A criança tem o mesmo tipo sanguíneo dos pais

A eritroblastose fetal, tamb�m conhecida como doen�a hemol�tica perinatal, causa anemia grave �s crian�as e, em alguns casos mais graves, pode levar ao �bito

Dentre os in�meros fatores levados em considera��o no planejamento gestacional, a an�lise do tipo sangu�neo e fator RH dos pais do beb� ainda � um elemento pouco conhecido da popula��o. O alerta � de grande import�ncia na gravidez, pois pode evitar o desenvolvimento da doen�a eritroblastose fetal, atualmente conhecida como hemol�tica perinatal.

A doen�a consiste em uma amea�a que destr�i as c�lulas vermelhas do feto, provocada pela incompatibilidade do RH negativo para com o RH positivo, causando uma anemia grave no beb� ainda em forma��o.

Conforme os profissionais da sa�de, as chances da ocorr�ncia s�o maiores quando a gestante tem sangue fator Rh negativo, ou seja, A, B, AB ou O negativo. Se o pai da crian�a tiver RH negativo, o pr�-natal segue sem intercorr�ncias. No entanto, se o pai tiver RH positivo, ou seja, tiver a incompatibilidade do fator RH entre os pais da crian�a, o beb� tem 50% de chance de contrair a doen�a.

A ginecologista Eug�nia Glaucy, diretora cl�nica do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, explicou que n�o sabe quantificar o n�mero de beb�s acometidos com a doen�a em Roraima, por�m, ela afirma que o n�mero ainda � alto para o Estado.

Segundo Eug�nia, a melhor forma de antecipar o diagn�stico � realizar o acompanhamento pr�-concepcional. Ou seja, ao procurar atendimento de sa�de no in�cio da gravidez, a gestante precisa informar se o seu fator for RH negativo e informar o RH do seu parceiro.

A partir do momento que se descobre que a m�e possui fator RH negativo, o acompanhamento de sa�de dever� ser mais rigoroso com a realiza��o de v�rios exames e pesquisas. A m�e dever� primeiro passar por uma investiga��o com o levantamento de quantas gesta��es j� teve, que tipo de gravidez aconteceu, se ocorreu tudo normal, se houve aborto espont�neo, se o beb� nasceu em boas condi��es ou levemente inchado, entre outros dados.

Um dos mais importantes, por�m, � o "Teste de Coombs Indireto", feito na m�e e que vai medir a incompatibilidade na circula��o materna, que pode atingir o beb�. "A presen�a de Coombs indireto a partir de 1 para 16 � pass�vel de investiga��o, da m�e apresentar os sinais de incompatibilidade e com o progn�stico de desenvolver uma doen�a hemol�tica perinatal, que � a antiga eritroblastose fetal", explicou.

A diretora afirma ainda que, o rastreamento pode ser feito com uma ultrassonografia, que mostrar� se o beb� est� sofrendo o ac�mulo de l�quido no cora��o, tamb�m chamado de derrame peric�rdico, provocado pela anemia. A placenta tamb�m sofre modifica��o, com incha�o.

A partir do diagn�stico feito por ultrassom, o mais correto � que a gestante seja encaminhada para um servi�o de alto risco para ser acompanhada at� o fim da gesta��o. "L� ser� investigada a exist�ncia dessas part�culas, esses ant�genos irregulares no sangue materno. A pesquisa � feita no laborat�rio e a Maternidade Nossa Senhora de Nazareth j� conta com esses exames", afirmou.

A ginecologista informou que, dependendo do grau de acometimento da doen�a, a crian�a pode nascer com uma anemia profunda ou ainda, em um desfecho mais dr�stico, quando o beb� morre ainda dentro da barriga da m�e.

IMPORT�NCIA DO PR�-NATAL - Para Eug�nia, a realiza��o do exame pr�-natal � praticamente obrigat�rio para impedir que o beb� seja diagnosticado com a eritroblastose fetal e outras tantas doen�as.

A ginecologista esclarece ainda que, quando a gestante n�o realizou o pr�-natal, os testes poder�o ser feitos na maternidade e, em alguns casos, mesmo com a m�e realizando os exames na rede b�sica de sa�de, na maternidade � feito novamente. "Como � um problema de sa�de p�blica, � preciso desse cuidado maior. Nem todas as mulheres de RH negativo est�o com cobertura para exame pr�-natal. A aten��o b�sica tem um d�ficit muito grande de cobertura. J� chega � rede de refer�ncia com essas altera��es, que muitas vezes chega a um desfecho dram�tico", disse.

Eug�nia refor�a ainda que, as mulheres normalmente chegam � maternidade para ganhar o beb� ou quando acontece algum problema cl�nico, o que dificulta o diagn�stico mais r�pido. "A tipagem sangu�nea, para n�s, � fundamental. Se a m�e vem com RH positivo, ainda assim a gente solicita durante a admiss�o da m�e o exame para proteger os beb�s", afirmou. (P.C.)

A criança tem o mesmo tipo sanguíneo dos pais

Por meio da combinação de genes dominantes e recessivos, um vindo do pai e outro da mãe. Segue a mesma lógica daquela tabela de “azão” e “azinho” que aprendemos na escola, sabe? Os tipos sanguíneos são determinados com base nesses genes: Ia para A, Ib para B e i para O. Não há dominância entre Ia e Ib, mas ambos são mais fortes que o i, que é sempre recessivo. Cada tipo carrega dois genes. O AB requer um Ia e outro Ib, enquanto o O precisa de dois i. A e B podem carregar os clássicos Ia ou Ib e também um i, que, afinal, não influencia em nada. Veja as tabelas abaixo para entender melhor esse cruzamento.

VERIFIQUE O SINAL

Também precisamos determinar se o tipo sanguíneo vai ser positivo ou negativo

O gene R determina a presença do fator RH (um importante antígeno) e, portanto, um tipo sanguíneo positivo. O r é recessivo (ausência de RH no sangue). Portadores de dois genes recessivos têm RH negativo. Uma pessoa com RH+ jamais pode doar sangue para outra RH- porque os anticorpos reagiriam contra o fator. Por exemplo, alguém A+ não pode doar para A-.

Continua após a publicidade

FONTES Sites UOL Educação, UOL Vestibular, Brasil Escola e Biologia Viva

Leita também:

– Se o sangue é vermelho, por que nossas veias são verdes?

– Como é feita a terapia genética?

– Timidez genética?

Continua após a publicidade

  • chance
  • DNA
  • Genética
  • país
  • probabilidade
  • rna
  • sangue
  • sanguíneo
  • tipo

A criança tem o mesmo tipo sanguíneo dos pais

Como o tipo sanguíneo dos pais influencia o dos filhos?

Por meio da combinação de genes dominantes e recessivos, um vindo do pai e outro da mãe. Segue a mesma lógica daquela tabela de “azão” e “azinho” que aprendemos na escola, sabe? Os tipos sanguíneos são determinados com base nesses genes: Ia para A, Ib para B e i para O. Não há dominância entre […]

Transforme sua curiosidade em conhecimento. Assine a Super e continue lendo

É possível O bebê ter tipo sanguíneo diferente dos pais?

Entenda qual tipo sanguíneo os filhos podem herdar dos pais Como explicamos, o filho receberá dois genes que controlam a produção dos antígenos do sistema ABO, sendo um da mãe e outro do pai. Para descobrir as possibilidades do tipo sanguíneo de um filho, basta saber que os genes A e B são dominantes.

Como saber se O filho é seu ou não?

A maneira mais segura de identificar o pai de um bebê, é através do teste de paternidade, o exame de DNA. Entretanto, o tipo sanguíneo pode ser um caminho para essa descoberta, em alguns casos. O tipo sanguíneo do filho(a) é uma combinação entre os tipos de sangue do pai e da mãe.

De quem herdamos O tipo sanguíneo?

A definição do tipo sanguíneo é herdado dos pais, sendo que cada um deles doa um dos genes ABO para o filho. O gene A e B são dominantes e o gene O é recessivo, ou seja, se forem doados genes O e A, o tipo sanguíneo será A, porque ele é o dominante.