O que significa processamento de antígenos?

  • As vias de classe I e II de apresenta��o de ant�genos seleciona as prote�nas dispon�veis para exibir �s c�lulas T que respondem a esses ant�genos. Os pept�deos derivados de ant�genos estranhos s�o reconhecidos e distinguidos pelas c�lulas T de todos os outros ant�genos apresentados. Os pept�deos estranhos mesmo em pequenas quantidades s�o reconhecidos pelo sistema imune devido � grande sensibilidade das c�lulas T e � presen�a de co-estimuladores nas APCs.
  • A apresenta��o de prote�nas via MHC classe II ou classe I determina quais subpopula��es de c�lulas T dever�o responder aos ant�genos. Os ant�genos extracelulares ativam as c�lulas T CD4+ restritas `a classe II. Essas c�lulas fucionam como auxiliares para estimular os mecanismos efetores, tais como anticorpos e fag�citos. Os ant�genos sintetizados endogenamente s�o inacess�veis a anticorpos e fag�citos e entram na via para carregar as mol�culas de classe I e ativar as CTLs CD8+ que lisam as c�lulas que est�o produzindo os ant�genos intracelulares. Assim, � importante que a via de processamento de ant�genos end�genos e ex�genos seja feita por classes diferentes de MHC. Cada classe de MHC orienta uma subpopula��o de c�lulas T para reagir a pat�genos que cada subpopula��o possa combater de forma mais eficiente.
  • A especificidade das c�lulas T para os ant�genos ligados � essencial para a sua fun��o e � em grande parte mediada pelas intera��es c�lula-c�lula.As APCs n�o s� apresentam os ant�genos aos linf�citos T como tamb�m s�o alvos das fun��es das c�lulas T efetoras. Os linf�citos B e os macr�fagos s�o dois dos principais tipos de c�lulas que funcionam como APCs para as c�lulas T CD4+ auxiliares e expressam genes do MHC classe II. Devido � express�o ub�q�a de MHC classe I a apresenta��o de pept�deos �s c�lulas CD8+ possibitam a detec��o e a resposta a ant�genos produzidos em qualquer c�lula nucleada.
  • Mestrado em Genética (UFMG, 2011)
    Graduação em Ciências Biológicas (PUC-Minas, 2008)

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    Antígeno é qualquer substância que ao ser introduzida no organismo faz com que seu sistema imune produza anticorpos contra ele.

    A maior parte dos antígenos são proteínas e polissacarídeos, podendo ser moléculas presentes em bactérias, vírus, protozoários, helmintos, toxinas, toxoides, células de superfície, pólen, entre outros. Os lipídeos e ácidos nucleicos só apresentam antigenicidade se ligadas a proteínas e polissacarídeos.

    Os antígenos são chamados de imunógenos quando estimulam o sistema imune a produzir uma resposta imune contra ele, seja ela mediada por células T ou B. Os imunógenos também são chamados de antígenos completos devido a essa capacidade de gerar resposta.

    São chamados de alérgenos os antígenos que causam reação alérgica através de ingestão, inalação, injeção ou contato com a pele. E são chamadas de hapteno as moléculas que são muito pequenas para serem imunogênicas sozinhas, mas quando acopladas a moléculas carreadoras se tornam imunogênicas.

    Os antígenos podem ter origem a partir de células e moléculas do corpo do próprio organismo (autoantígeno) ou a partir do ambiente externo (aloantígeno). Geralmente, o sistema imune não reage aos autoantígenos em condições homeostáticas normais. Quando isto acontece dá-se origem às doenças autoimunes.

    Epitopos

    Os epitopos, também chamados de determinantes antigênicos ou locais antigênicos, são a menor porção de antígeno com potencial para gerar resposta imune. É nesta área que os receptores celulares dos linfócitos T e os anticorpos (linfócitos B) se ligam à molécula do antígeno. Os antígenos geralmente contêm muitos epitopos que podem ser diferentes entre si ou podem ser estruturas moleculares repetidas.

    Os linfócitos B têm receptores que reconhecem epítopos diretamente nos antígenos. Já os linfócitos T têm moléculas receptoras (TCR) que só reconhecem os epítopos depois que os antígenos são processados em pequenos fragmentos formando epítopos no interior da célula e apresentados por um complexo de histocompatibilidade principal (MHC).

    Reconhecimento de antígenos por linfócitos B

    Os linfócitos B conseguem reconhecer, através de seus sítios de ligação, o antígeno na forma nativa.

    Os antígenos de células B podem ser divididos em T(timo)-dependentes e T(timo)-independentes. Os que requerem a intervenção de linfócitos T para desencadear a produção de anticorpos pelo linfócito B são denominados antígenos T-dependentes. Os antígenos T-dependentes normalmente são proteínas e exigem a participação de T auxiliar, MHC-II e células como macrófagos para apresentação de antígenos.

    Já os antígenos T-independentes são aqueles capazes de estimular os linfócitos B a produzir anticorpos sem o auxílio dos linfócitos T. Os antígenos T-independentes normalmente são carboidratos complexos, não requerem processamento para formação de epitopos, são capazes de se comunicarem diretamente com as células B e não geram células de memória.

    Reconhecimento de antígenos por linfócitos T

    Os linfócitos T reconhecem apenas fragmentos de peptídeos derivados do processamento do antígeno. Os fragmentos são então apresentados na superfície de uma célula apresentadora de antígeno através de moléculas MHC, gerando resposta.

    Os antígenos endógenos, tais como os produzidos por um vírus que se replicam dentro de uma célula infectada, são processados no citoplasma e serão apresentados na superfície da célula pelo MHC de classe I a um linfócito T citotóxico (CD8). Os antígenos exógenos, tais como bactérias e toxinas, serão endocitados/fagocitados, processados e posteriormente apresentados pelo MHC de classe II a um linfócito T auxiliar (CD4).

    Superantígeno

    Os superantígenos são responsáveis pela liberação maciça de citocinas e linfocinas que estimulam uma grande quantidade de linfócitos T, causando super-reações no organismo. Eles se ligam diretamente às regiões variáveis dos receptores de antígeno das células T CD4, conectando-as ao MHC-II, sem que haja o processamento e a apresentação do antígeno. Estes superantígenos podem ser encontrados nos estafilococos, estreptococos, micoplasmas e outras bactérias.

    Referências bibliográficas:

    Antigens. Microbiology and immunology mobile. Disponível em <http://www.microbiologybook.org/mobile/m.immuno-3.htm>

    Hossain, A. Antigens and Immunogens. 2010. Disponível em: <http://www.mmc.gov.bd/downloadable%20file/Antigens%20&%20immunogens.pdf.>

    Machado, S. L., Machado, R. D. Imunologia básica e aplicada às análises clínicas. Disponível em: <http://www.cenapro.com.br/images/documentos/ImunologiaBasicaAplicadaaAnalisesClinicas.pdf>

    Rao, K. V. S. Antigens. Encyclopedia of Life Sciences. 2001. Disponível em: < mi.med.stu.edu.cn/pdf/抗原.pdf>

    Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/sistema-imunologico/antigeno/

    O que significa processamento de antígeno?

    O processamento do antígeno, é o mecanismo biológico implementado por cada célula do organismo capaz de apresentar um antígeno, que permite a expressão dos péptidos antigénicos sobre moléculas do complexo principal de histocompatibilidade.

    Como é feito o processamento do antígeno?

    Como é feito o teste de antígeno? O teste de antígeno para COVID-19 é feito a partir das amostras coletadas com swab nasofaríngeo (cotonete). O objeto é inserido na cavidade nasal até que atinja a nasofaringe.

    Para que serve a apresentação de antígenos?

    A apresentação de antígeno estimula as células T a se tornar células CD8+ citotóxicas ou células CD4+ auxiliares.

    Por que é necessário o processamento do antígeno por uma célula antes de o antígeno ser reconhecido pelo linfócito T?

    Reconhecimento de antígenos por linfócitos T Os linfócitos T reconhecem apenas fragmentos de peptídeos derivados do processamento do antígeno. Os fragmentos são então apresentados na superfície de uma célula apresentadora de antígeno através de moléculas MHC, gerando resposta.