Categoria: Notícias Escrito por Imprensa Show
É grande o número de pessoas que fazem uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos no país, para tratar transtornos de ansiedade, fobias e depressão, problemas muito comuns hoje. Para quem está iniciando o tratamento, é esperado que nos primeiros 15 dias o paciente sinta alguns incômodos, como enjoo, sonolência, falta ou aumento de apetite, boca seca, etc. A tendência é que após essa fase de adaptação os efeitos adversos se amenizem e até sumam. O problema é que muitos pacientes acabam se sentindo desestimulados por causa desses efeitos adversos e interrompem abruptamente o tratamento, sem consultar o médico especialista. O que pouca gente sabe é que essa classe de medicamentos demora, em geral, de 4 a 6 semanas para começar a fazer efeito. Não é de um dia para o outro, como se você estivesse tomando um analgésico para dor de cabeça. Por isso, se você está iniciando o uso dessas medicações ou então já as toma há um certo tempo, algumas recomendações importantes: Não interrompa o tratamento de forma abrupta, de uma hora para outra. Se for preciso trocar a medicação ou parar por qualquer outro motivo, você tem que descontinuar o uso, reduzir a dose da medicação até conseguir parar de tomá-la sem sentir tantos efeitos desagradáveis. Essa descontinuação deve ser feita lentamente, por conta da farmacologia dessas medicações, já que essas são drogas que têm uma meia-vida muito curta, ou seja, elas permanecem no organismo por um tempo inferior a 24 horas. Assim, se você para a medicação de repente, os níveis da droga no organismo caem depressa, causando efeitos indesejáveis. No geral, as diretrizes psiquiátricas recomendam que a descontinuação seja feita de forma gradual, num período de 2 a 4 semanas, nas quais se reduz devagar a dose terapêutica mínima. Por exemplo: se a dose recomendada era de 20 mg, o paciente pode tomar 15 mg por duas semanas, depois 10 mg e assim por diante. Até parar. Mais uma vez: nunca pare de maneira abrupta. Você pode passar mal. Sempre consulte seu médico! Com informações: Dr. Drauzio Varella Parar de tomar antidepressivos é possível! Saiba como fazer isso corretamente:Muitos de vocês sabem que os antidepressivos podem, literalmente, salvar vidas, trazendo de volta a alegria, motivação e a energia para realizar as tarefas do dia a dia. Mas, assim como muitos medicamentos, os antidepressivos podem causar efeitos colaterais desagradáveis, como, por exemplo: redução da libido, dificuldade em chegar ao orgasmo, insônia, dores de cabeça, sonolência, alterações no apetite, entre outros. No início do tratamento, esses efeitos colaterais tendem a ser mais tolerados, mas à medida que o paciente percebe uma melhora no quadro depressivo, é comum que ele queira seguir em frente sem a necessidade dos medicamentos e seus efeitos colaterais. O problema é quando a decisão de parar com a medicação é tomada sem acompanhamento do médico e a interrupção é repentina, o que pode causar severas crises de abstinência e o retorno dos sintomas da depressão. Por que a interrupção repentina do tratamento com antidepressivos causa crises de abstinência e recaídas? Ter crises de abstinência após parar abruptamente o tratamento com o antidepressivo não é sinônimo de vício. Os antidepressivos funcionam porque alteram os níveis dos neurotransmissores (mensageiros que atuam no nosso cérebro). Quando interrompemos a medicação de uma hora para outra, o nosso cérebro não tem tempo para equilibrar os níveis de neurotransmissores, o que causa a abstinência. Quais são os sintomas da abstinência do antidepressivo? Os sintomas causados pela abstinência de antidepressivos podem ser físicos e/ou mentais. As queixas mais comuns são:
Como diferenciar os sintomas da abstinência de uma recaída da depressão? Em geral, a maioria dos sintomas da abstinência dos antidepressivos são bem diferentes de uma recaída. No caso das alterações de humor, se forem resultantes da abstinência, elas tendem a ocorrer no máximo alguns dias depois da interrupção do medicamento. Já a recaída ocorre de forma mais gradual. Qual é a forma correta de parar de tomar antidepressivos? Não tenha pressa. Mesmo que você queira interromper o tratamento o mais rápido possível, tenha paciência. Sempre fale com o seu médico antes de fazer qualquer alteração na dose na sua medicação. De modo geral, o médico prescreve doses cada vez mais baixas para que o desmame seja gradual, reduzindo os efeitos da abstinência. Planeje-se. Não interrompa a medicação em períodos onde existem eventos importantes, como a prova de um concurso, por exemplo. Mesmo com o acompanhamento médico e reduzindo a medicação de forma gradual, ainda existem chances de ocorrer sintomas da abstinência. Mais uma vez: não tenha pressa. Faça psicoterapia. A terapia com um psicólogo é de extrema importância durante e após o tratamento. Pacientes que fazem acompanhamento psicológico têm menos chances de ter uma recaída. Qualquer dúvida, me envie uma mensagem pelo WhatsApp 19 99685-4402 Dr. Davi Klava Atendimento Médico em Neurologia Clínica Como aliviar os sintomas do desmame de antidepressivo?O tratamento da síndrome de abstinência é óbvio: basta reiniciar a droga cuja retirada intempestiva foi responsável por ela. Com o reinício do tratamento os sintomas começam a melhorar já nas primeiras 24 horas.
O que fazer para aliviar os sintomas do desmame de medicamentos?Algumas medicações podem amenizar o mal estar, como doses muito baixas de rivotril ou de algum outro benzodiazepínico. Medicações contra náusea e tontura podem ajudar também. Esses sintomas de retirada costumam durar pouco tempo, alguns dias na maioria das vezes.
Quanto tempo passa a abstinência de antidepressivos?Isso porque é normal sentir alguns sintomas de abstinência, principalmente se a retirada for muito abrupta. O esperado, no entanto, é que esses sintomas durem até cerca de 2 semanas, e depois o paciente volta a se estabilizar.
Como evitar a síndrome de abstinência por antidepressivos?Para evitar que o quadro se repita, é necessário que as doses diárias sejam diminuídas gradativamente no decorrer de quatro a seis semanas, até que a interrupção completa possa ser realizada com segurança.
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