Um complexo de seres viventes (e vírus) e ambientes físicos onde estes habitam é denominado ecossistema. Assim, há vários ecossistemas existentes e relacionados entre si. Por exemplo: um pequeno lago de uma floresta é considerado um ecossistema, onde habitam pequenos organismos e outros maiores – e a própria floresta é, também, um ecossistema.Um pesquisador, conhecido por Tansley, postulou ecossistema como sendo os organismos e todos os fatores abióticos de um local. Outro pesquisador, chamado Raymond acrescentou a este conceito a ideia de que o ecossistema é, em si, um sistema transformador de energia. Show
Há nos ecossistemas fluxos de energia, que entram no ciclo via fotossíntese – energia luminosa – que provém energia aos animais e micro-organismos não fotossintéticos, sendo esta dissipada na forma de calor. Tópicos deste artigo
Mapa Mental: EcossistemaPara baixar o mapa mental em PDF, clique aqui! Assim, os produtores exercem uma função única e imprescindível para manutenção e sobrevivência dos sistemas vivos – sendo que a produção de energia por estes organismos é limitada e variada de acordo com a disponibilidade de água, uma vez que a perdem proporcionalmente à quantidade de CO2 que assimilam. Sabe-se, também, que a disponibilidade de nutrientes também contribui para uma maior ou menor eficiência fotossintética. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Ecossistemas aquáticos, como recifes de coral e estuários, são mais produtivos em termos de energia, devido principalmente à disponibilidade de água, luz solar e temperatura. Diferentemente da energia, os nutrientes permanecem nos ecossistemas, sendo reciclados por componentes físicos e bióticos – principalmente por reações de óxido-redução, integradas em ciclos de nutrientes. O material não assimilado pelos consumidores - assim como os próprios e os restos vegetais - são alimentos para animais detritívoros e para os decompositores. Assim, a regeneração dos nutrientes ocorre no solo, principalmente pela ação dos detritívoros, fungos e bactérias e pela decomposição de rochas, liberando novas moléculas nutricionais ao ecossistema. *Mapa Mental por Vanessa Sardinha Por Mariana Araguaia Matéria orgânica é todo o material de origem vegetal ou animal produzido no próprio ambiente aquático (autóctone) ou introduzido nele por meio de despejos ou carreamento, ou seja, pelo arraste por água de chuva (alóctone). A matéria orgânica sofre um processo de decomposição que implica no consumo do oxigênio presente no meio. Esse processo tem sua velocidade acelerada com o aumento da temperatura,
isto é, altas concentrações de matéria orgânica, sobretudo em temperaturas acima de 20°C irão acarretar na depleção do oxigênio dissolvido, podendo levar a mortandades maciças. Com a decomposição da matéria orgânica liberam-se nutrientes para o meio que serão utilizados pelas algas e vegetais superiores para o seu crescimento. Geralmente, em ambientes naturais há baixa concentração de matéria orgânica e escassez de nutrientes, limitando o crescimento das algas. Os principais
nutrientes são o nitrogênio e o fósforo e sua importância para o meio aquático está relacionada com a produção primária do ambiente (por algas e vegetais superiores). A produção primária é a base de sustentação das teias alimentares estabelecidas nas regiões fóticas (que recebem luz solar suficiente para a realização de fotossíntese) dos ecossistemas. A entrada de matéria orgânica de origem antrópica no meio aquático aumenta muito a quantidade de nutrientes disponíveis no meio,
desequilibrando os processos de fotossíntese e decomposição. O processo de enriquecimento das águas por matéria orgânica é denominado eutrofização e freqüentemente é causado pelo despejo de esgotos ou ainda de produtos como o vinhoto, acarretando graves problemas ambientais. A eutrofização de rios, lagos e reservatórios, quando em níveis elevados, pode ter conseqüências negativas para os vários usos dos corpos d’água. O corpo d’água eutrofizado é chamado de Eutrófico, enquanto que o corpo d’água não eutrofizado é chamado de Oligotrófico. Em um ambiente eutrófico, poderá ocorrer queda na concentração de Oxigênio Dissolvido, excesso de algas (floração) que irá prejudicar a qualidade da água para o abastecimento, o desenvolvimento excessivo de plantas flutuantes como o aguapé (Eichhornia crassipes) ou a alface-d’água (Pistia stratiotes), comprometendo assim a recreação, o uso de embarcações e o funcionamento de turbinas no caso da existência de usinas hidrelétricas (Figura 4). Figura 4 – Excesso de macrófitas aquáticas na Represa de Salto Grande (Americana) em 19/06/06. Fonte: CETESB. A Tabela 1 mostra algumas diferenças entre lagos eutróficos e oligotróficos, auxiliando na identificação de áreas potencialmente problemáticas ou na identificação de uma possível causa de mortandade.
Fonte: Técnicas de Investigação de Mortandade de Peixes – Apostila (3) A Tabela 2 apresenta características exibidas por lagos ou represas oligo e eutróficos.
Fonte: Revista Ciência Hoje (4) A maior parte da matéria orgânica em decomposição encontra-se no fundo dos corpos d’água, no sedimento, onde a concentração de oxigênio torna-se menor, ocasionando a decomposição anaeróbica dessa matéria orgânica. O processo de decomposição anaeróbica gera acidez e gases tóxicos (gás metano e gás sulfídrico, por exemplo), o que torna o ambiente inviável para a sobrevivência da fauna aquática quando ocorre em grande quantidade. A decomposição aeróbica, normalmente, só irá ocorrer na superfície da camada depositada, onde há oxigênio presente. No entanto, qualquer fenômeno que provoque a ressuspensão do sedimento, seja por causas naturais (como a circulação de água, enxurradas ou revolvimento do fundo por peixes) ou artificiais (como a dragagem), irá colocar essa matéria orgânica em contato com o oxigênio presente na coluna d’água, levando assim à sua decomposição e conseqüente queda nas concentrações de oxigênio dissolvido no meio. Essa é uma causa freqüente de mortandade de peixes, sobretudo em lagoas ricas em matéria orgânica como, por exemplo, tanques naturais ou lagos artificiais com excesso da alimentação artificial. Algas TóxicasFigura 5 – Floração de Cianofíceas (Cianobactérias) na Represa Billings em 08/06/06. Fonte: CETESB Algumas espécies de algas pertencentes aos grupos das Cianofíceas (Cianobactérias) em água doce e Dinoflagelados no mar podem produzir substâncias tóxicas (toxinas). No caso das algas, na grande maioria das vezes, elas possuem adaptações como mucilagens e aerótopos que fazem com que tenham vantagens sobre as outras espécies, dominando assim o ambiente. Existe muita divergência a respeito das propriedades, origem e natureza das toxinas. As florações de Cianofíceas (Cianobactérias) podem ou não apresentar diferenças ao longo do tempo, com intervalos curtos, até diferenças sazonais e também espaciais, provavelmente decorrentes de alterações entre variedades tóxicas e não tóxicas destas algas. Deste modo, uma mesma espécie pode ser ou não tóxica, o que depende de diversos fatores do meio. Se uma floração de algas for tóxica, pode ser tóxica ao zooplâncton, peixes e toda a cadeia alimentar, até mesmo para outros animais (incluindo o homem) que bebem a água. Mortandades resultantes de florações de algas tóxicas são decorrentes da produção de toxinas e fortemente relacionadas com a alta atividade fotossintética. Freqüentemente há morte em larga escala da alga, algumas vezes seguida por sinais de uma depleção de oxigênio clássica. A menos que algum fator intervenha, a mortandade continua até que acabe a floração. Por isso é importante que o observador tenha informações sobre as primeiras fases da mortandade, para que o papel das algas tóxicas não seja subestimado. Geralmente, em florações de algas tóxicas, durante o período diurno o pH é muito alto (9,5 a 11,0), o oxigênio dissolvido apresenta valores próximos à saturação ou acima, a temperatura da água encontra-se elevada (geralmente acima de 27°C) e, com freqüência, uma única espécie de alga está presente em grandes quantidades. Observa-se que durante a ocorrência de florações de algas azuis forma-se uma camada de vários centímetros de espessura na superfície da água, que impede a penetração de luz (Figura 6). Isto limita a reprodução e a vida de outras espécies, interrompendo o contato da água com o ar e diminuindo a quantidade de OD. Figura 6 – Floração de Algas na Represa Billings em 08/06/06. Fonte: CETESB As algas são organismos que produzem oxigênio durante o período em que recebem luz e consomem oxigênio em menor escala, mas o fazem no período noturno, na ausência de luz. Se no período noturno um corpo d’água chega a ficar totalmente coberta por camadas com centímetros de espessura que impedem o contato da água com o ar retirando ainda oxigênio através de seu metabolismo, a quantidade deste gás dissolvido na água se reduz drasticamente podendo acarretar a mortandade de peixes e de outros organismos. Estes problemas são ainda agravados em dias muito quentes, no verão, quando a temperatura da água se encontra mais elevada e age como catalisador para a perda de oxigênio dissolvido na coluna d’água. O auge da mortandade de peixes ocorre dias após o crescimento algal, quando esses organismos possivelmente se encontram mais debilitados, como se estivessem estafados pelo esforço de tentar abocanhar a superfície da água à procura de oxigênio. A morte dos animais pode ocorrer, portanto, pela ação direta das toxinas ou por outras conseqüências da floração, como depleção de oxigênio, aumento da DBO, crescimento bacteriano, etc. Qual a importância dos fungos e bactérias para os ecossistemas?Os fungos e as bactérias são os principais decompositores na natureza e têm um importante papel na reciclagem de nutrientes orgânicos, fundamentais no equilíbrio da natureza.
Qual a importância ecológica dos fungos nos ecossistemas?Os fungos desempenham o papel de decompositores na natureza, com cadáveres e resíduos de seres vivos. Uma parte dos sais resultantes é destinada para a sua nutrição, a fim de absorver somente uma parte para a sua nutrição, a outra fica no ambiente.
Qual é a importância dos fungos?Além de serem importantes como decompositores, na indústria alimentícia e de bebidas, os fungos também são muito importantes na indústria farmacêutica, na produção de antibióticos como a penicilina, descoberta por Alexander Fleming no ano de 1929, que é amplamente empregada nos dias atuais.
Qual a importância dos fungos e bactérias decompositores para as diversas comunidades terrestres e Aquaticas?Bactérias decompositoras e saprófitas, juntamente com os fungos, são responsáveis pela reciclagem da matéria orgânica oriunda de organismos mortos e resíduos, como fezes e urina, transformando-a em moléculas de composição mais simples: papel essencial para que os ciclos do nitrogênio e oxigênio sejam desempenhados.
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