Para que serve fluido DOT 3?

Complexo, o sistema de freios de automóveis é composto por inúmeras partes fixas e móveis, que devem ser acompanhadas de perto na hora da manutenção. Entretanto, poucos itens são tão negligenciados quanto o fluido de freio, apesar de sua ação primordial no processo de desaceleração do veículo.

Neste post, você vai conhecer os diferentes tipos de fluidos de freio disponíveis no mercado, seu funcionamento e por que esse líquido deve ser observado com atenção pelos mecânicos.

Para nos ajudar, conversamos com Viviane Fragata, especialista na área e Executiva de Negócios da Hi Tech Produtos Automotivos — empresa referência em fluidos de freio. Está preparado? Então mão na massa!

Como funciona o fluido de freio?

“O fluido de freio é o grande responsável por transmitir a pressão feita no pedal, durante a frenagem, para as 4 rodas do veículo. Isso ocorre por meio de mangueiras conectadas ao cilindro mestre, que bombeiam o líquido de maneira uniforme até as lonas e pastilhas de freio, causando por sua vez a desaceleração do veículo”, explica Viviane.

Trata-se de um sistema fechado, ou seja, após acionado, esse líquido retorna ao cilindro mestre para posterior uso, havendo mínimo desgaste e perda em volume. Por esse motivo, fluidos de freio jamais devem ser mantidos abaixo de seu nível normal.

“Além disso, o fluido de freio é responsável por suportar o calor gerado no sistema durante a frenagem do automóvel”, completa a especialista. Isso se deve às características lubrificantes e anticorrosivas do composto, que mantêm a integridade de todo o sistema. “Por isso ele é uma substância essencial para garantir que não haja falha nos freios”.

Qual é a importância do fluido de freio na manutenção do sistema de frenagem de veículo?

Fluidos de freio são componentes essenciais a qualquer sistema de frenagem automotivo, como bem explica a executiva. “Se não for trocado com a quilometragem e o tempo corretos, o fluido vai absorvendo umidade dentro do conjunto, podendo acarretar falhas na ação dos freios”, alerta.

Segundo a especialista da Hi Tech, o acúmulo de água é o maior vilão do fluido de freio, e esse fenômeno deve ser monitorado cuidadosamente pelo mecânico. “Essa deve ser a maior preocupação no momento da troca. Por ser higroscópico, o líquido absorve umidade o tempo todo, desde o momento em que é aberta a embalagem” elabora.

Uma vez contaminado com água, o fluido de freio tem alterada uma de suas características essenciais: o ponto de ebulição. Líquidos com alta concentração de umidade podem ter sua eficiência de frenagem reduzida em até 30%, representando um sério risco à segurança do motorista.

“Para evitar essa umidade o mecânico deve fazer a troca do fluido no sistema de uma só vez, e não somente completando o nível do reservatório”, explica Viviane.

Como escolher o melhor fluido de freio para cada automóvel?

A melhor dica na hora de optar pelo fluido de freio ideal é seguir à risca o manual do fabricante do veículo, que define a composição a ser aplicada em cada sistema. Mesmo assim, Viviane Fragata reforça a importância de se trabalhar com fabricantes de nome consolidado no mercado.

“É preciso escolher produtos certificados pelo Inmetro e de marcas reconhecidas, evitando comprar itens fora de especificação e normas”. Para ela, a aplicação de fluidos de boa procedência garante que a atuação do sistema de freios mantenha o mesmo nível de estabilidade, qualidade e segurança de frenagem proporcionados pelos modelos de fábrica.

Além da portaria 078/2011 do Inmetro, outras agências reguladoras internacionais fiscalizam a qualidade dos fluidos de freio. São elas:

  • a Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE International), que emite o selo SAE J1703;
  • a Norma Federal de Segurança para Veículo Automotor dos Estados Unidos (FMVSS), responsável pelo selo FMVSS 116;
  • a tradicional agência ISO, emissora do selo ISO 4925.

Quais são os tipos de fluido?

Fluidos de freio podem ser divididos atualmente em 4 categorias, classificadas pelo Departamento de Transporte dos Estados Unidos da América (Department of Transportation). A partir daí surgiu a nomenclatura DOT, comumente utilizada por fabricantes de líquidos de freio em todo o mundo.

Cada tipo de fluido leva em conta 2 características essenciais: ponto de ebulição e compressibilidade. Conheça a seguir as especificações*.

DOT 3

  • Aplicação: desenvolvida para sistema hidráulico de freios e embreagens com uso moderado;
  • recomendação: veículos de linha leve, somente para uso comum;
  • umidade: 0,20% m;
  • ponto de ebulição seco: 200°C;
  • ponto de ebulição úmido: 215°C;
  • densidade a 20°C: 1,125 g/cm³;
  • perda por evaporação: 37,99% (m/m).

DOT 4

  • Aplicação: foi desenvolvida para sistema hidráulico de freios e embreagens de automóveis, caminhões, ônibus, pick-ups e tratores;
  • recomendação: veículos de linha leve, pesada e importados;
  • umidade: 0,075% m;
  • ponto de ebulição seco: 245°C;
  • ponto de ebulição úmido: 220°C;
  • densidade a 20°C: 1,11 g/cm³;
  • perda por evaporação: 17,48% (m/m).

DOT 5 e DOT 5.1

  • Aplicação: desenvolvida para sistema hidráulico de freios e embreagens de automóveis, caminhões, ônibus, pick-ups e tratores;
  • recomendação: veículos de linha leve, pesada e importados, com destaque para situações em que haja altas temperaturas e maior fluidez (alta performance);
  • umidade: 0,075% m;
  • ponto de ebulição seco: 280°C;
  • ponto de ebulição úmido: 270°C;
  • densidade a 20 °C: 1,10 g/cm³;
  • perda por evaporação: 17,48% (m/m)

(*Especificações oferecidas pela Hi Tech Produtos Automotivos.)

DOT 5 e DOT 5.1: qual é a diferença afinal?

De características bem semelhantes, os fluidos de freio das categorias DOT 5 e DOT 5.1 apresentam uma diferença marcante, mas que é essencial à sua aplicação no sistema automotivo.

Enquanto líquidos da linha DOT 5.1 mantêm sua formulação com base em glicóis (e portanto higroscópicos), fluidos da categoria DOT 5 apresentam composição à base de silicone. Isso garante a eles uma característica hidrofóbica, com maior resistência à umidade.

Fluidos DOT 5 são os mais recomendados para veículos que operam com o sistema ABS, que exige maior eficiência e performance na frenagem. Entre as desvantagens estão o alto custo e a impossibilidade de misturá-los com outros fluidos.

Quando trocar o fluido de freio?

Como dito anteriormente, cada veículo traz de fábrica especificações para a troca do fluido de freio. Para Viviane Fragata, o recomendado é que a reposição ocorra a cada 10 mil km rodados, ou 6 meses de uso.

Independentemente de qual for a escolha do motorista, é sempre importante ficar atento aos sinais luminosos dispostos no painel do veículo. Caso a luz de freio de mão continue acesa mesmo com a alavanca abaixada, é indicado levar o automóvel a uma oficina de confiança para a avaliação do fluido de freio.

Além disso, é recomendado ao motorista verificar mensalmente o reservatório do fluido de freio, evitando assim surpresas ao desacelerar o automóvel.

Agora você conhece todas as especificações do fluido de freio e sua importância para o sistema de frenagem do veículo. Assine a nossa newsletter e se mantenha informado com as últimas novidades do universo automotivo!

Para que serve o fluido de freio DOT 3?

Fluido de freio VARGA DOT 3 foi especialmente desenvolvido para o sistema hidráulico de freios de veículos. O fluido de freio é crucial para minimizar o desgaste e maximizar o desempenho dos freios, oferecendo maior segurança e eficiência na frenagem para os motoristas e pilotos.

O que acontece se usar DOT 3 no lugar de DOT 4?

Em resumo, não se misturam nem fluidos de freio e nem óleos de especificações diferentes. Só mesmo numa emergência e, assim que possível, remova essa mistura e volte o óleo ou fluido especificados.

Qual é a cor do fluido de freio DOT 3?

Disponível na cor original âmbar ou na coloração azul, que facilita a visualização do fluido na hora da troca.

Para que serve o óleo fluido de freio?

O fluído de freio é um líquido hidráulico que funciona como um condutor de pressão entre a ação do motorista (ao pisar no freio) e os discos que fazem o trabalho pesado de frenagem do veículo. Portanto, ele é o responsável direto pela segurança e estabilidade do sistema.