Quais etapas fazem parte do fluxo linear dos produtos?

O prazo para entrega dos produtos da sua empresa tem sido muito longo diante do que o seu concorrente tem oferecido? Sua empresa acumula muitos estoques flutuantes entre as operações? O que você gasta operacionalmente está alto e isso tem feito você considerar que sua empresa pode estar perdendo competitividade no mercado?

Se estas são algumas das perguntas que você costuma se fazer, talvez esteja na hora de você buscar uma boa solução para melhorar os processos internos nas etapas de produção.

Entendendo o que é fluxo contínuo?

Existem alguns métodos fundamentais e ideais para alcançar estes objetivos de forma precisa, como é o caso da implantação de um fluxo contínuo, um dos princípios de qualquer processo lean. A metodologia propõe a produção apenas do que é exigido pelo processo seguinte, ou do cliente final, dependendo da empresa a qual se refere, impossibilitando, assim, que estoques sejam gerados entre os processos, reduzindo o lead time e o work in process, além do aumento significativo do atendimento ao prazo do fluxo de valor completo.

De onde surgiu o fluxo contínuo?

Mesmo ainda sendo um método muito atual e presente em várias empresas, o conceito de produção em fluxo não é recente. Em 1910, Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, foi o primeiro empresário a aplicar o conceito no início da industrialização nos processos produtivos de veículos em massa. Aplicando a montagem em série e em movimento, ele desenvolveu uma metodologia, conhecida hoje como produção enxuta, capaz de fazer seus funcionários produzirem em menos tempo e a um menor custo. Com a padronização que o novo sistema nos processos de produção propunha, carros que antes eram produzidos em 12,5 horas passaram a ser montados em apenas 93 minutos.

Com maior produtividade e consequente aumento no lucro, o sistema em fluxo da Ford revolucionou a sociedade industrial com conceitos sobre o modo de se produzir que se arrastam até hoje, na comprovação irrefutável de que a organização de uma indústria, seja na esfera administrativa ou diretamente no chão de fábrica, é determinante para o alcance do máximo de produtividadee consequente sucesso de todo e qualquer negócio. E é exatamente sobre essa metodologia organizacional nos processos produtivos a que se refere o chamado fluxo contínuo.

Fluxo contínuo serve para a minha empresa?

Aplicável em todo lugar em que haja a necessidade de divisão, organização do espaço e fluidez de pessoas ou materiais, o fluxo contínuo serve para qualquer empresa. A proposta é interessante sob o ponto de vista da organização que seja pertinente às especificidades do negócio, conduzindo a redução de etapas, esforços, tempos e custos que sejam desnecessários e refletem negativamente no faturamento.

Como a Produção Enxuta pode reduzir os custos da sua empresa?

Através de uma metodologia, o fluxo contínuo, aplicado em um layout, propõe a organização nos processos de produção, reduzindo esperas, acúmulo de estoques em processos, eliminando filas e trabalhando exatamente de acordo com o ritmo da demanda da empresa.

Basicamente são quatro os tipos mais comuns de layout utilizados em fluxos contínuos e eles coabitam o mesmo cenário. Isso porquê, a escolha de um arranjo operacional (layout) ineficiente  prejudica a fluidez do processo, aumentando custos operacionais, de transporte e movimentação. Tornando, assim, a gestão mais trabalhosa, níveis excessivos de estoques em processo e resultados prejudicados.

Não é novidade para ninguém que o nosso planeta está passando por alguns desafios ambientais. Um dos primeiros passos para nos ajustarmos a um modelo mais sustentável de vida, é nos desvincularmos da postura atual de consumo, conhecida como economia linear.

Apesar de finitos, os recursos naturais utilizados vêm sendo suficientes para o homem até então. Entretanto, com os objetivos do desenvolvimento industrial, os quais eram baseados na busca por eficiência, quantidade e velocidade de produção, a extração de recursos tornou-se mais rápida do que a reposição dos mesmos pela natureza.

Com o foco da indústria sendo a expansão econômica, algumas consequências negativas – a longo prazo – não foram consideradas na época. Dentre elas, a falta de recursos naturais, matérias primas, a produção, descarte de resíduos e, claro, as crises climáticas e ambientais.

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2021 publicado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o país gerou aproximadamente 82,5 milhões de toneladas de resíduos somente em 2020. Se comparado aos 79,1 milhões de toneladas gerados no ano anterior, este aumento em apenas um ano é preocupante. 

A projeção realizada pela equipe da Abrelpe com base nos estudos é que a produção crescerá mais de 50%. Ou seja, até 2050, o descarte de resíduos pode chegar a 120 milhões de toneladas por ano.

O aumento desses números com o passar dos anos é consequência da atual forma de consumo, a economia linear. No entanto, felizmente, este modelo possui alternativas. 

Acompanhe a leitura para entender mais sobre o assunto!

Quais etapas fazem parte do fluxo linear dos produtos?
O mau gerenciamento dos resíduos agrava o problema do aumento de lixo excessivo, e o volume só cresce.

A economia linear é um modelo de organização caracterizado pela extração crescente de recursos naturais, produção de bens e descarte dos rejeitos. 

Como o próprio nome diz, esse modelo é linear, sendo uma forma de consumo com começo, meio e fim – sem expectativa de retorno ou reciclagem.

Mesmo sendo a economia mais enraizada pelas indústrias, ela está se provando cada vez mais inviável

A longo prazo, a baixa reutilização das matérias primas e a extração crescente dos recursos naturais fará com que o planeta não consiga mais sustentar esse modelo de manutenção da economia.

Etapas da economia linear

O modelo baseia-se na produção, consumo e descarte, basicamente. 

Com os itens de durabilidade baixa, bens pouco duráveis e as tecnologias cada vez mais se aproveitando da obsolescência programada, a economia linear continua tendo um peso muito grande na insustentabilidade global.

Você já se perguntou por que objetos antigos duram mais? A dinâmica da economia linear consiste em 6 etapas dos materiais produzidos:

  1. Extração: O recurso natural é retirado na natureza;
  1. Fabricação: Os recursos passam pelo preparo e são tratados para se tornarem matéria-prima;
  1. Distribuição: As matérias-primas vão para as indústrias, a fim de serem transformadas nos bens de consumo;
  1. Consumo: Uma ou mais pessoas fazem a aquisição do produto e o consomem;
  1. Descarte: É quando um bem de consumo é descartado por diversos motivos. E em muitos casos, ainda servindo para alguns indivíduos, o objeto não é adaptado nem reciclado;
  1. Disposição final: Etapa final da economia linear, após o descarte, a matéria-prima utilizada perde seu valor, já que não será reaproveitada, e entra no estágio de disposição final.
Quais etapas fazem parte do fluxo linear dos produtos?
Se não repensarmos esse modelo econômico, a tendência é que não tenhamos mais de onde extrair matérias primas e recursos.

Quais são os impactos da economia linear? 

Já é compreensível a preocupação quanto às consequências negativas do modelo de economia linear. Vejamos quais são seus principais impactos atualmente.

Recursos naturais limitados 

O desequilíbrio entre descarte de resíduos e a produção natural de recursos é um dos principais motivos das alternativas necessárias na forma de consumo. 

Com a visão de crescimento das indústrias, a preocupação fica na incerteza da disponibilidade de certos suprimentos necessários para os bens materiais.

A fabricação dos produtos finais e o descarte dos mesmos estão mais rápidos do que a produção de recursos naturais.

Produção massiva de lixos

Quais etapas fazem parte do fluxo linear dos produtos?
A economia linear gera resíduos de forma desajustada.

Devido ao fácil processo de consumo e descarte, a produção massiva de resíduos é um dos grandes problemas causados pela economia linear. Em sua maioria, esses lixos são depositados em aterros.  

No entanto, com o crescimento constante da formação de resíduos, mais de 3300 cidades brasileiras precisam recorrer a depósitos irregulares, como lixões, para realizar seus descartes.

Degradação de diversos ecossistemas

Com o excesso de materiais inutilizáveis, outras áreas além dos depósitos são afetados. Oceanos e rios, por exemplo, sofrem consequências horríveis com a quantidade de resíduos liberados em suas áreas. 

Não afetam somente os animais do ecossistema em si. Situações mais graves podem atingir a quantidade e a qualidade das águas consumidas pelas pessoas. 

Emissão de gases poluentes 

Com o tanto de lixos descartados em aterros e lixões à céu aberto, uma grande quantidade de metano e gás carbônico são liberados para a atmosfera. 

Ambos são gases do efeito estufa, atingindo diretamente o meio ambiente. Além de produzirem mau cheiro, estes podem causar inúmeras doenças. 

Alternativa para uma economia mais sustentável

Quais etapas fazem parte do fluxo linear dos produtos?
A economia circular é uma alternativa que apresenta vantagens no contexto ambiental e econômico. 

Se a economia linear é predominante hoje e vem se tornando cada vez mais inviável, o que pode ser feito? 

Economia circular

A economia circular é outro modelo de consumo muito mais sustentável, que tem como objetivo promover uma gestão eficiente dos recursos naturais. 

O foco é a redução de extrações de recursos e a otimização máxima das possibilidades de utilização dos bens de consumo.

De forma resumida, a Fundação Ellen MacArthur, organização independente com o objetivo de acelerar a transição para a economia circular, listou os três princípios que precisam ser considerados neste novo e sustentável formato: 

  • Eliminar desperdícios e poluição;
  • Fazer uso de produtos e materiais em seus maiores valores;
  • Regenerar a natureza.

Inúmeras empresas já estão participando do objetivo que irá impactar todo o globo. O movimento de transição da economia linear para a circular vem atingindo diversos aspectos, desde a produção dos novos produtos, até o marketing das marcas. 

O que antes enxergava somente a alta produção como base para o crescimento da economia, independente das consequências negativas causadas ao meio ambiente, hoje estamos vivendo outra realidade. 

Uma realidade em que empresas utilizam a sustentabilidade e seus discursos para conquistar clientes. 

Energias limpas

Outra forma de um consumidor ajudar nesse processo de transição das economias, além de se conscientizar, é fazendo uso de energias mais limpas e renováveis, por exemplo. 

Utilizar sistemas que geram eletricidade através de fontes inesgotáveis – como o sol – é uma maneira eficiente de evitar os impactos da economia linear. 

Indústrias e até pessoas físicas já estão investindo no uso da energia solar fotovoltaica. E, muitas vezes, sem se preocuparem com a instalação ou compra dos materiais necessários. 

Muitas delas utilizam serviços oferecidos por fazendas solares, e aqui na Bulbe nós fazemos o intermédio entre você e a energia sustentável que é produzida por elas!

Ações e mudanças simples como essas podem fazer toda a diferença em um futuro próximo. Precisamos nos desvincular da economia linear e caminhar para uma economia mais circular e sustentável

Quer saber mais sobre desenvolvimento sustentável? Acompanhe nosso blog e venha fazer parte dessa evolução!