Poucos verão com os próprios olhos, mas muitos poderão acompanhar – na página do Observatório Nacional no Youtube – o eclipse solar em regiões remotas do planeta. Será na tarde deste sábado (30). Show
O fenômeno só poderá ser observado por quem estiver na parte sul da América do Sul, especialmente no extremo do continente, onde o eclipse será mais intenso, abrangendo entre 40% e 54% do disco do Sol. Segundo o Observatório Nacional, o eclipse poderá ser visto também em partes da Antártica e na parte sul dos oceanos Pacífico e Atlântico. Este é o primeiro dos dois eclipses solares previstos para este ano – nenhum observável no Brasil. Ele terá início às 15h45 (horário de Brasília). A retransmissão ao vivo, do Observatório Nacional, terá início um pouco mais cedo, às 15h. Nela, os amantes da astronomia terão muitas atrações, promete a astrônoma Josina Nascimento. Além de explicar como ocorrem os eclipses, ela disponibilizará imagens de outro fenômeno solar, visto a partir de Marte. “São imagens obtidas do ponto de vista marciano, flagradas pelo rover Perseverance, que está em Marte. O vídeo mostra o momento em que a lua Fobos passou em frente ao Sol. É imperdível”, disse à Agência Brasil a astrônoma. Lua entre o Sol e a TerraDe acordo com o Observatório Nacional, eclipses solares ocorrem quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, projetando uma sombra sobre o planeta. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada. Se o observador está na estreita faixa da Terra atingida pela umbra, ele vai ver o eclipse total. Se está na área atingida pela penumbra, verá como parcial. “E nos casos em que não há definição da umbra, como os eclipses solares de 2022, temos somente eclipse parcial”. Em média, um eclipse total do Sol ocorre a cada 18 meses, mas por serem visíveis somente em estreita faixa sobre a Terra, parecem muito raros. Cuidados para a observaçãoA observação de eclipses solares nunca deve ser feita nem a olho nu, nem com óculos escuros, chapas de Raio X ou filmes fotográficos, porque a claridade e o calor do Sol podem danificar seriamente a retina. Uma sugestão dada por especialistas é de que interessados em fazer esse tipo de observação procurem, em lojas de ferragens ou de materiais de construção, o chamado vidro de solda. A tonalidade desse vidro deve ser, no mínimo, 14. O vidro deve ser colocado diante dos olhos para uma observação segura do Sol. Outras retransmissõesDiante do grande interesse causado pela astronomia, o Observatório Nacional tem feito diversas lives, nas quais comenta eventuais fenômenos que estejam ocorrendo. A retransmissão do eclipse solar não será a única deste sábado. Mais cedo, às 4h, Josina fará outra transmissão, na qual mostrará imagens e comentará a conjunção entre os dois planetas mais brilhantes: Júpiter e Vênus. Como o fenômeno continuará pelos próximos dias, está prevista outra live, no mesmo horário, domingo (1º). “As lives sobre essa conjunção serão muito especiais porque mostrarão algo que não é visível a olho nu: a participação de Netuno nesse alinhamento”, disse ela. “Isso será possível porque mostraremos imagens captadas a partir dos telescópios de astrônomos profissionais e amadores, parceiros do Observatório”, completou. Todas as lives serão transmitidas pela página do Observatório Nacional no Youtube. Para acessá-la, clique aqui. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Um eclipse solar é um fenômeno que ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, ocultando total ou parcialmente a sua luz numa estreita faixa na superfície terrestre,[1] cuja largura não ultrapassa 270 quilômetros.[2] História[editar | editar código-fonte]Caminho do eclipse total de 763 a.C. descrito num texto assírio. Um eclipse duplo (solar e lunar) aconteceu 23 anos após a ascensão do Rei Sulgi, da Babilônia. Isso aconteceu em 9 de maio (eclipse solar) e 24 de maio (eclipse lunar) de 2 138 a.C.. Porém, tal identificação é menos aceita do que o eclipse de 730 a.C.. Em 4 de junho de 780 a.C., um eclipse solar foi registrado na China. Heródoto escreveu que Tales de Mileto previu um eclipse que aconteceu após uma guerra entre o Império Medo e o Reino da Lídia. Soldados de ambos os lados abaixaram suas armas e declaram paz, após o eclipse. Exatamente que eclipse estava envolvido continua incerto, apesar do tema ter sido muito estudado por antigos e modernos estudiosos. Um provável candidato aconteceu em 28 de maio de 585 a.C., provavelmente perto do rio Hális, na moderna Turquia. Em Odisseia, XIV, 151, Homero afirma que Ulisses vai voltar para casa para vingar-se dos pretendentes de Penélope, no ir da lua velha e chegar da nova. Mais tarde (XX, 356-357 e 390) Homero escreve que o sol desapareceu do céu e que uma aura maligna cobriu todas as coisas à hora da refeição do meio dia, durante a celebração da lua nova. Um eclipse total do Sol foi visível da ilha grega de Ítaca no dia 16 de abril de 1 178 a.C.. Isso aconteceria seis anos após o fim da Guerra de Troia (tradicionalmente datado de 1 184 a.C.). Entretanto, de acordo com a Odisseia, isso ocorreu, supostamente, dez anos antes da guerra. Quando na antiguidade não sabiam o que era um eclipse, eles achavam que os deuses estavam furiosos. Um eclipse solar ocorrido em 16 de junho de 763 a.C. mencionado num texto assírio é importante para a cronologia do Oriente antigo. A ocorrência de um eclipse anular do Sol ocorrido em Sárdis em 17 de fevereiro de 478 a.C., enquanto Xerxes partia para sua expedição contra a Grécia, como registrado por Heródoto (VII, 370) [Hind and Chambers, 1889: 323]), ainda que se considere que a data se refira a um século antes. Heródoto (livro IX, 10; livro VIII, 131; e livro IX, 1) relata que outro eclipse solar foi observado em Esparta no ano seguinte, em 1 de agosto de 477 a.C.. O céu repentinamente se escureceu, bem após as batalhas de Termópilas e Salamis, após a partida de Mardônio para a Tessália no início da primavera de 477 a.C. e seu segundo ataque a Atenas, após o retorno de Cleômbroto a Esparta. Note-se que as datas convencionais modernas são diferentes por um ou dois anos e que esses dois registros de eclipses têm sido ignorados até agora. A fundação de Roma teve lugar 437 anos após a captura de Troia - ocorrida em 1 182 a.C. - de acordo com Veleio Patérculo (VIII, 5). Teve lugar pouco antes de um eclipse do Sol que foi observado em Roma em 25 de junho de 745 a.C., com magnitude de 50,3%. Seu início ocorreu às 16h38min, seu auge foi às 17h28min e seu término às 18h26min. Varro pode ter usado a lista consular com seus erros, denominando o ano dos primeiros cônsules "245 a.u.c. (ab urbe condita)". Um novo estudo diz que a data varoniana foi superada. Sua correção não foi provada cientificamente, ainda que seu uso continue mundialmente. De acordo como Lúcio Tarúcio Firmano, Rômulo foi concebido no 23.º dia do mês egípcio de Choiac, no momento de um eclipse total do sol. Este eclipse ocorreu em 15 de junho de 763 a.C., com magnitude de 62,5% em Roma. Seu início foi às 6h49min, seu auge às 7h47min e seu término às 8h51min. Ele nasceu no 21.º dia do mês de Thoth. O primeiro dia de Thoth caiu em 2 de março daquele ano (Prof. E. J. Bickerman, 1980: 115). Isto implica que a gravidez de Reia Sílvia durou 281 dias. Roma foi fundada no nono dia do mês de Pharmuthi, 21 de abril, como universalmente aceito. Os romanos consideravam que no tempo em que Rômulo começou a construir a cidade, um eclipse do Sol foi observado por Antímaco, o poeta de Teos, na Ásia Menor, no 30.º dia do mês lunar, onde o referido eclipse teve magnitude de 54,6%, começando às 17h49min e ainda ocorrendo durante o crepúsculo, às 19h20min. Rômulo sumiu no 54.º ano de sua vida, no Nones de Quintil (Julho), em um dia em que o Sol foi obscurecido. O dia tornou-se noite, no qual se deu um eclipse total do Sol. Isto ocorreu em 17 de julho de 709 a.C., com magnitude de 93,7%, iniciando-se às 5h04min e terminando às 6h57min. Todos estes dados foram calculados por Aurél Ponori-Thewrewk, diretor aposentado do Planetário de Budapeste. Plutarco situou-o no 37.º ano da fundação de Roma, no quinto dia do mês de julho, então denominado Quintilis, no "Caprotine Nones". Lívio (I, 21) também declara que Rômulo governou por 37 anos. Ele foi assassinado a mando do Senado ou desapareceu no 38.º ano de seu reino. Muitas destas informações foram registradas por Plutarco (Vidas de Rômulo, Numa Pompílio e Camilo), Floro (Livro I, I), Cícero (A República VI, 22: O sonho de Cipião), Dio Cassius e Dionísio de Halicarnasso (L. 2). Dio em sua História Romana (Livro I) confirma estes dados dizendo que Rômulo tinha 18 anos quando fundou Roma. Assim, três registros de eclipses confirmam que Rômulo reinou por volta de 746 a 709 a.C.. Definição[editar | editar código-fonte]Esquema comparativo do eclipse anular e do total Há quatro tipos de eclipses solares:[3]
Eclipses solares podem ocorrer apenas durante a fase de Lua nova, por ser o período em que a Lua está posicionada entre a Terra e o Sol. Fases de um eclipse total[editar | editar código-fonte]
Eclipses do Sol acontecem quando a Lua alinha-se com o Sol e a Terra, mas devido à orbita elíptica da Lua, nem sempre o Sol é totalmente coberto pela Lua. Um eclipse do Sol pode ser visto apenas em um ponto da Terra, que move-se devido à rotação da Terra e da translação da Lua. A distância da Lua em relação à Terra determina a quantidade de luz que é coberta do Sol, bem como a largura da penumbra e escuridão total (mais ou menos cem quilômetros). Essa largura estará no máximo se a Lua aparece no periélio, na qual a largura pode atingir até 270 quilômetros. Eclipses totais do Sol são eventos relativamente raros. Apesar deles ocorrerem em algum lugar da Terra a cada dezoito meses, é estimado que eles recaem (isto é, duas vezes) em um dado lugar apenas a cada trezentos ou quatrocentos anos. Após um longo tempo esperando, o eclipse total do Sol dura apenas alguns minutos, dado que a umbra da Lua move-se para leste a mais de 1 700 km/h. Escuridão total não dura mais que 7 minutos e 40 segundos. A cada milênio ocorrem menos que 10 eclipses totais do Sol que ultrapassam mais de 7 min de duração. A última vez que isso aconteceu foi em 30 de junho de 1973, e a próxima a acontecerá apenas em 25 de junho de 2150. Para os astrônomos, um eclipse total do Sol é uma rara oportunidade de observar a coroa solar (a camada externa do Sol). Normalmente, a coroa solar não é visível a olho nu devido ao fato que a fotosfera é muito mais brilhante do que a coroa solar. Observação[editar | editar código-fonte]Lua passando em frente ao Sol visto do satélite de observação solar STEREO (NASA) A melhor e mais segura maneira de se visualizar um eclipse do sol, ou algum outro evento solar (manchas), é via projeção indireta. Isso pode ser feito projetando-se uma imagem do sol em um anteparo branco (que pode ser uma folha de papel ou cartão, o chão, ou uma parede) utilizando um par de binóculos normais, com uma das lentes cobertas, um telescópio, ou um pedaço de cartão com um pequeno furo (que pode ser feito com uma agulha, de cerca de um milímetro de diâmetro). A imagem projetada do Sol, de uma dessas maneiras, pode ser olhada sem problemas. Apesar de não recomendada, a observação direta do sol pode ser feita utilizando-se equipamentos apropriados, que deem garantia de segurança. Filtros para observação solar, feitos especialmente para visualização de eventos solares, podem normalmente ser adquiridos em museus, planetários, observatórios espaciais, e às vezes são distribuídos gratuitamente quando a data de um eclipse se aproxima, ou em alternativa, um filtro usado em capacetes de solda elétrica. Outra opção é usar pedaço de vidro fumê com um grau de opacidade de 13 ou mais (14 é o recomendado). Óculos especiais ou vidro fumê podem ser usados também para proteger câmeras quando fotografando um eclipse solar. Perigo para os olhos[editar | editar código-fonte]Há mitos que certas embalagens de plástico metalizado, chapas de raio-X, filmes fotográficos sobrepostos, vidros sobre os quais foi aplicada a chama de uma vela, óculos escuros e CDs podem ser usados para ver um eclipse solar com segurança. Isto não é verdade, pois apesar de esses materiais poderem reduzir a iluminação a um nível tolerável, eles não oferecem nenhuma proteção contra a radiação ultravioleta invisível, que pode causar sérios danos à retina.
Óculos especial de observação de eclipses
Campanhas especiais de observação[editar | editar código-fonte]
Cálculo da data[editar | editar código-fonte]Sabendo-se o dia e a hora de um eclipse solar, é possível prever outros eclipses usando o ciclo de eclipses. Dois ciclos de eclipse bem conhecidos são os de Saros e o de Inex. O de Saros é provavelmente o melhor e mais conhecido ciclo de eclipses. O ciclo Inex é por si próprio um ciclo pobre, mas é bastante conveniente na classificação dos eclipses solares. Após o término de um ciclo de Saros, um novo Saros começa um Inex depois (daí esse nome: in-ex).[4] Outros tipos[editar | editar código-fonte]Planeta[editar | editar código-fonte]Em princípio, a ocorrência simultânea de um eclipse solar causado pela Lua e um trânsito de um planeta (Mercúrio ou Vênus) é plausível. Mas tais eventos são extremamente raros. Estima-se que o próximo evento deste tipo acontecerá em 5 de julho de 6757, com um eclipse solar e um Trânsito de Mercúrio, e de outro eclipse solar simultâneo com um Trânsito de Vênus em 15 de abril de 15232. Apenas cinco horas após um trânsito Vênus em 4 de junho de 1769 houve um eclipse total do Sol que foi visível na América do Norte, Europa e o norte da Ásia. O tempo entre os dois eclipses é o menor já registrado, entre dois eclipses causados um pela Lua e outro por um planeta. Satélites artificiais[editar | editar código-fonte]Os Satélites artificiais ou as estações espaciais, estão sujeitos a maior número de eclipses do Sol do que a Terra. Entretanto, tais eventos próximos as grandes massa como o sol, são pouco explorados pelos astrofísicos, face já existir uma confirmação e modelos matemáticos para o desvio de um raio de luz que passa em rente ao Sol. Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Por que os eclipses podem ser visto em algumas regiões do planeta e em outras não?Além da posição da observação do eclipse na Terra, o fenômeno também depende de outras características que condicionam a sua aparência, como a inclinação da órbita lunar e a distância entre a Lua, a Terra e o Sol.
Por que um eclipse solar não pôde ser observado em todos os locais do planeta?Um eclipse do Sol pode ser visto apenas em um ponto da Terra, que move-se devido à rotação da Terra e da translação da Lua. A distância da Lua em relação à Terra determina a quantidade de luz que é coberta do Sol, bem como a largura da penumbra e escuridão total (mais ou menos cem quilômetros).
Porque não conseguimos ver todos os eclipses que ocorrem?O movimento de translação da Lua é de aproximadamente 29,5 dias, e nos permite observar as fases: Nova, Crescente, Cheia e Minguante. Na fase Nova, acontece um alinhamento Sol-Lua-Terra, o observador terrestre não pode ver a face iluminada da Lua, pois ela não está voltada para o nosso planeta.
Porque o eclipse solar e visto como uma região menor do que o eclipse lunar?Durante a ocorrência desse tipo de eclipse, uma pequena região da Terra fica escura por causa da projeção da sombra da Lua. É nessa região, chamada de umbra, que se observa o eclipse solar total. Nos arredores da umbra, encontra-se a penumbra, onde é possível observar um eclipse solar parcial.
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