Quais são os argumentos utilizados pelos cientistas que defendem que os vírus são seres vivos?

Biologia

Jean-Michel Claverie, virologista de um laboratório público francês, não tem mais dúvidas: os vírus são realmente seres vivos. O fato de que eles podem adquirir doenças causadas por outros vírus  é um de seus argumentos para contestar a antiga afirmação de que os vírus eram inanimados. Em estudo publicado na Nature de 7 de agosto, precedido por um artigo que inclui o comentário de Claverie, equipes de quatro centros de pesquisa francês e de um norte-americano mostraram, por meio de microscopia eletrônica, como vírus gigantes que infectam bactérias, conhecidos como mimivírus, podem ser, eles próprios, infectados por outros vírus chamados Sputinik, de apenas 21 genes.

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Vírus são seres vivos?

Tenho certeza de que você já se pegou pensando nisso, não é mesmo? Ainda existe dúvida entre alguns cientistas sobre se o vírus deve ser considerado ser vivo ou não! 

Confira:

Por que os vírus não são considerados seres vivos para alguns pesquisadores?

Alguns pesquisadores afirmam que os vírus são estruturas  que não devem ser considerados seres vivos. As principais afirmações feitas por eles são:

  • Os vírus não possuem células (acelulares), a unidade estrutural e funcional dos seres vivos  contraria a Teoria Celular, que diz que todos os seres vivos são formados por células. Assim sendo, por não possuírem células, muitos afirmam que vírus não são seres vivos;
  • Os vírus não apresentam potencial bioquímico que possibilita a produção de energia metabólica. Assim sendo, os vírus não são capazes de respirar e alimentar-se por conta própria;
  • Os vírus só são capazes de se reproduzir no interior de outra célula. Por essa razão, dizemos que eles são parasitas intracelulares obrigatórios.

Por que alguns pesquisadores afirmam que os vírus são seres vivos?

Os vírus realizam algumas atividades consideravelmente complexas. Eles são capazes, por exemplo, de “enganar” nosso sistema imunológico e causar doenças, atividade complexa para um ser sem vida.

Muitos pesquisadores afirmam que os vírus devem ser, sim, considerados seres vivos. Devido às seguintes características:

  • Presença de material genético: RNA e/ou DNA. A presença desse material indica que esses organismos são capazes de transmitir suas características aos seus descendentes;
  • Os vírus apresentam capacidade de evolução, ou seja, sofrem alterações ao longo do tempo, uma característica importante, uma vez que admitimos que os seres vivos mais bem adaptados sobrevivem no meio.

Nova descoberta

A equipe internacional, liderada por cientistas da Universidade da Califórnia, Berkeley, descobriu novos grupos inteiros de fagos gigantes (vírus que infectam bactérias) e reuniu 351 seqüências de genes. Entre eles , encontraram-se  genes que codificam partes do mecanismo celular que lê e executa instruções de DNA para construir proteínas, no processo de tradução, os ribossomos.

“Eles têm um número incomum de componentes do mecanismo de tradução que você não encontra em um vírus típico”, afirmaram os microbiologistas Basem Al-Shayeb e Jill Banfield, da UC Berkeley.

Normalmente, o que separa a vida da não-vida é ter ribossomos e a capacidade de traduzir. Todos os vírus recém-descobertos têm genomas com mais de 200.000 pares de bases, enquanto o tamanho médio dos vírus  conhecidos é mais do que 52.000 pares de bases.

“Grandes fagos já foram encontrados antes, mas foram descobertas pontuais”, disse Sachdeva do Innovative Genomics Institute. “O que descobrimos neste artigo é que eles são essencialmente onipresentes. Nós os encontramos em todos os lugares e tem a capacidade de produzir suas próprias proteínas.”

Sabendo disso tudo agora, na sua opinião os vírus são seres vivos?

Um fago enorme (sujeito 26) infectando uma bactéria e manipulando sua resposta a outros fagos. (Laboratório de Jill Banfield / UC Berkeley)

O bioquímico Christoph Weigel, que não foi associado ao estudo, sugeriu no Twitter que o artigo fornece “forte apoio” para considerar vírus que vivem “virocélulas”.

Esses enormes fagos preenchem a lacuna entre bacteriófagos não vivos, por um lado, e bactérias. Essa pesquisa está desencadeando uma discussão mais aprofundada sobre o que significa estar vivo.

E você? Acha que os vírus são seres vivos ou não?

Fonte:

//mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/os-virus-sao-seres-vivos.htm

//www.sciencealert.com/giant-bacteria-infecting-viruses-have-features-previously-only-seen-in-living-cells

Leia mais:

Quais são os argumentos utilizados pelos cientistas que defendem que os vírus não são seres vivos?

Os vírus não possuem células (acelulares): a unidade estrutural e funcional dos seres vivos. Essa característica contraria a teoria celular, que diz que todos os seres vivos são formados por células. Assim sendo, por não possuírem células, muitos afirmam que os vírus não são seres vivos.

Por que os cientistas defendem que os vírus são seres vivos?

Quem defende que os vírus são seres vivos, argumenta que eles desenvolvem atividades consideradas complexas, já que conseguem burlar o sistema imunológico de outros seres, a ponto de provocarem doenças. Outro argumento que reforça a tese é o fato de que neles há a presença de material genético como DNA e/ou RNA.

Como você defenderia a tese de que vírus são seres vivos?

Os vírus podem ser considerados seres vivos pois possuem DNA e/ou RNA e capacidade de sofrerem mutações e evoluírem com o tempo, porém eles também podem não ser considerados seres vivos por não possuírem uma unidade celular nem serem capazes de se reproduzirem sozinhos.

Quais argumentos podem considerar os vírus como seres vivos e quais argumentos não consideraram?

Sem células, portanto, os vírus não são seres vivos. Além disso, a ausência de metabolismo nesses organismos é um ponto que sugere que não se tratam de seres vivos. Esses organismos também não conseguem se reproduzir fora de uma célula, e a reprodução é um ponto-chave para considerar um ser como vivo.

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