Qual e a relação entre a crise econômica do Império Romano e do processo de ruralização?

Teste os seus conhecimentos: Faça exercícios sobre a Crise do Império Romano e veja a resolução comentada. Publicado por: Rainer Gonçalves Sousa

Quais custos envolviam a proteção das fronteiras que formavam a extensão do Império Romano? E de que modo esses custos atrapalhavam o incremento de escravos na economia romana?

De que modo a diminuição na oferta de escravos afetou as grandes propriedades rurais romanas?

Em que medida a retração da economia romana determinava o enfraquecimento das defesas que cuidavam das fronteiras do território?

É possível empreender alguma relação entre a crise do Império Romano e a disseminação do cristianismo? Justifique sua resposta.

(OSEC) Sobre a ruralização da economia ocorrida durante a crise do Império Romano, podemos afirmar que:

a) foi consequência da crise econômica e da insegurança provocada pelas invasões dos bárbaros;

b) foi a causa principal da falta de escravos;

c) proporcionou ao Estado a oportunidade de cobrar mais eficientemente os impostos;

d) incentivou o crescimento do comércio;

e) proporcionou às cidades o aumento de suas riquezas.

respostas

Ao longo do tempo, o governo tinha que gastar cada vez mais recursos para preservar os territórios conquistados com a formação de enormes exércitos de fronteira. Nesse contexto, a conquista de novas terras perdia espaço para a preservação dos territórios já dominados. Desta forma, o Império Romano passava a experimentar grandes dificuldades para obter um grande número de escravos, já que boa parte destes eram obtidos através de novas conquistas militares.

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Com o passar do tempo, os grandes proprietários tiveram grandes dificuldades para comprar escravos. A falta desses trabalhadores no mercado impunha uma elevação de seu preço que acabava influindo nos custos de produção da propriedade. Com o passar do tempo, não mais podendo sustentar uma grande propriedade com muitos escravos, os donos de terra passaram a arrendar parte de seus domínios através do sistema de colonato.

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Partindo do fato de que as atividades econômicas geravam renda em forma de imposto para o governo de Roma, observamos que o processo de retração estabelecia a diminuição dos recursos a serem utilizados na preservação das forças militares de fronteira. Dessa forma, as civilizações que faziam fronteira com o Império Romano tinham a oportunidade de adentrar os domínios e conquistar territórios.

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Sim. Conforme tal religião tomava espaço, percebemos que a escravidão passou a ser vista como um tipo de prática contrária aos valores do cristianismo. Afinal de contas, na medida em que via o seu próximo como a um irmão, o indivíduo convertido ao cristianismo não mais aceitava a escravidão como prática aceitável.

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Letra A. Na medida em que as invasões bárbaras se avolumavam e a quantidade de escravos diminuía, diversos donos de terras passaram a arrendar parte de suas propriedades para escravos libertos ou patrícios que saíam das cidades em busca de segurança e sustento no meio rural.

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Qual e a relação entre a crise econômica do Império Romano e do processo de ruralização?

Leia o artigo relacionado a este exercício e esclareça suas dúvidas

Desde os tempos republicanos, Roma sustentava e ampliava seu poderio econômico através da constante obtenção de terras e escravos. Ao combinar essas duas práticas, os romanos garantiam produtos agrícolas e manufaturados a um baixo preço e alcançavam margens de lucro bastante significativas. Segundo algumas estimativas, a economia romana, até o final da República, contava com uma extensa população com mais de dois milhões de escravos.

Chegado o século III, toda essa situação de prosperidade e expansão se encerrou pela grande dimensão alcançada pelos territórios, o alto custo que envolvia a realização de outras anexações e as constantes pressões exercidas pelas populações dominadas e vizinhas. Nessa situação, o governo de Roma se limitava a fortalecer as fronteiras que já se encontravam em seu domínio. Deste modo, o fluxo de escravos que barateava custos e ampliava os lucros deixava de ter a mesma força.

Além disso, podemos notar que a política romana para com os povos conquistados também teve grande papel para a crise do escravismo. Com o passar do tempo, diversos dos povos conquistados alcançavam os direitos reservados aos cidadãos romanos. Mais do que promover uma equiparação jurídica, esta postura tolerante refreava o processo de obtenção de novos escravos. Sendo assim, havia fatores de ordem administrativa e militar contribuindo para a escassez de mão de obra nos domínios romanos.

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Partindo para outro universo de justificativas, também podemos compreender a presença de uma forte relação entre a crise do escravismo e a disseminação do ideário cristão no mundo romano. Tendo a liberdade como um dom de ordem divina, muitos dos que se convertiam à nova religião acreditavam que a libertação de seus escravos seria um modo de se conquistar a salvação espiritual. Vale também lembrar que muitos escravos se convertiam à religião, incorporando valores contrários à sociedade romana.

Com o passar do tempo, vemos que a crise que já se configurava, se potencializou na medida em que os grandes proprietários de terra passaram a ver que a manutenção de uma vasta população de escravos se tornava economicamente inviável. De tal modo, diversos aristocratas começaram a dividir as suas terras em terrenos menores que eram arrendados por plebeus saídos das cidades ou por escravos que obtinham a sua liberdade por meio do sistema de colonato.

Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Brasil Escola

Roma Antiga - Idade Antiga
História Geral - Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "A crise do escravismo no Império Romano"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-crise-escravismo-no-imperio-romano.htm. Acesso em 15 de novembro de 2022.

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Qual é a relação entre a crise econômica do Império Romano e o processo de Ruralizaçao?

Em troca, ele deveria destinar parte de sua produção ao proprietário de terras. Dessa forma, as cidades deixavam de ser o grande centro da economia romana. O processo de ruralização fez com que o extenso sistema de cobrança de impostos e o comércio perdessem o grande papel outrora desempenhado.

O que causou o processo de ruralização do Império Romano?

Essa insatisfação era causada pela desigualdade social que existia no império. A insatisfação dos pobres com Roma fez com que eles apoiassem grupos de invasores que chegavam às terras do império: os germânicos. As invasões germânicas aconteciam havia séculos, mas ganharam força a partir do século III.

Que relação pode articular entre ruralização da economia com a queda do Império Romano e o surgimento da Idade Média na Europa?

No campo econômico, a Alta Idade Média ficou marcada pela retração econômica, em relação aos padrões estabelecidos no Império Romano. O trabalho era servil e a economia era dependente da produção agrícola, uma consequência da ruralização europeia.

Qual é a relação entre a crise do Império Romano e a disseminação do cristianismo?

É possível empreender alguma relação entre a crise do Império Romano e a disseminação do cristianismo? Justifique sua resposta. Sim. Conforme tal religião tomava espaço, percebemos que a escravidão passou a ser vista como um tipo de prática contrária aos valores do cristianismo.