Como e por quem é feita a classificação do nível de deficiência dos atletas da natação?

modalidadesnatação


A Natação Paralímpica faz parte dos Jogos Paralímpicos desde o início. Esta modalidade é direcionada a todas as áreas de deficiência fazendo, também, parte dos Jogos Surdolímpicos desde 1924, nos primeiros Jogos realizados em Paris.

Realizam-se provas nas diversas distâncias (de 50 a 1500 m) nos vários estilos que são alvo de adaptações nas partidas, viragens e chegadas, tendo em conta o regulamento da FINA, como é o caso dos atletas com deficiência visual, que recebem um aviso do “tapper”, por meio de um bastão com uma ponta de espuma. A partida também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco.
A Natação também é praticada por atletas com Síndrome de Down, que competem no âmbito do Special Olympics e da Down Syndrome International Swimming Organisation (DSISO).

sistema de classificação desportiva


O atleta é submetido a uma classificação, que procederá à análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). Vale a regra de que quanto maior a inferência que a deficiência tem sobre o gesto técnico, menor o número da classe. As classes começam sempre com a letra S (swimming) e o atleta pode ter classificações diferentes para os diferentes estilos: S para estilo Livres, Mariposa e Costas, SB para Bruços. Os atletas que competem nas provas de estafetas recebem o prefixo SM, que não se trata de uma classe desportiva, mas o índex calculado através das classes do atleta nos vários estilos a dividir pelo número de estilos que se realizam na prova de estafetas (3 X S + SB) / 4) ou para atletas entre classificados entre S1 a S4 que tem, apenas, três disciplinas nas provas de estafetas (2 X S + SB) / 3). Na Natação os atletas estão divididos em três grandes grupos:

S1 a S10 / SB1 a SB9 – nadadores com comprometimento motor

  • S1/SB1: Nadadores com os quatro membros afetados, com perda de força muscular ou controlo nos movimentos da mão e tronco;
  • S2/SB1: Nadadores com membros inferiores, mãos e tronco afetados, com problemas de coordenação. Nesta classe os nadadores utilizam essencialmente a força dos braços para nadar;
  • S3/SB2: Nadadores com amputações de braços e pernas, mas capazes de realizar o movimento de braçada. Sem funcionalidade de pernas e tronco, com elevada dificuldade de coordenação em todos os movimentos;
  • S4/SB3: Nadadores com funcionalidade de braços e mãos, mas sem controlo de tronco e membros inferiores. Nesta classe podem, ainda, competir nadadores amputados em três membros;
  • S5/SB4: Nadadores com nanismo e com perda de controlo num dos lados do corpo (hemiparético) ou com paraplégico;
    • S6/SB5: Nadadores com nanismo ou amputações nos dois braços ou com dificuldade moderada de coordenação num dos lados do corpo;
  • S7/SB6: Nadadores com um braço e uma perna amputados em lados opostos, ou paralisação num braço e numa perna no mesmo lado. Podem, ainda, competir nesta classe nadadores com total controlo dos membros superiores e tronco e com alguma funcionalidade nos membros inferiores;
  • S8/SB7: Nadadores com um braço amputado ou com restrições significativas nas articulações coxo-femoral, joelho e tornozelo;
  • S9/SB8: Nadadores com restrições nas articulações num dos membros inferiores ou nas articulações dos dois membros inferiores abaixo do joelho;
  • S10/SB9: Nadadores amputados de uma mão ou com restrições de movimentos ao nível da articulação coxo-femoral.

S11 a S13 / SB11 a SB13 – nadadores com deficiência visual

  • S11/SB11: Nadadores com baixa acuidade visual sem perceção da luz;
  • S12/SB12: Acuidade visual superior a S11 e/ou campo visual restringido a um diâmetro inferior a 5 graus;
  • S13/SB13: Acuidade visual superior a S12 e/ou campo visual restringido a um diâmetro inferior a 20 graus.

S14 / SB14 – nadadores com deficiência intelectual

  • S14/SB14: Nadadores com dificuldade em cumprimento e reconhecimento de padrões e sequências, tempo de reação mais lento, nadadores que necessitam de maior número de braçadas para a mesma velocidade do que um nadador sem deficiência.

Para obter mais informações sobre a modalidade, por favor visite:
• www.ipc-swimming.org
• www.deaflympics.com
• http://www.dsiso.org/
•http://www.specialolympics.org/

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O esporte é uma atividade muito procurada por pessoas de diferentes condições e faixas etárias. Por apresentar várias formas e modalidades e oferecer diversos benefícios vinculados à sua prática, vem ganhando cada vez mais espaço entre as pessoas com deficiência.

Para incluir de forma mais eficiente as pessoas com deficiência nas atividades desportivas, é utilizado um sistema de classificação funcional dos esportes paraolímpicos.

Para aprender mais sobre o assunto e de que forma é feita essa divisão, siga a leitura!

Como funciona a classificação funcional dos esportes paraolímpicos?

Cada esporte tem um sistema de classificação. Dessa forma, atletas que praticam mais de uma modalidade recebem uma especificação diferente para cada uma delas.

A classificação é feita por uma equipe composta por três profissionais da área de saúde — médico, fisioterapeuta e professor de Educação Física — e é realizada em três etapas, como veremos a seguir.

Avaliação Médica

Essa é a primeira avaliação a ser feita. Nela é realizado um exame físico para verificar a patologia do atleta e qual o comprometimento muscular para determinados movimentos. Os resultados obtidos são registrados em fichas que são arquivadas no banco de dados do Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Avaliação Funcional

Após a etapa médica, é realizada a avaliação funcional, em que são realizados testes de força muscular, amplitude de movimento articular, medição dos membros e coordenação motora, relacionados aos grupos musculares exigidos na prática daquela atividade.

Avaliação Técnica

Por último, temos a etapa técnica, que consiste na demonstração da prova. O atleta precisa realizar essa etapa utilizando as adaptações necessárias. Nela é observado como os grupos musculares se comportam em relação à realização do movimento e à técnica, assim como em relação às órteses e próteses. 

Quais são as classificações?

As diferentes classificações garantem que as competições sejam equilibradas. São reconhecidas cinco categorias de deficiência para a participação em competições oficiais: paralisia cerebral, deficiência visual, pessoas em cadeira de rodas, amputados e les autres (pessoas com alguma deficiência locomotora).

Caso o desportista compita em mais de uma modalidade, receberá uma identificação para cada. Essa classificação funcional dos esportes paraolímpicos é baseada nas habilidades que independem do nível de conhecimento adquirido ou treinamento realizado.

Cada atleta recebe um número de dois dígitos: um indica a natureza da patologia, e o outro o nível de capacidade funcional que ele tem. Quanto menor o número, maior é o comprometimento.

Veja as classificações de alguns esportes.

Basquete em cadeira de rodas

Os atletas são classificados de 1,0 a 4,5, de acordo com sua capacidade. A soma dos pontos dos membros da equipe em quadra não pode ultrapassar 14 pontos.

Futebol de 5

O futebol de 5 é exclusivo para deficientes visuais severos, que usam vendas no jogo. A exceção é o goleiro, que enxerga, mas não pode deixar a área do gol.

Natação

A classificação é pela letra da modalidade associada ao número da classe funcional. O nado livre, costas e borboleta são indicados pela letra S; o peito por SB; e o medley, SM. Os nadadores são agrupados em 14 classes funcionais: 1 a 10, limitações físico motoras; 11 a 13, deficiências visuais; e 14, deficiências intelectuais.

Por que a classificação funcional é realizada?

As pessoas têm diferentes níveis de comprometimento em uma mesma categoria de deficiência. Em uma competição desportiva, caso não houvesse diferenciação, provavelmente o indivíduo com menor comprometimento venceria o com maior grau.

Por isso, é importante procurar agrupar atletas com perfis semelhantes para garantir uma competição mais justa possível, de acordo com a condição física. Assim, a classificação funcional dos esportes paraolímpicos pode ser utilizada para equilibrar competidores com deficiências de graus diferentes.

O esporte é uma atividade de grande valor para a sociedade e ganha mais importância como ferramenta de inclusão com a prática adaptada às pessoas com deficiência.

O sistema de classificação funcional dos esportes paraolímpicos se constitui como uma forma eficiente de conduzir uma competição mais justa e equiparada, nivelando os aspectos da capacidade física e competitiva e oportunizando a competição entre indivíduos com vários comprometimentos.

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Como e por quem é feita a classificação do nível de deficiência dos atletas da natação e atletismo?

A classificação para a modalidade é feita unicamente através do peso. Portanto, atletas com diferentes deficiências competem juntos pela mesma medalha. São elegíveis atletas com deficiências que afetem o movimento das pernas e quadris, assim como anões. Quanto menor o número, maior o comprometimento físico do atleta.

Como se classifica o grau de deficiência dos atletas?

Existem 10 tipos diferentes de deficiência. Eles são frequentemente divididos em três grupos de deficiência: física (potência muscular prejudicada, amplitude de movimento prejudicada, deficiência de membros, diferença de comprimento das pernas, hipertonia, ataxia, atetose e baixa estatura), de visão e intelectual.

Como são classificados os atletas da natação paralímpica?

As provas na natação paralímpica são organizadas conforme o grau de deficiência e comprometimento físico dos atletas. A classificação tem nomeação numérica: de 0 a 10 são pessoas com limitações motoras; de 11 a 13 são os deficientes visuais e 14 corresponde aos atletas com deficiência intelectual.

Como funciona a classificação de atletas para as Olimpíadas?

Uma classe é alocada para um atleta por meio de uma avaliação de um classificador. Cada Federação Internacional do esporte em questão, treina e certifica seus classificadores para conduzirem a classificação em suas modalidades.