 3000mm anuais, o que explica a densa floresta que cobria originariamente mais de 60% do territ�rio. A agricultura emprega cerca de 45% da popula��o, e gra�as � mecaniza��o e � irriga��o, o pa�s tornou-se autossuficiente em alimentos, principalmente arroz (44 Mt) que constitui a base da alimenta��o de seu povo. H� ainda as culturas comerciais, heran�a colonial, como os plantations holandeses da borracha natural (1,1 Mt, ao ano). Produz, tamb�m, caf�, ch�, azeite-de-dend� e tabaco. A pesca � bastante desenvolvida. Recursos minerais: o pa�s possui abundantes riquezas minerais, como o petr�leo e o g�s natural. Os hidrocarbonetos constituem mais de 70% das exporta��es, voltadas principalmente para o Jap�o. Ind�stria: o setor est� em franco desenvolvimento, favorecido pela explora��o de minas de estanho, cobre, n�quel e bauxita. A pol�tica de liberaliza��o da economia, a partir da d�cada de oitenta, atraiu muitos investimentos estrangeiros, que fizeram o pa�s ser inclu�do no grupo dos novos tigres asi�ticos. A produ��o � bem variada, incluindo produtos de base (a�o, cimento), bens de produ��o e bens de consumo. A partir dos anos noventa, criou-se a expectativa de crescimento econ�mico acelerado, que se desfez com a crise nas bolsas de valores dos pa�ses asi�ticos, no ano de 1997. Vulner�vel ao comportamento dos investidores externos, a economia entrou em recess�o, houve fuga de capitais e desvaloriza��o da moeda.

notassocialistas.com.br - ligeiras notas. Consulta: jornais, Internet, Enciclop�dia Larousse, almanaque Abril, entre outros.

Quais são as principais indústrias que se instalaram nos Novos Tigres Asiáticos?

As principais indústrias instaladas nos Novos Tigres Asiáticos são: têxteis, alimentícias, de calçados, brinquedos e eletrônicas. A maioria delas era multinacional atraída pelas vantagens oferecidas por esses países.

Quais são as principais características do desenvolvimento industrial dos Novos Tigres Asiáticos?

Resposta:A principal característica deve-se a presença de Multinacionais e Empresas maquiladoras,que se desenvolveram a partir de capitais estrangeiros.

Quem investiu nos Novos Tigres?

Esses territórios receberam aportes de investimentos oriundos de Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan, os primeiros Tigres Asiáticos, além de países como o próprio Japão e os Estados Unidos..
Filipinas;.
Indonésia;.
Malásia;.
Tailândia;.
Vietnã..

Quem investiu nos Novos Tigres Asiáticos?

No decorrer das décadas de1970 e 1980, o Japão, já reconstruído do pós-guerra, investiu na economia dos países que compõem os Tigres Asiáticos enviando filiais de suas importantes e rentáveis empresas, expandindo, assim, suas fronteiras industriais e investindo em um novo e promissor mercado consumidor.

Toplist

Última postagem

Tag