Qual a conduta do profissional de saúde diante de um resultado positivo para HIV?

Qual a conduta do profissional de saúde diante de um resultado positivo para HIV?

Infelizmente, os números mostram um aumento no número de casos de infecções por HIV no Brasil. A estimativa é de que 866 mil pessoas vivem com o vírus no país. Diante disso, além de conscientizar a população sobre a prevenção, é fundamental que os médicos se mantenham atualizados em relação aos procedimentos de diagnóstico da AIDS

Veja, a seguir, qual é o passo a passo necessário para realizar o diagnóstico correto da doença. Boa leitura! 

Análise dos sintomas na consulta médica

Em alguns casos, o paciente chega até o consultório para verificar se está infectado pelo HIV por ter se exposto a um dos comportamentos de risco para contrair a doença. São eles:

  • relação sexual sem o uso de preservativo com uma pessoa infectada pelo vírus;
  • compartilhamento de seringas ou agulhas com outras pessoas;
  • reutilização de objetos perfurocortantes com fluidos contaminados pelo HIV. 

Nessas circunstâncias, além de analisar a saúde geral da pessoa, é importante incluir as seguintes perguntas durante a análise clínica:

  • Quando você acredita que foi exposto ao vírus?
  • O que você está sentindo? 
  • Quando começou a sentir os sintomas? 

Outra situação possível ocorre quando o paciente busca ajuda médica por conta dos sintomas, mas ainda não desconfia que possa ter sido contaminado. Ao perceber os indícios da doença, é preciso fazer a investigação, durante a entrevista, para verificar se existem comportamentos de risco. 

 

Qual a conduta do profissional de saúde diante de um resultado positivo para HIV?

Veja quais são os principais sintomas da infecção aguda pelo HIV:

  • febre;
  • cansaço;
  • aumento dos gânglios linfáticos;
  • dor de garganta;
  • perda de peso;
  • dores musculares;
  • dor de cabeça;
  • náuseas;
  • diarreia;
  • sudorese noturna.

Seja qual for o contexto, antes de solicitar o exame é muito importante explicar sobre o que pode estar acontecendo, os motivos ou riscos que podem ter sido responsáveis pela infecção e quais serão os próximos passos. Como se trata de uma doença importante, é natural que o paciente fique abalado antes mesmo de receber o diagnóstico. Por isso, é primordial tranquilizá-lo.  

Solicitação do exame

O exame anti-HIV só será eficiente pelo menos 30 dias após o comportamento de risco. O período é necessário para que o organismo comece a produzir anticorpos contra o vírus — o que será detectado no teste. Caso o exame ocorra antes do prazo, na chamada janela imunológica, o resultado pode ser negativo mesmo que a pessoa esteja infectada. 

Caso a pessoa tenha contado com o vírus, ela não precisa esperar os anticorpos se manifestarem para começar o tratamento. Nesses casos, o Ministério da Saúde recomenda que a Profilaxia Pós-Exposição de Risco (PEP) tenha início até 72 horas após a exposição, que incluiem casos de violência sexual, relação desprotegida e acidentes ocupacionais.

Confira quais tipos de exames podem diagnosticar a doença:

  • Testes rápidos: Como o próprio nome indica, são exames em que, após a coleta da amostra, o resultado fica pronto rapidamente — em 30 minutos. O teste também dispensa a necessidade de aparato laboratorial: o profissional de saúde coleta a gota de sangue, ou fluído oral, e submete o material ao reagente. O exame pode ser solicitado de maneira gratuita e sigilosa no Sistema Único de Saúde (SUS) e até mesmo ser comprado nas farmácias. Por ser extremamente sensível, ele pode indicar resultados não completamente confiáveis. Sendo assim, caso o resultado seja positivo, é preciso realizar um exame laboratorial para a confirmação
  • Exames laboratoriais: O diagnóstico sorológico deve ser feito em laboratório, onde os profissionais analisam a amostra para verificar a presença de anticorpos específicos para o HIV. Para evitar resultados falsos existem procedimentos obrigatórios estabelecidos pelo Ministério da Saúde que precisam ser respeitados durante os testes. Conheça quais são eles:
  • Triagem sorológica: Depois da coleta do sangue, é obtido o soro que será aproveitado para os testes. A próxima atividade é denominada triagem sorológica, em que são realizados exames capazes de identificar anticorpos contra o HIV. Todos os kits utilizados para os testes devem ser registrados no Ministério da Saúde/ANVISA. Se o resultado do teste for “não reagente”, o laudo negativo para HIV é emitido e encaminhado ao paciente. Quando os testes demonstrarem a presença de anticorpos contra o HIV, uma amostra precisa ser levada ao exame confirmatório
  • Confirmação Sorológica pelo Teste Western Blot (WB): O Teste Western Blot (WB) serve para confirmar a presença de anticorpos específicos contra o HIV na amostra. Se o resultado for positivo, uma nova amostra deve ser coletada e submetida à pesquisa de anticorpos para o HIV para se evitar erros como troca ou não identificação correta de amostras. Somente após a testagem da segunda amostra e a permanência do resultado positivo para anticorpos contra o HIV, o diagnóstico de infecção pelo vírus pode ser confirmado e o laudo emitido. Ainda que o resultado seja não reagente para HIV e exista a suspeita de infecção, o Ministério da Saúde recomenda uma nova coleta de sangue dentro de 30 dias e a repetição dos processos anteriores.

Interpretação e entrega dos resultados 

Como vimos, o procedimento para diagnosticar se o paciente é soropositivo é complexo — várias etapas são realizadas para aumentar o grau de confiabilidade dos exames. Verificar com atenção todas as informações dos laudos obtidos, além de descobrir se existe ou não a presença do vírus, eles são essenciais para iniciar o tratamento adequado caso seja conformada a infecção. 

É importante que a notícia seja dada ao paciente com muita tranquilidade, demonstrando que, apesar de não ter cura, existem tratamentos para combater o vírus. Nesse momento, também é importante orientar sobre quais são os cuidados que devem ser tomados para ela não contaminar outras pessoas, além de desvendar os principais mitos em relação à síndrome.  

Esperamos que este conteúdo tenha ajudado você a compreender qual é a sequência de procedimentos necessários para diagnosticar a presença do HIV. Lembre-se de indicar laboratórios de confiança, que respeitem as normas técnicas do governo, para não ter problemas de resultados equivocados. 

Como o profissional de enfermagem deve lidar com paciente soro positivo?

Na consulta de enfermagem, cabe ao profissional repassar ao paciente de forma clara a importância da adesão ao tratamento, oferecendo-lhe orientações sobre a doença e ressaltando a importância do uso correto dos medicamentos antirretrovirais, como também um planejamento saudável para os hábitos alimentares.

O que fazer quando testar positivo para HIV?

O que fazer em caso de suspeita de HIV.
Ir ao médico. ... .
Iniciar o PEP. ... .
Fazer o teste do HIV. ... .
Fazer o teste complementar do HIV..

Quais cuidados a equipe de saúde necessita para acolher o paciente que vive com HIV?

Através de orientação sobre a doença e frente ao tratamento, supervisionar o paciente e a família, pois o cuidado, que é um tipo de suporte geralmente trocado com a família, o profissional ajuda nesse processo, pois o apoio do familiares no tratamento é essencial para melhorar o estado físico e emocional do paciente.

Quando o resultado de HIV é positivo o hospital liga para o paciente?

Somente após a testagem da segunda amostra e a permanência do resultado positivo para anticorpos contra o HIV, o diagnóstico de infecção pelo vírus pode ser confirmado e o laudo emitido.