Sintomas da segunda dose da vacina COVID

Índice

  • 1 Eficácia das vacinas 
  • 2 Infecção pós-vacina
  • 3 Conclusão
  • 4 Referências
  • 5 Leituras relacionadas

O surgimento e a disseminação do SARS-CoV-2 tem sido um desafio mundial. Segundo o Ministério da Saúde o COVID-19 é uma doença que se caracteriza por um quadro agudo gripal que pode ser associado a febre, tosse, dor de garganta, coriza, seguido ou não de anosmia, diarreia, mialgia e cefaléia. Além disso, podem ocorrer casos mais graves com dispnéia, desconforto respiratório e saturação menor que 95% de oxigênio, caracterizando a síndrome respiratória aguda grave. As vacinas contra a COVID-19 são seguras e aprovadas pelas autoridades regulatórias do mundo todo. A vacina os casos mais graves, internações e óbitos, diminuindo a gravidade dos casos, no entanto, a vacina não impede a contaminação pela doença. No entanto, podemos observar sintomas diferentes em pacientes vacinados e não vacinados, além da diminuição da gravidade dos casos e do número de óbitos.

Eficácia das vacinas 

Cada vacina tem seu mecanismo de ação e sua eficácia e efetividade contra casos graves e na redução da mortalidade. A eficácia representa o quanto a vacina pode previnir a doença em um ambiente controlado e a efetividade como o imunizante funciona na população em geral. Foram realizados testes em diversos países, que obtiveram resultados semelhantes sobre as vacinas. 

 A Corona Vac, produzida com vírus inativado, foi desenvolvida na China em estudos realizados apresentou 50% e 84% de resposta eficaz contra COVID leve e moderado, respectivamente, em outros estudos, foi ajustada a eficácia segundo a faixa etária de aplicação e a quantidade de doses, entretanto, em todos os estudos nota-se a diminuição de casos graves e da mortalidade.

A AstraZeneca, desenvolvida em Oxford, mostrou uma boa tolerância em todas as faixas etárias e imunogenicidade semelhante em todas as idades, relatando uma eficácia média de 70,4% e de cerca de 82,4% quando a segunda dose foi administrada em um intervalo de 12 semanas ou mais. 

A vacina da Jansen, atualmente a única disponível em dose única no Brasil, após testes foi aprovada pela ANVISA com eficácia geral de 66,9% em casos leves e 76,7% em casos graves após 14 dias. A Pfizer foi liberada em fevereiro de 2021, com uma eficácia global após 2 doses de 95%.

Infecção pós-vacina

A vacina não impede a transmissão e a infecção, especialmente assintomática e de casos leves, pela COVID-19. Um estudo feito no Reino Unido, conduzido pelo ZOE COVID Symptom Study listou os sintomas mais referidos por infectados sem a vacina, com uma dose e com as duas (ou com a dose única da Jansen). 

Os não vacinados citaram principalmente dor de cabeça, garganta, coriza, febre e tosse persistente. Os vacinados com uma dose relataram sintomas não tão comuns no início da pandemia como coriza e espirros, junto a dor de garganta e tosse persistente. A febre não foi encontrada de forma tão frequente nos imunizados com apenas uma dose. Os vacinados com duas doses relataram menos sintomas e com uma duração menor. Os sintomas mais citados foram dor de cabeça, espirros, dor de garganta e perda de olfato. No geral, há o predomínio de sintomas leves ou de infecções assintomáticas nos vacinados, o que não significa que não ocorram casos mais graves ou até óbitos em pacientes vacinados, o desfecho com um prognóstico ruim associa-se, muitas vezes, a pacientes com outras comorbidades, não sendo restritos a eles.

Em relação a dose de reforço (3ª dose), um estudo desenvolvido em Israel, mostrou uma redução ainda maior na mortalidade e na incidência de doença grave. É importante lembrar que, com as 2 doses da vacina, a ocorrência desses eventos é muito baixa.

Conclusão

O COVID-19 continua sendo um vírus novo e ainda com muitas particularidades a serem conhecidas. Todos os dias temos informações novas e é importantíssimo se manter atualizado através de literaturas confiáveis e recentes e lembrarmos que ainda há muito que conhecer e ser estudado e descoberto. Sabemos que as vacinas diminuem muito o risco de hospitalizações, mortes e de casos sintomáticos (especialmente os graves). Não podemos, no entanto, acreditar que apenas a vacina é suficiente para abandonar as medidas de distanciamento social ou de higiene e prevenção. Mesmo pessoas com a vacinação completa com duas doses e até com a dose de reforço podem ter eventos graves que podem inclusive levar ao óbito, no entanto, é muito importante a vacinação completa, inclusive com a terceira dose, para que esses eventos graves e também a contaminação diminuam cada vez mais para podermos chegar ao fim dessa pandemia.

Dados recentes mostram que o número atual de contaminados pela COVID por dia, alcança a marca de quase a mesma quantidade de contaminados no mesmo período do ano passado em um dia, no entanto, o número de mortos caiu drasticamente, assim como o número de internações de casos graves, o que confirma a eficácia e necessidade da vacina.

Autora: Thays Davanço Pedroso dos Passos

Instagram: @thadavanco

Referências

1 – Carneiro, António Vaz, and Susana Oliveira Henriques. “ISBE & Cochrane Portugal Newsletter nº 167: O reforço com a 3ª dose da vacina da Pfizer-BioNTech diminui a infecção e a mortalidade por COVID-19.” ISBE & Cochrane Portugal Newsletter 167 (2022). 

2 – Oliveira, A. M. de ., Santos, B. G. R. dos ., Gomes, K. J. dos R. M. ., Rocha, L. K. S. da ., Arruda, V. M. A. ., Saliba, W. A. ., Bacelar Júnior, A. J. ., & Paro, M. de O. . (2021). MECANISMO DE AÇÃO DAS VACINAS UTILIZADAS PARA A COVID-19 ATUALMENTE COMO USO EMERGENCIAL NO BRASIL. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 7(11), 1087–1106. //doi.org/10.51891/rease.v7i11.3147

3 – SILVA FILHO, P. S. da P. .; SILVA, M. J. de S. .; FORTES JÚNIOR, E. J. .; ROCHA, M. M. L. .; ARAUJO, I. A. .; CARVALHO, I. C. S. de .; ESPERANDIO, J. V. M. .; VASCONCELOS, A. C. A. B.; POMPEU, J. G. F. .; CAMPELO, V. E. S. .; SILVEIRA FILHO, E. R. da .; PAIVA, M. L. R. de .; CARVALHO, A. M. .; GUEDES, J. J. S. .; RODRIGUES, I. C. D. S. J. .; VALENTE, V. da S. .; PIRES, A. S. de S.; MESQUITA, G. V. . Vacinas contra Coronavírus (COVID-19; SARS-COV-2) no Brasil: um panorama geral. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 8, p. e26310817189, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i8.17189. Disponível em: //rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17189. 

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O texto acima é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.

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