Anestesia corta o efeito do anticoncepcional

O que pode diminuir a eficácia ou cortar o efeito do anticoncepcional injetável, adesivo ou em pílula são basicamente alguns remédios e anabolizantes, tais como:

  1. Antibióticos: A rifampicina e a rifabutina, usadas para tratar tuberculose, hanseníase e meningite, parecem ser os únicos antibióticos que comprovadamente anulam o efeito dos anticoncepcionais;
  2. Anticonvulsivantes: Remédios usados no tratamento da epilepsia, como topiramato, primidona, fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, oxcarbazepina;
  3. Barbitúricos: São usados como antiepiléticos, calmantes e sedativos. Alguns exemplos: fenobarbital, tiopental, pentobarbital, tiamilal, barbital, entre outros;
  4. Antirretrovirais: Alguns antirretrovirais usados no tratamento do vírus HIV, como efavirenz, nevirapina, nelfinavir e ritonavir podem diminuir ou anular o efeito do anticoncepcional;
  5. Anabolizantes: Podem cortar o efeito do anticoncepcional por serem hormônios (masculinos), interferindo na metabolização dos hormônios femininos presentes no anticoncepcional, o que anula o seu efeito.

Veja aqui os medicamentos que cortam e não cortam o efeito do anticoncepcional.

Vomitar corta o efeito do anticoncepcional?

Sim, vomitar pode cortar o efeito da pílula anticoncepcional, se o vômito ocorrer em até 2 horas após tomar o medicamento. Nesses casos, deve-se tomar outra pílula para manter a eficácia do anticoncepcional.

Uma vez que foi necessário tomar um comprimido extra, para continuar a cartela a mulher deve comprar outra e tomar todas as pílulas sem pular nenhuma.

Saiba mais sobre o assunto em: Vômito e Diarreia Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional?

Sempre que for necessário tomar algum dos medicamentos citados ou mesmo outros remédios, fale com o seu médico ginecologista para esclarecer as possíveis interações medicamentosas que podem ocorrer com o anticoncepcional.

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Tempo estimado de leitura: 3 minutos.

Introdução

O anticoncepcional oral, popularmente conhecido como pílula anticoncepcional, é um método de controle de natalidade muito difundido, usado em larga escala pela população feminina há várias décadas. Se usado corretamente, sua taxa de sucesso chega aos 99,9%. Entretanto, na vida real, quase 8% das mulheres que usam anticoncepcionais acabam engravidando, devido a erros no modo de tomar o medicamento.

Além da forma correta de tomar o anticoncepcional, é importante ter em mente que algumas drogas interagem com a pílula, modificando seus efeitos e sua eficácia.

Há muitos mitos e muita confusão em relação à interação dos anticoncepcionais com alimentos e medicamentos. Neste artigo tentaremos esclarecer um pouco este assunto, abordando os riscos do uso da pílula anticoncepcional com os seguintes fármacos:

  • Antibióticos.
  • Álcool.
  • Anticonvulsivantes.
  • Anti-hipertensivos.
  • Erva de São João.
  • Outros medicamentos frequentemente prescritos.

Interação entre anticoncepcionais e antibióticos

Para boa parte da população, o grande vilão dos anticoncepcionais são os antibióticos. A ideia de que os antibióticos cortam o efeito da pílula é muito difundida, e durante muito tempo, a própria classe médica atuou de forma a propagar essa informação. Sempre houve relatos esporádicos de falhas do contraceptivo hormonal após uso de antibióticos, o que servia para dar uma suposta sustentação científica para o fato.

Porém, na última década, vários estudos foram conduzidos para avaliar a real interação entre anticoncepcionais e antibióticos. Os resultados foram, de certo modo, surpreendentes.

Os únicos antibióticos que realmente cortam o efeito da pílula são a Rifampicina e o seu derivado rifabutina, drogas usadas habitualmente contra a tuberculose, hanseníase (lepra) e na profilaxia da meningite. A rifampicina reduz os níveis sanguíneos de Etinil estradiol e Progestina, as formas sintéticas do estrogênio e da progesterona presentes nos anticoncepcionais, fazendo com a eficácia da pílula fique reduzida. Mulheres que precisam usar esta droga devem escolher um método contraceptivo não hormonal, como preservativos.

Em relação às outras classes de antibióticos NÃO houve comprovação científica de que qualquer uma delas possa ter efeitos na eficácia da pílula.

Até alguns anos atrás, recomendava-se cautela na associação de anticoncepcionais e antibióticos, como as tetraciclinas, metronidazol e os derivados da penicilina, como amoxicilina e cefalosporinas, pois existiam relatos esporádicos de anulação do efeito da pílula por esses antibióticos. Todavia, como já dito, estudos mais recentes não conseguiram comprovar esta relação. Por isso, atualmente, não se recomenda nenhum tipo de cuidado para as mulheres que usam antibióticos e anticoncepcionais ao mesmo tempo (exceto, claro, no caso da rifampicina).

Para que não reste dúvida, não há nenhuma prova científica de que os seguintes antibióticos cortem o efeito da pílula anticoncepcional:

  • Amoxicilina.
  • Amoxicilina + ácido clavulânico.
  • Azitromicina.
  • Cefalexina.
  • Cefazolina.
  • Cefotaxima.
  • Cefuroxime.
  • Claritromicina.
  • Clindamicina.
  • Ciprofloxacino.
  • Doxiciclina.
  • Eritromicina.
  • Flucloxacilina
  • Fosfomicina.
  • Gentamicina.
  • Levofloxacino.
  • Metronidazol.
  • Minociclina.
  • Moxifloxacino.
  • Nitrofurantoína.
  • Norfloxacino.
  • Ofloxacino.
  • Penicilina benzatina (benzetacil).
  • Penicilina V.
  • Tetraciclinas.
  • Trimetoprim-sulfametoxazol.

É importante salientar que, apesar do texto falar muito em pílula anticoncepcional, nenhum dos anticoncepcionais hormonais, sejam eles sob a forma de pílula, injeção, adesivo ou implantes têm sua eficácia reduzida pelos antibióticos.

Portanto, a difundida ideia de que antibióticos cortam o efeito dos anticoncepcionais é falsa na imensa maioria dos casos.

Se você quiser se aprofundar no assunto, leia: Antibióticos Cortam o Efeito dos Anticoncepcionais?

Interação entre anticoncepcionais e álcool

O consumo regular de álcool (etanol) causa aumento dos níveis de estradiol, podendo potencializar os efeitos colaterais a longo prazo dos anticoncepcionais, como tromboses e neoplasia de mama. A taxa de metabolização do álcool também fica reduzida em quem toma esses hormônios, fazendo com que o mesmo circule no sangue por mais tempo.

Interação entre anticoncepcionais e anticonvulsivantes

Drogas usadas no tratamento da epilepsia e da convulsão podem diminuir os efeitos dos anticoncepcionais. Entre eles, podemos citar:

  • Fenitoína.
  • Fenobarbital.
  • Carbamazepina.
  • Primidona.
  • Topiramato.
  • Oxcarbazepina.

Felizmente, existem outras classes de anticonvulsivantes que podem ser usadas juntos com os anticoncepcionais orais sem risco de interação. São eles:

  • Gabapentina.
  • Lamotrigina.
  • Levetiracetam.
  • Tiagabina.
  • Ácido valproico

Leia também: EPILEPSIA | CRISE CONVULSIVA | Sintomas e tratamento.

Interação entre anticoncepcionais e anti-hipertensivos

Não existem problemas maiores nesta associação, pois os anti-hipertensivos não cortam os efeitos da pílula.

Os pacientes que usam o diurético espironolactona ou os anti-hipertensivos da classe dos inibidores da ECA, como ramipril, enalapril e lisinopril, podem apresentar uma taxa um pouco maior de potássio no sangue. Em geral, uma correção da dose dos medicamentos é suficiente para controlar esta alteração.

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Interação entre anticoncepcionais e Erva de São João

A Erva de São João é um medicamento natural usado para depressão (ainda sem eficácia clínica comprovada), que não deve ser usado junto com a pílula, pois reduz a eficácia dos anticoncepcionais.

Outras interações dos anticoncepcionais

Não há evidências de que o Orlistat (Xenical®) diminua o efeitos dos anticoncepcionais.

Derivados do ácido retinoico, como a isotretinoína (Roacutan) podem reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional. Pacientes sob tratamento com Roacutan devem usar, além da pílula, um método contraceptivo complementar, como a camisinha.

O antifúngico Fluconazol não interfere na eficácia da pílula, mas ele aumenta os níveis sanguíneos de estrogênio quando usado junto com anticoncepcionais orais.

A associação de anticoncepcionais com o anticoagulante Varfarina deve ser feita com cuidado, pois a pílula diminui o efeito desta droga.

Corticoides, como a prednisona e a prednisolona, não cortam o efeito, mas podem ter seus efeitos colaterais potencializados pela associação com a pílula anticoncepcional.

Antirretrovirais usados no tratamento da aids, como Nelfinavir, Nevirapine, Ritonavir, podem cortar a eficácia dos anticoncepcionais. De qualquer modo, por motivos óbvios, os paciente portadores do HIV não devem ter relações sexuais sem o uso de preservativos, o que de certo modo atenua o risco de gravidez por falha da pílula.

Os seguintes fármacos também NÃO apresentam evidências de redução da eficácia dos anticoncepcionais hormonais:

  • Antidepressivos, como paroxetina, sertralina, escitalopram, citalopram ou fluoxetina.
  • Antivirais, como aciclovir.
  • Antidiabéticos orais ou insulina.
  • Benzodiazepinas, como diazepam, clonazepam, alprazolam.
  • Medicamentos para controle do colesterol, como sinvastatina, atorvastatina ou rosuvastatina.
  • Anti-inflamatórios ou aspirina.
  • Analgésicos, como dipirona ou paracetamol.
  • Sibutramina.
  • Diuréticos.
  • Omeprazol.

Referências

  • Canadian Contraception Consensus Part 4 of 4 Chapter 9: Combined Hormonal Contraception – The Society of Obstetricians and Gynaecologists.
  • Drug interactions with oral contraceptives – Drug intelligence and clinical pharmacy.
  • Drug Interactions with Oral Contraceptives – Annals of Pharmacotherapy.
  • Oral contraceptive efficacy and antibiotic interaction: a myth debunked – Journal of the American Academy of Dermatology.
  • Drug interactions between oral contraceptives and antibiotics – Obstetrics & Gynecology.
  • Antibiotic and oral contraceptive drug interactions: Is there a need for concern? – The Canadian journal of infectious diseases.
  • Combined estrogen-progestin oral contraceptives: Patient selection, counseling, and use – UpToDate.

Anestesia corta o efeito do anticoncepcional

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

Quais os remédios que cortam o efeito do anticoncepcional?

Anticonvulsivantes como a fenitoína, carbamazepina, fenobarbital, primidona, topiramato, oxcarbamazepina e a lamotrigina são drogas que podem diminuir os efeitos dos anticoncepcionais.

Quem vai fazer cirurgia pode estar tomando anticoncepcional?

Mostrar especialistas Como funciona? O uso de anticoncepcional oral ou injetável não contra indica cirurgia, contudo o uso dos mesmos configura-se como um dos fatores de risco para trombose venosa profunda quando associado ao porte da cirurgia ou tempo de duração da mesma.

Quanto tempo antes da cirurgia tenho que parar o anticoncepcional?

Atualmente, os médicos entendem que não adianta parar de usar o anticoncepcional um ou dois dias antes da cirurgia. Afinal, os hormônios ainda estão atuando no organismo da paciente. Por isso, na maioria das vezes eles recomendam que essa suspensão comece pelo menos 30 dias antes do procedimento.

O que pode cortar o efeito da anestesia?

A seguir estão algumas dicas que podem ajudar:.
Massagear a boca. Deve-se massagear a boca lentamente e com pouca força, usando dois dedos para fazer movimento circulares na região da boca, lábios, queixo, bochechas e gengivas, até à mandíbula. ... .
Mastigar devagar. ... .
Colocar compressa morna no rosto. ... .
Tomar muita água..