Como o próprio nome já diz, os indicadores financeiros são métricas de resultado que geram informações do âmbito financeiro da empresa, para a análise de desempenho e de resultado. Sem eles, o gestor acaba não conseguindo tomar decisões de maneira embasada – e esse por si só é o principal objetivo dos indicadores como um todo: direcionar a tomada de decisão. Show
Por mais que a sua importância seja valorizada, pouquíssimas empresas de pequeno e médio porte controlam seus indicadores financeiros. Definir, coletar, consolidar e analisar esses dados não é uma tarefa simples – exige tempo, disciplina e uma gestão voltada para resultados. Além disso, outro motivo pelo qual a análise dos indicadores financeiros acaba não fazendo parte do dia a dia do empresário de pequena e média empresa é a dificuldade em possuir as informações verdadeiras do negócio. Como a sua leitura é realizada a partir dos principais demonstrativos (Demonstrativo de Resultado de Exercício – DRE, Fluxo de Caixa e Balanço Patrimonial), o desafio acaba sendo possuir uma Estrutura Financeira que gere, audite e concilie todas essas informações com veracidade. Indicadores financeiros: qual é a sua importância?Os indicadores financeiros nos mostram tanto o nosso desempenho passado – quais foram os resultados do mês anterior, por exemplo – quanto nos permitem uma previsibilidade futura – a partir do meu orçamento, qual vai ser o resultado no ano seguinte, por exemplo. A partir dos dados obtidos, é possível enxergar com muito mais clareza os pontos críticos do negócio e também seus principais pontos de alavancagem. E com esse entendimento, planejar e elaborar novas estratégias para conduzir uma melhor gestão dos recursos. Quais são os principais indicadores financeiros que existem?Existe uma infinidade de indicadores financeiros que uma empresa pode vir a controlar. Aqui, destacam-se os mais relevantes, tendo em vista o contexto de pequena e média empresa: 1. Margem BrutaA margem bruta nos indica qual é a porcentagem de ganho que a empresa incorpora a cada venda realizada. Margem Bruta = Lucro bruto / Receita total * 100 (informações do DRE) 2. Margem EBITDAA margem EBITDA é o resultado exclusivo da operação da empresa, e nos indica o quanto ela é rentável – ou não. Nesse sentido, o seu cálculo desconsidera fatores financeiros, como juros, amortizações e receitas financeiras, por estas movimentações estarem relacionadas a tomadas de decisão financeiras, não refletindo a operação do core da empresa. Margem EBITDA = EBITDA / Receita total * 100 (informações do DRE) 3. Margem LíquidaÉ a porcentagem de lucro líquido obtido pela empresa em relação à receita total. Margem Líquida = Lucro Líquido / Receita total * 100 (informações do DRE) 4. Margem de CustosÉ importante entender o quanto os custos totais representam na nossa estrutura. Ou seja, o quanto é instantaneamente descontado de toda venda realizada, para pagar insumos e embalagens, por exemplo, no caso de uma indústria. Para que a leitura seja eficiente, somente olhar para o valor monetário pode não revelar muitas coisas. É preciso ler o percentual em relação às receitas geradas. Margem de Custos = Custos Totais / Receita Total * 100 (informações do DRE) 5. Ponto de EquilíbrioTambém chamado de break even point, o ponto de equilíbrio indica o valor mínimo que a empresa precisa faturar para cobrir todos os seus custos e despesas. A partir desse faturamento, todo o excedente passa a incorporar como lucro. O ponto de equilíbrio pode ser contábil, financeiro ou econômico, e o que muda é a sua perspectiva e a sua forma de cálculo. 6. Liquidez CorrenteO índice de liquidez corrente mede a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo. Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante (informações do Balanço Patrimonial) 7. Índice de Cobertura de JurosÉ o índice que mede a capacidade de pagamento dos juros advindos de empréstimos e dívidas adquiridas pela empresa. Índice de Cobertura de Juros: EBITDA / Despesas Financeiras com Juros (informações do DRE)
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