Atual pré-candidato à Presidência pelo PDT apareceu pela primeira vez em VEJA já na capa, no começo da década de 90
Por Redação 22 jun 2018, 07h00Pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes estreou nas páginas de VEJA na capa, que apresentava a chamada “Sim, o Brasil tem jeito”, sobre a confiança de brasileiros no futuro do país. Ao lado de figuras como a atriz Fernanda Montenegro, o compositor Caetano Veloso, o então governador do Ceará dava a sua opinião: “É preciso acabar com a corrupção e a incompetência”, disse ele na edição de 6 de novembro de 1991.
Capa da revista estampa foto de Ciro Gomes, em 1991; //VEJADois meses depois, em 29 de janeiro de 1992, Ciro ganhou um destaque ainda maior, como entrevistado das Páginas Amarelas. “O governador do Ceará, Ciro Gomes, de 34 anos, é o mais jovem do país e o mais popular. Segundo recente pesquisa do Datafolha, a administração de Ciro Gomes é aprovada por 63% dos cearenses. Único governador tucano eleito em 1990, Ciro Gomes saldou dívidas do Estado e adota medidas que contrariam os manuais dos políticos tradicionais”, começava o texto.
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“Todo mundo é bonzinho com funcionários públicos. Para mim, funcionário público não merece pena. Merece respeito. Ele ganha da população para trabalhar e, se o salário não for bom, ele deve trocar de emprego. Mas se ele está ali tem que trabalhar com competência”, dizia ele na entrevista.
Páginas Amarelas de VEJA com o então governador do Ceará Ciro Gomes, em 29 de janeiro de 1992; //VEJAContinua após a publicidade
Em 14 de setembro de 1994, Ciro ganhou as páginas da revista novamente ao assumir o ministério da Fazenda no governo de Itamar Franco (PMDB). A reportagem traçava um perfil do político, que havia deixado o governo do Ceará com a popularidade em alta, mas que tinha “pouca intimidade com números oficiais” e histórico de infidelidade partidária: “já pertenceu ao PCB, depois entrou para o PDS, passou para o PMDB e agora é do PSDB”, contava a reportagem.
O texto citava também suspeitas de corrupção durante sua gestão no governo do estado: “No início de 1994, o Tribunal de Contas do Ceará começou a investigar um estranho convênio firmado entre uma fundação, presidida por um dos magnatas dos meios de comunicação local, e a Secretaria de Governo de Ciro Gomes”.
Reportagem sobre Ciro Gomes, de 14 de setembro de 1994; //VEJANa edição de 29 de setembro de 1999, Ciro voltou a estampar a capa da revista: “A esquerda light — Alimentado pela impopularidade de FHC, Ciro Gomes ganha a classe média e assunta o PT”, dizia a chamada. A reportagem contava que ele havia saído da eleição presidencial de 1998 com 11% dos votos. Um ano depois, de acordo com pesquisa do Instituto Vox Populi, ele marcava 23% das intenções de voto para a eleição seguinte. “Ciro é o candidato mais popular entre as pessoas com nível superior de escolaridade e com renda mensal acima de dez salários mínimos”, dizia o texto.
Na época, Ciro só ficava atrás de Lula (PT), que contava com 31% das intenções de voto e acabou vencendo o pleito presidencial, em outubro de 2002. Atualmente, ele é pré-candidato ao Planalto pelo PDT.
Porto alegre - Com 33 anos, Eduardo Leite (PSDB) é formado em direito pela Universidade Federal de Pelotas, sua cidade natal. Caso eleito, será o governador mais jovem do Rio Grande do Sul desde a redemocratização. Seu gosto pela política, segundo ele, vem "desde pequeno": foi presidente de grêmio estudantil e seu pai é fundador do PSDB no município.
Leite concorreu ao cargo de vereador em 2004, mas ficou com a suplência. Elegeu-se para a Câmara Municipal no ano de 2008 e chegou à presidência do Legislativo. Foi secretário municipal e chefe de gabinete do ex-prefeito Fetter Júnior (PP). No ano de 2010, tentou, sem sucesso, o cargo de deputado estadual.
Em 2012, foi eleito o prefeito mais jovem da história de Pelotas, com 27 anos. Terminou sua gestão com 87,2% de aprovação, mas não concorreu novamente ao cargo, por ser "crítico" à reeleição. Ainda assim, ajudou a eleger no primeiro turno sua sucessora, a vice-prefeita Paula Mascarenhas (PSDB).
Logo após deixar a prefeitura, Leite estudou gestão pública na Universidade de Colúmbia, nos EUA, e faz mestrado em gestão de políticas públicas na FGV-SP. Em 2017, se tornou o presidente estadual do PSDB. Nesta eleição, o tucano saiu de 8% nas pesquisas para terminar na liderança 35,9% dos votos no dia 7 de outubro e liderar as intenções de voto no segundo turno.
Leite apostou no discurso da "renovação com experiência" e propõe a renegociação do acordo fiscal com a União além da "melhoria" na gestão dos recursos públicos, principalmente na saúde e na educação. Tem como vice o delegado e ex-chefe da Polícia Civil Ranolfo Vieira Jr. (PTB), com quem pretende montar um plano estadual para a segurança pública.