Como o uso de drogas e álcool pode interferir nos sistemas?

A bebida alcoólica está presente na vida de muitas pessoas, desde as que bebem apenas socialmente até aquelas que já têm dependência alcoolica. O consumo exagerado é alarmante e os efeitos do álcool no organismo são catastróficos para a saúde.

Apesar de ser legalmente liberado para uso, o alcool é uma droga psicoativa, ou seja, ele atua diretamente no cérebro, causando problemas, também, em diversas outras estruturas do corpo humano.

Quer saber quais são esses efeitos? Neste post separamos tudo sobre o assunto. Acompanhe!

O álcool no organismo: como ele atua

Ao ser ingerido, o álcool é absorvido pelo estômago para a corrente sanguínea, o que leva 30-90 minutos. Por meio do sangue, o etanol se espalha para as mais diversas partes do corpo, atingindo todas as células.

Chegando ao cérebro, o efeito do etanol é primeiramente excitatório, liberando serotonina, um neurotransmissor associado à alegria e satisfação, sendo que as pessoas ficam desinibidas e até mais corajosas.

No entanto, passado esse primeiro momento, o álcool começa a deprimir o sistema nervoso central por aumentar as quantidades do neurotransmissor GABA, o que pode causar até a perda da consciência.

Em doses elevadas, o etanol pode causar risco elevado de envenenamento, sendo que algumas vezes essa situação provoca a morte por parada cardiorrespiratória de quem consumiu exageradamente.

Efeitos imediatos: o que você sente após o consumo do etanol

Logo depois de consumir bebidas alcoólicas, os sintomas começam a aparecer em intensidade proporcional à quantidade ingerida. Entre eles, os mais comuns são:

Fala arrastada, sonolência e alterações na visão e audição

São os primeiros efeitos do etanol ao atingir o sistema nervoso, iniciando a etapa depressora, aumentando o risco de quedas e acidentes.

Dores de cabeça

A sensação de crânio pesado e dolorido ocorre, principalmente, devido à ação depressora e a efeitos decorrentes do etanol no cérebro.

Náuseas e vômitos

Após ingerir o álcool, principalmente em grande quantidade, o corpo tentará se livrar desse excesso, para evitar efeitos maléficos ainda maiores.

Azia e queimação

O etanol é um agente irritante da mucosa e aumenta a produção dos ácidos digestivos, o que provoca tais sensações desagradáveis.

Diarreia

Por acidificar o intestino e afetar a flora, ter diarreias após ingerir bebidas alcoólicas é um sintoma muito comum.

Efeito diurético

O etanol inibe o sistema de controle da retenção hídrica pelos rins, sendo que, após o consumo, o corpo eliminará muito líquido pela urina e pode até ficar desidratado.

Efeitos tardios: sintomas crônicos da ingestão de bebidas alcoólicas

Os efeitos do álcool no organismo, a médio e longo prazo, são muito preocupantes. Confira os órgãos mais afetados:

O cérebro

Por causa da danificação de todos os nervos e células nervosas, uma pessoa que consome álcool rotineiramente terá desde alterações nas emoções e no humor, dificuldade em realizar movimentos finos, reflexos cada vez mais lentos, perda do equilíbrio e da coordenação motora, até danos considerados permanentes na memória.

O coração e o sistema circulatório

O consumo de etanol eleva o ritmo dos batimentos cardíacos, assim como aumenta a pressão arterial. Além disso, o coração fica mais fraco e bombeia o sangue com maior dificuldade, podendo sofrer arritmias.

O sistema digestivo

A irritação constante da mucosa gástrica pelo álcool pode provocar úlceras e câncer de esôfago, laringe e estômago.

A pancreatite, que é a inflamação do pâncreas, também é uma das consequências do consumo crônico de etanol. O fígado, responsável por metabolizar essa droga, também é um órgão altamente afetado e pode desenvolver esteatose hepática, que evolui para cirrose e câncer.

Os efeitos do consumo abusivo de alcool são diversos e extremamente danosos ao organismo. O Alcoolismo é uma doença, portanto deve ser tratada como tal. Para isso, pode-se contar com a ajuda de profissionais da saúde, como médicos e psicólogos, que auxiliam durante todo o processo para vencer esse mal.

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Beber com os amigos para comemorar uma conquista, uma vitória ou apenas mais um dia de missão cumprida, pode parecer um hábito saudável, mas não é.

O assunto é sério. Mais de dois bilhões de pessoas no mundo consomem bebida alcoólica e o fato de ser uma droga lícita na maioria dos países influencia muito no seu impacto: cerca de 4% de todas as mortes no planeta envolvem o uso de álcool, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o que representa algo entre 2,3 milhões de mortes ao ano diretamente ocasionadas pelo uso, ou abuso, de bebida alcoólica.

“Não existe uma fórmula para consumo seguro, já que são vários os fatores que influenciam em uma experiência etílica, como idade, peso corporal, quantidade de gordura no organismo, ritmo do metabolismo do fígado. Porém, estudos indicam que para um homem adulto há baixo risco de desenvolver dependência quando ele consome duas doses de álcool em um dia, seguidas de dois dias de abstinência. No caso da mulher, falamos de uma dose por dia, seguida pelo mesmo período sem consumo”, explica Claudio Jerônimo, psiquiatra e diretor da Unidade Recomeço Helvetia.

Vamos partir do princípio de que, genericamente, uma dose tem em média de 10 ml de etanol puro, que demoram cerca de uma hora para metabolizar, quer dizer, sair do organismo. Devemos ainda considerar a variação da concentração de álcool das bebidas, que pode chegar até a 40%. Com isso em mente, te convidamos a uma pequena viagem para conhecermos o que acontece no seu corpo quando você ingere álcool. Preparado?

O começo

Logo nos primeiros goles, o álcool ingerido vai para o estômago, é absorvido e começa a viajar pelo corpo por meio da corrente sanguínea, passando pelos órgãos e até o cérebro. O tempo que demora essa viagem pelo sangue depende de vários fatores, como quantidade de bebida ingerida, volume de gordura no corpo, etc.

“As mulheres ficam mais suscetíveis aos efeitos do álcool exatamente porque, fisiologicamente, têm mais gordura retida no organismo, o que acaba por repelir a absorção do álcool pelas células, fazendo com que ele permaneça por mais tempo na corrente sanguínea, o que chamamos de biodisponibilidade do álcool. Isso faz com que seus órgãos passem mais tempo expostos aos seus efeitos nocivos, principalmente os mais sensíveis, como cérebro, fígado e coração, por exemplo. Esse é um dos motivos pelos quais as mulheres adoecem mais rápido por conta de bebida: elas têm alterações no Sistema Nervoso Central antes, demência. A cirrose, por exemplo, aparece em média cinco anos antes na mulher que no homem”, explica o psiquiatra.

Os idosos também são mais suscetíveis aos efeitos do álcool, principalmente porque eles já têm pequenas alterações fisiológicas no organismo, ou algumas doenças como hipertensão e diabetes.

Nos primeiros dez minutos, seu corpo vê o álcool se transformar em veneno, o acetaldeído, e tenta se livrar dele o mais rápido possível. Essa substância é resultado da ação de uma enzima chamada álcool-deidrogenase, presente no fígado, que destrói a molécula do álcool.

Se apenas algumas doses forem consumidas, o período de ação do acetaldeído é curto e os estragos são menores, pois ele é atacado por outra enzima, o aldeído-desidrogenase, junto com outra substância, a glutationa, que transformam o acetaldeído em acetato, uma espécie de vinagre, não tóxica.

Mas a glutationa armazenada no fígado não é suficiente para uma grande quantidade de bebida alcoólica, deixando o supertóxico acetaldeído por mais tempo no organismo. O que ele causa? Além de aumentar a pressão arterial, pode causar derrame, mas, mais comumente, causa fadiga, náuseas, irritação do estômago, dor de cabeça. Reconheceu? É a chamada ressaca. Voltaremos a ela mais adiante.

Enquanto o álcool passa por esse processo químico no fígado, já nos primeiros 20 minutos você começa a se sentir mais solto, eufórico, como se pudesse fazer e ser tudo no mundo. É aqui que geralmente aparece o conquistador que existe em você: sua libido aumenta e você se sente mais ousado, irresistível e paquerador. A felicidade e a excitação nesse momento são comuns, mas essas sensações passam muito rápido.

Embriaguez

Enquanto que para chegar a esse estado bastam uma ou duas doses, para chegar à embriaguez é um pulinho, ou mais alguns goles. E assim, com trinta a quarenta minutos de ingestão contínua, você já não tem mais controle do seu senso crítico. Seu julgamento fica comprometido e você fica sensível ao ambiente, rindo ou chorando ao sabor do vento.

“O álcool tem ação direta no sistema límbico, do Sistema Nervoso Central, e age como um depressor das funções cerebrais, diminuindo o centro da crítica da pessoa, que fica mais expansiva. A ansiedade, a variação de humor e a depressão são consequências da ingestão de bebida alcoólica”, explica Claudio Jerônimo.

Entre os 45 e 90 minutos, o nível de álcool no seu corpo atinge o ápice e a ação diurética começa a funcionar: pode demorar para que você se levante pela primeira vez para urinar, mas esse passeio vai ser frequente até o fim da farra.

Você está bebendo bebida alcoólica, que tem apenas uma pequena parte de água, mas seu organismo não está entendendo a presença de tanto líquido, então aumenta a diurese. Mas, como não é água o que você está colocando pra dentro, pode ocorrer desidratação, que não chegará a um quadro grave, mas é responsável pela sonolência que pode se apresentar se você parar de beber nesse momento – o que não quer dizer, de forma nenhuma, que a qualidade de um possível sono seja perto da adequada. Muito pelo contrário, o consumo de álcool é um enorme perturbador do sono.

Para evitar a desidratação, é indicado que se tome, a cada hora, ao menos um copo de água. Essa dica funciona ainda para retardar a absorção do álcool, dilui a bebida e ainda faz com que bebamos menos, o que acaba por resultar em uma diminuição da ressaca.

Ah, a ressaca!

Voltamos ao tema, já que, entre 12 e 24 horas após a ingestão de bebida alcoólica, você provavelmente acordou com ela: dor de cabeça, tontura, náusea, sede, palidez e tremores são alguns dos sintomas mais frequentes.

“São os primeiros sinais da síndrome de abstinência, é o organismo pedindo mais bebida. Essas sensações desagradáveis são efeitos da intoxicação”, explica o psiquiatra.

E dá para prevenir? A dica para evitar a ressaca é: não beba! Mas, para diminuir os sintomas, existem alguns truques:

– Beber menos.

– Beber espaçadamente, devagar.

– Beber de estômago cheio.

A má notícia mesmo é que, além da ressaca física, resultado da ação tóxica do acetaildeído (lembra dele?) e da desidratação, tem ainda a “ressaca moral”, que nada mais é que “O arrependimento! Com a diminuição da crítica, a pessoa se dá o direito de fazer coisas que, de outro modo, não faria. O álcool pode causar o esquecimento, o que traz a insegurança pelo fato de não saber até que ponto a pessoa se expôs. Não é uma reação física, é puramente psicológica”, explica Cláudio Jerônimo.

Gravidez e bebida não combinam

Nem um pouquinho. Se não há uma quantidade segura de álcool para uma pessoa adulta saudável, imagina para uma mulher que está gerando outra pessoa! “O álcool ultrapassa a placenta e atinge o feto em desenvolvimento, afetando principalmente o Sistema Nervoso, ou seja, a primeira coisa desenvolvida no bebê. E, apesar de a fase mais perigosa ser nos primeiros três meses, em qualquer época da gravidez o álcool pode afetar de tal maneira a gestação que causa a síndrome alcoólica fetal (SAF), uma condição que impacta a formação do bebê, causando retardo no desenvolvimento psicomotor, aumentando a distância entre os olhos do bebê, microcefalia, dificuldades de aprendizagem, entre outros problemas”, afirma o psiquiatra.

Isso coloca por terra a ideia de que vinho e cerveja preta, durante a gestação, aumentam a produção de leite. Isso, além de não ter nenhum tipo de comprovação científica, coloca em risco o bebê.

Danos internos

O uso frequente de bebida alcoólica pode levar a situações de abuso e dependência química. Quando os sintomas do uso do álcool começam a demorar em aparecer, ou ficam amenizados, isso significa que o organismo está se acostumando à substância, ou seja, quando achamos que estamos ficando mais fortes para a bebida, ou seja, mais tolerantes, isso quer dizer que já nos adaptamos a ela. É uma péssima notícia, e uma enorme desvantagem.

Além da preocupação com a dependência, temos ainda os danos que o uso frequente de álcool causa aos órgãos internos. Os mais vulneráveis são:

Cérebro – o álcool afeta o Sistema Nervoso Central e pode causar perda de reflexo, problemas de atenção, perda de memória, sonolência e coma, que pode levar à morte.

Coração – o álcool libera adrenalina, que acelera a atividade do sangue no coração, aumentando a frequência dos batimentos cardíacos.

Fígado – altera a produção de enzimas, mudando o ritmo do metabolismo do álcool consumido, ocasionando inflamação crônica, hepatite alcoólica e cirrose.

Estômago – irrita as mucosas do estômago e esôfago, ocasionando esofagite, gastrite e diarreia.

Rins – o efeito diurético do álcool acaba por sobrecarregar os rins, comprometendo a eficácia do processo de filtragem das substâncias que ocorre nesse órgão.

Como o uso de drogas e álcool pode interferir nos sistemas principalmente no sistema nervoso?

As drogas podem ser depressoras, estimulantes ou perturbadoras da atividade do sistema nervoso central, cujo órgão principal é o cérebro. Depressoras – diminuem a atividade do cérebro, deixando o indivíduo "desligado". Reduzem a tensão emocional, a atenção, a concentração, a memória e a capacidade intelectual.

Como o álcool e as drogas podem afetar a saúde?

Está associado ao risco de desenvolvimento de problemas de saúde, tais como distúrbios mentais e comportamentais, incluindo dependência ao álcool, doenças não transmissíveis graves, como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, bem como lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito ...

Quais efeitos o álcool e o cigarro causa no sistema nervoso?

Os efeitos podem ser: Estimulantes do sistema nervoso central podendo causar a sensação de euforia, aumento da pressão e da frequência cardíaca, descontrole emocional e perda da noção da realidade.

Quais os principais efeitos do álcool no organismo?

Conheça 8 dos principais efeitos do álcool no organismo.
Alterações cerebrais. ... .
Lesões hepáticas. ... .
Irritação do estômago. ... .
Disfunção renal. ... .
Inflamação do pâncreas. ... .
Problemas cardíacos. ... .
Enfraquecimento do sistema imunológico. ... .
Aumento do risco de câncer..