Qual o destino dos neurotransmissores após liberação na fenda sináptica?

Sabemos que os impulsos nervosos devem passar de uma célula à outra para que ocorra uma resposta a um determinado sinal. Para que isso ocorra, é necessária a presença de uma região especializada, que recebe o nome de sinapse. Ela pode ser definida como a região de proximidade entre a extremidade de um neurônio e uma célula vizinha, onde os impulsos nervosos são transformados em impulsos químicos em decorrência da presença de mediadores químicos.

Um neurônio faz sinapses com diversos outros neurônios. Estima-se que uma única célula nervosa possa fazer mais de mil sinapses. Geralmente elas ocorrem entre o axônio de um neurônio e o dendrito de outro. Entretanto, podem ocorrer algumas sinapses menos comuns, tais como axônio com axônio, dendrito com dendrito e dendrito com corpo celular.

Os axônios apresentam diversas ramificações e, no final delas, são encontradas expansões chamadas de botões pré-sinápticos. Esse botão está separado da membrana do outro neurônio ou célula muscular através de um espaço que recebe o nome de fenda sináptica.

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No botão pré-sináptico existem diversas mitocôndrias, além de vesículas que são repletas de uma substância química que recebe o nome de neurotransmissores, quesão capazes de alterar a permeabilidade da membrana do neurônio pós-sináptico. Como exemplos de neurotransmissores, podemos citar a acetilcolina e a noradrenalina.

Quando um impulso nervoso chega ao botão pré-sináptico, os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica. Eles passam por difusão através da sinapse e atingem o neurônio pós-sináptico, ligando-se a receptores de membrana. Alguns neurotransmissores exercem a função excitatória em uma sinapse, enquanto outros podem ter a função de inibir o impulso. A inibição sináptica também pode ocorrer pela diminuição da liberação de neurotransmissores excitatórios.

Os neurotransmissores são produzidos continuamente pelos botões sinápticos ou, ainda, pelo corpo celular. Entretanto, uma estimulação frequente e excessiva pode ocasionar o esgotamento dessa substância e, consequentemente, parar o impulso, funcionando, assim, como um meio de proteção.


Por Ma. Vanessa dos Santos

O neurônio e o sistema nervoso

Como os neurônios se comunicam uns com os outros pelas sinapses. Sinapse química versus sinapse elétrica.

O neurônio e o sistema nervoso

O conteúdo de Biologia foi criado com o apoio da Fundação Amgen

Transcrição de vídeo

Nesse vídeo quero falar sobre como neurotransmissor é liberado na sinapse. No último vídeo, falamos sobre a estrutura típica de uma sinapse química com um botão sináptico como o desenhado em verde que tem vesículas sinápticas cheias de neurotransmissores. Nós falamos sobre como a membrana pós-sináptica das células possui receptores para essas moléculas neurotransmissoras. Mas a questão é: como as moléculas neurotransmissoras saem dessas vesículas nos botões sinápticos para cruzar a fenda e se unir a seu receptor? Para entender a liberação de neurotransmissores falaremos sobre esse novo tipo de canal iônico. Este é um dos canais de cálcio dependentes de voltagem. Falamos sobre canais voltagem-dependentes de sódio e potássio quando falamos sobre o potencial de ação no botão sináptico. Esses canais de cálcio são importantes para a liberação de neurotransmissores. Quando o potencial de ação passa pelo axônio e alcança o botão sináptico ele muda o potencial da membrana. Isso irá abrir esses canais de cálcio voltagem-dependentes. Quando esse canais de cálcio se abrem o cálcio flui na direção do botão sináptico porque há uma concentração mais alta fora do neurônio do que dentro do neurônio. Então irá fluir para dentro e aumentar a concentração de cálcio aqui dentro do botão sináptico. Você já desenhou alguns desses mas há muitos deles, claro. O aumento da concentração de cálcio dentro do botão sináptico quando esses canais de cálcio se abrem causa mudanças nas proteínas das vesiculas sinápticas e nas proteínas da membrana pré-sináptica do botão sináptico, fazendo com que eles interajam e se fundam. --deixe-me apagar esses pedacinhos de membranas aqui e desenha-las como se estivessem se fundindo juntas-- Agora o interior da vesícula sináptica está se comunicando como o exterior do neurônio pela fenda sináptica. Com essa difusão, as moléculas neurotransmissoras irão sair do botão sináptico e fluir para dentro da fenda sináptica e lá haverão vários neurotransmissores onde não havia nada antes. E lembre-se, eu os desenhei muito grande. Na verdade a distância é pequena, então não há problemas para fazer a difusão e se unir ao receptor na membrana pós-sináptica da célula alvo. Agora, lembra que falamos que a informação contida no potencial de ação se encontra na frequência e na duração da sequencia ou série de pontenciais de ação que passam pelos os axônios nos neurônios? Bem, essa informação será transformada em quantidade e duração que o neurotransmissor terá na fenda sináptica Isso ocorre com o aumento da frequência do potencial de ação alcançando o botão sináptico que irá causar mais aberturas desses canais de cálcio. Mais cálcio irá fluir dentro do botão sináptico e o aumento da concentração implica em mais visículas sinápticas para se fundirem junto com a membrana pré-sináptica. Assim, grande quantidade de neurotransmissores é liberada na fenda. Quanto mais longa a duração da sequência dos potenciais de ação mais longa será o tempo de liberação de neurotransmissores. Há uma longa duração dos neurotransmissores na fenda sináptica. Então essa é a maneira que a informação contida na frequência e na duração da sequência de potenciais de ação é convertida na quantidade e na duração de neurotransmissores presentes na fenda sináptica Essa informação vai para a célula por um neurotransmissor conectado ao receptor. O número de receptores conectados e o tempo que os neurotransmissores ficam ligados a eles se relaciona com a quantidade e duração do neurotransmissor na fenda sináptica. E quando a sequência de potenciais de ação parar de emitir sinais os canais de cálcio irão se fechar o cálcio vai parar de fluir no botão sináptico e o processo que expele cálcio do neurônio diminuirá a concentração de cálcio no botão sináptico. As vesículas sinápticas deixam de se fundir com as membranas e o neurotransmissor para de ser liberado.

O que ocorre após a liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica?

Quando um impulso nervoso chega ao botão pré-sináptico, os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica. Eles passam por difusão através da sinapse e atingem o neurônio pós-sináptico, ligando-se a receptores de membrana.

O que acontece com os neurotransmissores depois da sinapse?

Os neurotransmissores interagem, então, com as membranas pós-sinápticas e são reconhecidos por receptores altamente específicos. Uma porção dos neurotransmissores pode ser reaproveitada pelo neurônio responsável pela sua síntese ou ser rearmazenada nesse mesmo neurônio.

Quais os destinos dos neurotransmissores?

Livre na fenda o neurotransmissor tem vá- rios destinos: a) difunde-se para fora e é carreado pela circulação local; b) sofre o ataque de enzimas extracelulares e é biodegradado; c) é recapturado e bombeado de volta para o terminal pré-sináptico para ser reutilizado (captação); d) ou liga-se a receptores farmacológicos ...

Como os neurotransmissores atuam na fenda sináptica?

Os neurotransmissores difundem-se pela fenda sináptica e ligam-se momentaneamente a receptores específicos do neurônio ou da célula efetora adjacente. Dependendo do receptor, a resposta pode ser excitatória ou inibitória.