Em qual período da história persa?

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Por muito tempo os persas habitaram a atual região atual do Irã e compartilharam com os povos medos sua cultura e sua língua. A maioria deles veio da região da Ásia Central e da Rússia, com o objetivo de achar terra fértil para o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio.

Todavia, a partir do século VIII a.C., os medos começaram a cobrar altos impostos dos persas, já que contavam com uma forte estrutura política e um grande contingente de homens no exército.

No ano de 558 a.C., Ciro, o Grande organizou um movimento de resistência contra os medos e decidiu dominar toda a Mesopotâmia. Apesar de sua ambição expansionista, Ciro respeitava a cultura dos seus inimigos e não impunha nenhuma restrição à língua ou costumes dos vencidos.

Ciro conquistou toda a região do Egito e da Grécia, dominando também os semitas e hititas que habitavam a região da Mesopotâmia central. O Império Persa, como ficou conhecido o domínio iniciado por Ciro, abrangia toda a Ásia Menor e parte do Oriente Médio.

Em qual período da história persa?

Mapa dos domínios do Império Persa

Após a morte do imperador Ciro, Cambisés e Dário I continuaram expandindo o domínio persa e dividiram o território em 20 províncias, que eram denominadas de Satrapias. Com um rígido controle da população dominada, os imperadores nomearam funcionários chamados de “Olhos e Ouvidos do Rei”, com o objetivo de vigiar e punir os dissidentes.

Mesmo tendo amplo domínio do território mesopotâmico, os persas queriam conquistar a Grécia por completo. Dário I tentou uma investida contra os gregos, mas foi derrotado em Atenas. Paralelamente, inúmeras guerras civis foram surgindo nas províncias dominadas, contribuindo para o declínio de civilização persa.

Depois de Dário I, Xerxes I e seu filho Artaxerxes tentaram conquistar novamente a Grécia, mas foram impedidos. Em 332 a.C. Alexandre, o Grande, imperador da Macedônia que já havia tomado a Grécia, aproveitou o momento de fraqueza dos inimigos persas e empreendeu uma grande batalha para dominar todo o território outrora conquistado por eles, suscitando no fim da hegemonia persa no Oriente Médio.

Os persas acreditavam em vários deuses, mas com o tempo o Zoroastrismo prevaleceria. O zoroastrismo era uma religião dualista, pois via a representação do bem em Ormuz e a representação do mal em Arimã. Para eles, quando os dois deuses se enfrentarem haverá um Juízo Final, onde todos os homens serão julgados por seus atos.

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Fontes:
https://web.archive.org/web/20090922024902/http://civilizacoes-antigas.blogspot.com:80/2009/05/civilizacao-persa.html
http://www.historiadetudo.com/persas.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciro_II_da_Pérsia

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/civilizacao-persa/

Índice

Introdução

Os persas foram um povo que habitou a região do atual Irã há muito tempo atrás, cerca de 2000 a.C. O planalto iraniano, localizado ao leste da Mesopotâmia, tinha um clima predominantemente seco, sendo as suas terras pouco férteis. Contudo, os persas conseguiram prevalecer contra essas adversidades, estabelecendo um grande império, que se estendeu até o Egito.

A religião persa também foi um dos seus aspectos mais importantes e marcantes. Acredita-se que o zoroastrismo influenciou diversas religiões, inclusive o cristianismo e o islamismo, por conta da sua filosofia religiosa: o maniqueísmo.

Nos próximos tópicos, vamos entender qual foi sua origem e como se desenvolveu o Império Persa.

Como foi o processo de formação do Império Persa?

Os persas eram descendentes dos indo-europeus, que primeiro começaram a povoar a região ao leste da Mesopotâmia, cerca de 6000 a.C. Acredita-se que essas levas imigratórias se estenderam até 2000 a.C., quando os povos começaram a se estabelecer melhor na região, abandonando o nomadismo.

Por volta de 1000 a.C., um grupo de nômades indo-europeus se estabeleceu na região sul do Irã, conhecida por Persis. Assim, esses nômades, chamados parsas, começaram a ser conhecidos e reconhecidos como persas pelo mundo ocidental antigo. Por fim, se entendia como Pérsia as regiões onde predominavam a língua e a cultura persa. 

Os persas não foram os únicos povos a se estabelecerem efetivamente no planalto iraniano. Na verdade, durante o século VIII a.C., os povos nômades da região já haviam se organizado em pequenos estados monárquicos que disputavam entre si o controle do planalto, sendo os maiores o Reino dos Persas e o Reino dos Medos, que se situavam ao leste da Mesopotâmia. Acredita-se que os medos se estabeleceram na região antes dos persas, tendo exercido o controle regional e o expandindo até a Mesopotâmia. Os medos também foram responsáveis pela queda do Império Assírio.

A hegemonia dos medos durou até o século VI a.C., quando começou a enfraquecer devido a disputas militares e à ascensão dos persas. Assim, em 550 a.C., Ciro I (rei dos persas), conquistou o Reino dos Medos, o que levou a unificação política da região, dando origem ao Império Persa.

O Império Persa (550 a.C. - 330 a.C.) 

Apesar de consideravelmente breve, o Império Persa teve uma rápida e consistente expansão, conquistando e unificando politicamente toda a região da antiguidade oriental.

O império começa com Ciro I (559 a.C. - 529 a.C.) e a dinastia Aquemênida. Ciro I foi responsável pela unificação do Império Persa. Até sua morte, a Pérsia já havia conquistado todo o planalto iraniano, assim como a Mesopotâmia. Sucedido por seu filho Cambises (529 a.C. - 522 a.C.), a Pérsia se expandiu até o Egito, conquistando-o após a batalha de Pelusa, em 525 a.C. 

O auge do Império Persa veio com Dario I (512 a.C. - 484 a.C.), após a retirada de um impostor do trono. Dario I foi o responsável por controlar o grande território persa após diversas revoltas em seus domínios, e de ainda manter um intenso avanço expansionista, tendo conquistado as regiões do norte da Índia e da Trácia.

Dario I dividiu todo o império em satrapias, províncias governadas por um sátrapa, que nem sempre tinha uma origem persa. Isso acontecia pois Dario I manteve a mesma estratégia de apaziguamento dos territórios conquistados que era utilizado por Ciro I: o alinhamento com as antigas elites e a tolerância com religião e cultura local.

Com a divisão do império em 20 satrapias, Dario I construiu grandes estradas que eram interligadas, ligando as capitais do império - Susa, Persépolis e Pasárgada - assim como instituiu a primeira unidade monetária internacional, o dárico de ouro, que contribuiu para a prosperidade do império. Essa medida promoveu o desenvolvimento de novas atividades comerciais, originando uma classe social de ricos comerciantes e, por consequência, aumentando o artesanato no império também.

Contudo, Dario I deu início às guerras médicas (499 a.C. - 459 a.C.), após a tentativa de domínio das cidades-estado da Jônia. Em sequência, Xerxes I, filho de Dario, (484 a.C. - 465 a.C.) fracassou ao tentar conquistar a Grécia. Com a sua derrota pelos gregos, o Império Persa se viu enfraquecido e aos poucos foi sendo desmantelado, até que então, foi dominado pelos macedônios em 330 a.C., por Alexandre Magno.

Extensão do Império Persa no seu auge

Características culturais e socioeconômicas do Império Persa

Não existem muitos registros de como se organizava a sociedade persa durante a dinastia Aquemênida. O que se sabe é que ela se baseava em um modelo agrário, no qual existiam três classes tradicionais: os militares ou aristocratas, os sacerdotes, também chamados de magos, e os camponeses e pastores. Existia um rei que governava a Pérsia, que detinha os poderes em sua mão, tanto políticos quanto religiosos. 

A pirâmide social da Pérsia se estruturava da seguinte maneira: no topo, o rei e sua família, seguido pelos militares ou aristocratas, depois pelos sacerdotes, e na base, encontravam-se os camponeses e os pastores. A pirâmide seguia uma descendência patriarcal.

Vale ressaltar que os aspectos socioeconômicos foram se desenvolvendo conforme a expansão do império, de acordo com o contato com outros povos. Isso se deu por conta da estratégia feita por Ciro I, que manteve a tolerância com a cultura dos povos conquistados, assim como se alinhou às suas elites. Contudo, acredita-se que a essência da cultura persa nunca foi perdida.

Talvez o aspecto mais marcante sobre a cultura da Pérsia seja a sua religião. Conhecida por ser a religião precursora da filosofia maniqueísta, isto é, o dualismo entre o bem e o mal, o zoroastrismo influenciou as grandes religiões do mundo moderno, como o judaísmo, cristianismo e islamismo.

O zoroastrismo recebe esse nome porque seus fundamentos foram feitos pelo lendário poeta Zoroastro, também conhecido por Zaratustra. A religião era dualista, assumindo a existência do deus do bem, Ahura-Mazda, e do deus do mal, antagonista ao deus do bem, Arimã. Assim como as demais religiões da antiguidade oriental, o zoroastrismo era teocrático, ou seja, a religião exercia um papel político nas mãos do rei.

Exercício de fixação

UFRR/2016

Historicamente, situa-se o surgimento do Estado e da escrita entre as primeiras civilizações surgidas no oriente. Apesar de possuírem culturas muito distintas e terem contribuído com diferentes legados, podemos afirmar que um traço comum entre a religião de Egípcios, Mesopotâmios, Hebreus e Persas era:

A o exercício de enorme influência sobre a organização política e dos Estados, caracterizados como teocracias;

B a crença em um único deus, conceituada como monoteísmo;

C o culto de diversos deuses com representações antropozoomórficas (meio homem, meio animal);

D a mumificação para garantia de vida após a morte;

E a construção de prédios grandiosos em forma de pirâmide, que serviam ao mesmo tempo como templos para o culto dos fiéis e tumbas para os reis.

Qual o período dos persas?

Persas foram um povo que habitava o planalto central e se estabeleceu, a partir do século VI a.C., como um dos maiores impérios da Antiguidade: o Império Aquemênida. Ruínas de Persépolis, cidade persa fundada durante o reinado de Dario I.

Em qual período da história persa houve o maior número de conquista de território?

RESPOSTA: O período de maiores conquistas territoriais foi o do reinado de Ciro, e o de maior extensão territorial correspondeu ao governo de Dario I.

Quanto tempo durou a persa?

Esta civilização estabeleceu-se no território por volta de 550 a.C.. Através de Ciro, que era um príncipe persa, realizou a dominação do Reino da região da Média e, assim, deu início à formação de um bem-sucedido reinado que durou cerca de vinte e cinco anos.