A heroína aparece com seu fiel companheiro Tuk Tuk em uma paisagem mágica de Kumandra. (Foto: Divulgação) Show Em um mundo fragmentado pela desconfiança, as pessoas não conseguem dialogar, entender o ponto de vista do outro ou encontrar uma forma de trabalharem juntas pelo bem comum. Poderíamos estar falando das crises políticas e humanitárias que enfrentamos atualmente no planeta, mas, na verdade, trata-se do universo ficcional de Kumandra, terra onde se passa o novo filme da Disney, Raya e o último dragão, que chega nesta sexta-feira, 5 de março, nos cinemas e na plataforma de streaming Disney+. Inspirada nas culturas do Sudeste Asiático, Kumandra é dividida em cinco territórios por um rio em formato de dragão: o
Coração, terra natal da protagonista Raya, é um povoado próspero, pacífico e cheio de magia; a Presa, onde nasceu a antagonista Namaari, é um vilarejo poderoso cercado de água por todos os lados; a Espinha, um lugar remoto onde o povo desconfia de estranhos; a Garra, o local onde ocorre a junção dos cinco territórios em um mercado movimentado; e a Cauda, uma paisagem árida, quase deserta. Naamari (Foto: Divulgação)
Não à toa, a protagonista é uma jovem guerreira especialista em artes marciais. “Na região Sudeste da Ásia, temos uma grande tradição de líderes femininas militares e políticas. No Vietnã, onde meus pais nasceram, houve uma rebelião liderada pelas irmãs Trung, que são consideradas heroínas nacionais”, disse o americano Qui Nguyen, roteirista da animação. “Ao criar Raya, nos inspiramos também na nossa história, e eu, especificamente, na minha mãe. Sei o que ela passou ao vir para os Estados Unidos, e essa garra incansável é o que quisemos colocar na nossa protagonista”, diz Adeli Lim. Raya conversa com seu pai (Foto: Divulgação) A jornada da
heroína É então que surge Sisu, um dragão fêmea que controla a magia da água e que as lendas dizem ser uma criatura extremamente poderosa, quase divina. Com o corpo esguio e uma pelagem azulada, ela é muito diferente da representação mais comum dessas criaturas na cultura pop, como a versão agressiva e quase reptiliana vista na série Game of Thrones. “A Sisu não é a chave para resolver todos os problemas de Raya”, explica o diretor Don Hall. “Atrapalhada e piadista, uma de suas principais qualidades é a capacidade de confiar nas pessoas completamente. Mesmo que, às vezes, ela se dê mal por isso, não perde a fé na humanidade. Há uma sequência do filme em que ela se transforma em uma pessoa, e pode realmente experimentar a vida pelos nossos olhos. Essa capacidade de ver as coisas de uma perspectiva diferente é algo que está muito em falta em Kumandra e no mundo de hoje, e um dos principais presente de Sisu.” Em sua jornada para salvar Kumandra, Raya e Sisu encontrarão amigos em lugares inesperados, inclusive Noi, uma esperta bebê que lidera uma gangue de macacos responsáveis por pequenos furtos. “A Noi é interessante porque as cenas com ela são muito leves e engraçadas, mas, se você parar para analisar a história, ela age daquela maneira porque não pode contar com ninguém além de seus amigos símios”, afirma o diretor Carlos López Estrada. “E temos vários outros exemplos de personagens assim, que Raya encontra ao longo do filme. Na superfície, eles parecem durões, mas há uma razão pela qual precisam ser daquela forma, e apenas quando se unem e são obrigados a coexistir conseguem se abrir de verdade e se entender.” Toda ajuda para Raya é bem-vinda, pois, além de conter os Drunn, ela tem de lidar com a implacável Namaari, que tem outros planos para salvar o planeta. Determinada e habilidosa, a herdeira da Terra da Presa conta com a ajuda de um exército de soldados e linces gigantes, e protege os interesses de seu povo acima de tudo. “A Namaari é, e digo isso sem medo, uma das personagens favoritas da equipe que trabalhou no filme”, afirma a produtora Osnat Shurer. “Ela era amiga da Raya quando criança, mas, por causa de um incidente terrível, as duas seguiram caminhos diferentes. É o outro lado da moeda, e uma antagonista cheia de profundidade. Se a câmera a acompanhasse o tempo todo, ela seria a heroína da nossa história. Estamos ansiosos para saber como o público reagirá a ela.” Ao se transformar em humana, o dragão fêmea Sisu pode experimentar o mundo de uma nova perspectiva (Foto: Divulgação) Ação e artes marciais Apesar da importância dada ao combate em uma animação recheada de acrobacias e cenas de ação empolgantes, os pais podem ficar tranquilos, de acordo com a roteirista Adeli Lim, pois a violência será exposta de forma crítica e cuidadosa. “Nosso objetivo com a jornada de Raya é mostrar que não basta fazer a coisa certa uma vez e esperar que tudo se resolva, e não existe um ser mágico que, em um piscar de olhos, acabará com os seus problemas”, afirma. “É um filme sobre fazer o que é certo, mesmo que você falhe, seja traído, tenha seu coração partido ou perca quem ama. As soluções estão na união e na força de vontade dos personagens, não na batalha."
(Foto: Divulgação) Raya Raya e Sisu (Foto: Divulgação) Sisu (Foto: Divulgação) Tuk Tuk (Foto: Divulgação) Namaari (Foto: Divulgação) Noi (Foto: Divulgação) Tong (Foto: Divulgação) Boun (Foto: Divulgação) Raya e o último dragão Onde se passa o filme Raya da Disney?Raya e o Último Dragão foi uma das criações do Walt Disney Animation Studios no ano de 2021, o 59° filme do estúdio, e recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Animação. ... . A história se passa no reino fictício de Kumandra, inspirado nas culturas do sudeste asiático.. Qual a nacionalidade da Raya?A princesa polinésia que se lança ao mar para salvar seu povo fez centenas de milhões de bilheteria e desbravou um terreno fértil tanto no quesito empoderamento feminino, quanto na diversidade geográfica.
O que significa a palavra Kumandra?Kumandra é o local central do filme de animação de 2021 da Disney, Raya e o Último Dragão. Inspirado pelas culturas e geografia do sudeste asiático, Kumandra é composto por cinco reinos separados que, juntos, formam a forma de um dragão. Estes incluem Fang, Talon, Tail, Spine e Heart Land.
Quando se passa Raya?
|