Quem não pode usar coletor menstrual?

Quem deve escolher o melhor absorvente é a mulher, mas ela pode e deve conversar sobre este assunto com seu ginecologista para tirar dúvidas sobre o uso e modelo adequado ao seu conforto. Os coletores menstruais, feitos de silicone, bem como os absorventes internos, além dos clássicos, externos têm vantagens e desvantagens que cada mulher deverá julgar para finalizar sua escolha.

Proteger-se no período menstrual para evitar desconforto, manter a higiene e também, as atividades normais do dia a dia é uma equação clássica da agenda das mulheres. Uma das inovações, nem tão nova assim, que chegou ao mercado brasileiro há pouco mais de 10 anos, é o coletor menstrual, um recurso de silicone que, introduzido na vagina, é capaz de coletar a menstruação com segurança e pode ser usado por longas horas. Outro diferencial do coletor é que ele é reciclável, podendo ser reaproveitado a cada ciclo por até 10 anos.

Para a Profa. Dra. Helizabet Salomão, a escolha das mulheres em relação ao melhor recurso para usar no período menstrual é individual. “É importante que a mulher descubra qual absorvente lhe dá mais conforto. Os absorventes externos, os internos e agora, o coletor de silicone poderiam ser indicados em qualquer circunstância. Cabe à mulher escolher ao qual melhor se adapta”.

A consulta ao ginecologista deve ser um momento em que a mulher vai buscar algo mais além da saúde preventiva ou um tratamento pontual. Dúvidas em relação ao absorvente, por exemplo, são assuntos que poderiam ser melhor explorados neste momento. “Pode parecer incrível, mas ainda há barreiras culturais que restringem as mulheres em se tocarem e entender como sua fisiologia íntima funciona. O ginecologista tem meios para orientar e explicar como o corpo da mulher funciona, como proceder nos cuidados com a higiene íntima, e claro, como devem ser esses cuidados durante a menstruação, porque neste momento, uma série de desconfortos tem de ser administrada pela mulher. Em especial, as meninas, que estão iniciando esta vivência que vai acompanhá-las durante boa parte da vida”, analisa.

O uso de absorventes é um desses temas, em especial, para as adolescentes que acabaram de passar por suas primeiras menstruações. Volume do fluxo, período, características, higiene íntima, podem e devem ser descritos ao médico também. “Para meninas e mulheres virgens, por exemplo, eu não recomendaria o uso do coletor menstrual, não por outro motivo que não seja o da adaptação. O absorvente interno também entra neste quesito, já que em sua descrição, não apresenta qualquer ressalva de uso a mulheres que ainda não tiveram parceiros sexuais, mas pode ocorrer alguma dificuldade de uso à mulher”, observa a ginecologista.

Coletor de silicone

O coletor de silicone é uma invenção dos anos 1930, mas começou a ganhar adeptas só há cerca de 10 anos. Aspectos ambientais, que dizem respeito ao descarte dos absorventes de algodão, sejam internos ou externos, suas embalagens que usam grande quantidade de plástico são fatores de ‘desvantagem’ em relação ao coletor de silicone. “Esses ‘copinhos de silicone’ devem ser dobrados e introduzidos na vagina com a ‘boca’ voltada para a parte interna da cavidade para que possa ser um ‘recipiente’ que armazena o sangue menstrual ao longo do período de uso. Alguns estudos de comparação apontam menos vazamentos do fluxo menstrual e possibilidade de menos trocas do produto , se comparado a outros absorventes”, observa a professora.

Após o uso desses coletores, o sangue menstrual coletado em sua cavidade é descartado no vaso sanitário. O reuso, entretanto, exige um cuidado a mais com a higiene do coletor. “É importante que ele seja fervido logo após o uso e antes de ser reutilizado, pois há o risco dele ser agente para infecções ginecológicas, caso esse procedimento de higienização não seja feito como se deve”. 

Além da vantagem da eficiência em sua função, as mulheres têm optado pelo recurso por questões de sustentabilidade. Estima-se que uma mulher use cerca de 10 mil absorventes ao longo da vida. O custo do coletor, no mercado, varia entre R$ 60 e R$ 80 e a durabilidade dele é de 10 anos, enquanto que uma embalagem de absorvente externo ou externo oscila em torno de R$ 10 e nem sempre uma embalagem dá conta de um ciclo menstrual completo.

postado em 02/03/2015 19:30

Quem não pode usar coletor menstrual?

Nos últimos anos, mais brasileiras se tornaram adeptas do coletor menstrual, mesmo assim o assunto ainda é um tabu para a maioria das mulheres. Inclusive, se esta for a primeira vez em que você ouve falar em coletor menstrual, saiba que ele existe desde a década de 30.

O coletor menstrual é um copinho de silicone hipoalérgico e antibacteriano, ajustável ao corpo e que coleta o sangue da menstruação. Ele é maleável, o que facilita na hora de colocar na vagina. Diferente do absorvente interno, que é inserido ao fundo do canal vaginal, o coletor fica na entrada da vagina.

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No Brasil, os preços variam R$ 85 e R$ 155, mas é difícil encontrá-lo em farmácias. Porém, algumas empresas vendem pela internet. O tamanho varia. Existem marcas que oferecem até quatro tamanhos de coletor menstrual, mas a maioria vende apenas dois tamanhos: um para a mulher que já teve filhos e o outro para quem não tem. Se for colocado corretamente, não corre risco de o sangue vazar, a menos que a mulher tenha um fluxo muito intenso.

A professora Iara Araújo, 23 anos, usa o coletor menstrual há oito meses. Começou usando o absorvente comum, depois o interno, mas os dois tipos a incomodavam. ;Sempre achei nojento o contato do sangue com a pele e já tive reação alérgica ao absorvente comum. Mudei para o interno, mas ainda sentia desconforto. Pesquisei sobre outro meio e descobri o coletor;, explicou Iara. Além disso, para ela, o ;copinho de silicone; é mais confortável, sustentável e econômico.

Não existem contra-indicações, mas não é aconselhável para mulheres que nunca tiveram relações sexuais, pois ao colocar ou retirar o coletor, o hímen pode se romper. É imprudente também nos primeiros dias após dar à luz.

Quem não pode usar coletor menstrual?

Segundo a chefe da ginecologia no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), Lucila Nagata, as pacientes que usam coletor ainda são minoria. ;Culturalmente, o absorvente externo é o mais comum. Além disso, mais fácil de ser comprado e com menos tabus;, explica a ginecologista. Ela defende ainda que o coletor é a melhor opção para quem já teve reação alérgica aos outros tipos de absorventes.

A ginecologista Isa Maria de Mello é contra o uso do coletor menstrual. Para ela, não existem justificativas para reaproveitar algo que é colocado dentro do corpo. ;É anti-higiênico. Na era moderna, não faz sentido reaproveitar algo, se posso jogar fora. Digo como médica e como mulher, isso remete ao tempo da toalhinha;, frisa a médica.

Curiosidades
Durante a vida, uma mulher usa, em média, mais de 10 mil absorventes, seja ele externo ou interno. O externo leva 100 anos para se degradar na natureza, enquanto o interno leva até um ano. O coletor menstrual é ecologicamente correto.

Por ano, a mulher gasta cerca de R$ 100 com absorvente externo. Em 10 anos, ela terá gasto R$ 1 mil. Então a economia é no mínimo de R$ 915. O grupo Coletores Brasil reúne mulheres que se interessam sobre o assunto e compartilham experiências.

Quem não pode usar coletor menstrual?
Tira-dúvidas

Como colocar?
Basta dobrar o coletor e inseri-lo na vagina, lembrando que não precisa empurrá-lo até o fundo, igual o absorvente interno. Ao colocar ele todo, o coletor vai abrir e fazer um barulhinho, o que significa que foi colocado corretamente.

Quanto tempo dura?
Higienizado de forma correta, de cinco a dez anos.

Como devo higienizar o coletor menstrual?
Com água fria e sabão neutro. A cada ciclo, o ideal é limpar com água fervente.

Devo esvaziar o coletor com qual intervalo de tempo?
Isso depende do fluxo menstrual de cada mulher. Se for intenso, a cada 6 horas. Mas pode chegar até 12 horas direto, com fluxo normal.

Posso ter candidíase ou outras doenças por usar o coletor?
Os fungos gostam de calor e umidade, então se a mulher já tiver uma pré-disposição à doença, não fizer a higienização do coletor corretamente, for para a piscina e ficar horas com o biquíni úmido, pode correr o risco. Caso contrário, o uso do coletor não causa infecções.

O cheiro é forte?
Como o sangue não entra em contato com algodão ou oxigênio, o odor é bem menor comparado aos outros tipos de absorventes.

Atrapalha ao urinar?
Não.

Incomoda?
Nas primeiras vezes sim. Mas depois que a mulher consegue colocar do jeito correto é mais confortável do que os outros tipos de absorventes.

Posso praticar esportes?
Sim. Com o coletor a mulher pode malhar, nadar, correr. No caso de fluxo intenso, é aconselhável esporte com menor impacto.

Qual o tamanho e para que serve a haste do coletor?
O tamanho é entre 7cm e 9cm. A haste serve para retirá-lo da vagina. Ela deve ser cortada até a mulher achar o tamanho ideal, para não incomodar quando estiver dentro do corpo.

Posso dormir com ele?

Sim.

Melhor forma de higienização?

Durante o banho.

Interfere na lubrificação vaginal ou altera o PH da vagina?
Não. O coletor menstrual não absorve nada. Ele apenas coleta o sangue, diferente dos outros tipos de absorventes. E não altera o PH vaginal.

Posso emprestar para uma amiga?

Não. É de uso pessoal e intransferível, para evitar transmissão de doenças.

Quem não pode usar coletor?

Como qualquer produto, os coletores também têm restrições de uso. Por exemplo, mulheres no pós-parto não devem usá-lo, assim como ele não pode ser utilizado durante a relação sexual. Quem usa DIU também precisa ficar atenta, já que a combinação do fio e do coletor podem fazer com que o dispositivo se desloque.

Quando não posso usar o coletor menstrual?

Suspeita de infecção na região vaginal Outra situação em que o uso dos coletores menstruais não é recomendado é o caso de suspeita de alguma infecção na região vaginal, como a candidíase e a vaginite, por exemplo.

Quem é virgem pode usar o Inciclo?

De acordo com Mariana Betioli, obstetriz e criadora da marca de coletores menstruais Inciclo, a resposta é “sim”. “Temos relatos de usuárias que são virgens e se adaptaram muito bem ao coletor.

O que dizem os ginecologistas sobre o coletor menstrual?

“O uso do coletor faz com que a mulher se sinta mais confortável. Ele não abafa a vulva nem a flora vaginal, além de manter a temperatura e a umidade da região íntima.”