Qual é a diferença entre predicativo do objeto é complemento nominal?


Olá professor.
Na oração “Consideramos o caso extraordinário” por que “extraordinário” é predicativo do objeto e não adjunto adnominal?
No aguardo,
katia

Para melhor entender essa teoria, analisemos antes outra frase:

– “Conheço alguns homens honestos.”, em que o verbo “conhecer” é transitivo direto, pois “Quem conhece, conhece algo/alguém”. Observe que, se passarmos essa oração para a voz passiva, haverá a seguinte estrutura sintática:

– “Alguns homens honestos são conhecidos por mim”.

Na passagem da voz ativa para a voz passiva, o objeto direto se transforma em sujeito. Então o objeto direto da voz ativa e o sujeito da voz passiva é “alguns homens honestos”, cujo núcleo é “homens”. Tudo o que está no entorno do núcleo, dentro da função sintática, é adjunto adnominal: “alguns” e “honestos” são, portanto, adjuntos adnominais.

Visto isso, analisemos agora a frase apresentada:

– “Consideramos o caso extraordinário.”, em que o verbo “considerar” é transitivo direto, pois “Quem considera, considera algo/alguém”. Observe que, se passarmos essa oração para a voz passiva, haverá a seguinte estrutura sintática:

– “O caso é considerado extraordinário por nós”.

Na passagem da voz ativa para a voz passiva, o objeto direto se transforma em sujeito. Então o objeto direto da voz ativa e o sujeito da voz passiva é “o caso”, cujo núcleo é “caso”. Tudo o que está no entorno do núcleo, dentro da função sintática é adjunto adnominal: “o”.
Nessa oração, há somente um adjunto adnominal, pois somente o artigo “o” está no entorno do núcleo, dentro da função sintática. O adjetivo “extraordinário” está fora da função cujo núcleo é o substantivo “caso”. Ele qualifica o objeto direto, portanto é predicativo do objeto, na voz ativa; na voz passiva, predicativo do sujeito.

O adjunto adnominal e o predicativo modificam o núcleo do objeto ou o núcleo do sujeito. A diferença entre eles é que o adjunto adnominal se situa no entorno do núcleo, dentro da função sintática, e o predicativo se situa fora da função sintática.

Veja outros exemplos:

– “Alguns brasileiros compram carros importados.” O adjetivo “importados” é adjunto adnominal, pois “Carros importados são comprados por alguns brasileiros”.
– “Julgo esse deputado corrupto.” O adjetivo “corrupto” é predicativo do objeto, pois “Esse deputado é julgado corrupto por mim”.
– “A corte considerou o deputado corrupto culpado.” O adjetivo “corrupto” é adjunto adnominal; “culpado”, predicativo do objeto, pois “O deputado corrupto foi considerado culpado pela corte”.

Para entender a diferença demarcada entre adjunto adnominal e predicativo é necessário saber que em ambos os casos quem faz o papel de “ator” principal é justamente o adjetivo, ou seja, ora ele pode exercer a função de adjunto, ora de predicativo. Partindo desse princípio, ocupemo-nos em desvendar alguns pormenores que norteiam tal assunto, por vezes alvo de questionamentos por parte dos usuários da língua. 

Assim sendo, devemos nos pautar em alguns pressupostos, sendo eles demarcados por:

* Enquanto o adjunto adnominal se concebe como termo acessório da oração, ou seja, representa apenas parte de um termo essencial ou integrante dela, o predicativo se revela como um termo essencial, de modo a deixá-la (a oração) compreensível, dotada de sentido. Vejamos, pois, alguns exemplos que subsidiarão nosso entendimento:

A garota é bela.

“Bela”, nesse caso, representa um elemento essencial à constituição do enunciado, pois sem a presença desse termo o entendimento estaria comprometido.

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Daí considerarmos que se trata de um predicativo, visto que atribui uma característica ao sujeito, cujo núcleo é representado por “garota”.

Caso disséssemos assim:

A garota educada está alegre.

Constatamos que o termo “educada” pode perfeitamente ser retirado do contexto oracional, sem que isso cause nenhum dano ao perfeito entendimento do discurso. Logo, trata-se de um termo acessório da oração, por conseguinte classificado como adjunto adnominal.

* A função predicativa que se atribuiu ao adjetivo se evidencia marcada no tempo, sendo o verbo o responsável por essa relação cronológica entre a qualidade e o ser. Assim, analisemos outros enunciados:

Ele agora é estudioso, mas era desinteressado.
Os termos que se encontram em destaque representam, pois, o adjetivo exercendo a função de predicativo.

Enquanto que nesta:

O bom filho obedece.
Inferimos que o adjetivo “bom”, ora representando a função de adnominal, pode ser dispensável ao contexto.

Qual a diferença de complemento nominal e predicativo do objeto?

Predicativo do Objeto x Complemento Nominal A diferença entre os dois é que o predicativo do objeto dá uma característica ao objeto, do tipo “o objeto é + predicativo do objeto”. O complemento nominal completa o sentido do objeto. Exemplo 1: “Eu considero o curso excelente”.

Como saber se é predicativo do objeto?

O Predicativo do Objeto é o elemento que atribui uma característica ao objeto direto ou ao objeto indireto. Ele ocorre quando o predicado é verbo-nominal e funciona como núcleo nominal do predicado. Exemplos: O professor deixou João desconsolado.

Como diferenciar predicativo do objeto e adjunto adnominal?

O adjunto adnominal e o predicativo modificam o núcleo do objeto ou o núcleo do sujeito. A diferença entre eles é que o adjunto adnominal se situa no entorno do núcleo, dentro da função sintática, e o predicativo se situa fora da função sintática.

O que é predicativo do objeto e predicado verbo

O predicado verbo-nominal é um tipo de predicado em que há dois núcleos: um núcleo verbal (ou seja, composto por um verbo) e um núcleo nominal (composto por um nome, geralmente um substantivo). O predicativo do objeto é um elemento dentro do predicado verbo-nominal e tem a função de qualificar outro elemento do objeto.

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