(...) numa análise comportamental, uma pessoa é um organismo, um membro da espécie humana que adquiriu um repertório de comportamento. (...) uma pessoa não é um agente que origine; é um lugar, um ponto em que múltiplas condições genéticas e ambientais se reúnem no efeito conjunto. Como tal, ela permanece indiscutivelmente única. Ninguém mais (a menos que tenha um gênio idêntico) possui sua dotação genética e, sem exceção, ninguém mais tem sua história pessoal. Daí se segue que ninguém mais se comportará precisamente da mesma maneira. (...) uma pessoa controla outra no sentido de que se controla a si mesma. Ela não o faz modificando sentimentos ou estados mentais. Dizia-se que os deuses gregos mudavam o comportamento infundindo em homens e mulheres estados mentais como orgulho, confusão mental ou coragem, mas, desde então, ninguém mais teve êxito nisso. Uma pessoa modifica o comportamento de outra mudando o mundo em que esta vive. (...)as pessoas aprendem a controlar os outros com muita facilidade. Um bebê, por exemplo, desenvolve certos métodos de controlar os pais quando se comporta de maneiras que levam a certos tipos de ação. As crianças adquirem técnicas de controlar seus companheiros e se tornam hábeis nisso muito antes de conseguirem controlar-se a si mesmas. A primeira educação que recebem o sentido de modificar seus próprios sentimentos ou estados introspectivamente observados pelo exercício da força de vontade ou pela alteração dos estados emotivos e motivacionais não é muito eficaz. O autocontrole que começa a ser ensinado sobre a forma de provérbios, máximas e procedimentos empíricos é uma questão de mudar o ambiente. O controle de outras pessoas aprendido desde muito cedo vem por fim a ser usado no autocontrole e, eventualmente, uma tecnologia comportamental bem desenvolvida conduz a um autocontrole capaz. Show
A QUESTÃO DO CONTROLE Uma análise científica do comportamento deve, creio eu, supor que o comportamento de uma pessoa é controlado mais por sua história genética e ambiental do que pela própria pessoa enquanto agente criador, indicador; todavia, nenhum outro aspecto da posição behaviorista suscitou objeções mais violentas. Não podemos evidentemente provar que o comportamento humano como um todo seja inteiramente determinado, mas a posição torna-se mais plausível a medida que os fatos se acumulam e creio que chegamos a um ponto em que suas implicações devem ser consideradas a sério. Subestimamos amiúde o fato de que o comportamento humano é também uma forma de controle. Que um organismo deva agir para controlar o mundo a seu redor é uma característica da vida. Tanto quanto a respiração ou a reprodução. Uma pessoa age sobre o meio e aquilo que obtém é essencial para a sua sobrevivência e para a sobrevivência da espécie. A ciência e a tecnologia São simplesmente manifestações desse traço essencial do comportamento humano. A compreensão, a previsão e a explicação, bem como as aplicações tecnológicas, exemplificam o controle da natureza. Elas não expressa não na "atitude de dominação" ou "uma filosofia de controle". São os resultados inevitáveis de certos processos de comportamento. Sem dúvida cometemos erros. Descobrimos, talvez rápido demais, meios cada vez mais eficazes de controlar nosso mundo, e nem sempre usamos sensatamente, mas não podemos deixar de controlar a natureza, assim como não podemos deixar de respirar ou de digerir o que comemos. O controle não é uma fase passageira. Nenhum místico ou asceta deixou jamais de controlar o mundo em seu redor; controla-o para controlar-se a si mesmo. Não podemos escolher um gênero de vida no qual não haja controle. Podemos tão só mudar as condições controladoras. CONTRA CONTROLE Orgãos ou instituições organizadas, tais como governos, religiões e sistemas econômicos e, em grau menor educadores e
psicoterapeutas, exercem um controle poderoso e muitas vezes molesto. Tal controle é exercido de maneira que reforçam de forma muito eficaz aqueles que o exercem e, infelizmente, isso via de regra significa maneiras que são ou imediatamente adversativas para aquelas que sejam controlados ou os exploram a longo prazo. Os que são assim controlados passam a agir. Escapam ao controlador - pondo-se fora de seu alcance, se for uma pessoa; desertando de um governo; renunciando de uma
religião; demitindo-se ou mandriando - ou então atacam a fim de enfraquecer ou destruir o poder controlador, como uma revolução, numa reforma, numa greve ou no protesto estudantil. Em outras palavras, eles se opõem ao controle com contra controle. B.F. Skinner. Sobre o behaviorismo. Trad. Maria da Penha Villa-Lobos. São Paulo, Cultrix/Editora da Universidade de São Paulo, 1982. p. 145-164. Na década de 30, contudo, B.F. Skinner procura mudar os paradigmas até então existentes. Iniciou seus estudos em pesquisas conceituais e históricas, além das pesquisas experimentais em laboratórios. Skinner, após longos estudos, nomeou sua versão de Behaviorismo de “Behaviorismo Radical”, isto porque via além, via no “radical” do objeto, em sua essência e origem; este seria a filosofia por trás da ciência do comportamento que tentava tão fortemente implantar. Esta metodologia de ciência é conhecida como Análise Experimental do Comportamento. Esta, segundo Tourinho (1999), seria o “braço empírico” da ciência do comportamento. Análise do ComportamentoProf. Alessandra PeixotoEmail prof. Alessandra:Código google Class:7u5djh31ª Aula 07/02/2020INTRODUÇÃO AO BEAVIORISMOCONDICIONAMENTO CLÁSSICO• Ivan Pavlov foi um fisiologista e psicólogo russo conhecido por ser a pessoa que formulou a lei do reflexo condicional.• Ivan Pavlov, em seus estudos sobre a atividade nervosa superior, fez uso do método do reflexo condicionado. Um reflexo condicionado trata-se de um reflexo aprendido, uma resposta a um estímulo que antes não causava nenhuma reação. Este reflexo aprendido é fruto da associação repetida entre esse estímulo, que anteriormente não causava nenhuma resposta, com outro que é capaz de causá-la. Esse aprendizado por associações é chamado de condicionamento clássico.LEGADO
Essa descoberta foi uma grande contribuição de Ivan Pavlov para a teoria da aprendizagem na psicologia, pois mostrava o mecanismo mais básico pelo qual pessoas e animais eram capazes de entender as relações entre estímulos, aprender novas respostas, variar e adaptar sua conduta com base nelas. Portanto, Pavlov introduz e |