Quando o assunto é saúde, uma das preocupações que as pessoas têm é a quantidade de carne vermelha que pode ser ingerida. Como a carne ovina pode ser novidade para muita gente, hoje vamos falar um pouco sobre suas propriedades e benefícios à saúde humana. Show A carne de cordeiro é muito rica em proteínas, minerais e vitaminas, contendo mais ferro do que carne de frango ou peixe, por isso pode ser considerada saudável e pode ser empregada em dietas de baixa caloria. A composição da carne ovina é principalmente de proteína, chegando em até 26%, sendo uma fonte de proteína de alta qualidade e contém todos os aminoácidos necessários para o crescimento e manutenção do corpo. Também estão presentes na carne ovina todas as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), as hidrossolúveis do complexo B (tiamina, riboflavina, nicotinamida, piridoxina, ácido pantotênico, ácido fólico, niacina, cobalamina e biotina) e também um pouco de vitamina C. A vitamina B12, por exemplo, só pode ser encontrada em alimentos de origem animal e é extremamente importante para a formação do sangue e a função do cérebro. Sua ausência pode causar anemia e danos neurológicos. A carne ovina também contribui com a absorção de selênio e cobre. E assim como nas demais carnes vermelhas, no cordeiro também destaca-se a presença de ferro, fósforo, potássio, sódio, magnésio e zinco. Na carne de cordeiro, o ferro está presente em maior parte na forma de ferro heme, que é altamente bio disponível e é absorvido de forma mais eficiente do que o ferro não heme, presente nos vegetais. O zinco, também encontrado na carne ovina em abundância, é um mineral essencial, importante para o crescimento e formação hormonal, como insulina e testosterona. A quantidade de gordura presente na carne ovina depende da nutrição que o animal teve, idade ao abate, sexo, raça e também do corte a ser preparado. Porém o teor de gordura pode variar entre 17 a 21%. Os ácidos graxos mais encontrados na carne de cordeiro são os saturados: mirístico, palmítico e esteárico; os monoinsaturados: palmitoleico e oleico; e os poliinsaturados: linoleico, linolênico e araquidônico. Alguns estudos mostram que a carne de cordeiro contém níveis ligeiramente mais elevados de gorduras saturadas do que a carne bovina ou suína, porém a relação ácido graxo insaturado/ácido graxo saturado é maior, ou seja, a carne ovina possui uma boa quantidade de ácido graxo insaturado, que é responsável pela diminuição do colesterol e LDL. Em contrapartida, esta carne possui maiores quantidades de ácido linoléico conjugado (CLA), que só é produzido através de um processo de fermentação dentro do rúmen dos animais, por isso também é chamado de gordura trans ruminante. Apesar de ser uma gordura trans, o CLA é considerado benéfico para a saúde, pois ele pode atuar como modulador no metabolismo lipídico. Por este motivo, o CLA tem sido alvo de muitas pesquisas, prometendo trazer vários benefícios à saúde humana, sendo um deles a redução da gordura corporal e aumento da massa magra. Mas os estudos ainda são muito recentes e controversos. Entretanto vale ressaltar que a composição de ácidos graxos da carne muda de acordo com a dieta que o animal recebeu. Por exemplo: se o animal foi criado em sistema de confinamento recebendo maior proporção de concentrado, a carne proveniente deste animal terá maior teor de gordura, consequentemente interferindo também nas características sensoriais desta carne. Sendo assim, pode-se dizer que a carne com menor teor de gordura, ou seja, que traz maiores benefícios à saúde humana, é proveniente dos animais criados em campo ou que ingerem maior proporção de volumoso. Para aproveitarmos ao máximo todos os nutrientes da carne ovina, o ideal é consumi-la fresca, sendo assada ou cozida, que são preparos menos calóricos e mais saudáveis. A versão curada desta carne não deixa de ser deliciosa, porém contém maiores quantidades de sódio, que já não é tão saudável, portanto deve ser consumida com moderação para não trazer riscos à saúde. Conheça os cortes da carne ovina =) The following two tabs change content below.
Laryssa StephanieMestre em Ciência Animal, com foco em produção, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Zootecnista formada pela mesma instituição. Durante toda a graduação e mestrado trabalhou com Ovinocultura, participando de grupos de estudos e pesquisas nas áreas de produção, bem estar, reprodução, melhoramento genético e qualidade da carne. Além de amar os animais, é apaixonada por música, estuda piano e toca um pouco de violão nas horas vagas. Adora um bom churrasco, com uma boa música, família e uma coquinha gelada. Porque carne de carneiro é Remoso?Reimoso, segundo a cultura popular brasileira, é denominação dada a alguns alimentos que "fazem mal" aos doentes. Carne de porco e derivados, carneiro, jacaré, pato, crustáceos em geral, ovo e até melancia são considerados reimosos.
Quem fez cirurgia pode comer carne de carneiro?Por esta razão, comendo cordeiro, ou outros tipos de carne, pode ser especialmente benéfico para fisiculturistas, atletas e pacientes pós – cirúrgicos em recuperação. Simplificando, comer carne promove uma nutrição ideal, sempre que o tecido muscular precisa ser reconstituído ou trabalhado.
Quem não pode comer carne de carneiro?Como Lúpus é uma doença inflamatória, o consumo de carnes está mais relacionado à quantidade de gordura das mesmas, que podem aumentar a inflamação, portanto, independente se carne de carneiro ou de boi, é importante priorizar cortes magros e consumir com moderação.
Quais são as carnes Remosas?No vocabulário popular amazônico, comidas remosas são comidas fortes derivadas de carne de porco; mariscos, como caranguejo e camarão; peixes de pele e cascudos, como tamuatá; aves, como patos; e algumas caças, como paca e capivara, que não devem ser consumidas por pessoas em situação de risco, como, por exemplo, em ...
|