Quais estruturas participam do processo de excitação e contração na fibra muscular?

Os músculos esqueléticos são formados por centenas de células alongadas conhecidas como fibras musculares. Essas fibras são compostas pela actina e miosina, proteínas com capacidade de contração e que formam filamentos finos e espessos, respectivamente.

Os filamentos ficam dispostos ao longo da fibra muscular e formam bandas claras e escuras. As claras são denominadas de banda I e são formadas apenas por filamentos finos. Já as bandas escuras são formadas por filamentos finos e espessos e são chamadas de banda A. A região mais clara dessa banda, onde são encontrados apenas filamentos de miosina, é chamada de banda H. Na região central dessa banda, existe ainda uma linha escura chamada de linha M.

Na porção central da banda I, existe uma linha escura denominada de linha Z que delimita o sarcômero. Cada sarcômero é formado, portanto, por duas porções da banda I e uma banda A.

Mecanismo de contração muscular

Quais estruturas participam do processo de excitação e contração na fibra muscular?

Para que a contração muscular ocorra, é necessário que a actina desloque-se sobre a miosina

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O mecanismo de contração muscular faz com que as fibras consigam encurtar o seu tamanho. Essa ação é possível graças a estímulos nervosos e às proteínas actina e miosina, que deslizam uma sobre a outra.

A contração inicia-se com um estímulo que desencadeia uma liberação de acetilcolina na fenda sináptica e causa despolarização da membrana da célula muscular. Ocorre, então, a abertura de canais de Ca2+, fazendo com que esses íons sejam lançados no citoplasma pelo retículo sarcoplasmático. Nesse momento, ocorre a interação do Ca2+ com as miofibrilas.

Na presença do Ca2+, as extremidades da miosina ligam-se com moléculas de actina próximas e dobram-se com grande velocidade. O filamento de actina, então, desloca-se para o centro do sarcômero, desencadeando a aproximação das duas linhas Z. Isso faz com que o sarcômero diminua e, em grande escala, leva à contração de todo o músculo.

Quando o cálcio retorna para o interior do retículo sarcoplasmático, os níveis citoplasmáticos diminuem. Isso faz com que o músculo relaxe e seja interrompido o processo de contração.


Por Ma. Vanessa dos Santos

A fisiologia da contração muscular

Contração muscular é um processo fisiológico característico das fibras musculares que corresponde a capacidade de gerar tensão com a ajuda de um neurônio motor. Neste texto descreveremos todos os passos da fisiologia da contração muscular.

Qual a composição da fibra muscular

Fibra muscular é uma célula multinucleada, misturada a elas existem células-tronco chamadas células satélites. No centro da fibra muscular fica o aparelho contrátil, constituído principalmente de miofibrilas, as miofibrilas são envoltas pelo retículo sarcoplasmática. A Função do retículo sarcoplasmático é armazenamento de íons de Ca++ e a liberação deles no citosol no momento que o sistema nervoso ordenar a ocorrência de uma contração, e depois recaptura-lo para que haja o relaxamento muscular. A membrana da célula muscular chamada de sarcolema, que recobre o conjunto, emite invaginações tubulares chamadas túbulos T, e ficam próximos ao reticulo sarcoplasmático (membrana que envolve as miofibrilas). A tríade é formada pelo túbulo T e os dois lados do reticulo sarcoplasmático. Como os potenciais de ação da célula muscular percorrem toda a membrana, inclusive os túbulos T, é precisamente na tríade que ocorre o acoplamento entre a excitação elétrica da membrana e os sinais químicos necessários à contração muscular.

Quais estruturas participam do processo de excitação e contração na fibra muscular?

A miofibrilas são formada por unidades repetitivas de uma estrutura chamadas sarcômeros, são eles que fornecem a alguns músculos o aspecto estriado que lhes dá o nome. Os sarcômeros são formados por conjuntos longitudinais de filamentos grossos (miosinas) e finos (Actina, Tropomiosina e Troponina), e são delimitados por bandas perpendiculares chamadas linhas Z.

Os filamentos grossos contém principalmente a proteína miosina, as cabeças das miosinas são ATPases, enzimas capazes de quebrar o ATP para gerar energia, elas se ligam aos filamentos finos.

Os filamentos finos são ancorados nas linhas Z: contém duas proteínas alongadas trançadas, a actina-F5 e a Tropomiosina, e uma terceira globular chamada troponina. A Troponina é uma proteína ligadora de Ca++.

Quais estruturas participam do processo de excitação e contração na fibra muscular?

A seguir a fisiologia da contração muscular:

A fisiologia da contração muscular é descrita com seu início na junção neuromuscular, a fibra nervosa motora conduz potencias de ação que despolarizam a membrana do terminal numa região especializada chamada placa motora, que corresponde à junção neuromuscular. Tem início a etapa de transmissão neuromuscular. Com a despolarização da membrana pré-sináptica ocorre a liberação do neurotransmissor, a acetilcolina. Ao atravessa a fenda sináptica e ligar-se a receptores colinérgicos do tipo nicótico, estrategicamente situados no segmento da membrana plasmática da fibra muscular que constitui o espessamento pós-sinápticos, a acetilcolina promove a excitação do músculo. O resultado da reação entre o neurotransmissor e seu receptor, como acontece em todas as sinapses excitatórias, é a abertura seletivas de canais de Na+ K+, e a ocorrência de um potência pós sináptico despolarizante (chamado nesse caso potencial de placa motora). Segue-se a excitação das regiões vizinhas da placa motora, e, se o limiar for atingido, surge um potencial de ação muscular que se espalha rapidamente por todo sarcolema, os espalhamento do potencial de ação muscular é completo, atingido inclusive o interior dos túbulos T até o ponto onde eles formam tríades.

Na tríade começam os mecanismos iônicos da contração muscular. A membrana dos túbulos T contém camadas de Ca++ dependentes de voltagem (do tipo L6). Com a despolarização, esses canais se abrem para a entrada de íons Ca++. Ocorre que os canais de Ca++ do tipo L existentes na membrana dos túbulos T estão justapostos a canais de Ca++ de outro tipo (chamados receptores – rianodina), estes ancorados na membrana do retículos sarcoplasmático. Sensíveis a aberturas do canais tipo L os receptores rianodina mudam sua conformação molecular e liberam pro citosol ainda mais íons de Ca++ desta vez vindos de dentro do reticulo sarcoplasmático. O movimento do Ca++ acompanha o gradiente químico de maior concentração dentro do reticulo do que no citosol.

A entrada do Ca++ no citosol da início aos mecanismos moleculares da contração muscular. Os íons de Ca++ alcançam as moléculas contráteis imediatamente, já que as miofibrilas (estão bastante próximas ao reticulo sarcoplasmático. É a troponina que os capta, o que faz com que se altere a conformação do complexo muscular dos filamentos finos. Resulta um afastamento entre a tropomiosina e a actina expondo os sítios desta capazes de se ligar a miosina. Quando isso corre formam-se verdadeiras pontes entre a actina e as cabeças da miosina, chamadas por isso mesmo pontes transversas. Estas acabam por fazer deslizar actina sobre a miosina, aproximando as linhas Z, o que resulta em encurtamento do sarcômero e, assim, na contração da fibra muscular. Tanto maior será a contração quanto maior a aproximação as entre as linhas Z.

O mecanismo da contração muscular geralmente é possibilitado pelo acoplamento excitação-contração, um termo que descreve os fenômenos eletroquímicos que estabelecem o vínculo entre os potenciais de ação da célula muscular e o encurtamento das miofibrilas. Quando cessa a despolarização do sarcolema, ocorre fenômenos inversos que resultam no relaxamento da fibra muscular. A concentração de Ca++ no interior do retículo sarcoplasmático é restaurada por ATPases (bombas de cálcio) da membrana do retículo, que transporta de volta os íons Ca++ do citosol.

Os movimentos que fazemos em última análise, dependem da formação das pontes transversas que ligam os filamentos grossos com os finos, e provocam o deslizamento de uns sobre os outros sejam para encurtar as fibras musculares na contração ou para alongarem no relaxamento. Com o músculo em repouso diminui as pontes transversas e os filamentos se descolam livremente. Por isso podemos estirar um músculo passivamente, puxando-o ou movendo uma articulação. Sua resistência dependerá apenas da elasticidade das fibras musculares e do tecido conjuntivo que as envolvem. Mas quando um músculo de contrai, aumenta o número de pontes transversas, e com elas a resistência ao estiramento. A energia para a contração muscular é fornecida principalmente pelas mitocôndrias das fibras musculares quando ocorre a morte do indivíduo cessa o fornecimento de energia para a contração muscular: “Congelam-se” as pontes transversas e o resultado é a rigidez do cadáver conhecida pelos profissionais da saúde como rigor mortis.

Fonte: Cem Bilhões de Neurônios

Abaixo alguns vídeos que explicam sobre a Fisiologia da contração muscular:

Quais estruturas participam da excitação contração na fibra muscular?

Para que ocorra a contração muscular são necessários três elementos: Estímulo do sistema nervoso; As proteínas contráteis, actina e miosina; Energia para contração, fornecida pelo ATP.

Quais estruturas participam do processo de contração muscular?

No citoplasma da célula muscular, há proteínas que são essenciais à contração muscular, como você já deve ter ouvido falar em actina, miosina, troponina e tropomiosina. Essas proteínas interagem entre si e com o cálcio, e, assim, promovem a contração.

Quais as principais estruturas componentes da fibra muscular?

A fibra muscular é composta principalmente por miofibrilas. As miofibrilas são circundadas por um retículo endoplasmático especializado chamado retículo sarcoplasmático, que está posicionado paralelamente em relação às miofibrilas.

Quem controla os movimentos de contração e relaxamento dos músculos?

Nervos motores controlam a contração normal das fibras musculares esqueléticas. Ramificados dentro do tecido conjuntivo do perimísio neste local de inervação, o nervo perde sua bainha de mielina e forma a dilatação que se situa dentro de uma depressão da superfície da fibra muscular.