Quais são os principais fluxos de imigrantes e refugiados que têm chegado ao Brasil atualmente?

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Nos séculos 19 e 20, europeus e japoneses protagonizaram os principais movimentos de imigração em terras brasileiras, porém, hoje, o cenário mudou; saiba como está o atual fluxo migratório e os impactos da pandemia

Reprodução / Estadão Conteúdo

Quais são os principais fluxos de imigrantes e refugiados que têm chegado ao Brasil atualmente?

Chegada do navio Kasato Maru, em Santos, trazendo os primeiros imigrantes japoneses para o Brasil em 1908

A imigração japonesa, no Brasil, começou, oficialmente, em 18 de junho de 1908, quando mais de 781 japoneses chegaram em busca de trabalho nos cafezais paulistas. E, ainda hoje, o Brasil abriga a maior comunidade nipônica fora do país asiático, reunindo aproximadamente 2 milhões de pessoas, a maioria descendentes nascidos aqui. Já os imigrantes vindos do Japão somam pouco mais de 58 mil pessoas – 73% vivem no Estado de São Paulo. Outros movimentos migratórios, antes mesmo dos japoneses, já haviam começado no Brasil. Em meados do século 16, milhões de africanos foram trazidos na condição de escravos. Já a partir do século 19, os europeus, especialmente portugueses, italianos, espanhóis e alemães, passaram a constituir os principais grupos de imigrantes em terras brasileiras. Porém, nos últimos anos, o cenário mudou.

Atualmente, os novos imigrantes, no Brasil, são, em sua maioria, latino-americanos. Este ano, até março, 23.906 estrangeiros passaram a residir no país, 60% são venezuelanos e haitianos. Segundo o Observatório das Migrações Internacionais e o Departamento de Migrações do Ministério da Justiça, de 2011 a 2019, foram registrados 1 milhão de imigrantes no país. Os maiores números vieram da Venezuela, Paraguai, Bolívia e Haiti. As principais razões para a mudança dos fluxos migratórios são a crise econômica iniciada em 2007 nos Estados Unidos, na Europa e no Japão e o desenvolvimento econômico e social do Brasil na primeira década dos anos 2.000.

Desde o ano passado, a pandemia do coronavírus impacta a vinda de novos residentes. Depois de registrar quase 18 mil imigrantes em janeiro de 2020, os números caíram bruscamente, atingindo sete mil em janeiro deste ano. Já a saída de brasileiros para morar no exterior vem registrando aumento ano a ano. Principalmente a partir de 2014, quando a crise econômica se instalou no Brasil. O Itamaraty estima que aproximadamente 3 milhões e 600 mil brasileiros vivam no exterior, 44% estão nos Estados Unidos. E, depois, Paraguai, Japão, Reino Unido, Espanha e Portugal. Tá Explicado?

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A história sempre narrou diversos ciclos de imigrações para o Brasil, seja durante o período de colonização, seja durante os tempos posteriores. Ao longo dos séculos, vários povos ocuparam o nosso país, a maioria formada por europeus, mas também chineses, japoneses, latino-americanos, entre outros. No entanto, podemos dizer que o Brasil vive um novo momento no que diz respeito ao tema das imigrações internacionais.

Ao longo dos últimos anos, houve um movimento crescente de grupos estrangeiros no Brasil, advindos tanto de países desenvolvidos quanto de países subdesenvolvidos. Segundo dados do Conare (Comitê Nacional para Refugiados) e do Ministério da Justiça, só entre os anos de 2010 e 2012, o número de pessoas pedindo refúgio para o Brasil triplicou.

A tendência é que as imigrações atuais no Brasil continuem aumentando, sobretudo de populações advindas de países subdesenvolvidos ou com uma precária situação econômica, além de povos de regiões marcadas por grandes conflitos, com destaque para povos da Palestina.

Nos últimos anos, uma grande leva de haitianos veio para o Brasil, através da Amazônia, em busca de emprego e melhores condições de vida. Durante a Copa do Mundo de 2014, o mesmo processo ocorreu, destacando-se os imigrantes oriundos de Gana, que se deslocaram para o Brasil em função do torneio, mas não retornaram para o seu país de origem. Outros países que se destacaram no envio de imigrantes foram Bangladesh, Senegal, Angola, entre outros.

Da mesma forma que o número de estrangeiros no Brasil vem aumentando, o número de brasileiros no exterior vem diminuindo. Entre 2004 e 2012, a presença de brasileiros fora do país caiu pela metade, de 4 milhões para 2 milhões, com o principal destino de moradia sendo Portugal.

O que se percebe é que as recentes evoluções do Brasil no cenário econômico, além da relativa prosperidade dos países emergentes frente à crise financeira no mundo desenvolvido, vêm contribuindo para que países em desenvolvimento – principalmente os do grupo do BRICS – tornem-se lugares atrativos para as rotas migratórias internacionais.

Mas a expansão das imigrações atuais no Brasil vem acompanhada por uma série de fatores, a saber:

a) aumento da xenofobia: o Brasil, apesar de sua internacionalmente reconhecida receptividade, vem aumentando os casos de xenofobia, sobretudo para com as populações advindas de países subdesenvolvidos. Para parte da população, os grupos estrangeiros trazem doenças, “roubam” vagas de empregos e “ameaçam” a identidade cultural do país. O curioso é que esses argumentos são semelhantes aos impostos aos brasileiros no exterior, notadamente na Europa.

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b) condições de vida precárias: muitos dos estrangeiros no Brasil sofrem com as precárias condições de vida que aqui encontram, sobretudo no momento em que chegam, quando ainda não dispõem de emprego, moradia, comida e dinheiro, além de sequer conhecerem o idioma português. Isso demanda maiores esforços das autoridades para atender as necessidades básicas desses povos, a fim de que condições básicas de direitos humanos sejam cumpridas. Não são poucos os casos de trabalhos análogos ao escravo praticados no país, sobretudo com migrantes haitianos na região Norte.

Quais são os principais fluxos de imigrantes e refugiados que têm chegado ao Brasil atualmente?

Imigrantes haitianos alojados em um abrigo improvisado no Acre, em janeiro de 2014 *

c) aumento do tráfico de pessoas: com o Brasil tornando-se um novo centro de atração de imigrantes ilegais, aumenta o número de tráfico de pessoas. Atualmente, os principais esforços do governo brasileiro é de investigar e punir a prática desses grupos, que além de cobrarem alto pela “ajuda” na imigração ilegal, cometem vários crimes contra os direitos humanos durante o percurso.

Muitas pessoas imaginam que os imigrantes sejam prejudiciais para a economia, sobretudo no sentido de elevar o desemprego, mas isso não é totalmente uma verdade. Em muitos casos, registra-se a presença de imigrantes com formação em nível superior ocupando cargos que muitas vezes ficam ociosos por aqui por falta de capacitação técnica, embora o número de pessoas com formação superior no Brasil tenha aumentado significativamente na última década. Além disso, mesmo com o aumento de imigrantes, o desemprego no Brasil vem caindo nos últimos tempos.

Apesar de ser necessário o estabelecimento de um maior controle sobre o número de imigrações atuais no Brasil, além de um maior empenho no combate a quadrilhas de tráfico de pessoas, é preciso também atender as necessidades básicas daqueles que aqui chegam. Um exemplo é o caso dos migrantes advindos do Haiti: eles não poderiam permanecer no Brasil segundo nossas leis de imigração, mas muitos receberam vistos humanitários, haja vista que uma deportação em massa e imediata poderia transformar-se em um terrível crime de violação aos Direitos Humanos.

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* Créditos da imagem: Luciano Pontes (EBC) / Wikimedia Commons


Por Rodolfo Alves Pena
Mestre em Geografia

Quais são os principais fluxos de imigrantes e refugiados que têm chegado ao Brasil no século 20?

Importante destacar a diversidade de países de origem dos solicitantes de refúgio no Brasil em 2021. Nesse ano, o Brasil recebeu solicitações de pessoas provenientes de 117 países, sendo a maioria de venezuelanos (78,5%), angolanos (6,7%) e haitianos (2,7%).

Quais os principais fluxos de imigrantes no Brasil?

Os principais fluxos de imigração (entrada de estrangeiros) no Brasil foram os de portugueses e escravos africanos (até o século XIX), italianos e alemães (1850-1900), japoneses (1900-1920) e outros asiáticos (1950-1960).

Quais são os principais fluxos de imigrantes e refugiados que têm?

Os principais destinos da migração internacional são os países industrializados, entre eles estão: Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e as nações da União Europeia. Os Estados Unidos possuem o maior número de imigrantes internacionais – dos 195 milhões, 39 milhões residem naquele país.

Quais são os principais fluxos de imigrantes?

A maioria das migrações internacionais ocorre pela busca de trabalho, as principais correntes migratórias emergem de Latino-Americanos, Africanos e Asiáticos em direção aos EUA, Europa e Japão.