Quais os desafios e potencialidades da abordagem do ensino híbrido?

Os desafios do ensino híbrido ficaram ainda mais claros durante a pandemia. Principalmente por deficiências relacionadas ao ensino remoto.

Nesse cenário, cuja única possibilidade era o aprendizado por canais online e materiais de apoio, muitos alunos não conseguiram acessar às aulas, ou à plataforma de compartilhamento. Seja por falta de conhecimento, ou estrutura básica, como internet, computadores, etc.

Os educadores e demais profissionais também vivenciaram alguns desafios, como dificuldades ao ministrar as aulas, falta de ferramentas apropriadas, conhecimento técnico e prático para assessorar os estudantes online.

Por outro lado, a volta às aulas evidenciou os desafios do retorno ao ensino presencial. Se no ensino híbrido podemos unir as vantagens dos dois modelos de aprendizagem, on e offline, também acabamos por acumular alguns dos obstáculos de ambos.

Nesse artigo vamos falar exatamente sobre os desafios do ensino híbrido. Ou seja, quais as principais dificuldades do modelo de aprendizagem que mescla aulas presenciais com apoio e atividades online. E mais, falaremos o que a sociedade e as instituições podem fazer para contorná-los

O que é ensino híbrido?

O ensino híbrido, ou blended learning, é uma modalidade que possui raízes na educação à distância e, como já adiantamos, visa unir práticas presenciais com o acompanhamento e/ou suporte on-line. Essa é uma dentre tantas inovações devido à transformação digital.

Podemos dizer, portanto, que se trata de uma metodologia educacional, na qual parte do aprendizado ocorre presencialmente e outra parte no ambiente online. Isso pode se aplicado no modelo tradicional, ou seja, o professor ministra aulas e compartilha materiais de apoio, atividades e desafios online.

Ou por meio da sala de aula invertida, oferecendo esses mesmos elementos online, mas antes de apresentar o tema aos alunos. Seja qual for o método escolhido, no ensino híbrido mesclamos os pontos positivos de cada modelo, como, por exemplo:

  • Mais independência, oferecendo ao aluno um papel ativo de protagonista do seu aprendizado;
  • Mais controle e organização, naturais ao ensino presencial, mas que podem muitas vezes se fragilizar no online;
  • Maior dinamismo nas aulas e atividades extras;
  • Estímulo à criatividade, às trocas sociais e ao pensamento crítico;
  • E tantos outros.

As vantagens do ensino híbrido são incontáveis, mas, infelizmente, aplicá-la é um processo com inúmeros obstáculos e desafios. Vamos ver alguns deles e como contorná-los?

Quais os desafios da abordagem do ensino híbrido?

Quais os desafios e potencialidades da abordagem do ensino híbrido?

  • Falta de capacitação dos educadores

O primeiro da lista dos desafios do ensino híbrido é a falta de capacitação dos educadores. Esse obstáculo ficou ainda mais claro durante a pandemia, afinal, muitos não puderam realizar treinamentos para manusear ferramentas tecnológicas.

E tão pouco possuíam familiaridade com aulas online, compartilhamento de materiais, solução de pequenos problemas tecnológicos, etc. Felizmente, com o retorno às aulas presenciais, haverá tempo para essa capacitação e adaptação da inclusão do meio digital no presencial.

  • Desigualdade no acesso a ferramentas básicas

A desigualdade social é um dos grandes males da nossa sociedade e afeta diretamente todas as esferas de vivência. Como saúde, bem-estar, trabalho e, claro, educação.

O ensino híbrido atua na união do presencial com o online, como já mencionamos. Mas muitos alunos ainda enfrentam dificuldades para chegar às escolas, outros não possuem estrutura básica, como carteiras, materiais e livros.

E por fim, temos um hiato tecnológico muito acentuado, inclusive, entre escolas da mesma cidade, ou com o mesmo poder financeiro. O fato é que a desigualdade do acesso a ferramentas básicas é, sem dúvidas, um dos maiores desafios do ensino híbrido.

E, infelizmente, um dos mais difíceis de contornar. Afinal, é preciso investimento, criação de políticas públicas e colaboração da sociedade para minimizar essa desigualdade.

  • Resistência de educadores, alunos e responsáveis

Toda revolução demanda tempo, poder de adequação e aceitação para que as vantagens sejam colhidas por todos. Não é diferente com a transformação digital vivenciada nos últimos anos.

Apesar da agilidade com que ela vem ocorrendo, alterando profundamente a sociedade, ainda existem desconfianças, inseguranças e muitas dúvidas. Principalmente devido a mitos de que a tecnologia vai substituir cargos, funções e interações humanas.

É muito comum, portanto, que as instituições encontrem resistência à inclusão de ferramentas digitais, metodologias disruptivas e métodos não tradicionais. Isso, no entanto, acaba retardando a evolução no ensino e dificultando a visualização dos inúmeros benefícios da era digital no aprendizado.

  • Adaptação a um modelo diferente de aprendizagem

Apesar de não ser exatamente recente, o modelo de ensino híbrido ainda é um cenário desconhecido para muitos professores e alunos. Principalmente, estudantes do ensino básico.

Afinal, na educação superior, o ensino híbrido já se faz muito mais presente, facilitando, portanto, o processo de adaptação dos estudantes. Isso inclui a estrutura tecnológica básica já formada, capacitação dos docentes e maior familiaridade por parte dos alunos.

Essa adaptação, no entanto, não está presente de forma democrática e uniforme nas demais fases da educação.

Tornando, assim, mais um dos desafios do ensino híbrido. Isso porque os alunos e as metodologias de ensino não estão adaptadas a mescla da escola digital e presencial. Gerando dificuldade de concentração nos dois cenários, confusão de horários e de comprometimento.

É preciso, portanto, que os educadores compreendam e eduquem os alunos sobre as diferentes exigências, comportamentos e expectativas em cada um

Dicas para minimizar ou contornar os desafios do ensino híbrido

A melhor forma de contornar os desafios do ensino híbrido é conhecer profundamente a instituição na qual você atua. Afinal, cada escola é uma e pode encontrar desafios e obstáculos particulares, que serão observados em análises de desempenho dessa modalidade de ensino.

Isso quer dizer que não há métodos para evitar o surgimento desses desafios? Não, na verdade, é possível aplicar estratégias que implementam o ensino híbrido gradualmente e de forma natural para contornar alguns dos principais obstáculos.

Veja algumas ideias abaixo:

  • Sala de aula invertida

A sala de aula invertida é uma ótima maneira de aumentar e melhorar o engajamento dos alunos no ensino híbrido. Se um dos desafios do ensino remoto é a falta de organização, a sala invertida permite que o professor controle prazos e atividades, mesmo dando ao aluno autonomia para a busca do conhecimento.

Já falamos sobre essa metodologia por aqui, mas, resumidamente, na sala de aula invertida o professor compartilha materiais de apoio, vídeos, podcasts, atividades e/ou desafios com os alunos, antes da aula.

Ou seja, a ideia é antecipar o tema que será abordado, para que o estudante tenha o primeiro contato com o assunto de forma independente. E, assim, traga para a sala sua contribuição e dúvidas, gerando debates mais ricos.

Em algumas metodologias de ensino híbrido, os professores seguem o modelo tradicional e ministram a aula para depois oferecer o conteúdo online. Não deixe de ser uma ótima abordagem, mas no modelo da sala de aula invertida percebemos o desenvolvimento de outras capacidades extremamente importantes para driblar os desafios do ensino híbrido.

Como, por exemplo:

  • Pró-atividade;
  • Senso crítico;
  • Criatividade;
  • Independência;
  • Entre outros.

Sem contar, claro, que, nesse modelo, o professor pode focar seus esforços em atividades mais complexas, que demandem, de fato, a presença de um mediador.

  • Sala de aula interativa

A sala de aula interativa também é outra opção muito interessante para driblar os desafios do ensino híbrido. A ideia, nessa estratégia, é desenvolver um ambiente escolar com mais participação dos alunos, seja por meio de debates frequentes, tecnologia ou outras ferramentas de colaboração.

Assim como na sala de aula invertida, precisamos, nessa estratégia, garantir um ambiente fértil para que os estudantes possam desenvolver e aprimorar seu papel de protagonista do aprendizado.

Com a sala de aula interativa conseguimos aumentar o contato com tecnologias e ferramentas digitais na educação. Democratizando, assim, o acesso a elas, afinal, todos terão o mesmo contato com as ferramentas.

Isso, claro, diminui os receios dos próprios alunos e responsáveis, que vivenciarão os inúmeros benefícios da tecnologia na educação.

  • Capacitação de professores e educadores

Falamos que alguns dos maiores desafios do ensino híbrido estão relacionados à falta de preparo das instituições e dos profissionais da educação. Tanto em relação à demanda estrutural, ou seja, computadores, internet, etc, quanto à prática e conhecimento para manipular a tecnologia.

Para contornar esse desafio do ensino híbrido é preciso investir em cursos de capacitação e, principalmente, em atualizações e reciclagem. Ou seja, não basta apresentar ferramentas tecnológicas atuais, é preciso oferecer novos cursos, palestras e workshops sobre tendências e inovações.

Dessa forma o educador se sentirá muito mais preparado para atuar no ensino híbrido. Além, é claro, de se aproximar mais dos alunos e dar suporte para aqueles que apresentarem dificuldades.

  • Ferramentas digitais

Falando em tecnologia, ela é sem dúvidas uma das ferramentas mais importantes para minimizar os principais desafios do ensino híbrido. Afinal, ela é indispensável para que a parte online seja aplicada de forma didática, fácil e intuitiva.

Hoje existe uma infinidade de tecnologias voltadas para educação, e uma das mais completas é o G Suite.

O G Suite for Education é um pacote de ferramentas que a Google desenvolveu com o objetivo de oferecer às instituições de ensino uma série de facilidades tecnológicas.

A plataforma possui ferramentas de gestão, comunicação, criação e colaboração. Todas com o objetivo de tornar mais fácil a rotina de alunos, professores e gestores pedagógicos.

Algumas das ferramentas que fazem parte do G Suite for Education:

  • Gmail;
  • Drive;
  • Criação (Documentos, PLanilhas, Apresentações, Formulários, Sites, My Maps);
  • Meet;
  • Chat;
  • Jamboard;
  • Agenda;
  • Grupos;
  • E, claro, o Classroom.

Não sabe ao certo como implantar ferramentas digitais na educação? A Safetec pode te ajudar!

A Safetec Educação é uma empresa de consultoria em tecnologia em nuvem que tem apresentado grande sucesso na implantação da transformação digital educacional em instituições de ensino.

Empregue também em sua escola os softwares que já estão ajudando 80 milhões de estudantes ao redor do mundo a se desenvolverem com muito mais engajamento, criatividade e aproveitamento.

Ficou interessado? Então, clique aqui e conheça a Safetec Educação.

Quais as características e potencialidades do ensino híbrido?

A principal característica do estudo híbrido é que o plano de aula deve ter atividades presenciais e remotas, que devem estar integradas e com objetivo previamente estabelecido. Entre as vantagens do estudo híbrido estão o aumento do engajamento dos alunos, a motivação dos estudantes e a personalização do ensino.

Quais são os desafios para trabalhar com o ensino híbrido?

Falamos que alguns dos maiores desafios do ensino híbrido estão relacionados à falta de preparo das instituições e dos profissionais da educação. Tanto em relação à demanda estrutural, ou seja, computadores, internet, etc, quanto à prática e conhecimento para manipular a tecnologia.

Como potencializar o ensino híbrido na prática?

Ensino Híbrido: 4 dicas para engajar os alunos.
1 - Proponha metodologias ativas. Metodologias ativas são focadas no estudante. ... .
2 - Engaje os estudantes com tecnologia para o ensino híbrido. ... .
3 - Utilize atividades gamificadas. ... .
4 - Crie novos projetos escolares..

Quais são os principais desafios para o ensino remoto?

5 principais desafios do ensino remoto no Brasil.
Conteúdo curricular X habilidades necessárias para enfrentar o momento. ... .
A expectativa de uma “volta ao normal” ... .
Adaptação dos métodos avaliativos. ... .
Lidar com as distrações. ... .
A transição do presencial para o online..