O que contribuiu para a ocupação e expansão do território brasileiro?

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Diversos fatores contribuíram para o modo como o território brasileiro do período colonial foi sendo ocupado, povoado e, posteriormente, ampliado. Até o fim do século 16, os portugueses pouco conheciam as características das terras do interior da colônia.

Mesmo depois do início do processo de colonização, com a criação das capitanias hereditárias, entre 1534 e 1536, e com o estabelecimento do Governo Geral, em 1549; as terras do interior ainda tinham sido pouco exploradas.

A colonização do território brasileiro seguiu inicialmente um padrão típico de ocupação e povoamento das regiões litorâneas. Ocupar e povoar o litoral era um fator estratégico para a consolidação da posse de Portugal sobre as novas terras, afastando-se assim o risco de incursões e invasões estrangeiras por mar.

Fixação litorânea

Não foi por acaso que o primeiro governador-geral, Tomé de Souza, instalou a sede do governo na Bahia, fundando a cidade de Salvador. Trata-se de uma localização litorânea estratégica que, além de ser o ponto geográfico mais próximo de Portugal, fica a igual distância das regiões norte e sul do Brasil. Isso permitia que se atingisse os dois extremos do território da forma mais rápida, navegando pelo Atlântico.

A longa travessia do oceano para se chegar ao Brasil impôs enormes limitações e entraves para a ocupação e povoamento do interior. A existência de densas florestas e as características geográficas tornavam difíceis o transporte por terra e, por conseguinte, a exploração rotineira do interior brasileiro.

Quando foi iniciada a montagem da produção açucareira, a partir da segunda metade do século 16, os engenhos também se fixaram ao longo das regiões litorâneas, onde havia terras férteis, propícias ao cultivo da cana-de-açúcar, mas também pelas facilidades do carregamento do produto até as embarcações que aportavam e transportavam o açúcar para os mercados consumidores europeus.

Conforme sabemos, a atual configuração do território brasileiro é bem diferente daquela que foi originalmente estipulada pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. A explicação para a ampliação de nossos territórios está atrelada a uma série de acontecimentos de ordem política, econômica e social que, com passar do tempo, não mais poderiam ser suportadas pelo acordo assinado entre Portugal e Espanha no final do século XV.

Um primeiro evento que permitiu a expansão foi a União Ibérica, que entre 1580 e 1640 colocou as possessões lusas e hispânicas sob controle de um mesmo governo. Nesse momento, a necessidade de se respeitar fronteiras acabou sendo praticamente invalidada. Contudo, não podemos pensar que o surgimento de novos focos de colonização se deu somente após esse novo contexto.

Desde muito tempo, personagens do ambiente colonial extrapolaram a Linha do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes saíram da região paulista em busca de índios, drogas do sertão e pedras preciosas para atender suas demandas econômicas. Ao mesmo tempo, cumprindo seu ideal religioso, padres integrantes da Ordem de Jesus vagaram pelo território formando reduções onde disseminavam o cristianismo entre as populações indígenas.

Por outro lado, a criação de gado também foi de fundamental importância na conquista desses novos territórios. O interesse dos senhores de engenho e da metrópole em não ocupar as terras litorâneas com a pecuária possibilitou que outras regiões fossem alvo dessa crescente atividade econômica. Paralelamente, o próprio desenvolvimento da economia mineradora também fundou áreas de domínio português para fora das fronteiras originais.

Para que esses fenômenos espontâneos fossem reconhecidos, autoridades portuguesas e espanholas se reuniram para criar novos acordos fronteiriços. O primeiro foi firmado pelo Tratado de Utrecht, em 1713. Segundo este documento, os espanhóis reconheciam o domínio português na colônia de Sacramento. Insatisfeitos com a medida, os colonos de Buenos Aires fundaram a cidade de Montevidéu. Logo em seguida, os lusitanos criaram o Forte do Rio Grande, para garantir suas posses ao sul.

O Tratado de Madri, de 1750, seria criado para oficialmente anular os ditames propostos pelo Tratado de Tordesilhas. Segundo esse documento, o reconhecimento das fronteiras passaria a adotar o princípio de utis possidetis. Isso significava que quem ocupasse primeiro uma região teria seu direito de posse. Dessa forma, Portugal garantiu o controle das regiões da Amazônia e do Mato Grosso. Contudo, os lusitanos abriram mão da colônia de Sacramento pela região dos Sete Povos das Missões.

A medida incomodou os jesuítas e índios que habitavam a região de Sete Povos. Entre 1753 e 1756, estes se voltaram contra a dominação portuguesa em uma série de conflitos que marcaram as chamadas “guerras guaraníticas”. Com isso, o Tratado de Madri foi anulado em 1761. Em 1777, o Tratado de Santo Idelfonso estabelecia que a Espanha ficasse com as colônias de Sacramento e os Sete Povos. Em contrapartida, Portugal conquistou a ilha de Santa Catarina e boa parte do Rio Grande do Sul.

Somente em 1801, a assinatura do Tratado de Badajós deu fim aos conflitos e disputas envolvendo as nações ibéricas. De acordo com seu texto, o novo acordo estabelecia que a Espanha abriria mão do controle sobre os Sete Povos das Missões. Além disso, a região de Sacramento seria definitivamente desocupada pelos lusitanos. Com isso, o projeto inicialmente proposto pelo Tratado de Madri foi retomado.

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Quais os fatores que contribuíram para a expansão e ocupação do território brasileiro?

A expansão e a ocupação do território brasileiro foram ocasionados por diversos fatores, entre os quais destacam-se as atividades econômicas, as expedições para expulsão de estrangeiros, a busca de riquezas minerais e de índios para escravizar.

Quais os fatores que contribuíram para o processo de ocupação dos sertões do Brasil?

QUAIS FATORES CONTRIBUIRAM PARA O PROCESSO DE OCUPAÇÃO DOS SERTÕES DO BRASIL? 4. “OS BANDEIRANTES AJUDARAM A EXPANDIR AS FRONTEIRAS DA AMÉRICA PORTUGUESA, INTERIORIZANDO A COLONIZAÇÃO, MAS TAMBEM AJUDARAM A DESPOVOAR OS SERTÕES DO BRASIL”.

Como foi a ocupação e formação do território brasileiro?

A formação do território brasileiro resultou de processo de expansão iniciado com a chegada dos europeus, precisamente pelos PORTUGUESES na ocupação de parte da América, no século XVI, em 1500. Essas terras já eram habitadas por diversos povos indígenas.

Quais foram as principais atividades que favoreceram a ocupação do território brasileiro?

A partir do século XVII, a expansão da colônia acompanhou o crescimento das principais atividades econômicas: a produção de cana-de-açucar em algumas áreas do sudeste, a pecuária, em direção ao interior, e a busca pelas drogas do sertão, guaraná, urucum, cravo, canelam salsa, entre outras, para a Amazônia.