Qual das espécies é polinizada pelo vento que características favorecem cem esse tipo de polinização?

We aimed to analyze pollination and dispersal syndrome distribution among strata and between edge and interior of semideciduous montane forest fragments at Fazenda Bela Vista (46º52'W; 22º47'S, 750-850 m a.s.l.), Pedreira municipality, São Paulo state, SE Brazil. During weekly visits from August/1997 to October/1998 we classified the pollination and dispersal syndromes of 151 tree and shrub species with dbh > 3 cm in the upper (height > 9 m), intermediate and lower (height < 4.5 m) strata and at the edge (50 m strip) and interior of three forest fragments (100 ha). The bee-pollination syndrome (melittophily) predominated, followed by non-specialized syndromes, phalaenophily, myiophily, psycophily, chiropterophily, ornithophily, cantharophily, and anemophily. Anemophilous, chiropterophilous and ornithophilous species were more frequent in open environments, and melittophilous species tended to occur in the upper stratum. Zoochoric syndromes predominated, followed by anemochoric and autochoric syndromes. Anemochoric and autochoric species were more frequent in open environments and predominated in the upper strata in the forest interior. Different pollination and dispersal syndromes are associated with different environments and forest strata.

A polinização é a transferência de grãos de pólen das anteras de uma flor para o estigma (parte do aparelho reprodutor feminino) da mesma flor ou de uma outra flor da mesma espécie. As anteras são os órgãos masculinos da flor e o pólen é a gameta masculino. Para que haja a formação das sementes e frutos é necessário que os grãos de pólen fecundem os óvulos existentes no aparelho reprodutor feminino.
A transferência de pólen para o estigma pode ocorrer das anteras para o estigama da mesma flor ou de flor diferente, mas na mesma planta (autopolinização) ou pode ser feita de uma flor para outra em plantas diferentes (polinização cruzada).

Como ocorre a polinização?

A transferência de pólen pode ser através de fatores bióticos, ou seja, com auxílio de seres vivos, ou abióticos, através de fatores ambientais, esses fatores pode ser: vento (Anemofilia), água (Hidrofilia); insetos (Entomofilia), morcegos (Quiropterofilia), aves (Ornitofilia).
Para atrair os agentes polinizadores bióticos as espécies vegetais oferecem recompensas, pólen, néctar, óleos ou mesmo odores, utilizadas na alimentação ou reprodução dos animais. Contudo, nem todos os animais que procuram as recompensas atuam como polinizadores efetivos, muitos visitantes são apenas pilhadores oportunistas, que roubam a recompensa sem exibir um comportamento adequado para realizar uma polinização eficiente.
Anos de co-evolução entre planta e agente polinizador, favoreceram umas adaptações morfológicas, fisiológicas e comportamental, que algumas vezes tiveram como conseqüência uma dependência tão estreita que a extinção de um leva a extinção do outro.

As abelhas e a polinização

Na maioria dos ecossistemas mundiais, as abelhas são os principais polinizadores (BIESMEIJER & SLAA, 2006). Estudos sobre a ação das abelhas no meio ambiente evidenciam a extraordinária contribuição desses insetos na preservação da vida vegetal e também na manutenção da variabilidade genética (NOGUEIRA-COUTO, 1998).
Estima-se existir cerca de 20.000 espécies de abelhas, contudo este número pode ser duas vezes maior, sendo necessário realizar estudos de levantamento das abelhas e as interações abelha-planta nos diversos biomas (ROUBICK, 1992). Entretanto, devido à redução das fontes de alimento e locais de nidificação, ocupação intensiva das terras e uso de defensivos agrícolas, as populações de abelhas silvestres têm sido reduzidas drasticamente, colocando em risco todo o bioma em que vivem. Uma das dificuldades em se promover a conservação das abelhas é a falta de conhecimento sobre as mesmas.
Nas regiões tropicais, as abelhas sociais (Meliponina, Bombina e Apina) estão entre os visitantes florais mais abundantes (HEITHAUS, 1979; ROUBIK, 1992; BAWA, 1990). No Brasil, as abelhas sem ferrão (Meliponina) são responsáveis pela polinização de 40 a 90% das espécies arbóreas (KERR et. al., 1996); dessa forma, a preservação das matas nativas é dependente da preservação dessas espécies.

Referências Bibliográficas

BAWA, K.S. Plant-pollinator interactions in tropical rain forests. Ann. Rev. Ecol. System., v. 21, p. 399-422, 1990.
BIESMEIJER, J. C.; SLAA, E. J. The structure of eusocial bee assemblages in Brazil. Apidologie, n. 37, p. 240-258, 2006.
HEITHAUS, E.R. Community structure of neotropical flower visiting bees and wasps: diversity and phenology. Ecology, n. 60, p. 190-202, 1979.    
KERR, W.E.; CARVALHO, G. A; NASCIMENTO, V.A.; et al. Abelha uruçu: biologia, manejo e conservação. Belo Horizonte: Fundação Aguangaú, 144p., 1996.
NOGUEIRA-COUTO, R. H. As abelhas na manutenção da biodiversidade e geração de rendas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE APICULTURA, 12, 1998, Salvador-BA. Anais... Salvador: 1998, p. 101.
ROUBIK, D. W. Ecology and natural history of tropical bees. 1. ed.

São características das flores polinizadas pelo vento?

Normalmente, as flores polinizadas pelo vento não possuem pétalas, e nem cor ou cheiro, possuem pólen em grande quantidade por flor e tem suas estruturas reprodutivas – androceu e gineceu – dispostos de uma forma bem característica: as anteras, estruturas responsáveis por formar e liberar os grãos de pólen, são ...

Em quais desses grupos pode ocorrer a polinização pelo vento?

Vento: A polinização pelo vento é denominada de anemofilia e ocorre tanto em gimnospermas quanto em angiospermas. Plantas com esse tipo de polinização apresentam uma grande quantidade de pólen, uma vez que o transporte por esse agente não é orientado.

Qual das espécies é polinizada pelo vento que características favorecem esse tipo de polinização?

Vento: A polinização feita pelo vento é denominada de anemofilia. Esse tipo de polinização é comum em pinheiros, milho, trigo e arroz. Como não precisam de atrair polinizadores, as flores não possuem néctar, apresentam coloração pouco chamativa e não têm cheiro.

O que é polinização e quais são os tipos de polinização?

Existem 2 tipos de polinização: a Autopolinização/Polinização Direta/Autogamia e a Polonização Cruzada ou Indireta. A autopolinização ocorre em uma mesma flor bissexuada, onde os estames desenvolvidos projetam-se sobre o gineceu, deixando cair os grãos de pólen de suas anteras, os quais fixam-se ao estigma.