Nome: CRISTINA, Tereza
Nome Completo: Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias
Tipo: BIOGRAFICO
CRISTINA, Tereza
* dep.fed. MS 2015-2019; min. Agricultura 2019-
Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias nasceu em Campo Grande (MS) no dia 6 de julho de 1954, filha de Fernando Augusto Correa da Costa, engenheiro agrônomo, e Maria Manuelita Alves de Lima Correa da Costa. Bisneta de Pedro Celestino Corrêa da Costa e neta de Fernando Corrêa da Costa, ex-governadores de Mato Grosso.
Formou-se em engenharia agronômica pela Universidade Federal de Viçosa (MG). No início da carreira, trabalhou em fazendas da família. Depois se mudou para São Paulo, onde teve experiências profissionais em empresas privadas do agronegócio. Também atuou no setor da pecuária.
No fim da década de 1990, fez parte de diversas associações do agronegócio do estado, além de grupos sindicais representativos de classe. Dirigiu a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), entre 2001 e 2003. Três anos depois, se tornou superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Entre 2007 e 2014, ocupou as secretarias de desenvolvimento agrário, da produção, da indústria, do comércio e do turismo do estado do Mato Grosso do Sul durante a gestão do então governador André Puccinelli, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Durante esse período, também foi diretora da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal (IAGRO) e da Empresa de Gestão de Recursos Minerais (MS-MINERAL), além de presidente do conselho nacional de secretários de agricultura no estado.
Concorreu a uma vaga de deputada federal nas eleições de 2014, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi eleita com 75.149 votos e de acordo com os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou cerca de dez mil e trezentos de reais em lista de bens, além de constar como a candidata eleita naquele ano pelo Mato Grosso do Sul que mais recebeu contribuições de campanha.
No exercício do mandato, concentrou sua agenda nas áreas da agropecuária e administração pública. Endossou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n. 215, de 2000, que pleiteava a transferência da competência de demarcação de terras indígenas da União para o Poder Legislativo, mas cuja tramitação não avançou no Congresso.´Também sobre este tópico, repercutiu nacionalmente na imprensa ao apresentar um requerimento de audiência pública para discutir a liberação de terras indígenas para empreendimentos agrícolas. Assumiu a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), grupo suprapartidário em defesa do agronegócio no Congresso Nacional. E presidiu também a comissão especial instaurada na Câmara para apreciar o projeto de lei n. 6.299, de 2002, que pretendia flexibilizar as regras de aplicação e fiscalização de agrotóxicos no país. Solicitou ainda ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, a suspensão da política nacional de desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais.
Na mesma legislatura, foi líder do PSB na Câmara dos Deputados, mas acabou destituída da liderança do partido na casa por discordar da posição do PSB quanto à questão da reforma trabalhista e também quanto ao processo movido contra o então presidente da República, Michel Temer, por ocasião das delações de empresários da JBS. Em dezembro de 2017, migrou para o Democratas (DEM), partido do qual também se tornou líder da bancada na Câmara. Integrou comissões permanentes e especiais, além de comissões parlamentares de inquérito. No primeiro caso, foi titular da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia; e da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
Quanto às comissões especiais, presidiu a comissão especial criada para analisar o projeto de lei n. 6.299, de 2002, que regulamentava o uso de defensivos sanitários. Foi titular da comissão especial destinada ao estudo da já citada PEC n. 215, de 2000; da comissão especial criada para examinar o projeto de lei n. 37, de 2011, sobre a mineração; da comissão especial constituída para analisar o projeto de lei n. 3.555, de 2004, que regulamenta contratos de seguro privado; da comissão especial encarregada do exame do projeto de lei n. 1.013, de 2011, sobre motores a diesel para veículos leves; da comissão especial destinada ao estudo da proposta de emenda à Constituição n. 282, de 2016, vedando coligação partidária em eleições; da comissão especial constituída para examinar a política nacional de redução dos agrotóxicos; e da comissão especial criada para apreciar as comemorações dos 200 anos da independência. Como suplente, atuou na Comissão Especial designada para apreciar o projeto de lei n. 827, de 2015, relativo à lei de proteção dos cultivares; na Comissão Especial sobre Financiamento da Atividade Sindical; na Comissão Especial sobre Previdência Social; e na Comissão Especial constituída para analisar o projeto de lei n. 1.917, de 2015, sobre a portabilidade da conta de luz. Teve ainda posições em duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs): foi terceira vice-presidente na CPI sobre Maus-Tratos de Animais e sub-relatora da CPI sobre a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Concorreu à reeleição nas eleições de 2018 pelo DEM. Segundo os registros do TSE, sua candidatura recebeu mais de um milhão e trezentos mil reais de doações de partidos e cerca de 880 mil reais de doações de pessoas físicas. Segundo o jornal Nexo, mais de 900 mil reais vieram de doações do agronegócio. Foi eleita com 75.068 votos e também de acordo com os registros do TSE, declarou lista de bens avaliados em mais de cinco milhões de reais.
No dia 7 de novembro de 2018, foi anunciada pelo presidente recém-eleito, Jair Messias Bolsonaro, como a nova ministra da Agricultura após uma reunião dele com integrantes da frente parlamentar da agropecuária. Tomou posse na Câmara dos Deputados e depois se licenciou para assumir a pasta da Agricultura.
No Ministério da Agricultura, reuniu-se com 51 embaixadores de países árabes e muçulmanos para mediar o conflito diplomático criado após o presidente Bolsonaro ameaçar mudar a embaixada brasileira em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém, em um esforço para conter possíveis retaliações às exportações brasileiras de carne. Também encontrou-se com líderes de países europeus para discutir a situação das queimadas na Amazônia após a repercussão internacional do crescimento do desmatamento no Brasil. Apoiou a política de registro de agrotóxicos no país.
Pelo exercício do seu trabalho, foi condecorada com um dos prêmios de melhores deputados da 11ª edição do Prêmio Congresso em Foco, dedicado à cobertura do dia-a-dia do Congresso.
Casou-se com Caio Dias, com quem teve dois filhos, Luis Felipe e Ana Luzia.
Rodrigo Nunes Lois