Quais os resíduos biológicos que podem ser pre tratados por incineração?

01/08/2016

10h53

Quais os resíduos biológicos que podem ser pre tratados por incineração?

Originalmente utilizado na esterilização de material cirúrgico, a autoclave foi desenvolvida para a esterilização de resíduos.

A autoclave é um aparelho muito utilizado em laboratórios de pesquisas e hospitais para a esterilização de materiais. O processo de autoclavagem consiste em manter o material contaminado em contato com um vapor de água sob pressão, em temperatura elevada, garantindo-se condições de alta temperatura (entre 105 e 150°C) por um período de tempo suficiente para matar todos os micro-organismos.

A autoclave é formada por um cilindro metálico resistente, vertical ou horizontal, onde geralmente fica a resistência que aquecerá a água. Possui uma tampa que apresenta parafusos de orelhas e permite fechá-la hermeticamente. Em cima da tampa estão a válvulas de segurança e de ar. Apresenta também uma chave de comando para controlar temperatura e um registro indicador de temperatura e pressão.

Quais os resíduos biológicos que podem ser pre tratados por incineração?

Resíduos de serviços de saúde (RSS), mais comumente denominados de lixo hospitalar, assim como os resíduos químicos e resíduos biológicos são os rejeitos resultantes de atividades exercidas nos serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, não só gerados em hospitais, mas também em clínicas,laboratórios, consultórios odontológicos e veterinários, farmácias, postos de saúde e outros similares que, por suas características oferecem risco de contaminação e, por isso,necessitam de processos de manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final.

Existe uma diferença em destino final e tratamento de resíduos. O tratamento é preciso antecedente ao destino final, sendo que, para cada tipo de resíduo existe um tratamento e um destino final específico.

A autoclave abrange resíduos como os biológicos(cultura, inóculos e outros); sangue e hemoderivados; resíduos perfuro cortantes, cirúrgico, com exceção de peças anatômicas; e resíduos decorrentes da assistência ao paciente como secreções, excreções e outros.

O processo normal de autoclave comporta basicamente as seguintes operações:

  • Pre-vácuo:

Criam-se condições de pressões negativas de forma que, na fase seguinte, o vapor entre mais facilmente em contacto com os materiais a serem esterilizados.

  • Admissão de vapor:

Introdução de vapor na autoclave, seguido do aumento gradual da pressão, de forma a criar condições para o contacto entre a água superaquecida e os materiais, e para facilitar sua penetração nos invólucros, dando acesso a todas as superfícies.

  • Esterilização:

Manutenção de temperaturas e pressões elevadas durante determinado período de tempo, ou seja, até se concluir o processo. De acordo com a carga, o especialista define o tempo e a temperatura de cada ciclo.

  • Exaustão lenta:

Libertação gradual do vapor que passa por um filtro com poros finos o suficiente para evitar a passagem de qualquer microrganismo para o exterior da autoclave, e permitir a diminuição gradual da pressão até que seja atingida uma atmosfera.

  • Arrefecimento da carga:

Arrefecimento da carga até uma temperatura que permita a retirada dos materiais da autoclave.

  • Descarte do condensado:

A utilização do vapor na autoclavagem dá origem à formação de um efluente que deverá ser descarregado numa estação de tratamento e liberado como um efluente doméstico.

A autoclave apresenta as seguintes vantagens:

  • Custo operacional relativamente baixo;
  • Não emite efluentes gasosos e o efluente líquido é estéril
  • Manutenção relativamente fácil e barata.

Resíduos biológicos infectantes são uma fonte de contaminação capazes de causar doenças e comprometer o meio ambiente e a saúde pública. Por isso são necessários procedimentos especiais para o seu tratamento e eliminação. Geralmente, são produzidos por hospitais, laboratórios e outros estabelecimentos de serviços de saúde.

O gerenciamento dos resíduos biológicos requer um conjunto de procedimentos que devem ser cuidadosamente planejados e implementados. Dessa forma, é possível prevenir a propagação de doenças, minimizar os impactos ambientais e também permanecer em conformidade com os regulamentos e as leis aplicáveis.

Assim, os resíduos gerados têm um tratamento eficiente e um destino adequado, sendo as instituições geradoras responsáveis pela manipulação, armazenamento e eliminação.

Descarte de material perfurocortante

O que são Resíduos Biológicos Infectantes?

“Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, possam apresentar risco de infecção”.

Está é a descrição que está de acordo com a Resolução Nº 306 de 07 de dezembro de 2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde e dá outras providências, classificando ainda o resíduo biológico infectante como pertencentes ao Grupo A.

Grupo A1

  • Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, descarte de vacinas de micro-organismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
  • Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica, micro-organismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença.
  • Bolsas transfusionais contendo sangue e aquelas oriundas de coleta incompleta.
  • Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde.

Grupo A2

  • Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de micro-organismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.

Grupo A3

  • Peças anatômicas humanas; produto de fecundação sem sinais vitais, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição por pacientes ou familiares.

Grupo A4

  • Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
  • Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
  • Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de Disseminação.
  • Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere esse tipo de resíduo.
  • Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
  • Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.
  • Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações.
  • Bolsas transfusionais vazias ou com residual pós-transfusão.

Grupo A5

  • Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.

Qual é o processo para tratamento desses resíduos?

É obrigatória a segregação dos resíduos no momento da geração, de acordo com a classificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA RDC, N° 306 de 07 de dezembro de 2004 e CONAMA, submetendo-os à inativação microbiana, pela própria unidade geradora.

Todos os resíduos infecciosos devem ser coletados em sacos autoclaváveis.

O item que deve ser jogado fora é colocado antes dentro dos sacos e submetidos ao processo de autoclavação para prévia inativação microbiana.

Após este processo o saco com os produtos devem ser colocados em sacos de lixo especiais para lixo infectante (saco branco).

Quais os resíduos biológicos que podem ser pre tratados por incineração?

Sacos para autoclave – Olen

Os sacos para autoclave da Olen são utilizados no processo de descontaminação para posterior descarte de resíduos biológicos infectantes. Promovem a inativação de microrganismos e remoção de resíduos em vidrarias, consumíveis e demais produtos de laboratório resistentes à autoclavagem.


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O que é a autoclavagem?

Uma autoclave utiliza vapor pressurizado para descontaminar resíduos infecciosos. Esse esterilizador a vapor é uma câmara de pressão de isolamento em que o vapor é usado para elevar a temperatura. Autoclaves geralmente operam a uma temperatura de 121 ° C e a sua eficácia depende do tempo, da temperatura e do vapor em contato direto com agentes infecciosos.

Qual é o processo de descarte dos resíduos infecciosos?

Após o tratamento, os resíduos devem ser acondicionados em sacos brancos, contendo o símbolo universal de risco biológico de tamanho compatível com a quantidade.

É proibido esvaziar ou reaproveitar os sacos, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez a cada 24 horas. A deposição em aterro pode ser realizada somente depois de cumprida estas etapas.

O objetivo do gerenciamento de resíduos biológicos infecciosos é proteger a saúde e a segurança da comunidade e preservar o ambiente e os recursos naturais.

Métodos de esterilização de produtos para laboratório


Referência
http://portal.anvisa.gov.br

Quais os resíduos biológicos podem ser pre tratados por incineração?

- Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons. Devem sempre ser encaminhados a sistema de incineração, de acordo com o definido na RDC ANVISA nº 305/2002.

Quais são os tipos de resíduos biológicos?

Resíduos potencialmente infectantes, ou resíduos de serviço de saúde que apresentam risco biológico (infectantes), são aqueles resíduos que apresentam possibilidade de estarem contaminados com agentes biológicos, tais como: bactérias, fungos, vírus, microplasmas, príons, parasitas, linhagens celulares e toxinas.

Quais são os três tipos de incineração mais comuns?

sirichai_raksue / iStock / Getty Images Plus Os tipos de incineradores mais comuns são: injeção líquida, forno rotativo e câmera fixa.

O que deve ser incinerado?

No entanto, como dito anteriormente, nem todo resíduo pode ser incinerado. Na verdade, os que devem passar pelo processo são os chamados perigosos, os que apresentam risco biológico ou químico. Resíduos de hospitais e de laboratórios, por exemplo, estão neste grupo.