Qual a diferença entre genérico similar é original?

No Brasil, a maioria das pessoas (58%) desconhece a diferença entre os medicamentos genéricos, similares e de referência, segundo pesquisa feita pelo Ibope e encomendada pela farmacêutica Merck. Ela foi realizada de 23 a 29 de setembro de 2020 e ouviu 2 mil internautas de várias regiões do país e maiores de 16 anos.

Um outro dado que chama atenção é que 69% das pessoas não têm conhecimento sobre as regras estipuladas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para substituição de medicamentos receitados pelos médicos na hora da compra na farmácia.

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"A falta de conhecimento dos brasileiros sobre os diferentes tipos de medicamentos ressalta a importância do farmacêutico na orientação da compra. A regra da intercambialidade garante que o tratamento prescrito pelo médico chegue em segurança ao paciente e o profissional responsável da farmácia é o único que pode efetuar qualquer mudança aplicável", afirma Helton Estrela Ramos, endocrinologista e Diretor do Departamento de Tireoide da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

Indo por essa lógica, a pesquisa mostra que a confiança no farmacêutico é alta. Segundo o estudo, 64% sabem que apenas esse profissional pode determinar uma possível troca do medicamento. "É importante que as pessoas entendam o papel do farmacêutico e como esse profissional pode colaborar para garantir um tratamento mais eficiente e seguro", explica Edu Abreu, farmacêutico, professor de pós-graduação, mentor e consultor farmacêutico.

A intercambialidade de medicamentos, determinada pela Anvisa, estabelece regras para o farmacêutico substituir o remédio de referência pelo seu medicamento genérico correspondente ou similar e vice-versa. "Mesmo após mais de 20 anos da chegada dos genéricos, as pessoas ainda têm dúvidas sobre a substituição; por isso, é importante que o paciente respeite o receituário ou consulte o profissional farmacêutico, que é o único que pode orientar sobre qualquer mudança", complementa Edu.

Seguir a receita médica e confiar no farmacêutico, segundo Helton, é fundamental para o sucesso do tratamento. "Realizar uma troca deliberada do que está na receita ou não consultar o farmacêutico pode impactar na saúde do paciente e no resultado que ele busca com aquele medicamento", explica.

O preço baixo não é motivo para questionar a eficácia desses remédios. Os genéricos contêm o mesmo princípio ativo na mesma dose e forma farmacêutica que as versões com marca (originais). Também apresentam eficácia e segurança equivalentes —tudo comprovado cientificamente junto ao órgão regulador, a Anvisa.

Entenda a diferença entre os tipos de medicamentos

Referência: é o medicamento inovador que teve a primeira patente —para isso, a farmacêutica responsável investiu dinheiro para realizar estudos clínicos e mostrar a eficácia e segurança da droga, comprovada cientificamente junto ao órgão federal competente no qual é registrada. Por conta de todos os gastos, o medicamento costuma ser mais caros.

Genérico: é a cópia do medicamento referência e só pode ser criado após 20 anos, quando a patente do "original" expira. Para sua comercialização ser aprovada, um genérico precisa comprovar a eficácia e segurança em testes de bioequivalência e biodisponibilidade. Como não há investimentos para pesquisas e propaganda, custa menos.

Similares: tem a mesma composição do medicamento referência e do genérico e também precisa comprovar eficácia. A diferença é que, assim como o remédio original, ele leva o nome de uma marca e investe capital em propagandas para melhorar a popularidade do produto, além de aumentar a competitividade com o medicamento referência.

Os genéricos funcionam? Por que são tão mais baratos?

O preço baixo não é motivo para questionar a eficácia desses remédios. Os genéricos contêm o mesmo princípio ativo na mesma dose e forma farmacêutica que as versões com marca (originais). Também apresentam eficácia e segurança equivalentes —tudo comprovado cientificamente junto ao órgão regulador, a Anvisa.

Antes de 1999, os preços dos remédios subiam rapidamente e, embora já existissem marcas similares, não havia garantia de qualidade. A partir da necessidade de drogas mais acessíveis à população, foi criada a Lei dos Genéricos (9.787/1999), que prevê que as patentes dos remédios de marca durem apenas 20 anos.

Após esse período, de acordo com a regra, qualquer laboratório pode criar medicamentos com a mesma formulação, mas sem precisar investir dinheiro em pesquisas ou testes —o grande motivo dos genéricos serem tão mais baratos.

* Com informações de reportagem publicada em 17/05/2019.

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1 respostas

Qual a diferença do medicamento genérico do original?

Olá! O medicamento de referência é aquele “originador”, a primeira versão de uma fármaco e o primeiro a ser produzido, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas através de estudos clínicos. Possui o nome comercial (marca) em suas embalagens.

Já o medicamento genérico, segundo a ANVISA, é igual ao medicamento referência, uma diferença importante é a ausência de nome comercial (marca), assim, há apenas o(s) nome(s) da(s) substância(s) ativa(s). É interessante destacar que desde 1999, TODOS os medicamentos genéricos precisaram comprovar a sua qualidade, eficácia e segurança por meio de estudos de bioequivalência com o medicamento de referência.
O medicamento de referência e o genérico são INTERCAMBIÁVEIS, ou seja, quando um médico prescreve um medicamento de referência, tem-se a possibilidade de substituição pelo medicamento genérico, bem como o contrário.

Há também o "medicamento similar", que possui o(s) mesmo(s) princípio(s) ativo(s), concentração, via de administração, forma farmacêutica, posologia e indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento referência registrado na ANVISA. Esse tipo deve sempre conter o nome comercial (marca) em sua embalagem.

Os profissionais de saúde podem prescrever os medicamentos de referência, genérico ou similar, a depender de diversos fatores. Por isso, converse com um médico, somente ele poderá indicar o melhor tratamento indicado para o seu caso.

Espero ter ajudado! Permaneço à sua disposição!

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Qual a diferença entre genérico similar é original?

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Qual mais confiável genérico ou similar?

A diferença é que não pode ter marca - a embalagem deve apresentar apenas o princípio ativo que está na fórmula, como Paracetamol ou Ácido acetilsalicílico, por exemplo. O efeito, contudo, é o mesmo: o genérico passa pelos mesmos testes de ação e eficácia, impostos pela Anvisa, que as drogas de referência.

O que é melhor genérico ou original?

O genéricos contêm o mesmo princípio ativo na mesma dose e forma farmacêutica que as versões com marca (originais). Também apresentam eficácia e segurança equivalentes --tudo comprovado cientificamente junto ao órgão regulador, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Qual a diferença do remédio genérico similar é original?

A diferença básica do remédio genérico para o similar e o de referência é o seu nome no rótulo. Ele é identificado pelo princípio ativo e não por uma marca registrada. Na embalagem, existe uma faixa amarela e uma grande letra G da palavra genérico.

Por que medicamentos genéricos e similares costumam ser mais baratos?

No Brasil, o medicamento genérico é muito barato – isso porque esses fármacos são produzidos após o período de proteção de patente dos originais, não precisando investir em pesquisas e estudos, já que estes foram feitos anteriormente pela indústria que obteve a patente primeiramente.